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De onde são as pessoas ao nosso redor?

Postado em 16/11/2016 08h50min

Por Ana Amélia Ritt e Nicole Morás

A Univates tem cerca de 12 mil estudantes que circulam pelos ambientes da Instituição diariamente. São prédios preenchidos por passos e olhares, histórias e culturas. São pensamentos e ideias sendo formados. Quem são essas pessoas? De onde elas vêm?

De repente, o mundo tornou-se pequeno e a capacidade de dominá-lo parece mais possível, não é? Há quem decida trocar de cidade para ir em busca de novas oportunidades, outros encontram em um Estado diferente tudo o que sonhavam. Novas pessoas, novos lugares, novas experiências.

Seja pela atratividade dos cursos ou pelas possibilidades que eles podem oferecer mais à frente, a Univates está entre os caminhos escolhidos por milhares de estudantes. Percebe-se que a preocupação com a formação está presente e, com isso, Lajeado torna-se uma cidade universitária. O mercado de trabalho no Vale do Taquari também pode ser visto como um atrativo. “De maneira geral, o mercado é bastante diversificado, temos empresas atuando em muitos segmentos”, ressalta o professor do Centro de Gestão Organizacional Samuel Martim de Conto.

Muitos de nossos alunos vêm de longe para estudar na Univates. Apesar das novidades que uma mudança proporciona, algumas vezes somos tomados pela saudade, não é? A princípio, sentir saudade não é algo ruim, já que ela funciona como um atestado de bons momentos. “Triste seria chegar ao fim de uma viagem, de um relacionamento ou até mesmo ao fim da vida sem sentir saudade alguma, sem ter nada que possa servir como testemunho da alegria que experimentamos”, afirma o professor de Psicologia Cristiano Bedin da Costa. O professor afirma que, se descobrimos o valor de algo apenas com a distância, sentir saudades torna-se, também, uma forma de reescrevermos nossa própria história dotando-a de novos sentidos.

Conheça algumas histórias de pessoas que resolveram escrever novas linhas e provar novos sabores e cenários. Estes são só alguns dos casos presentes na Instituição pelos quais passamos diariamente e acabamos nem notando, que encontraram maneiras de escrever algo a mais para sentir saudades no futuro.

Liberdade de escolha
Localizado no noroeste do Rio Grande do Sul, o município de Derrubadas fica a cerca de 370 km de Lajeado. A acadêmica de Relações Internacionais da Univates Daniela Delarmelin é de lá e veio sozinha para cá para estudar. “Conheci a Univates pelo meu tio, que mora aqui. Então, pesquisei e vi que o curso de Relações Internacionais estava entre os melhores do Estado, o que me influenciou. Eu adoro o curso, não consigo me imaginar fazendo outra coisa”, afirma.

A estudante vê sua família em alguns feriados e nas férias, mas não com muita frequência. “A gente se fala mais pela internet, agora minha mãe descobriu o WhatsApp e vive me mandando áudios”, ri. “Meus pais sempre me deram liberdade para escolher o que eu queria, porque eles sabiam que eu escolheria o melhor para mim. Eles aceitaram minha vinda para Lajeado muito bem”, completa. Antes de entrar na faculdade, Daniela morou sozinha, por um ano, na cidade de Três Passos, que fica próxima a Derrubadas. “Fui estudar em outra escola e lá já tive certa independência. Na primeira semana em que estive lá, parei no hospital em função da má alimentação. Desde então aprendi a me virar”, diz.

Juntas em Lajeado e pela Medicina
Um dos cursos da Univates com mais estudantes originários de outros Estados do Brasil é Medicina. O curso atraiu a estudante Mariana Zamboti, do interior de Goiás. “Morei durante três anos em Goiânia, a capital do meu Estado, e nem conhecia o Rio Grande do Sul. Como foi tudo muito rápido, tinha uma mistura de sentimentos: queria comemorar, mas estava insegura ao mesmo tempo. Então fiz 2.000 km de carro com meus pais para vir a Lajeado e efetuar a matrícula. Fui muito bem recebida e a estrutura da Univates arrebatou meu coração”, explica a estudante. “Como muitos estudantes vinham de fora, foi formada uma rede de apoio muito importante com a ajuda dos gaúchos e também da coordenação do curso”, acrescenta.

Enquanto Mariana estudava na Univates, a irmã Carolina foi selecionada para Medicina em Belo Horizonte. “Sempre fomos muito unidas e estávamos longe: eu aqui, a Carolina em Minas Gerais e nossos pais em Goiânia. Então resolvi inscrevê-la no edital com vagas para transferência sem que ela soubesse, para que não ficasse ansiosa. Eu acompanhei todo o processo por ela e só quando ela foi selecionada eu a avisei”, revela Mariana. Assim, as duas irmãs moram juntas em Lajeado desde o segundo semestre de 2015.

“Com minha irmã aqui fica tudo mais fácil, e temos também um grupo de outros goianos. Nosso pai adora a Univates, ele imprime as fotos daqui para nossos parentes saberem onde estudamos. Está sendo uma experiência de vida e foi importante virmos para ter o prazer de voltar”, afirma Mariana, dizendo que elas pretendem voltar ao seu Estado natal após a conclusão dos estudos.

Do Amazonas para o Rio Grande do Sul
Alguns programas de pós-graduação (PPG) da Univates oferecem disciplinas intensivas, realizadas geralmente no período de férias letivas. Essa prática é uma facilidade para quem quer frequentar algum curso da Instituição mesmo morando longe, especialmente pela possibilidade de conciliar estudos e trabalho. Foi por isso que o bolsista Romildo Pereira da Cruz, do PPG em Ensino, iniciou seus estudos após conhecer o curso por meio de colegas do Pará. Natural de Humaitá, no Estado do Amazonas, ele mora em Apuí, que fica a 560 km de Manaus. É necessário o deslocamento por embarcação para se chegar à capital. “Principalmente no inverno, na época das cheias, o tempo de viagem pode chegar a 36 horas. Geralmente o trajeto é feito em 18 horas”, explica ele.

Para se deslocar de Apuí a Lajeado, então, são mais de 4.000 km. “Vim pessoalmente à entrevista e fiquei encantado pela forma como fui acolhido pela Univates em todo o processo. Em janeiro de 2015, fiz as primeiras disciplinas e pude conhecer melhor Lajeado. Resolvi que queria me dedicar exclusivamente ao mestrado e surgiu uma oportunidade de bolsa. Então me mudei para cá em junho do ano passado”, conta Romildo, que atualmente desenvolve pesquisa no grupo de pesquisa Tendências no Ensino.

“Não me imaginava fazendo pesquisa e vejo como aqui a Instituição está presente em todas as cidades do Vale do Taquari. As pessoas falam da Univates e cria-se uma identidade com a comunidade”, avalia o estudante. “Quero promover no meu município ações de extensão, assim como vejo a Univates fazendo em sua comunidade”, finaliza.

Esta entrevista faz parte da edição 2 da Revista Univates. A versão digital pode ser conferida aqui.


Texto: Ana Amélia Ritt e Nicole Morás

A acadêmica de Relações Internacionais da Univates Daniela Delarmelin é de lá e veio sozinha para cá para estudar

Ana Amélia Ritt

Romildo Pereira da Cruz é estudante do PPG em Ensino

Nicole Morás

Mariana e Carolina estudam Medicina na Univates

Nicole Morás

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