Sistemas Ambientais Sustentáveis
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Navegando Sistemas Ambientais Sustentáveis por Assunto "Agrochemicals"
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- ItemAcesso AbertoEfeitos de produtos químicos permitidos em cultivos orgânicos de morangos sobre Phytoseiulus macropilis (Phytoseiidae)(2020-05) Cordeiro, Ariadne; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893O cultivo do morango é responsável por uma grande parcela da economia brasileira e gaúcha, e também pelo desenvolvimento social. Os Tetranychidae são reportados como praga primária no cultivo de morangos, destacando-se Tetranychus urticae (Koch). As principais famílias de ácaros predadores são: Anystidae, Bdellidae, Cheyletidae, Cunaxidae, Phytoseiidae e Stigmaeidae. Várias espécies de Phytoseiidae são utilizadas em programas de controle biológico aplicado em diversas culturas. Especialmente no controle de T. urticae, destacam-se Phytoseiulus persimilis Athias- Henriot, P. macropilis, P. longipes Evans, Galendromus (Metaseiulus) occidentalis Nesbitt e Neoseiulus californicus (McGregor). Muitos dos agroquímicos utilizados nas produções agrícolas possuem níveis tóxicos elevados, podendo causar problemas a saúde e até mesmo contaminação ambiental, além de serem produtos de alto valor monetário. Como alternativa, surge o controle biológico, processo que ocorre de forma natural com regulação da população de um determinado meio ambiente, onde estão inseridos animais e plantas considerados inimigos naturais. Produtos como calda bordalesa, calda sulfocálcica, enxofre, extrato pirolenhoso e neem têm seu uso permitido na agricultura orgânica. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo identificar o efeito dos agroquímicos permitidos em produções orgânicas sobre P. macropilis em cultivos de morango orgânico. Os testes foram realizados nas safras de 2019/2020 no Labacari da Univates. Foram utilizados cinco diferentes agroquímicos comumente utilizados na produção orgânica: calda bordalesa, calda sulfocálcica, enxofre, extrato pirolenhoso e neem. Os produtos foram diluídos em três concentrações diferentes. Para o grupo controle, foi utilizado água destilada como controle negativo e abamectina para o controle positivo. Os ácaros foram avaliados durante 192 horas. A mortalidade avaliada neste estudo apresentou taxa de 100% na maioria dos agroquímicos. As duas menores concentrações testadas de enxofre (200 ml/L e 300 ml/L) e extrato pirolenhoso (100 ml/L e 200 ml/L), apresentaram menor taxa de mortalidade (90-98%). Quanto ao efeito sobre a reprodução, os agroquímicos demonstraram-se prejudiciais na maioria das aplicações. Apenas nas aplicações de enxofre e extrato pirolenhoso, nas menores concentrações, foram moderadamente prejudiciais. Ficou claro neste trabalho que o predador não suporta a presença dos agroquímicos testados. Desta forma, o controle biológico aplicado com este P. macropilis não pode ocorrer concomitantemente ao uso destas substâncias, pois torna-o ineficaz.