Navegando por Autor "Cechin, Marciana"
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- ItemAcesso AbertoAvaliação do uso agronômico do digestato como biofertilizante oriundo da digestão anaeróbia de resíduos agroindustriais(2021-11) Cechin, Marciana; Kronbauer, Marcelo Luis; http://lattes.cnpq.br/6933359583612843O uso do digestato como um fertilizante orgânico, apresenta-se como uma alternativa viável para contribuir com o tratamento e destinação de resíduos. Ao operar uma usina de biogás o foco não deve ser somente na produção de energia, mas também no destino do digestato oriundo do processo. O digestato possui diversos nutrientes com valor agronômico agregado para a agronomia. Este trabalho objetiva avaliar o potencial para o uso agronômico do digestato oriundo da digestão anaeróbia de resíduos agroindustriais, na cultura de inverno de trigo. A avaliação a ser realizada consiste na caracterização do digestato, em relação aos nutrientes, além de contaminantes inorgânicos e microbiológicos. A cultura a ser avaliada será a de trigo, uma das principais alternativas para plantio de inverno na região Sul do Brasil. O digestato utilizado é oriundo de uma planta de biogás que realiza o tratamento de resíduos orgânicos, agroindustriais e alimentícios. Sua composição é basicamente de lodos de estação de tratamento de efluentes de frigoríficos e de indústrias alimentícias em geral, incluindo restos de processo, resíduos de refeitórios, entre outros. O experimento foi iniciado no dia 11 de maio de 2021, em uma casa de vegetação, com temperatura controlada. O digestato foi caracterizado e serviu como base para definição das 6 taxas de aplicações diferentes B, C1, C2, C3, C4 e C5 (0, 10, 15, 20, 30 e 45 mL), equivalentes a 0, 30, 45, 60, 90 e 135 m3/ha e concentração de nutrientes de 50,40:6,10:22,80, 75,60:9,15:34,20, 100,80:12,20:45,60, 151,20:18,30:68,40, 226,80:27,45:102,60 kg/ha (NPK). As aplicações do digestato foram 3 dias antes da semeadura, 25 e 45 dias após a semeadura. A avaliação das plantas-testes seguiu os seguintes critérios: Percentual de Germinação (PG), estatura das plantas (EP), massa seca (MAS) e massa fresca (MFA) da parte aérea, Número de Espiguetas (NE) e análise visual das raízes. Foi realizado também a avaliação do substrato (solo pós- colheita do experimento), em relação a suas características físico-químicas. A partir dos resultados, os tratamentos C2, C3 e C4 não apresentaram diferenças significativas nos critérios de EP, MSA, MFA, enquanto o C5 apresentou 25% de perda no PG, indicando uma característica moderadamente fitotóxica. No NE, os menores rendimento foram em C1 e C5, atribuindo ao C1 falta de condições de fertilidade suficiente e o C5, novamente, a questão da fitotoxicidade. Nas raízes notou-se um efeito positivo da aplicação do digestato, com densidade visual crescente conforme os tratamentos. Em relação ao digestato, foi possível verificar um potencial uso dele como um biofertilizante, já que todos os parâmetros estavam em conformidade com a legislação vigente. O solo pós experimento mostrou-se favorável a aplicação do digestato, com teores elevados de nutrientes, matéria orgânica e sem nenhuma contaminação por metais ou toxidez pelo Alumínio. Portanto, para plantas de biogás, é um aspecto interessante pensando na demanda de balanço de entrada e saída de material, viabilizando assim a operação e favorecendo o solo para cultivo agrícola.