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Navegando Pós-Graduação por Autor "Almeida, Cristina De Sousa Fonseca"
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- ItemAcesso AbertoComunidade Remanescente de Quilombo Ilha de São Vicente/Tocantins: história de lutas, conquistas e conflitos(2019-01) Almeida, Cristina De Sousa Fonseca; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922Esta pesquisa voltou-se à Comunidade Remanescente de Quilombo Ilha de São Vicente, do Município de Araguatins, extremo norte do estado do Tocantins localizada no rio Araguaia, na fronteira entre os estados brasileiros do Tocantins e do Pará. O presente estudo visou compreender o processo de apropriação histórica do espaço territorial da Ilha de São Vicente, realizado pela comunidade remanescente quilombola e pela população não quilombola na ilha, bem como a geração de conflitos, a partir dos anos 2000, considerando as práticas econômicas, culturais, sociais e políticas. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, cujos procedimentos metodológicos constituíram-se de revisão bibliográfica em livros, artigos e dissertações de mestrado e teses de doutorado, e ainda, com base em levantamento e análise de fontes documentais. Recorreu-se também à pesquisa de campo, para a qual foram elaborados diários de campo, registros fotográficos e realização de entrevistas, com base em um roteiro de questões semiestruturadas. Com os resultados da pesquisa foi possível constatar que os escravizados da Família Barros deram origem à comunidade quilombola Ilha de São Vicente, a partir do final do século XIX, momento em que se estabelecerem na Ilha de São Vicente e passaram a atribuir valores e significados territoriais e culturais, os quais foram transmitidos e mantidos pelas atuais gerações. Vale ainda salientar, que alguns moradores de Araguatins apropriaram-se de áreas territoriais da Ilha de São Vicente, o que resultou em conflitos atuais entre quilombolas e não quilombolas. Tais conflitos resultaram em despejos, intensificando assim, os processos de lutas e a revitalização da identidade do grupo como remanescentes quilombolas, cujo desejo consiste em reaver parte do espaço territorial que lhes foi tomado e a regularização legal do mesmo.