Fonoaudiologia
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Atos legais
Autorização: Resolução 047/consun/univates, de 02 de setembro de 2025
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Contato
GABRIELA KNIPHOFF DA SILVA LAWISCH
Professor e coordenador
gkdsilva@univates.br (51) 3714-7000 - RamalLocalização
Sala Prédio
Projeto pedagógico do curso
Formar profissionais fonoaudiólogos generalistas, humanistas, éticos e comprometidos com a transformação social, capazes de atuar de maneira crítica e reflexiva nos diversos contextos da prática fonoaudiológica, com base na integração entre ensino, pesquisa e extensão, e fundamentados em evidências científicas, nos referenciais históricos, filosóficos e metodológicos da área.
Considerando as características e demandas regionais para a atuação do fonoaudiólogo, o perfil do egresso do Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Univates está fundamentado no Plano de Desenvolvimento Institucional da Univates (PDI), nas Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CES 5/2002) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96), que regulamenta a educação no país.
Esse perfil está em consonância com as DCNs do curso, expressa as competências a serem desenvolvidas pelo discente e articula-se com as necessidades locais e regionais, sendo ampliado continuamente em resposta às novas demandas do mundo do trabalho e às transformações sociais e tecnológicas que impactam a área da saúde.
O egresso do Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Univates será um profissional da saúde com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, apto a atuar com excelência técnico-científica e responsabilidade social na promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dos distúrbios da comunicação humana - linguagem oral e escrita, voz, fluência, motricidade orofacial, audição e equilíbrio, e funções relacionadas à alimentação.
Estará capacitado para desenvolver ações fonoaudiológicas em todos os níveis de atenção à saúde - individual e coletiva - de forma interdisciplinar e intersetorial, com base nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), nos princípios da integralidade, equidade e universalidade, e nas políticas públicas de saúde, educação, cultura e assistência social.
O profissional egresso será capaz de articular teoria e prática em sua atuação, pautando-se por princípios éticos e bioéticos, pelo respeito à diversidade e pela valorização do sujeito em sua dimensão biopsicossocial e cultural. Será capaz de compreender criticamente os determinantes sociais do processo saúde-doença e as necessidades regionais de saúde da população, especialmente no contexto do Vale do Taquari, atuando de forma sensível e comprometida com a transformação da realidade.
A formação proporcionará competências para o trabalho em equipe, para o pensamento científico e a investigação aplicada, para a gestão de serviços e projetos em saúde, bem como para o exercício da educação permanente, com autonomia intelectual e compromisso com a aprendizagem ao longo da vida.
O curso de Fonoaudiologia desenvolve suas atividades teórico-práticas, básicas e profissionalizantes com a imagem-objetivo de um egresso que:
- assuma o compromisso ético e bioético na intervenção em saúde, respeitando a dignidade humana e os direitos fundamentais, visando uma atuação profissional competente, cidadã e socialmente responsável;
- desenvolva sua intervenção com base em práticas clínicas e científicas de excelência, adotando a educação permanente e continuada, com fundamentação em evidências científicas;
- reconheça e aplique as diretrizes e políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) e demais sistemas de saúde como orientadoras para sua prática profissional;
- atue com responsabilidade socioambiental, promovendo a sustentabilidade e o respeito à diversidade cultural, étnico-racial, de gênero, religiosa e social;
- trabalhe de forma cooperativa e solidária em equipes multiprofissionais e interdisciplinares, integrando conhecimentos para a promoção da saúde individual e coletiva;
- desenvolva intervenções nos diferentes níveis de atenção à saúde (básica, média e alta complexidade), compreendendo sua atuação tanto em âmbito individual quanto coletivo;
- planeje, organize e gerencie sua prática pessoal e profissional com criatividade, iniciativa, senso empreendedor e responsabilidade;
- domine as diversas formas de comunicação verbal, não verbal, escrita e tecnológica, essenciais para a atuação fonoaudiológica em múltiplos contextos;
- desenvolva visão crítica e empreendedora ampla e global, identificando os determinantes e condicionantes sociais, culturais e ambientais da saúde e da função humana;
- atue como gestor e empreendedor em saúde, com capacidade de inovar, liderar processos e promover o desenvolvimento institucional e comunitário;
- exerça o raciocínio clínico-científico e a tomada de decisão fundamentada em evidências, integrando saberes das ciências biológicas, humanas e sociais;
- planeje, implemente e avalie ações educativas, preventivas, terapêuticas e de reabilitação, promovendo a qualidade de vida e a inclusão social;
- comprometa-se com a promoção da saúde e a defesa dos direitos do usuário, atuando com responsabilidade social e cidadania;
- seja capaz de desenvolver pesquisa, produzir conhecimento e aplicar tecnologias inovadoras na prática fonoaudiológica;
- incentive e participe de processos de ensino, pesquisa e extensão universitária, contribuindo para o desenvolvimento científico e social da área.
As competências descritas são resultantes da estrutura curricular do curso, em consonância com os demais cursos da área da saúde, formando profissionais que reconheçam a potência do trabalho em equipe interprofissional, com vistas à atuação interdisciplinar, integrando programas de apoio à saúde e à qualidade de vida da população.
O desenvolvimento das habilidades deve possibilitar a formação de um profissional competente, cujas ações sejam pautadas na autonomia, no senso crítico e na responsabilidade, numa perspectiva humanística e fundamentada no trabalho interprofissional, em ambientes de ensino motivadores e provocadores de discussões e/ou situações-problema sobre a realidade vivenciada.
O aluno pode verificar a matriz curricular do curso para conhecer as disciplinas, ter acesso ao código, às horas-aula e aos créditos de cada uma.
O curso de Fonoaudiologia não exige proficiência.
O estágio supervisionado consiste em uma atividade curricular individual, eminentemente prática e obrigatória para os cursos da área de Ciências da Vida da Univates, à qual o curso de Fonoaudiologia está vinculado e do qual depende a outorga de grau e o respectivo registro de diploma de conclusão de curso.
No decorrer do curso de Fonoaudiologia, apresentam-se diferentes situações práticas de ensino e de aprendizagem, com o objetivo de oferecer ao futuro profissional o maior número de vivências no mundo do trabalho. Assim, os estágios curriculares constituem-se em experiências que contribuem de forma decisiva para as futuras escolhas. Por esse motivo, o curso de Fonoaudiologia da Univates conta com locais de estágio, considerando as competências previstas no perfil do egresso, em diferentes campos de atuação, com interlocução permanente entre a IES e as unidades concedentes de estágio, respeitando-se as diversas abordagens teóricas. As atividades, supervisionadas por um profissional habilitado e acompanhadas pelo professor orientador, devem ser desenvolvidas e realizadas pelo estagiário em nível local ou regional.
O estudante somente poderá matricular-se nos componentes curriculares de Estágio Supervisionado após ter cumprido os pré-requisitos obrigatórios especificados na matriz curricular do curso. As atividades de estágio estão fundamentadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal nº 9.394/96, nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Ensino Superior e na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
Dos objetivos
O conjunto de componentes curriculares do Estágio Supervisionado busca promover a interação do estagiário com o ambiente profissional no mundo do trabalho, permitindo-lhe vivenciar, no cenário de prática, o saber profissional a partir da realidade local de cada área.
Os objetivos específicos são:
- desenvolver, por meio da vivência, a visão real das áreas de atuação da Fonoaudiologia e a articulação com os cenários de trabalho;
- oferecer aos estagiários a oportunidade de aprofundar, de forma prática, os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso;
- oferecer condições para o desenvolvimento de habilidades e competências que contribuam para uma formação profissional que promova o desenvolvimento da comunidade;
- estabelecer interação com serviços de saúde, visando à qualificação dos serviços e dos envolvidos, de forma continuada;
- identificar as demandas do local de estágio e buscar os recursos que o curso de Fonoaudiologia pode oferecer como intervenção em saúde;
- experienciar práticas que favoreçam a análise crítica do campo profissional e seus desafios contemporâneos;
- desenvolver a habilidade de integração em equipes interprofissionais, a convivência com colegas e a postura ético-profissional compatível com o exercício da profissão.
A proposta dos componentes curriculares de estágio tem como finalidade oferecer ao estagiário a oportunidade de aplicar conhecimentos adquiridos no curso em ambiente profissional do mundo do trabalho, de forma a aprimorar o raciocínio clínico relacionado com a prática do fonoaudiólogo.
Da organização do estágio supervisionado quanto às unidades concedentes
O desenvolvimento das práticas nos serviços públicos ou privados é premente nos cursos da área da saúde. Para garantir o desenvolvimento das práticas em diferentes cenários, a Univates regulariza os estágios via contrato com as unidades concedentes, estabelecendo as competências da IES e as da organização concedente de estágio para desenvolvimento das ações. Assim, tendo em vista a necessidade de regular as práticas, as atribuições para desenvolvimento de estágios estão descritas na Resolução 003/Consun/Univates, de 2017, no capítulo 2, no item 2.6.5. Destaca-se que as atividades desenvolvidas em cenários de prática da rede pública são pactuadas por meio das demandas encaminhadas pelos municípios que integram o Coapes, do qual a Univates faz parte.
É importante destacar que os estágios são desenvolvidos em diversos serviços públicos, privados e comunitários do município de Lajeado e da região, como o Hospital Estrela, pertencente ao município de Estrela, e o Hospital São José - Rede Divina Providência, do município de Arroio do Meio. Entre os locais vinculados à rede de saúde pública dos municípios da região, como Arroio do Meio, Estrela e Lajeado, estão a Estratégia Saúde da Família (ESF), a Unidade Básica de Saúde (UBS), o Centro de Apoio Psicossocial (Caps) e a Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan). Além desses locais, a Univates oferece estrutura própria para a realização de atividades do estágio, com locais de atendimento à comunidade, como a Clínica-Escola de Fisioterapia, vinculada ao Saúde Univates. Com essa diversidade de cenários de prática, pode-se oportunizar ao estudante um amplo entendimento da atuação do fonoaudiólogo em diferentes territórios, articulando ações entre ensino-serviço-comunidade, ratificando a interlocução da academia com a comunidade.
Da organização do Estágio Supervisionado
A duração mínima do Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório é de 640 (seiscentas e quarenta) horas, que correspondem a 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso. Os estágios ocorrem a partir do terceiro ano do curso e estão organizados nos seguintes componentes curriculares:
1) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Linguagem Infantil - 140 (cento e quarenta) horas;
2) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva - 70 (setenta) horas;
3) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Fonoaudiologia Hospitalar - 72 (setenta e duas) horas;
4) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Voz - 54 (cinquenta e quatro) horas;
5) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Motricidade Orofacial - 54 (cinquenta e quatro) horas;
6) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Fonoaudiologia Educacional - 70 (setenta) horas;
7) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Avaliação Auditiva e Reabilitação Auditiva - 72 (setenta e duas) horas;
8) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Linguagem do Adulto - 54 (cinquenta e quatro) horas;
9) Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Disfagia e Distúrbios Alimentares - 54 (cinquenta e quatro) horas.
O estágio é realizado em horário compatível com o plano de estudo do estagiário, da organização curricular do curso e da organização concedente do estágio, podendo ser desenvolvido em instituições de natureza pública, privada ou de economia mista, com ou sem fins lucrativos, desde que possuidoras de registro e identificação do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou outra identificação que venha a substituir a mencionada, com anuência da IES. Os locais de estágio do curso de Fonoaudiologia são selecionados pelo coordenador do curso, coordenação de estágios e membros do NDE.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Linguagem Infantil
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Linguagem Infantil tem como objetivo possibilitar ao estudante a integração entre teoria e prática, desenvolvendo competências para a avaliação, diagnóstico, planejamento terapêutico e intervenção fonoaudiológica voltadas ao campo da linguagem oral na infância. Busca-se formar profissionais capazes de atuar de maneira ética, crítica e reflexiva frente às demandas de crianças com diferentes alterações de linguagem, promovendo o desenvolvimento comunicativo e a inclusão social.
O público-alvo é composto por crianças em idade pré-escolar e escolar, atendidas individualmente, provenientes de encaminhamentos de escolas, unidades de saúde, serviços de assistência social ou da comunidade em geral.
Os distúrbios de linguagem contemplados incluem: atraso de linguagem; Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL); transtornos de linguagem associados a deficiências auditivas, visuais, intelectuais e motoras; alterações de linguagem decorrentes de condições neurológicas ou genéticas.
O estágio é desenvolvido na clínica-escola da Univates, espaço de assistência, ensino e extensão, destinado tanto à formação dos acadêmicos quanto ao atendimento gratuito da população, e em instituições parceiras na área da saúde, como hospitais, serviços especializados e centros de referência multiprofissional. Dessa forma, alia a prática profissional supervisionada à oferta de serviços de saúde de qualidade, assegurando o compromisso social da Universidade.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva tem como objetivo inserir o estudante no campo das práticas fonoaudiológicas voltadas à promoção da saúde, prevenção de agravos e fortalecimento das políticas públicas no âmbito coletivo. Busca-se desenvolver competências para a atuação interdisciplinar e intersetorial, considerando os determinantes sociais da saúde e o compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS).
O público-alvo envolve grupos populacionais de diferentes faixas etárias, atendidos em serviços da atenção básica e em espaços comunitários, priorizando contextos de vulnerabilidade social e demandas coletivas em saúde.
As ações de estágio contemplam: desenvolvimento de atividades educativas em saúde, com foco na comunicação, linguagem, voz, motricidade orofacial, audição e deglutição; realização de triagens fonoaudiológicas e encaminhamentos adequados; planejamento e execução de oficinas, rodas de conversa, palestras e campanhas de prevenção; apoio às equipes de saúde na implementação de projetos terapêuticos singulares e ações coletivas; atuação em vigilância em saúde, com identificação de fatores de risco relacionados à comunicação humana.
O estágio é desenvolvido em serviços públicos de saúde e instituições comunitárias vinculadas ao SUS, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), Estratégia de Saúde da Família (ESF), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), possibilitando ao estudante vivenciar a integralidade do cuidado, a territorialidade e o trabalho em equipe multiprofissional.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Motricidade Orofacial (MO)
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Motricidade Orofacial (MO) tem como objetivo capacitar o estudante para a avaliação, o diagnóstico e a intervenção nos distúrbios que envolvem as funções orofaciais, como respiração, mastigação, deglutição, sucção e fala. Além disso, busca promover o desenvolvimento de habilidades para atuação clínica fundamentada em evidências científicas e integrada a outras áreas da saúde.
O público-alvo contempla crianças, adolescentes e adultos com alterações no sistema estomatognático, sejam elas de origem funcional, estrutural, neurológica ou decorrentes de hábitos deletérios, síndromes, malformações craniofaciais ou condições adquiridas.
Os distúrbios a serem tratados incluem: alterações miofuncionais orofaciais relacionadas à respiração oral e às funções de mastigação e deglutição; distúrbios de fala associados a alterações miofuncionais; sequelas de cirurgias ortognáticas, traumatismos ou procedimentos odontológicos; condições relacionadas a más-oclusões, alterações ortodônticas e estética orofacial.
O estágio é desenvolvido na clínica-escola da Univates e em instituições parceiras na área da saúde, como hospitais, serviços especializados e centros de referência multiprofissional, propiciando que o estudante possa vivenciar desde o processo diagnóstico até a elaboração de planos terapêuticos, acompanhamento longitudinal e orientações à família e equipe de saúde.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Voz
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Voz tem como objetivo capacitar o estudante para a avaliação, o diagnóstico e a intervenção nos distúrbios vocais, promovendo o desenvolvimento de habilidades clínicas que considerem tanto os aspectos funcionais quanto emocionais, sociais e profissionais relacionados à produção vocal.
O público-alvo inclui crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentam alterações de voz, sejam elas de natureza orgânica, funcional ou comportamental. Também são contemplados indivíduos que utilizam a voz de forma profissional, como professores, cantores, atores, operadores de telemarketing e outros profissionais da comunicação.
Os distúrbios a serem tratados abrangem: disfonias funcionais e orgânicas; distúrbios vocais decorrentes de uso inadequado ou abusivo da voz; alterações relacionadas a lesões benignas de pregas vocais, como nódulos, pólipos e cistos; sequelas de cirurgias laríngeas, intubação prolongada ou doenças neurológicas; distúrbios vocais em populações especiais, como transgêneros e indivíduos com deficiência auditiva, bem como técnicas de aperfeiçoamento vocal para profissionais da voz.
O estágio é desenvolvido na clínica-escola da Univates e em instituições de saúde parceiras, incluindo ambulatórios hospitalares, centros de especialidades e serviços de referência em otorrinolaringologia, nos quais o estudante realiza avaliação vocal, registros acústicos e perceptivo-auditivos, elabora diagnósticos fonoaudiológicos, conduz sessões terapêuticas individuais ou em grupo e desenvolve ações de prevenção e promoção da saúde vocal.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Linguagem do Adulto
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Linguagem do Adulto tem como objetivo desenvolver competências para a avaliação, diagnóstico e intervenção fonoaudiológica em alterações da comunicação, linguagem oral e escrita e funções cognitivas decorrentes de quadros neurológicos, psiquiátricos ou degenerativos em indivíduos adultos e idosos. O público-alvo são adultos e idosos que apresentam distúrbios de linguagem e comunicação em consequência de: Acidente Vascular Encefálico (AVE); traumatismo cranioencefálico (TCE); tumores do sistema nervoso central; doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA); transtornos psiquiátricos que repercutem na comunicação; alterações decorrentes de quadros demenciais e de envelhecimento patológico.
Os distúrbios a serem tratados incluem: afasias; disartrias; apraxia de fala adquirida; comprometimentos da leitura e escrita adquiridos; alterações de memória, atenção e funções executivas relacionadas à comunicação; distúrbios pragmáticos e de interação social.
Este estágio é desenvolvido na clínica-escola de Fonoaudiologia, hospitais, centros de reabilitação, unidades de internação e instituições de longa permanência para idosos (Ilpis), a partir de convênios e parcerias institucionais, envolvendo avaliação, elaboração de planos terapêuticos individualizados, atendimentos individuais ou em grupo, orientação a familiares e cuidadores e atuação em equipe multiprofissional.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Avaliação e Reabilitação Auditiva
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Avaliação e Reabilitação Auditiva tem como objetivo capacitar o estudante para atuar de forma integral na avaliação, diagnóstico e reabilitação de indivíduos com alterações auditivas, desenvolvendo competências para seleção, adaptação e acompanhamento de dispositivos auditivos, bem como estratégias de (re)habilitação auditiva e comunicação.
O público-alvo são crianças, adolescentes, adultos e idosos com diferentes graus e tipos de perda auditiva, incluindo usuários ou candidatos ao uso de aparelhos de amplificação sonora individual (Aasi) e/ou implantes cocleares, bem como seus familiares e cuidadores.
Distúrbios a serem tratados: perdas auditivas condutivas, neurossensoriais e mistas; alterações auditivas centrais; comprometimentos de linguagem e comunicação decorrentes da privação auditiva; necessidade de (re)habilitação auditiva em diferentes fases da vida; casos que demandem adaptação de dispositivos auditivos e acompanhamento longitudinal.
As atividades a serem desenvolvidas incluem: avaliação audiológica completa (audiometria tonal e vocal, impedanciometria, reflexos acústicos, emissões otoacústicas, potenciais evocados auditivos); avaliação do processamento auditivo central; seleção e adaptação de aparelhos auditivos e implantes cocleares; intervenção terapêutica individual e grupal em reabilitação auditiva; orientação e aconselhamento a pacientes e familiares; atuação em equipe multiprofissional e participação em discussões de caso; elaboração de laudos e registros clínicos detalhados.
O estágio é realizado em clínicas-escola, hospitais, ambulatórios especializados e serviços credenciados pelo SUS, permitindo ao estudante vivenciar todas as etapas do cuidado auditivo: triagem, avaliação, diagnóstico, seleção e adaptação de dispositivos auditivos, intervenção terapêutica, orientação familiar e atuação multiprofissional.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Disfagia e Distúrbios Alimentares
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Disfagia e Distúrbios Alimentares tem como objetivo propiciar ao estudante o desenvolvimento de competências para a avaliação, o diagnóstico e a intervenção fonoaudiológica em casos de disfagia e distúrbios alimentares em diferentes ciclos da vida. O estágio visa capacitar o aluno para atuar na promoção da saúde, prevenção de complicações, reabilitação da deglutição e no manejo de dificuldades relacionadas ao processo alimentar, incluindo a orientação às famílias e equipes multiprofissionais.
O público-alvo inclui pacientes pediátricos, adultos e idosos com alterações da deglutição ou dificuldades alimentares decorrentes de causas neurológicas, estruturais, funcionais, comportamentais ou sensoriais. Inclui, ainda, crianças em processo de introdução alimentar e pacientes em reabilitação nutricional.
Distúrbios a serem tratados: disfagia orofaríngea em diferentes etiologias (neurológicas, oncológicas, respiratórias, cirúrgicas); distúrbios alimentares pediátricos (dificuldades na sucção, mastigação, seletividade, recusa alimentar, transtornos sensoriais); alterações da alimentação associadas ao envelhecimento e a doenças crônicas; complicações decorrentes da disfagia (risco de aspiração, pneumonia aspirativa, desnutrição, desidratação).
O estágio é realizado em diferentes cenários de prática, abrangendo hospitais gerais e especializados, ambulatórios multiprofissionais, clínicas-escola de Fonoaudiologia e serviços de atenção básica em saúde. Essa diversidade de campos proporciona ao estudante vivenciar tanto o atendimento individualizado quanto ações de orientação familiar e de trabalho integrado em equipes multiprofissionais.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Fonoaudiologia Hospitalar
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Fonoaudiologia Hospitalar tem como objetivo capacitar o estudante para atuar no contexto hospitalar, integrando a equipe multiprofissional e desenvolvendo habilidades para avaliação, intervenção e acompanhamento de pacientes internados em diferentes unidades clínicas.
O público-alvo abrange pacientes em situação de internação hospitalar, de todas as idades, desde neonatos até idosos, que necessitam de avaliação e acompanhamento fonoaudiológico durante o período de hospitalização.
Os distúrbios a serem atendidos incluem: alterações de deglutição (disfagias orofaríngeas em diferentes graus e etiologias); alterações de comunicação decorrentes de condições neurológicas agudas ou crônicas; alterações de voz e fala associadas a intubações, traqueostomias e outras intervenções médicas; intercorrências em recém-nascidos, como prematuridade e dificuldades alimentares; necessidade de orientações a familiares e cuidadores sobre cuidados pós-alta relacionados à comunicação, voz e alimentação.
A natureza da instituição vinculada é um hospital geral ou especializado, público ou conveniado ao SUS, com setores como Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enfermarias clínicas e cirúrgicas, pediatria, neonatologia e pronto atendimento, assegurando um campo diversificado de experiências ao estagiário.
As principais atividades desenvolvidas incluem: avaliação clínica da deglutição em diferentes faixas etárias; aplicação de protocolos de triagem e monitoramento de risco para disfagia; intervenções terapêuticas em disfagia e comunicação durante a internação; orientação à equipe multiprofissional quanto às condutas fonoaudiológicas; orientação a pacientes, familiares e cuidadores sobre cuidados domiciliares; registros sistematizados em prontuário; participação em reuniões de equipe multiprofissional e discussões de caso.
Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Fonoaudiologia Educacional
O Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório em Fonoaudiologia Educacional tem como objetivo oferecer ao estudante a oportunidade de atuar na interface entre Fonoaudiologia e Educação, desenvolvendo ações de promoção, prevenção e acompanhamento relacionadas à linguagem oral e escrita, à voz e à audição no contexto escolar. O estágio tem como finalidade preparar o aluno para contribuir com a inclusão, a aprendizagem e o desenvolvimento global dos estudantes, por meio de práticas colaborativas com professores, gestores, famílias e equipes multiprofissionais.
O público-alvo abrange a comunidade escolar em geral, incluindo crianças e adolescentes matriculados na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, bem como professores e demais profissionais da educação.
Distúrbios e dificuldades a serem abordados: alterações de linguagem oral e escrita que impactam o processo de alfabetização e aprendizagem; alterações de voz decorrentes do uso profissional em docentes; queixas auditivas que possam interferir na comunicação e no desempenho escolar; dificuldades de comunicação que comprometam a participação social e educacional do estudante.
O estágio é desenvolvido em instituições de ensino públicas ou privadas, com projetos voltados ao contexto educacional. As atividades incluem ações coletivas (rodas de conversa, oficinas, projetos educativos), sempre em parceria com a equipe pedagógica.
Das atribuições
Da coordenação de estágio
A coordenação dos estágios de curso é realizada por um professor do curso, designado pelo coordenador de curso para esse fim. Ele será responsável pelo planejamento, desenvolvimento e avaliação do andamento das atividades de estágio. São atribuições do coordenador de estágios:
- o planejamento das atividades;
- a seleção dos locais para realização dos estágios obrigatórios, aprovada em reunião do NDE do curso e ouvido o Conselho de Curso;
- a orientação dos estudantes na seleção dos locais para realização dos estágios obrigatórios, quando for permitida a escolha de cenários de prática para desenvolvimento dos estágios;
- a orientação para matrícula nos componentes curriculares de estágios obrigatórios;
- a definição dos supervisores acadêmicos e do professor orientador, em conjunto com o coordenador de curso, para orientação específica no desenvolvimento das atividades;
- o planejamento das atividades a serem desenvolvidas no decorrer dos estágios;
- a deliberação sobre a participação dos estagiários em eventos externos;
- a aplicação da legislação de estágios, em consonância com a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, e a legislação específica da área;
- a aplicação da legislação específica para desenvolvimento da atuação profissional, com vistas à ética do cuidado;
- a disponibilização, orientação e conferência do preenchimento dos documentos necessários para a regularização das atividades de estágio, sejam estas realizadas na Instituição ou fora dela;
- a conferência da carga horária total das atividades realizadas pelo estagiário, com vistas à legislação específica.
O acompanhamento do desenvolvimento das atividades com os supervisores locais e professores orientadores compreende:
- realizar encontros sistemáticos com supervisores locais, conforme possibilidade, e professores orientadores para avaliação das atividades desenvolvidas e assegurar que elas contemplem os objetivos definidos para cada estágio;
- realizar encontros com os estagiários para avaliação das atividades;
- assegurar que os objetivos do estágio estejam sendo contemplados no desenvolvimento das práticas, com vistas ao ensino;
- assegurar a realização de atividades profissionais em cenários de prática que contribuam para o desenvolvimento do futuro profissional do egresso previsto no PPC;
- orientar a avaliação de desempenho sistemática dos estagiários.
Da supervisão de estágio: professor orientador
A supervisão acadêmica dos estágios curriculares será exercida por professor orientador de estágio, designado pela coordenação do curso, com experiência na área e vinculado à Univates. São atribuições do professor orientador de estágio:
- acompanhar o estagiário no planejamento, execução e avaliação das atividades de estágio;
- orientar o estagiário na elaboração do trabalho final de estágio;
- organizar cronograma dos encontros de supervisão acadêmica com o estagiário;
- registrar frequência e combinações efetuadas nos encontros de supervisão acadêmica com o estagiário;
- avaliar o estagiário com base nos relatórios apresentados, nos pareceres do supervisor e no desempenho demonstrado pelo estagiário nas supervisões efetuadas;
- visitar o local de estágio, objetivando não somente as avaliações, mas também a integração das propostas do curso e da Univates com o campo de estágio, bem como dos próprios supervisores envolvidos nesse processo;
- registrar participação em reuniões e visitas ao campo de estágio;
- avaliar o local de estágio considerando os requisitos estabelecidos pelo NDE do curso, para a manutenção das atividades no campo de estágio;
- participar das reuniões sempre que solicitado.
Da supervisão local - preceptor
A supervisão local dos estágios curriculares será exercida por um profissional com Ensino Superior designado para tal, devidamente qualificado e vinculado à organização concedente de estágio, salvo as especificidades dos locais. São atribuições do supervisor local:
- informar sobre o número de vagas existentes e os requisitos exigidos pelo local;
- realizar o processo seletivo dos candidatos, quando necessário;
- apresentar um plano das atividades a serem realizadas pelo estagiário;
- orientar e acompanhar o estagiário no planejamento, execução e avaliação das atividades de estágio, tendo em vista as competências e habilidades pertinentes à atuação do profissional;
- oferecer espaços de aprendizagem e formação teórica, como seminários, possibilitando ao estagiário a reflexão sobre a sua prática;
- auxiliar o estagiário no engajamento com a equipe local, estimulando as trocas e a construção de novas propostas de trabalho;
- realizar supervisão sistemática;
- registrar frequência nos encontros de supervisão local com o estagiário e, quando necessário, comunicar ao coordenador de estágios as combinações efetuadas;
- assinar as fichas de controle de frequência e os relatórios do estagiário;
- preencher documento de avaliação do desempenho do estagiário;
- compartilhar com o supervisor acadêmico o desempenho do estagiário;
- participar de reuniões quando necessário.
Do estagiário
O estágio deve ser realizado em local devidamente autorizado pela coordenação de estágio, sendo desenvolvido por estagiário regularmente matriculado nas disciplinas de Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório e que cumpriu os pré-requisitos exigidos. São atribuições do estagiário:
- entregar à coordenação de estágio a Carta de Aceite do profissional do local concedente de estágio, quando necessário, e o Termo de Convênio e de Compromisso de Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório;
- elaborar o Plano de Estágio e submetê-lo à aprovação do professor orientador;
- cumprir integralmente o total de horas previstas para cada um dos estágios supervisionados com frequência de 100% (cem por cento), conforme regulamentação interna da Univates. O cronograma, horário e atividades serão realizados de acordo com orientação do coordenador de estágios, professor orientador e supervisor local;
- ser assíduo e pontual no local de estágio e nos encontros com os supervisores, inclusive na entrega dos trabalhos escritos;
- apresentar sugestões ou solicitações que venham a contribuir para o melhor desenvolvimento das atividades de estágio;
- portar-se de acordo com o código de ética profissional, dentro ou fora dos locais de estágio, em toda e qualquer situação, principalmente em relação ao sigilo profissional;
- zelar pela imagem da profissão, da instituição que representa (Univates) e da instituição em que está realizando o estágio;
- não usar ou estar sob efeito de substâncias químicas durante os estágios;
- não veicular imagens e/ou vídeos sem prévia autorização por escrito do local de estágio e das pessoas envolvidas;
- manter o sigilo sobre as informações obtidas em prontuários ou qualquer informação que identifique os usuários ou locais de estágio;
- respeitar e cumprir normas e regras do local de estágio;
- respeitar as normas referentes à apresentação pessoal, inclusive em relação ao uso de uniforme, quando solicitado;
- apresentar informações sobre o estágio quando solicitado pelo professor orientador e entregar os relatórios nas datas determinadas.
A falta de cumprimento dos requisitos poderá inviabilizar o aproveitamento da carga horária.
Critérios de avaliação do estágio supervisionado
O processo de avaliação dos componentes curriculares de Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório inclui as avaliações formativa, cognitiva e procedimental. Elas serão efetuadas sistematicamente, a partir de diferentes instrumentos, como: relatório, artigo, paper, diário de campo, entre outros, realizados pelos professores orientadores e supervisores de estágios.
A avaliação dos componentes curriculares de Estágio Supervisionado é vista como um processo formativo, caracterizada pela aprendizagem no desenvolvimento e cumprimento dos procedimentos e ações. Visa diagnosticar, acompanhar e proceder intervenções necessárias, de acordo com as circunstâncias, para orientar as práticas realizadas. Permite ainda demonstrar os resultados de aprendizagem alcançados pelos estagiários. Para tanto, pode ser feito o uso dos seguintes instrumentos e critérios de avaliação:
(a) Domínio atitudinal - envolve assiduidade, entendida como a presença em todas as atividades; pontualidade no cumprimento dos horários previstos; postura profissional, avaliada a partir da relação de respeito, cordialidade e comunicação adequada com pacientes, pessoal técnico administrativo dos serviços, colegas e supervisores; vestimenta adequada, seguindo as orientações dos supervisores de estágio no ambiente da Clínica-Escola, no hospital e em demais serviços de saúde; interesse demonstrado nas atividades realizadas, entendido como a problematização das ações realizadas, estimulando o perfil crítico-reflexivo do estagiário do curso de Fonoaudiologia;
(b) Domínio cognitivo - abrange a demonstração de domínio do conhecimento semiológico evolutivo das patologias; habilidade de comunicação de acordo com o público-alvo; conhecimento teórico das técnicas aplicadas à prática; domínio e independência na avaliação do paciente; domínio e independência na seleção da conduta terapêutica; estímulo à autonomia do paciente no processo de reabilitação; participação em seminários, debates e estudos de casos;
(c) Domínio procedimental - compreende a seleção e o emprego adequado de métodos e técnicas de avaliação e tratamento; diversificação na aplicação dos recursos terapêuticos; demonstração de destreza; estímulo à independência do paciente e à construção do plano terapêutico estabelecido em conjunto entre estagiário e paciente; habilidade prática; organização e zelo pelo material de trabalho.
Os supervisores locais e professores orientadores emitirão parecer descritivo do desempenho do estagiário, conforme critérios definidos no Projeto Pedagógico. O resultado final de cada estágio é expresso em uma nota final, atribuída pelos supervisores de estágio. Esse grau final embasa-se nos critérios de desempenho supracitados, somado ao resultado do desempenho do estagiário em avaliações teóricas. Em cada um dos componentes curriculares de estágio, o supervisor responsável deve realizar dois pareceres descritivos formais do desempenho do estudante, devendo, nessa ocasião, formalizar para o acadêmico os aspectos positivos que vem demonstrando, bem como os aspectos a melhorar.
O grau final resulta das avaliações realizadas pela orientação acadêmica e supervisão local e dos trabalhos escritos apresentados. É considerado aprovado o estudante que obtiver média final compatível com o proposto no Regimento Geral da Univates. Os instrumentos de avaliação são produzidos pela coordenação de estágios e aprovados pelo Conselho de Curso. Importante ressaltar que os relatórios produzidos pelos estudantes geram insumos para a atualização das práticas de estágios, a indicação de locais para a prática e as alterações nos planos de ação dos estagiários.
Das disposições gerais
O estágio não obrigatório, assim como o estágio obrigatório, fundamenta-se na Lei no 11.788,
de 25 de setembro de 2008, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal no
9.394/96, na Resolução 051-2*/Consun/Univates, de 31 de agosto de 2020, e nas Diretrizes
Curriculares dos cursos de Ensino Superior.
Da caracterização do estágio
O estágio, segundo o art. 1o da Lei no 11.788/2008, caracteriza-se como "um ato educativo
escolar supervisionado", tendo como finalidade a preparação para o trabalho e para a vida cidadã dos alunos que estão regularmente matriculados e frequentando curso em instituição superior. O estágio não obrigatório, que deve integrar o projeto pedagógico de cada curso, é uma atividade opcional acrescida à carga horária regular e obrigatória do curso, não se constituindo, porém, em um componente indispensável à integralização curricular. No curso de Fonoaudiologia, bacharelado, o estágio não obrigatório pode ser aproveitado como atividade complementar, conforme previsto no regulamento das atividades complementares do Projeto Pedagógico do Curso aprovado pelo Consun.
Além disso, o estágio não obrigatório também poderá ser aproveitado como estágio curricular mediante protocolo, avaliação e autorização da coordenação do curso.
Dos objetivos
Geral
Oportunizar ao estudante estagiário ampliar conhecimentos, aperfeiçoar e/ou desenvolver
habilidades e atitudes necessárias para o bom desempenho profissional, vivências que contribuam
para um adequado relacionamento interpessoal e participação ativa na sociedade.
Específicos
Possibilitar ao estudante matriculado e que frequenta o curso de Fonoaudiologia, bacharelado da
Universidade do Vale do Taquari - Univates:
- vivenciar situações que ampliem o conhecimento da realidade na área de formação do
estudante;
- ampliar o conhecimento sobre a organização profissional e o desempenho profissional;
- interagir com profissionais da área em que atuar, com pessoas que direta ou indiretamente
se relacionam com as atividades profissionais, com vistas a desenvolver e/ou aperfeiçoar habilidades e atitudes básicas e específicas necessárias para a atuação profissional;
- promover a integração entre ensino e serviço, possibilitando o trabalho em equipe
multiprofissional e interdisciplinar;
- compreender o processo saúde/doença a partir do contato com a realidade e a situação de
vida e saúde da população.
Das exigências e critérios de execução
Das determinações gerais:
A realização do estágio não obrigatório deve obedecer às seguintes determinações:
I) o estudante deve estar matriculado e frequentando regularmente o curso de Fonoaudiologia,
bacharelado da Universidade do Vale do Taquari - Univates;
II) é obrigatório concretizar a celebração de termo de compromisso entre o estagiário, a parte
concedente do estágio e a Univates;
III) as atividades cumpridas pelo estudante em estágio devem compatibilizar-se com o horário
de aulas e aquelas previstas no termo de compromisso;
IV) a carga horária da jornada de atividades do estudante estagiário será de até 6 (seis) horas
diárias e de até 30 (trinta) horas semanais;
V) o período de duração do estágio não obrigatório não pode exceder 2 (dois) anos, exceto
quando se tratar de estudante com deficiência;
VI) o estágio não obrigatório não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, devendo o
estudante receber bolsa ou outra forma de contraprestação pelas atividades que desenvolver. A
eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros,
também não caracteriza vínculo empregatício;
VII - se houver alguma forma de contraprestação ou bolsa de estágio não obrigatório, o
pagamento do período de recesso será equivalente a 30 (trinta) dias sempre que o estágio tiver
duração igual ou superior a um ano, a ser gozado preferencialmente durante as férias escolares. No caso de o estágio ter duração inferior a um ano, os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional;
VIII - a unidade concedente deve contratar em favor do estagiário seguro de acidentes
pessoais cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme consta no documento
Termo de Compromisso firmado com a IES;
IX - as atividades de estágio não obrigatório devem ser desenvolvidas em ambiente com
condições adequadas e que possam contribuir para aprendizagens do estudante estagiário nas áreas social, profissional e cultural;
X - cabe à Univates comunicar, quando solicitada, à unidade concedente ou ao agente de
integração (se houver) as datas de realização de avaliações escolares acadêmicas;
XI - segundo o art. 14 da Lei 11.788/2008, "aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à
saúde e segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio".
Das exigências e critérios específicos
O estágio não obrigatório do Curso de Fonoaudiologia, bacharelado envolve atividades
relacionadas às áreas da saúde e meio ambiente, a serem desenvolvidas em instituições públicas ou privadas e outras organizações formais e não formais (ONGs) que se dedicam a atividades
relacionadas à área do curso.
O estágio não obrigatório deve constituir-se numa oportunidade para os estudantes do Curso
de Fonoaudiologia, bacharelado atuarem em área da saúde ou meio ambiente como colaboradores no desenvolvimento de atividades, envolvendo ações relacionadas com aspectos institucionais mais amplos e que permitam o conhecimento da realidade local, a aplicação de conhecimentos e o
desenvolvimento de competências e habilidades profissionais, sociais e culturais.
O estudante estagiário somente pode assumir atividades se houver um professor ou profissional habilitado, indicado pela unidade contratante, para acompanhamento do seu estágio.
Das atribuições
Do professor supervisor de estágio
A supervisão do estágio não obrigatório será feita por um professor designado pelo NDE do
curso e registrada em documento fornecido pelo setor responsável da IES. O acompanhamento é
realizado via relatório de estágio e/ou visitas locais devidamente registradas.
Do supervisor da unidade concedente
O supervisor da parte concedente é um profissional do quadro de funcionários da empresa
contratante responsável pelo acompanhamento do aluno estagiário durante o desenvolvimento das
atividades, devendo possuir formação superior no curso de Fonoaudiologia e registro no CONSELHO DO CURSO, no caso de área privativa do fonoaudiólogo.
Cabe também ao supervisor indicado pela empresa concedente comunicar à Central de
Estágios da Univates qualquer irregularidade ou, se for o caso, a desistência do aluno estagiário,
assim como efetuar os registros relacionados ao desempenho do aluno.
Do estudante estagiário
Cabe ao estudante estagiário contratado para desenvolver estágio não obrigatório:
- indicar a organização em que realizará o estágio não obrigatório à Central de Estágios da
Univates ou ao responsável administrativo do agente de integração;
- elaborar o plano de atividades e desenvolver as atividades acordadas;
- responsabilizar-se pelo trâmite do Termo de Compromisso, devolvendo-o à Central de
Estágios da Univates e ao responsável administrativo do agente de integração, se houver,
convenientemente assinado e dentro do prazo previsto;
- ser assíduo e pontual tanto no desenvolvimento das atividades quanto na entrega dos
documentos exigidos;
- portar-se de forma ética e responsável.
Das disposições finais
A Central de Estágios, o Núcleo de Apoio Pedagógico e o coordenador de curso devem
trabalhar de forma integrada no que se refere ao estágio não obrigatório dos estudantes matriculados nos cursos de graduação da Universidade do Vale do Taquari - Univates, seguindo as disposições contidas na legislação em vigor, assim como as normas internas contidas no regulamento de estágio não obrigatório e na Resolução 051-2*/Consun/Univates, de 31 de agosto de 2020.
As unidades concedentes, assim como a Central de Estágios e o coordenador de curso,
devem seguir o estabelecido na legislação em vigor, as disposições do regulamento de estágio não
obrigatório e as normas e orientações da Universidade do Vale do Taquari - Univates que tratam do
assunto. Todos os documentos relacionados aos estágios encontram-se em anexo.
É requisito para colação de grau como Bacharel em Fonoaudiologia a elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), visando à consolidação dos conteúdos do curso, desenvolvendo a capacidade investigativa e aprofundando um tema de interesse do estudante.
No curso de Fonoaudiologia, o trabalho de conclusão é realizado por meio de dois componentes curriculares: o Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC I) e o Trabalho de Conclusão de Curso II (TCC II).
Trabalho de Conclusão de Curso I
No componente curricular Trabalho de Conclusão de Curso I, com carga horária de 40 (quarenta) horas, o acadêmico elabora, sob a orientação de um professor, um projeto de pesquisa, ensino ou extensão, aprofundando um tema de seu interesse relacionado com o curso. O cronograma de orientações é estabelecido entre o professor orientador e o estudante, ocorrendo os encontros de forma individualizada e sendo registrados no ambiente virtual do componente. Para a elaboração do projeto de TCC, deve ser utilizado o Manual da Univates para Trabalhos Acadêmicos. Ao final do semestre, o estudante submete o projeto a uma banca, para qualificação. O arquivo do projeto deve ser postado no ambiente virtual, no formato PDF, com 14 (catorze) dias de antecedência da banca, conforme cronograma do componente curricular.
Trabalho de Conclusão de Curso II
Ao longo do Trabalho de Conclusão de Curso II, o acadêmico desenvolve o projeto de pesquisa elaborado na etapa anterior e produz seu trabalho de conclusão, no formato de artigo científico, na área de pesquisa, ensino ou extensão. No TCC II deverão ser consideradas as normas da revista para a qual o artigo será submetido. O cronograma de orientações é estabelecido entre o professor orientador e o estudante, ocorrendo os encontros de forma individualizada, os quais são registrados no ambiente virtual do componente. Ao final do semestre, o estudante apresenta o trabalho a uma banca composta pelo professor orientador e dois professores convidados, sendo um deles, preferencialmente, aquele que participou da banca de qualificação. O arquivo do artigo, a versão a ser encaminhada para a banca, deve ser postado no ambiente virtual com 14 (catorze) dias de antecedência da banca, conforme cronograma do componente curricular.
A definição do professor orientador de TCC é realizada em reunião de NDE, após a identificação dos temas de interesse do estudante, e encaminhada à Secretaria de Apoio Acadêmico para registro no plano de trabalho do professor orientador.
Das atribuições do coordenador do TCC
A coordenação do TCC é realizada pelo professor que coordena os estágios. São atribuições do coordenador em relação ao TCC:
- acompanhar as orientações, garantindo que todos os estudantes recebam orientação para elaboração do trabalho.
Das atribuições do professor orientador
Compete ao orientador:
- sugerir, propor, orientar e avaliar o trabalho para que atenda aos critérios da pesquisa científica e zele pela correção da língua portuguesa, desde a elaboração do projeto até a apresentação do TCC;
- acompanhar a elaboração da proposta do projeto, acompanhar a escrita dos trabalhos realizados pelos orientandos, bem como as etapas de seu desenvolvimento;
- orientar o estudante, quando necessário, na reelaboração de projeto de pesquisa, ensino ou extensão, e sugerir, se for o caso, indicações bibliográficas e fontes de dados disponíveis em instituições públicas ou particulares ou a produção de dados oriundos de trabalho de campo;
- atender, individualmente, cada aluno para orientação e avaliação do trabalho, com a finalidade de preservar a articulação teórico-prática para a produção de novo conhecimento;
- realizar orientações sistemáticas de pelo menos 30 (trinta) minutos a seus alunos orientandos, em horário previamente fixado;
- comunicar ao coordenador de estágios/TCC sobre o andamento da elaboração do trabalho;
- instruir previamente o estudante para a sua apresentação oral;
- participar das defesas de seus orientandos, cujas bancas presidirá;
- assinar, com os demais membros das bancas examinadoras, as fichas de avaliação de TCC e as atas finais das sessões de defesa;
- ser responsável pela adequação do trabalho às normas do Comitê de Ética em Pesquisa (Coep) em seres humanos, quando o tipo de pesquisa o fizer necessário.
Das atribuições do orientando: o estudante
- Procurar o professor orientador para discutir seu projeto (TCC I) ou Trabalho de Conclusão (TCC II);
- Comparecer às orientações, conforme calendário estipulado com o orientador;
- Cumprir os prazos estabelecidos pela coordenação de TCC;
- Entregar, nos prazos combinados com o orientador, as escritas solicitadas;
- Cumprir com as questões éticas de pesquisa com seres humanos;
- Apresentar ao professor orientador o projeto ou artigo de TCC, de acordo com as normas e prazos previamente estabelecidos;
- Ter obtido aprovação nos componentes curriculares que constituem pré-requisito ao TCC, de acordo com o currículo do curso;
- Enviar o projeto (TCC I) para os membros da banca nas normas científicas reconhecidas institucionalmente;
- Enviar o artigo (TCC II) para os membros da banca nas normas científicas da revista escolhida, em conjunto com as normas da revista;
- Comparecer no dia, hora e local agendados para apresentação oral do trabalho;
- Realizar, conforme prazo estabelecido, as correções sugeridas pela comissão avaliadora para apreciação do orientador;
- Após a realização das correções, postar, no ambiente virtual do componente curricular de TCC, o projeto ou o artigo alterado conforme as sugestões da banca, em arquivo PDF, devidamente identificado;
- Preencher o formulário "Termo de Licença da Biblioteca Digital da Univates", de acordo com sua disposição, para autorizar ou não a publicação do seu TCC.
Da banca de avaliação do TCC e critérios de avaliação
Compete à banca de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) avaliar o trabalho do estudante mediante critérios estabelecidos pelo Conselho de Curso.
Em ambos os componentes (TCC I e TCC II), a apresentação do trabalho para a banca segue esta organização:
- o estudante terá de 10 (dez) a 20 (vinte) minutos para apresentar seu trabalho;
- a banca terá de 10 (dez) a 15 (quinze) minutos para questionamentos;
- após a arguição, o orientador fará as considerações finais.
Para obter aprovação, em cada uma das etapas (TCC I e TCC II), o estudante deve atingir nota final igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).
Da avaliação do TCC I
A banca do TCC I é composta pelo professor orientador e por um professor avaliador convidado que integra o corpo docente do curso de Fonoaudiologia, tendo o aval do NDE.
A avaliação do Trabalho de Conclusão I segue os critérios estabelecidos pelo NDE do curso, e considera a apresentação oral e a escrita do trabalho. A avaliação será registrada por meio dos seguintes instrumentos avaliativos, a serem encaminhados aos avaliadores: a Ficha de Avaliação do Orientador, a Ficha de Avaliação do Examinador e a Ata de Registro da Avaliação.
A nota final do TCC I segue esta composição: 80% (oitenta por cento) corresponde à avaliação atribuída pelo orientador; 20% (vinte por cento) corresponde à avaliação atribuída pelo professor convidado.
Da avaliação do TCC II
Para o Trabalho de Conclusão de Curso II, a banca de avaliação é composta pelo professor orientador e mais dois professores convidados, sendo um deles, preferencialmente, aquele que participou da banca do projeto.
A avaliação do Trabalho de Conclusão II segue os critérios estabelecidos pelo NDE do curso, e considera a apresentação oral e a escrita do trabalho. A análise e a avaliação do artigo referente às adequações às normas da revista escolhida para publicação ficarão a cargo do orientador do trabalho.
A avaliação será registrada por meio dos seguintes instrumentos avaliativos, a serem encaminhados aos avaliadores: a Ficha de Avaliação do Orientador; a Ficha de Avaliação do Examinador e a Ata de Registro da Avaliação.
A nota final do TCC II segue esta composição: 80% (oitenta por cento) corresponde à média aritmética das notas atribuídas pelos professores convidados e 20% (vinte por cento) corresponde à avaliação atribuída pelo professor orientador.
Para aprovação, tanto no TCC I quanto no TCC II, o acadêmico deve alcançar a nota mínima 6,0 (seis vírgula zero) e o grau máximo 10,0 (dez vírgula zero), seguindo o regulamento da Instituição para os Trabalhos de Conclusão de Curso.
Disposições gerais
O período de apresentação dos Trabalhos de Conclusão de Curso I e II é definido pela coordenação de estágios e TCCs e informado em reunião de Conselho de Curso, no início do semestre. Cabe ao coordenador do TCC a viabilização da apresentação dos trabalhos, em termos de local, data e horário, conforme período previamente indicado pela Secretaria de Apoio Acadêmico.
Os professores orientadores responsabilizam-se por constituir as bancas, tanto do TCC I quanto do TCC II, e as informam à coordenação de estágios e TCCs com um mês de antecedência, para que possam ser dados os encaminhamentos para sua realização.
A versão final do Trabalho de Conclusão II, após realizados os ajustes solicitados pela banca, deve ser postada no Ambiente Virtual, em formato PDF, conforme calendário estipulado pela coordenação de estágios e TCCs, não sendo necessária sua impressão. Além disso, a versão em PDF será depositada no repositório digital da Univates - Biblioteca Digital da Univates (BDU) -, conforme autorização do estudante e do orientador, para visualização pública ou não.
Em casos de suspeita ou identificação de cópia literal sem identificação do uso da fonte ou plágio, o professor orientador encaminha o trabalho à coordenação de estágios e TCCs, que solicita a convocação de reunião extraordinária do NDE para avaliar o trabalho. Caso confirmada a situação, o estudante será reprovado no componente curricular, sem a possibilidade de refazer o trabalho.
Reitera-se o compromisso institucional de primar pela observância dos direitos autorais. A Instituição e o curso repudiam todas as formas e tipos de plágio acadêmico. Em qualquer momento do processo de elaboração, apresentação e, inclusive, após a obtenção de seu diploma, confirmada a existência de plágio, fraude ou comercialização do TCC, ao estudante podem ser empregadas as normas do regime disciplinar da Univates, sem prejuízo da responsabilização civil e penal.
O atendimento psicopedagógico é um serviço de apoio aos estudantes com necessidades especiais e/ou dificuldades de aprendizagem, realizado por um profissional vinculado ao Universo Univates. O atendimento pode ser solicitado pelo professor, pelo coordenador de curso ou pelo próprio estudante, tendo como objetivo auxiliar o aluno no seu processo de aprendizagem.