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Notícias

07 Maio de 2018

Quando um TCC se transforma em documentário

Diplomada em Jornalismo, Natasha Erthal sempre se interessou por música e resolveu unir notas musicais e meio ambiente em seu Trabalho de Conclusão de Curso, que resultou em quatro experiências distintas: uma análise crítica de documentários ambientais; realização de vivências na natureza aplicadas a um grupo de pessoas dentro de um audiovisual; a produção, gravação e edição do documentário “Sons que falam”; e a exibição deste documentário ambiental para um terceiro grupo de pessoas. O trabalho foi orientado pela doutora Jane Mazzarino.
 
Os objetivos do TCC de Natasha envolveram investigar, por meio de teóricos, como surgiu o cinema sonoro e como a trilha passou a ser importante elemento utilizado em audiovisuais. 
 
ara atingir esse objetivo, ela analisou a trilha sonora de três documentários ambientais, identificando os sons, ritmos, melodias utilizadas, suas características, em que momentos eram utilizados, de que forma conversavam com as imagens e contextos.
 
“A trilha sonora sempre me tocou e acredito que ela desperte sentidos nas pessoas. Por isso, a minha intenção era investigar como elas eram feitas, quais tipos de recursos eram utilizados e em quais momentos, se eram sons da natureza, sons instrumentais e até mesmo canções”, justificou ela.
 
“Ao longo da definição do objeto principal do estudo, surgiu a ideia de produzir um documentário sobre vivências na natureza, explorando o uso dos sons, em que fiquei responsável também por compor melodias e canções para complementar a trilha sonora”, explicou a jornalista.  Para o documentário produzido por ela, foram realizadas vivências no Jardim Botânico de Lajeado (JBL) com bolsistas do Grupo de pesquisa Comunicação, Educação Ambiental e Intervenções (Ceami) e voluntários. Os participantes realizaram oficinas relacionadas especificamente aos sons da natureza, a fim de sensibilizá-los por meio da recepção auditiva.
 
Com o documentário pronto, Natasha realizou dois grupos focais: um com pessoas ligadas à música e outro com os participantes da vivência no JBL. O objetivo foi entender a percepção dos espectadores em relação à trilha sonora do material audiovisual, formado por sons captados na natureza e por composições feitas pela jornalista. “Após todo o processo de pesquisa, concluí que a trilha sonora realmente influencia os sentidos das pessoas”, avalia ela.
 
O audiovisual, além de servir como base para a análise da trilha, possibilitou uma reflexão sobre a importância de se estar em meio à natureza e de como essa prática muitas vezes passa batida na correria do dia a dia. “A ideia foi também lembrar as pessoas que a natureza está o tempo todo conosco e que seus sons também são capazes de nos despertar sentidos, remetendo a lembranças e momentos importantes da nossa vida”, analisa Natasha.
 
O documentário foi um dos cinco exibidos na mostra não competitiva do I Festival de Cinema de Lajeado, realizado em 2017, e está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=AuBWdon5lDU.
 
Crédito: Nicole Morás
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