Corpos que não param: narrativas sobre crianças com dificuldades de aprendizagem, de concentração e de relacionamento
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Data
2018-01
Autores
Orientador
Ohlweiler, Mariane Inês
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Resumo
“Corpos que não param” e medicalizações são duas expressões que se tornaram muito comuns no contexto escolar. A cada ano, a busca por diagnósticos cresce significativamente. Professores e pais não sabem mais como lidar com as crianças que não param. Vive-se um cenário em que as crianças apresentam cada vez mais dificuldade de manter-se em sala de aula e de assistir a uma aula. Com a ampliação do acesso escolar, os alunos têm constituído um grupo extremamente heterogêneo, o que faz com que eclodam as dificuldades de aprendizagem, de relacionamento e de concentração, problemas estes que procuram “ser solucionados” com o uso da medicalização. Este processo acaba classificando os discentes, muitas vezes, como normais ou anormais. A partir deste trabalho, buscou-se analisar de que forma são narradas crianças com dificuldades. Além disso, procurou-se perceber e refletir se as crianças realmente necessitam do uso de medicalizações. O problema principal consistiu em saber de que modo são narradas as crianças com dificuldades de aprendizagem, de relacionamento e de concentração. Para tanto, este estudo baseou-se em uma metodologia qualitativa, a partir da análise de pareceres e aplicação de questionários com as famílias de crianças que apresentam alguma das dificuldades mencionadas em turmas de Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola da rede privada situada no município de Lajeado/RS. A pesquisa abarca os conceitos de: atenção, aprendizagem e anormalidade, a partir de autores dos campos da Psicologia, Filosofia e Educação, como: Karine Coutinho, Michel Foucault, Jorge Ramos do Ó, Walter Kohan, Claudia Rodrigues de Freitas, entre outros. A partir do estudo realizado destacaram-se as seguintes constatações: a maioria das crianças que participaram da pesquisa possuem algum tipo de acompanhamento com profissionais fora da escola, como psicólogo, psicopedagogo, entre outros especialistas; as famílias acreditam no uso e eficácia dos medicamentos utilizados pelas crianças, não relatando em momento algum dúvidas ou receios em relação aos efeitos colaterais; os termos de normalidade e anormalidade ainda fazem parte da escrita dos professores em pareceres, e por sua vez acabam classificando o aluno dentro de um destes conceitos.
Descrição
Palavras-chave
Aprendizagem; Atenção; Aluno problema
Citação
ARENHALDT, Gabriela. Corpos que não param: narrativas sobre crianças com dificuldades de aprendizagem, de concentração e de relacionamento. 2017. Monografia (Graduação em Pedagogia) – Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 26 jun. 2017. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/1737.