CORPO NEGRO E O MERCADO DE TRABALHO

Resumo

As relações de trabalho da atualidade estão diretamente ligadas com o passado escravagista do Brasil. O legado do corpo negro como objeto de subserviência é histórico e geracional. Por isso, utilizou-se a metodologia qualitativa, para análise dos contextos de existência e resistência do corpo negro, visando responder o problema de pesquisa: a quais espaços as pessoas negras podem pertencer? Para identificar em quais contextos o negro é visto como parte do ecossistema e não como uma exceção. Concluindo através dessa construção enquanto não houver mudanças estruturais na organização social, a ascensão do negro encontrará diversas barreiras, se opondo ao discurso de que aqueles que se dedicarem conquistarão tudo que almejam. Essa construção não se aplica aos corpos negros, porque apesar dos currículos com vasta capacitação em todos os espaços que chegam, chegam como um corpo negro. O processo de entrada em espaços majoritariamente brancos, que em sua maioria hoje são espaços lidos como espaços de poder, resulta em outro fenômeno, que é o embranquecimento, mudanças de comportamento, personalidade e até alterações fenotípicas para construção de uma imagem que seja bem recebida naquele contexto. A partir de uma bibliografia majoritariamente afrocentrada e nacional, concluiu-se que para que o povo negro seja efetivamente livre é necessário que o racismo seja erradicado.