Navegando por Autor "Vedoy, Moisés Ilair Blum"
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- ItemAcesso AbertoContatos interétnicos: sesmeiros, fazendeiros, imigrantes alemães e indígenas Kaingang em territórios das bacias hidrográficas do Taquari-Antas e Caí(2015-07) Vedoy, Moisés Ilair Blum; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922Considerando a relevância da temática sobre a história indígena para a construção social do Rio Grande do Sul, bem como da invisibilidade histórica das populações indígenas, tanto antes como durante o contato com os europeus, principalmente em relação ao território localizado na bacia Hidrográfica do Taquari-Antas e Caí, este trabalho busca revisitar este processo histórico. Objetiva-se com esta pesquisa compreender os contatos interétnicos envolvendo os Kaingang e as frentes do Estado Nacional brasileiro em territórios das bacias hidrográficas dos rios Taquari-Antas e Caí no século XIX, trazendo os Kaingang como protagonistas da história deste território. O estudo utilizou-se de fontes bibliográficas e documentais, as quais possibilitam visualizar o cenário do contato interétnico amparado por um referencial teórico sobre territorialidade, cultura, etnicidade e historiciadade indígena. Inicialmente apresentamos e analisamos o estabelecimento de fazendas em territórios da bacia hidrográfica do Taquari-Antas e logo após fazemos o mesmo para com o estabelecimento de colônias de imigrantes alemães como mecanismos das frentes de expansão do Estado Nacional brasileiro no século XIX, mas também contemplando o protagonismo indígena Kaingang. Por fim, o estudo deste cenário de contato entre indígenas e integrantes da frente de expansão no século XIX, demonstrou que, ao contrário das interpretações historiográficas que privilegiam em regiões do Vale do Taquari e Vale do Caí apenas os feitos dos colonizadores europeus ou descendentes destes, os Kaingang foram protagonistas diante da presença do outro em seu território.
- ItemAcesso AbertoSesmarias, fazendas, desenvolvimento e desdobramentos socioambientais em territórios da bacia hidrográfica do Rio Taquari de meados do século XVIII a meados do século XIX(2019-04-02) Vedoy, Moisés Ilair Blum; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922A Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, localizada na região centro leste do estado Rio Grande do Sul, tem a sua ocupação humana registrada a pelo menos mil anos, até meados do século XVII a ocupação das áreas nos entornos do rio se fazia através da lógica espacial, predominantemente indígena. A partir da segunda metade do século XVII com a chegada do elemento europeu, tais como jesuítas e bandeirantes, essa estrutura ocupacional indígena passou por transformações. Entretanto, é na segunda metade do século XVIII que estas modificações se aceleram principalmente através do estabelecimento de sesmarias e fazendas nos entorno da Bacia do Rio Taquari que se voltam para atividades econômicas, as quais se estendem no decorrer da primeira metade do século XIX e acarretam transformações no ambiente. Frente ao exposto, o estudo teve por objetivo, compreender e analisar os desdobramentos provocados pelo estabelecimento das sesmarias e fazendas na segunda metade do século XVIII e primeira metade do século XIX, relacionados principalmente aos conflitos ocorridos entre membros das sesmarias, das fazendas e indígenas Kaingang nos entornos da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, a implantação de atividades produtivas a partir de uma economia caracterizada pela agricultura, extração de recursos naturais e da possessão de terras. A metodologia foi qualitativa e os procedimentos metodológicos consistiram no levantamento e análise de fontes bibliográficas e documentais, pesquisadas no Arquivo Histórico e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Como resultados, tendo como base para análise aportes teóricos da História Ambiental e História Agrária, evidenciou-se que, a intensificação do avanço da frente de expansão e pioneira lusa nos entornos do Rio Taquari na segunda metade do século XVIII e primeira metade do XIX, por meio do estabelecimento de sesmarias e fixação de fazenda, trouxe transformações econômicas através da agricultura e extração dos recursos naturais nos entornos do rio, principalmente da madeira. Também, novos elementos étnicos como sesmeiros/estancieiros, casais açorianos, caboclos ervateiros, pobres lavradores e escravizados negros, que trouxeram consigo um novo aparato material como moinhos d ́agua, ferramentas e construções, e possivelmente natural como animais e elementos florísticos inseridos através da atividade agrícola. Estes processos e práticas representaram uma ruptura no manejo dos espaços territoriais da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, principalmente em relação à privatização da terra, visto que, antes da chegada da frente lusa e do estabelecimento de sesmarias, fazendas e demarcação destas áreas, o manejo destes espaços seguia a lógica indígena, portanto representou uma primeira etapa econômica do projeto colonizatório para a região, inserindo estas áreas na economia da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.