Inovação empresarial é tema de reunião-almoço na Acil
Postado em 10/11/2017 18h06min e atualizado em 10/11/2017 18h11min
Por Elise Bozzetto
Priscila Rodrigues
"É preciso inovar, mas não há uma fórmula pronta. É um eterno aprendizado". A afirmação é do presidente da Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (Acate), Daniel Leipnitz. Ele palestrou na Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), ontem, durante reunião-almoço, e abordou o tema "O Ecossistema Catarinense de Inovação". O evento foi promovido pela Acil e pelo Parque Científico e Tecnológico Univates (Tecnovates).
Leipnitz tratou da forma como Santa Catarina tem se desenvolvido para se tornar um polo de inovação em padrão mundial, e citou paralelos que podem ser criados para transformar Lajeado em um exemplo no setor da economia.
Priscila Rodrigues
"Antes, a capital de Santa Catarina, Florianópolis, era considerada apenas turística. Ela precisou se transformar, pois nenhuma cidade sobrevive apenas desse segmento. Tornou-se inovadora e tecnológica também", explica. Segundo ele, o surgimento de empresas de tecnologia em SC começou em 1977, com a fundação da Dígitro, em Florianópolis; após, criou-se a DataSul, em Joinville; e assim seguiu. "Hoje, SC tem a maior proporção de startups do país", aponta.
Conforme o empresário, a diferença de uma empresa tradicional para uma organização inovadora, é que ela deve empreender mesmo com poucos recursos disponíveis. "Se a empresa não inovar, vai sumir do mapa em 15, 20 anos. É necessário pensar no que o mundo está fazendo, e o que é possível fazer a partir disso", afirma Leipnitz.
Leipnitz relata que, de acordo com pesquisas, o futuro do mercado de trabalho aponta que 60% dos jovens estão aprendendo profissões agora, que vão deixar de existir no futuro. Ainda, que 55% dos empregos de hoje serão extintos daqui alguns anos. "Temos que fazer uma máquina de criação de novos empreendimentos", sugere.
Desenvolvimento econômico no Vale
Leipnitz indica como essencial para o crescimento econômico de uma região, ter universidades fortes, com massa crítica e muitos alunos. "Isso é a base, o primeiro passo", afirma.
O palestrante explica que as empresas que nascem no Vale do Taquari devem pensar no mercado além da região, e não se limitar. "Têm que pensar no Brasil, no mundo. Têm que pensar globalmente", declara. Conforme ele, o polo nasce pequeno, mas isso não significa que deva permanecer dessa forma.
Texto: O Informativo do Vale