Ciências Biológicas - Bacharelado
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Navegando Ciências Biológicas - Bacharelado por Orientador "Sperotto, Raul Antonio"
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- ItemAcesso AbertoParticipação do gente Osmotina1 na resistência de plantas de arroz à infestação do ácaro fitófago Schizotetranychus oryzae Rossi de Simons(Acari: Tetranychidae)(2023-06) Keil, Rosana; Sperotto, Raul Antonio; http://lattes.cnpq.br/0884712531887046; Granada, Camille Eichelberger; Timmers, Luís Fernando Saraiva MacedoO arroz (Oryza sativa L.) é um dos cereais mais consumidos no mundo, sendo a base da alimentação para maioria da população mundial. É de conhecimento notório que perdas na produtividade são causadas por diferentes estresses ambientais. Dentre as pragas que infestam as lavouras de arroz, uma das mais preocupantes é a presença do ácaro fitófago Schizotetranychus oryzae Rossi de Simons, 1966 (Acari: Tetranychidae), o qual interfere em vários processos metabólicos, limitando o desenvolvimento das plantas e ocasionando perdas na produtividade. A identificação de cultivares de arroz resistentes ou tolerantes à infestação deste ácaro, bem como a identificação de proteínas que participam da defesa vegetal, é extremamente importante para o melhor entendimento da interação ácaro-planta. Em colaboração com um grupo de pesquisa da China, coordenado pelo professor Shimin Zuo da Agricultural College of Yangzhou University, foram desenvolvidas linhagens transgênicas de arroz superexpressando o gene Osmotina1 (OSM1-OE) e linhagens com o gene deletado por CRISPR/Cas9 (osm1_mut-ko). O objetivo desta pesquisa foi avaliar se as plantas superexpressando o gene Osmotina1 apresentam tolerância à infestação do ácaro, bem como se as plantas com o gene deletado apresentam sensibilidade à infestação do ácaro. O experimento foi realizado com plantas selvagens (WT - Xudao 3 e Nipponbare), três linhagens transgênicas superexpressando o gene Osmotina1 (OSM1_OE), e três linhagens editadas com o gene deletado por CRISPR/Cas9 (osm1_mut-ko). O experimento foi realizado com 17 plantas controle e 17 plantas infestadas por linhagem. As plântulas com 30 dias foram infestadas individualmente com 4 ácaros fêmeas. Foram analisadas 5 plantas por condição, 60 dias após a infestação (DAI), sendo avaliado o quantitativo de ácaros (adultos, imaturos e ovos). Com 60 dias após a infestação foi verificado uma menor quantidade de ácaros (adultos, imaturos e ovos) nas plantas OSM-OE em relação às plantas WT (Xudao 3) sensíveis, e uma maior quantidade de ácaros (adultos, imaturos e ovos) nas plantas osm1_mut-ko em relação às plantas WT (Nipponbare) tolerantes. As outras 12 plantas por condição foram mantidas até a maturidade dos grãos, onde verificamos que as plantas OSM-OE obtiveram menor percentual de queda no número de grãos por planta causada pela infestação, enquanto que as plantas osm1_mut-ko obtiveram maior percentual de queda no número de grãos por planta causada pela infestação. Desta forma podemos sugerir que a superexpressão do gene Osmotina1 no cultivar Xudao3 resulta em plantas de arroz tolerantes à infestação do ácaro. Da mesma forma, podemos sugerir que a deleção do gene Osmotina1 no cultivar Nipponbare resulta em plantas de arroz sensíveis à infestação do ácaro. O desenvolvimento de linhagens de arroz resistentes à infestação de S. oryzae pode contribuir para a manutenção da produtividade em lavouras de arroz sujeitas ao ataque de ácaros, sendo economicamente/ambientalmente importante, uma vez que não seria necessária a aplicação de acaricidas químicos para o controle desta praga.