Navegando por Autor "Wolf, Sidnei"
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- ItemAcesso AbertoArqueologia Jê no Alto Forqueta/RS e Guaporé/RS: um novo cenário para um antigo contexto(2017-07) Wolf, Sidnei; Machado, Neli Teresinha Galarce; http://lattes.cnpq.br/6666207712034183; Machado, Neli Teresinha Galarce; Laroque, Luis Fernando da Silva; Rogge, Jairo Henrique; Corteletti, RafaelAs bacias hidrográficas dos rios Forqueta/RS e Guaporé/RS, localizadas na porção centro/norte do estado do Rio Grande do Sul, têm se configurado regiões com um intenso potencial arqueológico de investigação. Especialmente nas áreas de altitudes superiores a 600m, junto as nascentes, pesquisas anteriores indicaram a presença de sítios de estruturas subterrâneas e superficiais associados as populações Jê Meridionais pré-coloniais. Apesar do registro destes, ainda se careciam informações detalhadas dos assentamentos. O objetivo desta pesquisa abarcou o reconhecimento do sistema de assentamento Jê Meridional entre as bacias hidrográficas dos rios Forqueta e Guaporé, através de um levantamento de assentamentos em diferentes compartimentos fisiográficos, dentro de uma área piloto de 440km², buscando revelar aspectos da distribuição espacial, funcionalidade e cronologia. Os resultados registraram a identificação de 70 sítios arqueológicos, sendo 38 áreas inéditas. Do total de assentamentos, relacionam-se dois sítios a um contexto caçador-coletor anterior a presença de grupos Jê, sendo o sítio RS-T-128 datado do século IV AC. O sistema Jê Meridional é composto por sítios de estruturas subterrâneas, estruturas subterrâneas e montículo, localizados em altitudes entre 600 e 800m junto aos divisores de bacia; e sítios superficiais líticos, e líticos e cerâmicos, dominando as porções de menor altitude no fundo dos vales. As escavações revelaram áreas de atividade no entorno das estruturas subterrâneas, com a distribuição de estruturas de combustão de diferentes características. Os resultados das intervenções no interior das depressões não indicam o uso habitacional em todos as depressões dos assentamentos, com variações dentro de um mesmo sítio. Nos sítios superficiais observou-se uma dispersão de evidências por extensas superfícies, marcadas pela associação a grandes artefatos, tradicionalmente relacionados à grupos caçadores-coletores. Estes dois espaços configuram-se como áreas distintas dentro da paisagem, ligadas a funcionalidades diferentes. Uma área de maior convívio social, marcada por conjuntos densos de estruturas subterrâneas, por vezes abandonados e reocupados após centenas de anos, circundados por conjuntos menores ou estruturas isoladas; e outra retratada pelos sítios superficiais, como áreas de exploração e manejo de recursos agroflorestais, distantes dos centros de concentração dos lugares habitacionais, resultados do intenso processo de ocupação dos sítios de habitação, por mais de 500 anos. As datações, assim como a cerâmica encontrada, demonstram uma associação aos sítios localizados na margem esquerda do rio das Antas, que alcançam as bacias hidrográficas dos rios Caí, Sinos, Pardinho e Jacuí, e que permitiram a interpretação do processo de ocupação Jê a partir da proposta de formação territorial (ZEDEÑO, 1997; 2010).
- ItemAcesso AbertoUm espaço na pré-história do Vale do Taquari(2013-06-17) Wolf, Sidnei; Machado, Neli Teresinha GalarceToda atividade humana, em qualquer período histórico ocorre num espaço físico concreto. Esta monografia tem como objeto identificar e analisar a distribuição espacial da cultura material compreendida por fragmentos de cerâmica, evidências líticas e vestígios arqueofaunísticos, na Área 2 do sítio arqueológico RS-T-114, localizado no município de Marques de Souza/RS. Considerou-se a partir da proposta teórico-metodológica da Arqueologia Espacial, que um objeto isolado não significa nada, mas sim por uma gama relações com outros objetos, privilegiando o seu contexto. A análise baseou-se na distribuição intra-sítio das diversas vasilhas e suas funções, bem como do material lítico com marcas de fogo e uso. Os dados foram relacionados com a bibliografia sobre as áreas de atividade Guarani e a cultura material produzida e utilizada nelas. A coleção analisada contemplou 1380 fragmentos de cerâmica, 252 peças líticas e um vestígio arqueofaunístico. Foram identificadas vasilhas com a funcionalidade de: servir e consumir alimentos sólidos e líquidos, cozinhar alimentos e servir alimentos sólidos e líquidos. O material lítico apresentou evidências com marcas de fogo, polimento e uso. A distribuição espacial demonstrou que a maioria das atividades estavam ligadas diretamente a área de combustão. Entre as atividades identificadas está o cozimento e consumo de alimentos; o retalhamento de núcleos para obtenção de lascas bipolares e o acabamento por polimento a artefatos líticos e vasilhas cerâmicas. Espera-se ter contribuído para o entendimento espacial de um grupo pré-histórico Guarani.
- ItemAcesso AbertoPaisagens e sistemas de assentamento: um estudo sobre a ocupação humana pré-colonial na Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta/RS(2013-03-01) Wolf, Sidnei; Machado, Neli Teresinha Galarce; http://lattes.cnpq.br/6666207712034183O presente documento é resultado da pesquisa realizada acerca da ocupação humana pré-colonial da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta, localizada na região centro-nordeste do Rio Grande do Sul. A pesquisa arqueológica na região iniciou-se em meados da década de 1990, sob influências da exploração hidrelétrica do Rio Forqueta, e a abertura do Setor de Arqueologia da Univates. Considerando a potencialidade de ocupação por grupos pré-coloniais em todos os espaços da região, objetivou-se investigar como os vestígios materiais se distribuem na paisagem, identificando os grupos e mapeando as áreas preferencialmente ocupadas. A metodologia aplicada baseou-se na localização dos pontos em campo, com registro de características do ambiente inserido, relacionando a oferta de recursos naturais com as características das populações identificadas, interpretando seus Sistemas de Assentamento. Foram utilizados como estudos de caso resultados de escavações em sete sítios arqueológicos, para a análise da estratigrafia, cultura material e sua distribuição no contexto vertical e horizontal. Identificou-se a ocupação de grupos caçadores coletores, na porção intermediária da bacia, no interior de vales intermontanos e topos de morros, associados a fontes de matéria- prima para produção de artefatos líticos; Proto-Jê Meridionais ao longo de divisores de bacia e topos de morro, ligadas à presença da Floresta Ombrófila Mista Montana; e Guarani na porção baixa da região, junto às planícies de inundação do Rio Forqueta, relacionadas à presença da Floresta Estacional Decidual Aluvial. A partir dos resultados, realizou-se uma aproximação à definição de parâmetros locacionais adaptados a Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta/RS.