Ensino
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Ensino por Orientador "Hattge, Morgana Domênica"
Agora exibindo 1 - 11 de 11
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso AbertoA polifonia dos saberes pedagógicos em contexto fronteiriço (Brasil-Venezuela), município de Pacaraima/RR(2022-08-01) Siqueira, Evangelista Soares; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Schwertner, Suzana Feldens; Oliveira, Joelma Fernandes De; Nogueira, Francisco Marcos MendesA presente Dissertação de mestrado aborda a temática da Escola de Fronteira na intersecção com os seguintes temas: formação de professores (inicial e continuada), (multi)culturalismo e currículo. Esses conceitos a priori formam uma unidade que permite ampliar os horizontes, especialmente ao considerarmos o campo de interesse desta pesquisa (tema) e as singularidades (polifonia dos sujeitos-participantes) sobre os saberes pedagógicos e a ambiência do Colégio Estadual Militarizado Cícero Vieira Neto (C.E.M.C.V.N.), o qual está localizado na cidade de Pacaraima, no estado mais Setentrional do País. Registra-se que o município faz Fronteira com a cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén. Diante desse cenário, emergiu as seguintes questões: em que medida os saberes pedagógicos da formação inicial e continuada são mobilizados pelos professores/professoras para atender às demandas e os desafios específicos da prática docente no contexto da/na Escola de Fronteira? Qual é o modus operandi que os professores/professoras agenciam no processo de ensino e aprendizagem na Escola de Fronteira a partir da (con)vivência de alunos/alunas brasileiros/as e venezuelanos? Que saberes pedagógicos precisam ser construídos ou ressignificados com a finalidade de dar conta dos desafios que se colocam no cotidiano da/na Escola de Fronteira?. Com o intuito de buscar respostas aos questionamentos em tela, privilegiou-se a dimensão da pesquisa qualitativa por meio do estudo de caso e o aporte da metodologia da História Oral através de entrevistas semiestruturas. Não obstante, devido à Pandemia do Coronavírus (COVID-19) foi preciso fazer alguns ajustes e traçar algumas estratégias para darmos conta da produção, sistematização e análise dos dados, dentre as estratégias, recorremos para as videochamadas com auxílio do Google Meet para realizar e gravar as entrevistas, além do Google Forms na aplicação de questionários. Essas estratégias se mostraram satisfatória no decorrer da investigação porque resguardou os entrevistados e o entrevistador, particularmente por causa da insegurança frente ao COVID-19. A partir da pesquisa de campo e das entrevistas é possível inferir que a dinâmica e a singularidade educacional no C.E.M.C.V.N perpassa pelos desafios e pela barreira linguista, exigindo busca de alternativas didático-pedagógica com a finalidade de mitigar os obstáculos e inserir todos dentro do processo de ensino e aprendizagem. Demais, os resultados da pesquisa, ainda, apontam a Fronteira como lócus circularidade de pessoas, culturas, saberes e, também, de tensionamento sociocultural, ainda mais porque tem uma grande circulação de pessoas devido boom migratório de venezuelanos fugindo da crise econômica, política e social vividas no País vizinho desde 2014.
- ItemAcesso AbertoO atendimento educacional especializado itinerante e a educação de jovens e adultos: possibilidades de relações colaborativas(2020-01) Barros, Carmel Cristina Chaves Dos Reis; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Schwertner, Suzana Feldens; Menezes, Eliana; Fröhlich, RaquelA partir da Conferência de Educação para Todos e da Declaração de Salamanca (1994), o Brasil teve uma adesão mais contundente à Educação Inclusiva por meio da elaboração de leis, decretos e documentos orientadores, havendo muito investimento político. Com isso, muitos estudantes com deficiência saíram das instituições especializadas e adentraram as escolas, onde lhes foi oferecido o Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Salas de Recursos Multifuncionais para possibilitar sua inclusão no espaço escolar por meio da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Os jovens e adultos da modalidade de Educação Especial que não se encontram na idade apropriada para frequentar o ensino regular (4 a 17 anos) devem ir para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A partir desse contexto, surge o seguinte questionamento: quais as relações estabelecidas entre o AEE e a EJA para o ensino desses alunos? Para isso, objetivou-se conhecer as relações estabelecidas entre os professores do AEE itinerante e os da EJA para o ensino de estudantes com deficiência. A metodologia deste estudo qualitativo implicou a realização de um questionário com 10 perguntas, por meio do Google Forms, com os professores de uma escola da rede pública de Belém do Pará, sendo 16 deles atuantes na sala de aula da EJA e dois no AEE itinerante. Os dados foram investigados por meio da análise de conteúdo de Bardin (2016). Os resultados encontrados demonstraram que os professores realizam tentativas iniciais de um ensino colaborativo, mas não se sentem apoiados e nem preparados para efetivarem relações colaborativas para o ensino de alunos com deficiência, não conseguindo passar para estágios mais avançados de coensino. O estudo concluiu que, na escola investigada, pode-se perceber elementos de práticas colaborativas entre os professores do AEE e da EJA; porém, ainda há que se aprimorar essas práticas para que se possa falar em um ensino colaborativo de fato de acordo com que é disposto por Mendes, Vilaronga e Zerbato (2018); Capellini e Zerbato (2019). Além disso, os professores precisam de um maior apoio, como momentos de planejamento para realizarem um trabalho em conjunto de maneira colaborativa, além de uma compreensão melhor do que são o AEE, o ensino colaborativo e as práticas colaborativas estabelecidas entre os docentes para promoção da inclusão dos estudantes com deficiência da EJA.
- ItemAcesso AbertoDiscursos sobre educação especial na formação docente do curso de licenciatura em pedagogia da universidade do estado do Amapá (UEAP)(2021-04) Costa, Daniel Marques; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Menezes, Eliana Da Costa Pereira De; Kraemer, Graciele Marjana; Schwertner, Suzana FeldensO presente estudo teve como objetivo investigar as práticas discursivas em torno da Educação Especial presentes na formação docente do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Amapá (UEAP). Para isso, utilizei dois instrumentos técnicos para a produção dos dados: a análise documental do Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia da mencionada instituição e a entrevista semiestruturada com três egressas do aludido curso. A partir dos dados produzidos e das análises que foram empreendidas à luz das teorizações foucaultianas, foi possível perceber que os enunciados que circulam no PPC de Pedagogia da UEAP assumem a inclusão dos estudantes público-alvo da Educação Especial como um princípio natural e obrigatório, exigindo empenho, colaboração de todos e atuando, assim, na produção de subjetividades nas quais os acadêmicos são interpelados pelo imperativo da inclusão e responsabilizados pela defesa e promoção da inclusão escolar. Foi possível notar, ainda, que as três egressas, em se tratando de efeitos em suas práticas de ensino, posicionam-se como agentes da inclusão escolar e, como tais, buscam incluir os estudantes com necessidades específicas em toda e qualquer atividade educativa. Para isso, elas mobilizam diversos esforços frente aos desafios impostos pelo processo educacional inclusivo, o que as colocam em uma posição de endividamento permanente na superação de tais obstáculos.
- ItemAcesso AbertoEncontros docentes: contribuições para o ensino inclusivo na perspectiva de uma docência inventiva nos anos finais do ensino fundamental(2022-12) Rosa, Josiane Freitas Da; Hattge, Morgana Domênica; ttp://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Munhoz, Angélica Vier; Lockmann, Kamila; Oliveira, Sandra DeEssa pesquisa, vinculada ao Grupo Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq), insere-se na linha de pesquisa Formação de Professores, Estudo do Currículo e Avaliação. Tem como objetivo geral analisar de que modo encontros de estudo e discussão entre docentes dos anos finais do Ensino Fundamental no município de São Sebastião do Caí/RS podem contribuir para o ensino inclusivo na perspectiva de uma docência inventiva. Esse estudo dedicou-se a pensar sobre a organização curricular para demandas curriculares de todos os sujeitos, com ou sem deficiência. Para isso, buscou-se as contribuições dos princípios do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) como inspiração para o ensino inclusivo nos anos finais do Ensino Fundamental pelo viés da constituição de uma docência inventiva, rompendo com os padrões instituídos, possibilitando um currículo mais acessível a todos. Desenvolveu- se uma pesquisa de cunho colaborativo, promovendo o diálogo entre as teorizações e as experiências docentes para pensar sobre as estratégias de ensino, repensar o currículo e olhar a heterogeneidade das turmas numa perspectiva inclusiva. Para isso, foram desenvolvidos encontros de estudo com professoras dos anos finais do Ensino Fundamental do município de São Sebastião do Caí/RS. Nos encontros docentes, várias questões que perpassam a inclusão escolar foram discutidas. Estratégias de ensino inspiradas nos princípios do DUA numa perspectiva inclusiva foram elaboradas. Cartas com as concepções das participantes sobre o ensino inclusivo foram escritas. Diante dessa materialidade empírica, o exercício analítico se desenvolveu amparado nos estudos pós-estruturalistas. Sendo assim, os encontros docentes sugerem a importância dos momentos coletivos de partilha e de diálogo para o fortalecimento das práticas cotidianas de ensino. A constituição de uma docência inventiva como potência para o ensino numa perspectiva inclusiva. E, ainda, a continuidade dos encontros docentes como modo de resistência coletiva e empoderamento docente.
- ItemAcesso AbertoEstratégias de ensino na formação médica: a importância da atuação docente(2021-05) Leal, Rodrigo Andrade; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Martins, Silvana Neumann; Forneck, Kari Lucia; Lima, Elaine Rodrigues FerreiraAs primeiras escolas de Medicina utilizavam um modelo de ensino tradicional, cujos currículos eram organizados por disciplinas oriundas de vários departamentos. Essa metodologia tradicional contribuiu no desenvolvimento de talentos e na formação de médicos tecnicamente bem qualificados, principalmente no tocante à especialização praticada nos limites do hospital. No entanto, no final do século XX, viu-se que essas habilidades já não eram mais suficientes para que os profissionais estivessem preparados para a realidade. Surgiram, então, duas novas abordagens no cenário da educação e da prática médica: a Medicina Baseada em Evidências, que volta-se para o âmbito clínico; e a Aprendizagem Baseada em Problemas, que direciona seus olhares para a esfera pedagógica. Trata-se de abordagens de ensino que focalizam a pesquisa como a principal fonte de conhecimentos. Sendo assim, surgiu a presente dissertação, que objetiva analisar as estratégias de ensino utilizadas pelos docentes do colegiado de Medicina da Faculdade AGES de Jacobina (BA), capazes de fomentar a autoaprendizagem dos acadêmicos e formar médicos pesquisadores. Este estudo classifica-se como exploratório, descritivo e de abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu mediante a aplicação de um questionário semiestruturado aos docentes da graduação de Medicina de uma Instituição de Ensino Superior da Bahia. Os dados foram analisados com base em alguns pressupostos da técnica da análise de conteúdo (BARDIN, 2012), obedecendo-se às seguintes etapas: pré-análise, exploração do material, do tratamento dos resultados, interferência e interpretação. Diante dos resultados obtidos, pôde-se observar que os docentes se mostraram engajados com o currículo proposto pela instituição de ensino, visto que a grande maioria participa e/ou já participou de momentos de discussão para melhoria das práticas pedagógicas e aperfeiçoamento das estratégias de ensino pautado nas metodologias ativas. Também constatou-se que a principal vantagem da unidade curricular Medicina Baseada em Evidências está em oferecer ao profissional da saúde condições para a tomada de decisões de forma segura e embasada no que há de melhor em termos científicos na atualidade. Assim, fica evidente que essa unidade curricular poderia ter uma carga horária maior, para que os alunos aprimorem suas habilidades de busca de estudos científicos, o que certamente será fundamental no êxito em sua atividade profissional.
- ItemAcesso AbertoUma experiência do ensino da língua brasileira de sinais na disciplina de língua portuguesa em uma escola regular: vivenciando o protagonismo do discente com surdez(2022-02) Pereira, Rosiane Sousa; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Munhoz, Angelica Vier; Agapito, Francisca Melo; Becker, CarolineEsta dissertação, que convida à reflexão sobre práticas de ensino para alunos com surdez, inseridos em classes comuns, aborda o tema, Uma Experiência do Ensino da Língua Brasileira de Sinais na disciplina de Língua Portuguesa em uma Escola Regular: Vivenciando o Protagonismo do Discente com Surdez, a partir de um estudo de caso. O estudo se justifica, considerando a necessidade de refletir sobre as práticas de ensino vivenciadas pelo aluno com surdez, inserido em sala de aula comum, que, apesar de tantas leis e decretos, ainda enfrenta barreiras para garantir um ensino com direito e respeito à sua língua materna. Diante desse cenário e a constante inquietação que o tema suscita, chegou-se ao seguinte problema de pesquisa: como o protagonismo discente no contexto da disciplina de Língua Portuguesa tem possibilitado o ensino bilíngue (Libras e Língua Portuguesa Escrita - LPE) de um estudante surdo inserido na sala de aula comum? Em consonância com o problema de pesquisa apresentado, o estudo teve como objetivo geral identificar os efeitos do protagonismo discente na difusão da Língua Brasileira de Sinais no contexto da disciplina de Língua Portuguesa em uma escola de ensino comum, com base no estudo realizado com um estudante matriculado no 9o ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública municipal na cidade de Santarém, estado do Pará. Participaram da pesquisa três voluntários: uma professora (Mara), um aluno com surdez (João) e sua mãe (Rosa), todos identificados com nomes fictícios para preservar suas identidades. A abordagem teórica pautou-se em legislações brasileiras, Brasil (2002, 2005, 2020, etc.) sobre a Educação Bilíngue para Surdos, além de autores e pesquisadores da área, como: Quadros (1997, 2008, 2009, 2017); Skliar (1998, 2009); Hattge (2014); Lopes e Fabris (2013); Strobel (2006, 2011); Agapito (2020); Veiga- Neto (2001, 2011); Guilherme e Becker (2021), etc. Por tratar-se de um recorte da realidade sobre o protagonismo do discente surdo, o tema foi explorado de forma mais aprofundada através da metodologia de Estudo de Caso único, baseado nos estudos Yin (1994, 2015), Gil (2002), Meirinhos e Osório (2010). Os dados foram produzidos através de observação, diário de campo e entrevistas semiestruturadas, com base nos estudos de Marietto (2018); Abib, Hoppen, Hayashi Junior (2013); Amado (2017) e Trvinos (1987). Para a organização da pesquisa qualitativa, os dados foram alinhados através da Análise de Conteúdo de Bardin (1979), com a pretensão de apresentar evidências e informações a respeito dos questionamentos apresentados. Os resultados obtidos expõem os efeitos da vivência relatada no estudo de caso e suas principais contribuições para o desenvolvimento de práticas de ensino, da aprendizagem e da comunicação do aluno com surdez, promovidas pela professora do componente curricular de Língua Portuguesa, em parceria com a professora de Atendimento Educacional Especializado e o protagonismo do discente. Entre os efeitos destacam-se: as práticas pedagógicas colaborativas que possibilitaram o ensino bilíngue; a difusão da Libras no contexto escolar que efetivou a comunicação em Língua de Sinais entre o aluno surdo e os ouvintes (professora e colegas de classe); a valorização e o respeito pela cultura surda/ou por sua cultura linguística; a inserção do aluno nas práticas de ensino curricular; o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo do discente surdo no processo de ensino e de aprendizagem.
- ItemAcesso AbertoLeitura estética: a relação entre leitura de imagem e o desenvolvimento estético no ensino de artes visuais(2022-03) Paz, Cícero Fernando De Moura; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Schwertner, Suzana Feldens; Munhoz, Angélica Vier; Guedes, Betina SilvaAs atividades de leitura de imagens, no ensino das Artes Visuais, têm proporcionado o desenvolvimento estético por meio de experiências sensíveis. Deste modo, a presente dissertação tem como objetivo investigar a construção do pensamento estético dos alunos ingressantes nos cursos técnicos, integrados ao ensino médio do Instituto Federal do Piauí – IFPI, Campus Uruçuí. Para tanto, procurou-se nos últimos anos produções científicas que abordavam em seus estudos a relação entre leitura de imagem e desenvolvimento estético no ensino das Artes Visuais. Dentre as muitas referências utilizadas, Barbosa (1994, 1998, 2003, 2012), Duarte Junior (2000), Francez (2019) e Rossi (2009) foram os autores que mais contribuíram com a fundamentação teórica de temas como a importância da imagem e sua relação com o ensino de Arte, a leitura de imagem e o desenvolvimento estético e a educação estética. Fazendo uso da abordagem Qualitativa e do Estudo de Campo como procedimento de investigação, seus dados foram produzidos e coletados durante a realização de seis atividades de leitura de imagens, que ocorreram de forma remota como medida de prevenção contra a COVID-19, e que contaram com a participação de dez estudantes. Com relação ao procedimento de análise dos dados, aplicou-se a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016), analisando os tipos de relações que os participantes estabelecem ao interpretar e julgar imagens. Dentre os resultados, identificou-se que a construção do pensamento estético se dá por meio das relações que são estabelecidas entre os sujeitos e as imagens interpretadas e que estas relações não seguem uma ordem crescente de complexidade, como sugerem alguns teóricos desenvolvimentistas. Além destas relações, outros dois modos de interpretar imagens também foram observados nas falas dos participantes: a Construção Coletiva do Pensamento Estético e a Ativação de Memórias. Ainda, ficou evidente que as experiências com as Artes Visuais, vivenciadas durante o ensino fundamental, contribuíram para a construção do pensamento estético dos participantes. Por fim, percebeu-se que as imagens, independente de sua intencionalidade criadora, são textos cujas interpretações estão abertas a múltiplas atribuições de sentidos e que as suas leituras podem tornam o ser humano mais sensível.
- ItemAcesso AbertoO processo de nucleação escolar no município de Juruti-PA e suas implicações na prática pedagógica docente: um estudo de caso na Escola do Campo Profa. Maria do Carmo Pereira Menezes(2024-06-13) Silva, Reanto sousa da; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Neuenfeldt, Derli Juliano; Schwertner, Suzana Feldens; Klein, Rejane RamosA política de nucleação escolar é uma estratégia adotada por diversos municípios brasileiros com o objetivo de otimizar recursos e promover uma melhor qualidade de ensino. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho teve como objetivo analisar as implicações do processo de nucleação escolar nas práticas pedagógicas docentes, por meio de um estudo de caso realizado na Escola do Campo Professora Maria do Carmo Pereira Menezes, localizada no município de Juruti, no Pará. Os sujeitos da pesquisa foram 4 (quatro) professores com experiência tanto em escolas multianos quanto em escolas unisseriadas; a ex-secretária de educação, responsável pela implementação do processo de nucleação escolar no município; e 1 (uma) supervisora de ensino das escolas do campo. Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada, inicialmente, uma revisão bibliográfica, a qual teve como propósito investigar a literatura sobre o tema, embasar o resgate histórico da trajetória da Educação do Campo e compreender a sua contribuição para o desenvolvimento social do meio rural enquanto política pública. Compreender como a política de nucleação escolar influencia o trabalho dos professores e as estratégias utilizadas no ensino torna-se fundamental para uma reflexão sobre os seus impactos na qualidade da educação ofertada. Com o intuito de dar conta da complexidade do estudo, o trabalho se inscreve na abordagem qualitativa de pesquisa, tendo como metodologia o estudo de caso e como procedimentos para a produção dos dados a entrevista semiestruturada, a análise documental, a observação e o diário de campo, analisados a partir da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2011). Quanto aos resultados, pôde-se inferir que, mesmo após o processo de nucleação escolar, a prática pedagógica docente não sofreu mudanças substanciais, pois não há um planejamento ou uma proposta de ensino específico para as escolas do campo que contemple suas reais necessidades. O estudo destaca, ainda, a necessidade de ampliar as oportunidades de formação continuada aos professores para que esses sujeitos desenvolvam práticas educativas voltadas para melhoria do ensino, visando contribuir significativamente com a vida e a formação dos sujeitos do campo.
- ItemAcesso AbertoPercepções sobre gênero em uma escola pública do interior do Tocantins(2020-12) Neto, Izidorio Paz Fernandes; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Schwertner, Suzana Feldens; Quartiero, Eliana Teresinha; Ribeiro, VândinerA presente dissertação de Mestrado tem como objetivo compreender as percepções de discentes concluintes do ensino médio e de seus professores sobre os discursos proferidos em relação ao gênero e suas manifestações na escola. Desse modo, toma como problema de pesquisa a seguinte questão: Como docentes e discentes vivem e se posicionam na disputa de significados acerca de gênero e sexualidades? A partir de tal questão, buscou-se compreender como a temática foi retratada nos últimos tempos através do estado da arte, além de buscar conceituar gênero e suas implicações na escola, práticas e papel da escola frente ao gênero e as visões sociais sobre o gênero através de literaturas que trabalham a questão. Os principais referenciais teóricos que serviram de embasamento para essas discussões foram Foucault (1988, 2009), Louro (2004, 2015), Junqueira (2010), Vianna (2015), dentre outros que se dedicaram às questões discutidas nesta pesquisa. Para a investigação, trabalhou-se com a análise do discurso foucaultiana, com foco nos questionários e entrevistas realizadas com seis discentes e três docentes de uma escola de ensino médio estadual de Guaraí. Ao final, conclui-se que há, entre os alunos, uma visão limitada sobre os conceitos de gênero, reafirmada em suas colocações de que existem apenas dois tipos. Além disso, é perceptível que a escola pouco ou nada faz para que essa visão seja alterada, já que estes mesmos sujeitos deixam transparecer que a instituição compartilha da visão delimitadora ao normatizar ideias como as de existência de “coisas de meninos e coisas de meninas”. Ao mesmo tempo, quando se analisa a visão social sobre o gênero, surge uma incoerência que nos leva a crer que seja fruto da superficialidade do tema presente em suas mentes e discursos, pois em suas respostas há indícios de abertura à temática que certamente foi provocada por outros ambientes que não a escola.
- ItemAcesso AbertoPráticas pedagógicas de articulação entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental(2023-08) Domingos, Silvia Simonik; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Horn, Claúdia Inês; Schwertner, Suzana Feldens; Santaiana, Rochele Da SilvaDesde o início do século passado, o sistema educacional brasileiro vem passando por intensas reorganizações. Entre as mudanças, citamos a implementação da Lei nº 11.274, em 2006, que estabeleceu a duração de nove anos para o Ensino Fundamental, e a emenda constitucional de nº 59, de 2009, que prevê a Educação Básica obrigatória e gratuita dos quatro aos 17 anos de idade. Entretanto, constata-se, através da literatura, que houve uma antecipação das práticas e vivências, uma vez que, tanto docentes da Educação Infantil quanto do Ensino Fundamental parecem acelerar o processo educacional. Portanto, neste estudo, aborda-se a prática docente durante a transição do último ano da Educação Infantil para o primeiro ano do Ensino Fundamental, tendo em vista a articulação entre os dois níveis de ensino, com aporte teórico no campo da Educação Infantil (NUNES; CORSINO; DIDONET, 2011; CAMPOS; BARBOSA, 2015; CARVALHO, 2015a; 2015b; CARVALHO; GUIZZO, 2018). Também se recorreu a pesquisas relativas ao novo Ensino Fundamental (SANTAIANA, 2008; CRAIDY; BARBOSA, 2012; SANTAIANA, 2013; SANTAIANA; FORELL, 2017). Neste estudo, problematiza-se o modo como as professoras de Novo Mundo, cidade interiorana do estado de Mato Grosso, desenvolvem a articulação entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental em suas práticas pedagógicas, com o objetivo de compreender como as professoras desenvolvem essa a articulação. As opções metodológicas para a realização desse estudo contemplam a observação das práticas docentes de articulação da transição entre as duas primeiras etapas de educação, a partir de um único grupo de crianças, e de entrevista semiestruturada. Foram convidadas para a entrevista as professoras que atuaram no último ano da Educação Infantil em 2022, e, num segundo momento, já em 2023, todas as professoras que atuavam no primeiro ano da Alfabetização do município. As duas etapas de observação aconteceram na mesma escola, a fim de acompanhar as práticas docentes para articular a saída das crianças da Educação Infantil e sua entrada no Ensino Fundamental. O tratamento dos dados da pesquisa contemplou a abordagem qualitativa e a análise de conteúdo (BARDIN, 1977), o que possibilitou investigar este fenômeno. Foi possível compreender que as ações de articulação entre as duas primeiras etapas da Educação Básica se dão a partir de práticas escolarizantes já na Educação Infantil, práticas essas tidas como de turmas de alfabetização. Também conclui que a articulação é complexa; é um contínuo que envolve coisas, pessoas, objetos, elementos; é um processo que envolve a escola e não apenas duas professoras.
- ItemAcesso AbertoTeias do discurso: explorando a relação entre as propostas pedagógicas do currículo mato-grossense e a educação em sexualidade(2025-02-25) Lima, Uanderson da Silva; Hattge, Morgana Domênica; http://lattes.cnpq.br/5058446895473307; Oliveira, Márcio de; Munhoz, Angélica Vier; Olegário, FabianeEsta pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEnsino) da Universidade do Vale do Taquari (Univates), na linha de pesquisa “Docência e Currículo: criações, diferenças e pluralidades” e ao grupo de pesquisa “Currículo, Espaço, Movimento” (CEM). Através dessa, caminhar por uma temática espinhosa, que causa medo e insegurança em professoras/xs/es, foi desafiador. Nesse sentido, problematizei: como as/xs/os docentes abordaram a Educação em Sexualidade no Ensino Médio, considerando as propostas curriculares do Estado de Mato Grosso? A partir dessa inquietação, o objetivo geral da pesquisa foi investigar como as/xs/os docentes do Ensino Médio abordaram essa temática no ensino, tendo em vista as referidas propostas curriculares. Ao se pensar nessa abordagem, foi necessário indagar professoras/xs/es do Estado de Mato Grosso sobre questões que norteiam o currículo e a Educação em Sexualidade. Utilizou-se um questionário no Google Forms para indagar essas/xs/es agentes do ensino sobre as questões norteadoras da pesquisa, com um corte temporal de 2018 a 2024, período em que houve os diálogos e a implementação do “Documento de Referência Curricular para Mato Grosso: Concepções para a Educação Básica” (DRC/MT) (2018) e DRC/MT – Ensino Médio (2021). Como aporte teórico da pesquisa e para a construção do questionário, utilizou-se autoras/xs/es como Foucault (2018), Imani (2023), Louro (2014 e 2018) e Ribeiro (2020), a fim de potencializar e entrelaçar os discursos que envolvem a temática da Educação em Sexualidade. Através dos dados produzidos no questionário e das informações teóricas, percebeu-se que o discurso está regulado por uma “norma” do Homem, Branco, Cisgênero, Heterossexual e Cristão (Louro, 2014, 2018), que tenta ser constantemente (re)afirmada, por meio das posturas de representantes nas esferas municipal, estadual e nacional. Além disso, é fundamental refletir sobre os currículos educacionais, entendendo a importância de que estes abordem habilidades, objetos de conhecimento, disciplinas Eletivas e Trilhas de Conhecimento que dialoguem com temas como Identidades, Gêneros, Sexualidades e/ou Orientações Sexuais, Diversidade, Inclusão e Individualidades. A Educação em Sexualidade deve promover o pensamento crítico e livre de influências dogmáticas, com base em conhecimentos científicos e em respeito à diversidade. O caminhar por meio desse ensino possibilita às/xs/aos estudantes o desenvolvimento do senso crítico e da sua formação integral, de modo a permitir que ela/x/e tome decisões corretas para a sua vida e a da/x/o outra/x/o. Nesse sentido, é preciso (re)significar os discursos que envolvem a Educação em Sexualidade, para que essa abordagem seja multidisciplinar e não se restrinja a um discurso meramente biológico, abrangendo questões sobre as populações marginalizadas em nossa sociedade. Nos discursos apontados pelas/xs/os participantes, observo discursos cercados de inseguranças relacionadas às mães, pais e/ou responsáveis, e ao local onde a escola está situada. Dessa forma, é necessário o desenvolvimento de Políticas Públicas que potencializem esse diálogo nas escolas, em todo o território mato-grossense, de modo que não permaneçam apenas na teoria ou nas propostas curriculares.