Navegando por Autor "Rother, Rodrigo Lara"
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- ItemAcesso AbertoAnálise da formação de atletas no voleibol brasileiro sob a perspectiva da teoria bioecológica do desenvolvimento humano(2015-05-04) Rother, Rodrigo Lara; Mejia, Margarita Rosa Gaviria; http://lattes.cnpq.br/7464592177469870; Mejia, Margarita Rosa Gaviria; Tiggemann, Carlos Leandro; Bossle, Fabiano; Morigi, Valdir JoséMesmo enfrentando um cenário adverso, o voleibol tem sido uma modalidade esportiva que obtêm sucesso não somente nos resultados conquistados no âmbito internacional, mas principalmente na formação de novos atletas e renovação das seleções nacionais. Este fenômeno é o tema da presente dissertação de mestrado, a qual objetiva analisar, sob a perspectiva da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, os fatores que determinam o surgimento e desenvolvimento das atletas que chegam a Seleção Brasileira de voleibol feminino de base. Para tanto, se fez uma revisão de literatura, uma análise teórico metodológica dos elementos analíticos da referida Teoria e entrevistas com 12 atletas da seleção feminina de base que representaram o país numa competição sulamericana, tendo seus discursos categorizados conforme os elementos subjacentes a Teoria citada. Os resultados foram discutidos com as ponderações encontradas na literatura e com as experiências que o pesquisador adquiriu ao longo de dezesseis anos atuando na área investigada. Percebeu-se nas falas das atletas que elas praticaram atividades diversificadas em sua infância tanto nos ambientes informais (como a turma de amigos da rua), quanto formais (em aulas de Educação Física e “Escolinhas Esportivas”). Estas atividades, mesmo não tendo uma organização sistematizada, proporcionaram de forma complementar o aumento do repertório motor e desenvolvimento de habilidades. Como as atletas apresentavam neste período da vida estatura superior as demais crianças da sua faixa etária e gosto por atividades competitivas, acabaram ingressando no voleibol motivadas por familiares, amigos, professores ou mesmo por iniciativa própria. A partir da evidência da sua estatura, força física e/ou habilidade específica para a prática do voleibol foram destacando-se das demais, o que chamou a atenção dos observadores da Seleção Brasileira que, somente nesta fase da formação da atleta, propõem pela primeira vez uma sistemática para avaliar e promover o ingresso na equipe nacional. Concluiu-se que, mesmo não existindo no Brasil uma sistemática de detecção, formação, seleção e promoção de talentos no esporte como o sugerido pela literatura em modelos de Treinamento de Longo Prazo (TLP), da grande quantidade de crianças que praticam voleibol que apresentam atributos pessoais significativos para a prática, a minoria as somarão a um ambiente familiar e esportivo adequado e a atividades que se complementem de alguma forma no desenvolvimento físico, psicológico, social e cognitivo da atleta. A aplicação de um modelo de TLP promoveria uma quantidade maior de talentos no esporte que possam chegar a Seleção Brasileira de voleibol de base.
- ItemAcesso AbertoDesempenho esportivo de atletas infantis do voleibol gaúcho e as relações com a qualidade de vida(2018-06-20) Rother, Rodrigo Lara; Rempel, Claudete; http://lattes.cnpq.br/8340497822227462; Turatti, Luciana; Grave, Magali Teresinha Quevedo; Moraes, José CíceroA popularidade do voleibol no Brasil possibilita que crianças e adolescentes alimentem o sonho de se tornarem atletas profissionais da modalidade. Mas, por tratar-se de atletas em formação, questiona-se o quanto o treinamento pode interferir na Qualidade de Vida (QV) desses atletas. O presente estudo tem como objetivo relacionar a QV com o desempenho esportivo e a carga de treinamento de atletas pertencentes a equipes de voleibol infantil. Caracterizado como um estudo de abordagem qualiquantitativa, de cunho exploratório e transversal, está inserido na linha de pesquisa, Espaço e Problemas Socioambientais. Participaram 16 técnicos e 169 atletas de voleibol, que disputam o Campeonato Estadual infantil feminino do Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada com os técnicos por meio de entrevista semiestruturada e com as atletas através de dois questionários: dados sociodemográficos e esportivos e WHOQOL-bref. Também foi analisado o rendimento das equipes na temporada, conforme ranking da FIVB. Os resultados mostraram que as atletas infantis gaúchas, em média, têm uma carga de treinamento de 9 horas semanais, em 3,4 dias por semana, e competem em 50,3 partidas ao ano. Além dessas horas, 60,3% treinam também em outras equipes ou categorias, totalizando uma média de 10,4 horas semanais. Apresentam uma QV classificada como “Boa”, com os seguintes escores para cada dimensão avaliada: Social, 74,1; Ambiental, 72,4; Física, 70,8; e Psicológica, 67,7. Não houve correlação estatística significativa entre QV e rendimento esportivo (r(Pearson)=0,06; p=0,46), quando considerada a colocação no ranking de competições da temporada. Porém, houve correlação significativa e inversa entre QV e as cargas de treinamento semanais (r(Pearson)= -0,2; p=0,01), com destaque negativo quando os treinamentos são realizados em mais de um local ou em mais de uma categoria (r(Pearson)=0,15; p=0,049). As atletas investigadas percebem a prática do voleibol como benéfica para sua QV, pois propicia realização pessoal. Contudo, algumas citam a rotina de treinamentos e jogos como desgastante e apontam a necessidade de cuidados para não afetar negativamente o rendimento escolar. Quanto à melhora do desempenho esportivo, foram percebidas como associações significativas os anos de prática da atleta (r=0,16; p=0,04); horas de treinamento, quando realizadas numa mesma equipe (r=0,18; p=0,02); quantidade de partidas disputadas no ano (r=0,6; p<0,0001); quantidade de profissionais integrando a CT (r = 0,54; p=0,03); quantidade de benefícios materiais e financeiros dados às atletas (r=0,65; p=0,006); morar em alojamento da equipe (t=-3,73; p=0,0003); e na mesma cidade da equipe (t=-2,71; p=0,008). Conclui-se que a QV das atletas infantis gaúchas participantes de equipes vinculadas à Federação Gaúcha é “boa”. Os treinamentos realizados nas equipes evidenciam que contribuíram para sua promoção, não apresentando indícios de horas demasiadas de treinamento. Ainda, houve baixa incidência de lesões, como, também, não houve evidências de especialização precoce ou de frequente desistência ou grande rotatividade das atletas.