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Notícias

07 Maio de 2018

Diplomada cria abrigo emergencial para famílias desalojadas

Em janeiro de 2017 o município de Rolante, no Vale do Paranhana, foi tomado por uma enxurrada. O desastre foi apenas mais um dos recorrentes acontecimentos hidrometeorológicos na cidade que fica localizada às margens do rio dos Sinos. Na ocasião,  6,6 mil moradores foram atingidos pela enchente e cerca de 400 famílias ficaram desabrigadas, gerando prejuízo superior a R$ 70 milhões.
 
Sensibilizada com as constantes catástrofes, a então estudante do curso de Design da Univates Jéssica Rempel encontrou no design uma oportunidade para auxiliar as famílias atingidas. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), orientado pela professora Silvia Dapper, a acadêmica desenvolveu um abrigo emergencial, produzido com materiais alternativos. Segundo ela, modelos similares já são utilizados em países como a Síria e a Etiópia, no entanto os altos custos os tornam inviáveis economicamente, quando distribuídos em grandes escalas.
 
A fim de diminuir os custos do kit, sem comprometer a usabilidade, Jéssica aderiu aos conceitos do design sustentável para projetar o material. Na montagem da estrutura,  utilizou madeira de bambu com tratamento de impermeabilidade. Já na parte externa desenvolveu um casco de alumínio e uma cobertura composta por lona de juta com algodão. Além disso, ela lembra que o projeto também contempla a disponibilização de  uma luminária portátil à base de energia solar.
 
Com isso, além de tornar o material até quatro vezes mais acessível economicamente (aproximadamente R$ 3 mil), Jéssica também conseguiu diminuir o peso do abrigo. Segundo ela, o kit de emergência pode se montado em apenas 30 minutos e comportar até cinco pessoas por aproximadamente 10 dias. No entanto, por mais que o material tenha sido estruturado para atender a ocorrências na cidade de Rolante, Jéssica garante que ele pode ser utilizado nos demais municípios do Estado. “Ele foi pensado para ser montado em um espaço alto e plano, independentemente do local”, afirma.
 
Texto: Artur Dullius
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