Sistemas Ambientais Sustentáveis
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Navegando Sistemas Ambientais Sustentáveis por Orientador "Freitas, Elisete Maria de"
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- ItemAcesso AbertoAs condições socioeconômicas da comunidade do Marinho - Resex Cajari e suas alternativas de desenvolvimento sustentável(2021-02) Silva Júnior, Daniel Melo Da; Johann, Liana; Freitas, Elisete Maria de; http://lattes.cnpq.br/7345668866571738A Reserva Extrativista do Rio Cajari, conhecida como RESEX Cajari, foi fundada em 12 de março de 1990 em meio a graves conflitos sociais e pressões ambientais internacionais que revelavam a necessidade de preservação da natureza e respeito à dignidade humana e à prerrogativa de diminuição das desigualdades sociais. A Reserva se apresenta como uma fonte de preservação da floresta onde está localizada, contudo ainda é preciso desenvolver mecanismos que melhorem as condições econômicas, a qualidade de vida da população residente na região, posto que a concessão real de uso dos recursos de modo extrativista parece não convergir para o padrão desenhado pela agenda internacional sobre desenvolvimento sustentável, especialmente no que se refere à redução das desigualdades sociais. A pesquisa buscou caracterizar o padrão socioeconômico da comunidade do Marinho- RESEX Cajari avaliando a exploração econômica local e sua possível correlação com os padrões de pobreza e extrema pobreza da comunidade a partir do indicador de extrema pobreza e pobreza utilizado pelo Banco Mundial e pelo IBGE para países de baixa renda, bem como identificar as principais mudanças socioeconômicas decorrentes da criação da Reserva na perspectiva de seus moradores mais antigos, sugerindo, ao final, alternativas de desenvolvimento sustentável. A pesquisa buscou caracterizar o padrão socioeconômico da comunidade do Marinho-RESEX Cajari, avaliando a vulnerabilidade da comunidade a partir do indicador de extrema pobreza e pobreza utilizado pelo Banco Mundial e pelo IBGE para países de baixa renda, bem como analisar as principais mudanças socioeconômicas decorrentes da criação da Reserva, sugerindo, ao final, alternativas de desenvolvimento sustentável. Além do uso de referenciais com resultados de estudos já realizados sobre a Região, foram aplicados questionários estruturados e semiestruturados na comunidade, realizadas entrevistas com moradores idosos de origem tradicional e com o representante da sociedade civil organizada local para aprimorar as informações coletadas durante a aplicação dos questionários. Foi possível observar que a maioria das famílias residentes na comunidade do estudo apresentam vulnerabilidade econômica e social, com indicadores de pobreza e extrema pobreza quando a única renda provém dos recursos extraídos da biodiversidade. As mudanças ocorridas nos padrões socioeconômicos, imediatamente após a criação da RESEX, decorreram da ruptura do paradigma do aviamento enraizado na Região, razão pela qual a presente pesquisa apontou a ampliação de atividades econômicas, tais como a exploração organizada dos óleos de andiroba (Carapa guianensis Aubl.) e copaíba (Copaifera spp), a implantação da agricultura de banana (Musa spp.) e açaí (Euterpe oleracea Mart) em sistemas agroflorestais e a criação regularizada de animais silvestres em cativeiro e.g paca (Cuniculus paca), caititu (Pecari tajacu) dentre outros. No entanto, isso exige dos órgãos governamentais compromisso na urgente elaboração do Plano de Manejo da RESEX, cuja demora já supera 20 anos, e posteriormente que a comunidade local receba transferência de tecnologias e conhecimentos sobre as diferentes possibilidades de extração sustentável das atividades mencionadas. Acredita-se que estas atividades serão capazes de garantir um melhoramento no padrão econômico local, oportunizando desenvolvimento sustentável.
- ItemAcesso AbertoEficiência da associação de metodologias para a restauração de uma área degradada na margem do Rio Forqueta, Rio Grande do Sul(2023) Chemin, Augusto Pretto; Freitas, Elisete Maria de; http://lattes.cnpq.br/7345668866571738; Johann, Liana; Echer, Regis; Temponi, Lívia GodinhoAs florestas ribeirinhas vêm sendo degradadas pela ação antrópica direta ou pelas consequências destas ações, como é o caso da invasão por espécies exóticas. Elas constituem Áreas de Preservação Permanente (APPs) e, quando degradadas, necessitam ser restauradas através da aplicação de metodologias que visam ao reestabelecimento da cobertura vegetal nativa. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar a eficiência da associação das técnicas de restauração ecológica com controle de exóticas invasoras para a restauração de uma área degradada na margem esquerda do Rio Forqueta, no município de Travesseiro, Rio Grande do Sul. Como metodologia, foi realizada entrevista com o proprietário para conhecer o histórico de uso e ocupação da área. Também foram coletadas cinco amostras compostas de solo ao longo da área de estudo para análises físicas e químicas. Foram aplicados cinco tratamentos compostos por Núcleos de Anderson (NA), Núcleos de Anderson + Transposição de Solo (NA+TS), Núcleos de Anderson + Poleiros Artificiais (NA+PA), Núcleos de Anderson + Transposição de Solo + Poleiros Artificiais (NA+TS+PA) e Tratamento Controle (Sucessão Natural) (TC), todos com três repetições, distribuídas aleatoriamente ao longo da área. As análises físicas e químicas mostraram que o solo é arenoso, com deficiência de matéria orgânica e apresenta elevada quantidade de micronutrientes. Foram realizadas três roçadas ao longo de 11 meses para controle das plantas invasoras, uma realizada antes da aplicação das técnicas e as outras em intervalos de cinco meses. Para avaliar a evolução da vegetação, foram realizados três levantamentos fitossociológicos em todas as repetições dos tratamentos, acompanhamento da germinação nos poleiros artificiais e transposições de solo, e de sobrevivência e crescimento dos indivíduos plantados. Não houve germinação de plantas nativas no entorno dos poleiros e nas transposições de solo. Ao final de 14 meses, 20% das mudas plantadas sobreviveram. As roçadas não foram suficientes para eliminar completamente os indivíduos exóticos, que continuaram dominantes na área de estudo, comprometendo o estabelecimento e o crescimento de plantas nativas, tornando as técnicas de restauração ineficientes. No entanto, a roçada inicial diminuiu temporariamente a cobertura de exóticas, o que favoreceu o aumento da cobertura e riqueza de espécies nativas. Porém, do segundo para o terceiro tempo de avaliação, ocorreu a redução desses parâmetros para as espécies nativas. A partir do insucesso, núcleos de semeaduras foram adicionados em cada repetição dos tratamentos, exceto no TC. Contudo, devido às condições do solo, cobertura de exóticas, altas temperaturas e falta de chuva, houve poucas germinações, quando comparado ao total de sementes utilizadas, e parte dos indivíduos que germinaram não conseguiram se desenvolver. Das 7152 sementes utilizadas nas semeaduras, 3052 (42,67) germinaram, mas até o final das análises apenas 1884 (26,34% do total de sementes) plântulas germinadas sobreviveram. Para a adequada restauração da área do estudo, sugere-se a adoção de práticas para a eliminação permanente das plantas exóticas invasoras, pois sua competição com as nativas impede a restauração da área, seguido do fornecimento de matéria orgânica no solo.
- ItemAcesso AbertoSistemas agroflorestais como proposta para a recuperação de áreas degradadas no RS, Brasil(2018-08-07) Kronhardt, Míriam Helena; Fior, Claudimar Sidnei; Freitas, Elisete Maria de; http://lattes.cnpq.br/7345668866571738Para atender novos padrões de consumo e produzir em larga escala estimulou-se a implantação de um modelo agrícola baseado na monocultura, na alta produtividade, na mecanização e no uso intensivo de insumos químicos. É inegável que esse modelo trouxe benefícios às pessoas e à economia. Entretanto, é responsável por uma série de problemas ambientais e de saúde de produtores e consumidores, principalmente, pelo uso excessivo de agroquímicos. Diante disso, vem crescendo a busca por alternativas sustentáveis na produção agrícola. É nesse contexto que surgem os sistemas agroflorestais (SAF) que, além de alternativa para a exploração econômica, constituem excelente opção para a recuperação de áreas degradadas. Diante disso, o objetivo do estudo foi caracterizar SAF implantados ou em implantação no Rio Grande do Sul (RS), conhecer como está sendo conduzido o processo de certificação de SAF pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do RS (SEMA) e elaborar um projeto de um SAF como proposta de recuperação de uma área degradada na região do Vale do Taquari. Foram entrevistados cinco proprietários de áreas com SAF implantados ou em implantação no RS e um dos técnicos responsáveis pelo processo de certificação florestal da SEMA. As entrevistas foram transcritas e as respostas relacionadas com base em análise pessoal, associando-se aos princípios da agroecologia e das características dos SAF. Para a elaboração do projeto de SAF, foi selecionada uma propriedade rural com área degradada no município de Santa Clara do Sul, situada na região central do RS. No presente estudo, os principais fatores apontados pelos agricultores para a implantação de SAF são manter um estilo de vida mais saudável, preservar os recursos naturais e atender a legislação vigente. A viabilidade econômica dos SAF depende das espécies que os compõem e, quanto maior a diversidade, maior a possibilidade de comercialização. Arbóreas frutíferas e hortaliças são as espécies mais exploradas nos SAF visitados. Conforme relatado pelos proprietários, a implantação do SAF trouxe melhorias financeiras às propriedades. Os incentivos recebidos por parte de técnicos e associações contribuem para que os agricultores tenham acesso a informações e conheçam casos de sucesso. Os técnicos da SEMA criaram um documento único para o licenciamento e certificação das agroflorestas, que pode ser renovada anualmente e de maneira automática. A proposta para a implantação do SAF prevê o uso de espécies de interesse comercial, conforme sugestões da proprietária (frutíferas, medicinais, ornamentais e plantas alimentícias não convencionais), e plantas que farão parte do sistema a fim de facilitar o processo de recuperação da área degradada, tanto as adubadeiras, e/ou fixadoras de nitrogênio, como aquelas que viabilizam um ambiente ecofisiológico adequado para outras espécies. Por solicitação da proprietária, para a implementação levam em consideração o uso de fertilizantes e defensivos exclusivos em sistemas de produção orgânica, o que permite agregar valor ao produto final no momento da comercialização. A maioria dos SAF visitados seguem os princípios da agroecologia e são modo de produção eficientes na recuperação de áreas degradadas.