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Palestra de Medicina aborda tratamento do câncer do cólon

Postado em 01/10/2014 21h07min

Por Tuane Eggers

A importância da abordagem multidisciplinar no tratamento do câncer do cólon foi tema da palestra “Os desafios das metástases hepáticas colorretais”, ministrada pelo médico cirurgião Márcio Fernando Boff, na noite desta quarta-feira, dia 1º de outubro, na Univates. Boff é chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre.

O palestrante iniciou sua fala abordando o universo que envolve a área da oncologia e a dedicação exigida por ela hoje. Além disso, falou aos estudantes do curso de Medicina sobre a importância de já sentirem e observarem os fatos como futuros médicos, já que a profissão exige muita imersão. Como exemplo dessa dedicação e concentração, Boff destacou que costuma sonhar com a cirurgia programada para o dia seguinte.

Iniciando o assunto da palestra, o cirurgião explicou o contexto que envolve o câncer de cólon, acrescentando que a única opção que oferece possibilidade de cura é a cirurgia. “Quimioterapia não cura sozinha, nós temos que trabalhar junto”, afirmou ele, apresentando dados referentes a esse tipo de câncer. De acordo com Boff, somente em 2012 foram 30 mil novos casos de câncer de cólon. “São pacientes complexos, que exigem tempo e paciência para perceber a quais podemos oferecer cirurgia”, argumentou.

Durante a palestra, o médico trouxe dados de chances de cura e tempo de vida após a resecção cirúrgica, ou seja, a retirada de parte do órgão em questão. “Há alguns anos atrás, foi descoberto um dos melhores quimioterápicos para tratar as metástases hepáticas colorretais”, disse Boff. Segundo ele, constatou-se que, quanto mais foram utilizados quimioterapias, mais pacientes foram tratados e maior foi o número de resecções. “Ou seja, estamos tendo uma melhora nos casos de resecções”, reforçou ele.

Conforme o palestrante, o melhor momento de realizar a cirurgia de resecção é quando o paciente está correspondendo ao tratamento de quimioterapia. “Se eu operar um paciente que não está correspondendo, a chance de ele estar vivo em cinco anos é de apenas 8%”, explanou Boff. Em seguida, ele abordou algumas formas de seleção dos pacientes pela resposta. “Estamos falando de algo que era incurável há 15 anos, que é a metástase colorretal, e hoje já temos a possibilidade de resposta patológica completa, mas esse índice ainda é baixo”, frisou ele.

Boff destacou também os motivos das melhorias nessa área. “Por que o cirurgião hepático melhorou? Porque ele conheceu melhor o seu inimigo, começou a ter novos instrumentos de resecção, que foi algo muito melhorado nos últimos 10 ou 15 anos. Novos times também foram importantes, porque não é possível trabalharmos sozinhos”, complementou o médico.

Atualmente, Boff desenvolve atividades de cirurgia oncológica com foco principal em câncer do aparelho digestivo, apresentando concentração de atividades em tumores do fígado, pâncreas, vias biliares e tumores de cólon. Além disso, o médico é membro da International Hepato-Biblio-Pancreatic Association; do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; da Sociedade de Cirurgia Geral do Rio Grande do Sul; do Grupo Brasileiro de Melanoma; da Society of Surgical Oncology; e da Americas Hepato-Bilio-Pancreatic Association.

 

Texto: Tuane Eggers

Márcio Fernando Boff é chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre

Tuane Eggers

Márcio Fernando Boff é chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre

Tuane Eggers

Márcio Fernando Boff é chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre

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Márcio Fernando Boff é chefe do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre

Tuane Eggers

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