Ambiente e Desenvolvimento
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Com as linhas de pesquisa Ecologia, Espaço e Problemas Socioambientais e Tecologia e Ambiente, o Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento da UNIVATES pretende promover visão integrada e crítica da questão ambiental, em suas perspectivas históricas, econômicas, sociais e ecológicas, por meio do desenvolvimento e aplicação de tecnologias e metodologias voltadas à solução de problemas regionais ligados à área ambiental.
Informações: PPGAD
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Browsing Ambiente e Desenvolvimento by browse.metadata.advisor "Ferla, Noeli Juarez"
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- ItemOpen AccessAbundância populacional de Crypturellus noctivagus em fragmento florestal no estado do Rio Grande do sul, Brasil(2014-10-06) Corrêa, Luiz Liberato Costa; Krügel, Marilise Mendonça; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893O presente estudo teve por objetivo avaliar a abundância e densidade populacional de Crypturellus noctivagus em um fragmento florestal entre os municípios de São Sepé e Formigueiro, Rio Grande do Sul. Dois métodos foram utilizados para a coleta de dados: transectos com bandas e amostragem por pontos. Para as amostragens foram estabelecidas cinco trilhas variando entre 500 a 900 metros, totalizando 3.400 metros de extensão. No transcorrer das trilhas foram locados 15 pontos de escuta. As amostragens foram quinzenais entre setembro de 2012 e março de 2013, utilizando os dois turnos diurnos para as amostragens, totalizando 24 amostragens por cada método. Os dados obtidos através da amostragem por transecto com bandas em 81.600m percorridos foram modelados pelo tamanho total do fragmento (450 ha) com o uso do programa Distance 5.0, indicando densidade de 3.38 espécimes por km². O esforço por pontos de escuta totalizou 120hs apresentando abundância em 1.26. Conforme os resultados obtidos, Crypturellus noctivagus se encontra isolado de outras possíveis populações que possam a vir ocorrer no Rio Grande do Sul. Devido a sua única e reduzida população conhecida caracteriza-se como uma espécie Criticamente em perigo de extinção no estado.
- ItemOpen AccessÁcaros associados a ninhos abandonados por pássaros e a aves de postura de ovos comerciais, no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul(2012-09-14) Faleiro, Daiâni Cristina Cardoso; Ethur, Eduardo Miranda; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893O controle de ácaros praga é fundamental para a manutenção da biossegurança de uma granja avícola, a ausência desse controle potencializa o risco de problemas sanitários e prejuízos econômicos. Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) é um ácaro hematófago associado às aves reprodutoras e poedeiras. Cheyletus malaccensis (Oudemans, 1903) comumente controla ácaros praga em grãos armazenados. O presente estudo buscou conhecer a acarofauna associada a ninhos abandonados por pássaros e aos diversos ambientes de aviários de postura de ovos comerciais, no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, avaliar a bioecologia da acarofauna associada a granja e avaliar as características biológicas de Cheyletus malaccensis alimentando-se de Dermanyssus gallinae, em laboratório, nas temperaturas de 20°C, 25°C e 30°C. As coletas de ácaros foram realizadas entre os meses de dezembro de 2010 e julho de 2011. Junto à granja de postura, foram amostrados dois aviários convencionais (Gaiola) e dois onde as aves ficam livres e tem ninhos a disposição (Livre). Foram dispostas 5 armadilhas de papelão/ galpão, substituídas quinzenalmente, foram coletadas três penas de nove aves/ galpão/ mês e em cada galpão Livre, foi coletado substrato de cinco ninhos/ mês. Ninhos abandonados por pássaros foram coletados aleatoriamente no Vale do Taquari e, assim como o substrato dos ninhos da granja, foram expostos em funil de Berlese. Um total de 11.757 ácaros pertencentes a 21 famílias e 31 espécies foram encontrados no estudo. Cerca de 99% dos espécimes foram coletados na granja. A família Cheyletidae mostrou maior riqueza de espécies, com quatro espécies, seguida da família Blattisocidade com três espécies. Dermanyssidae apresentou maior abundância, com 5.689 espécimes, seguido por Analgidae, com 2.175 espécimes. Maiores índices ecológicos de diversidade foram observados em ninhos do sistema Livre, seguido das armadilhas de papelão e por último, penas. A diversidade total e Variância Jackknife de 1o ordem (S2) foram significativos em armadilhas nos dois sistemas de alojamento. Nas armadilhas, a diversidade foi maior no sistema Gaiola, mas no sistema Livre foi observada maior abundância. Nas armadilhas, Dermanyssus gallinae foi a única espécie constante e eudominante. Nos ninhos da granja, Cheyletus malaccensis, Chortoglyphus arcuatus (Troupeau, 1879) e Tyrophagus putrescentiae (Schrank, 1781) foram constante e eudominante. Nas penas, Megninia ginglymura (Mégnin, 1877) foi constante, eudominante e a mais abundante. Em laboratório, Cheyletus malaccensis alimentou-se de diferentes estádios de Dermanyssus gallinae e completou seu desenvolvimento. Iniciou-se o estudo com 30 ovos individualizados em arenas para cada temperatura testada. Ovos, formas imaturas e adultas de Dermanyssus gallinae foram predadas, além disso, Cheyletus malaccensis demonstrou canibalismo, principalmente em suas fases imaturas. A temperatura influenciou de forma negativa no desenvolvimento de Cheyletus malaccensis. A maior viabilidade das fases imaturas foi a 25°C, com 70%, foi ainda nessa temperatura que ocorreu a maior fecundidade com 415,62 ±24,78 ovos/ fêmea. A duração média de cada geração em dias (T) foi maior a 20°C, com 78,41 dias. A capacidade inata em aumentar em número (rm) foi maior a 30°C com 0,12. Dermanyssus gallinae demonstrou ser uma presa adequada à Cheyletus malaccensis.
- ItemOpen AccessBioecologia de ácaros (Acari) associados à cultura da soja (Glycine max (L.) Merril) (Fabaceae) na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul(2013-05-31) Reichert, Marliza Beatris; Barden, Julia Elisabete; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893A soja é a cultura que mais cresceu nos últimos anos, sendo ela importante economicamente para o Brasil e para o Rio Grande do Sul. A soja está sujeita ao ataque de diferentes espécies de herbívoros que podem se transformar em pragas. As pragas da soja podem causar perdas significativas no rendimento da cultura e, por isso, necessitam ser controladas. Este estudo avaliou a acarofauna associada à cultura da soja na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul nos municípios de Mato Queimado e Três de Maio. As avaliações foram realizadas em soja convencional, em soja transgênica com irrigação e sem irrigação e com tratamentos fitossanitários diferenciados e em plantas de borda. As atividades de campo foram realizadas na safra 2011/2012. As coletas foram realizadas quinzenalmente onde a cada coleta eram escolhidas vinte plantas de soja, das quais foram retiradas três folhas/planta, totalizando 60 folhas/área. As folhas foram coletadas nas regiões basal, mediana e apical da planta. A cada coleta de folhas de soja também foram coletadas cinco espécies de plantas de borda. As folhas de soja e as plantas de borda foram individualizadas em sacos plásticos, guardadas sob- refrigeração até serem processadas. Os ácaros foram retirados de ambas as faces das folhas e montados em lâminas para a identificação. Foi encontrado na soja um total de 18.100 ácaros pertencentes a cinco famílias, nove gêneros e 12 espécies distintas, além dos ácaros da Subordem Oribatida. A área de soja transgênica com irrigação e aplicação de inseticida apresentou a maior riqueza e abundância, com 10 espécies e um total de 8.329 ácaros, seguida pela área com soja transgênica sem irrigação, com aplicação de inseticida com nove espécies e 4.901 ácaros. Menor riqueza foi observada na área transgênica sem irrigação e sem aplicação de inseticida com cinco espécies. A área com menor abundância foi a de soja convencional sem aplicação de inseticida com 1.091 ácaros. Phytoseiidae apresentou maior riqueza, com cinco espécies, seguida de Tetranychidae, com quatro espécies, Iolinidae, Stigmaeidae e Tarsonemidae. Dentre os ácaros fitófagos mais frequentes e abundantes na soja, destacaram-se Tetranychus urticae Koch, Mononychellus planki McGregor e Tetranychus spp. Os ácaros predadores mais abundantes foram Neoseiulus idaeus Denmark & Muma, Pseudopronematus sp., Neoseiulus californicus McGregor e Neoseiulus anonymus Chant & Baker respectivamente. Neoseiulus idaeus também foi à espécie mais frequente. Nas plantas de borda foram encontrados um total de 576 ácaros, sendo N. idaeus e Agistemus sp. os ácaros predadores mais abundantes.
- ItemOpen AccessBioecologia de ácaros da cultura da soja e influência da transgenia(2016-07) Toldi, Maicon; Johann, Liana; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893As cultivares geneticamente modificadas alteram o manejo da cultura da soja (Glycine max L. Merril: Fabaceae). O aumento no uso de agroquímicos decorrentes do plantio de transgênicos é exemplo de prática que coloca em cheque o futuro dos solos e biodiversidade. Dentre as espécies de ácaros fitófagos que causam danos à cultura destacam-se Mononychellus planki McGregor e Tetranychus ludeni Zacher. O Caliothrips phaseoli Hood (Thysanoptera: Thripidae) também pode atingir nível de praga nestas plantações. Estes ácaros e inseto se alimentam das folhas da soja causando clorose e perda na produção de grãos. Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae) é utilizado no controle de populações de ácaros praga em culturas agrícolas, porém não são conhecidos seus parâmetros biológicos quando alimentados com M. planki e C. phaseoli. O objetivo deste trabalho foi conhecer os parâmetros biológicos de N. californicus quando alimentado de M. planki, T. ludeni e C. phaseoli sobre folhas de soja nas condições de laboratório e avaliar a influência da transgenia sobre o ciclo biológico de T. ludeni. Os ácaros foram coletados em plantações de soja da cidade de Lajeado - RS. No estudo com o predador foram utilizados ovos individualizados em arenas com M. planki, T. ludeni e C. phaseoli como alimento. Foram realizados estudos observando o desenvolvimento e reprodução de T. ludeni sobre soja convencional Fundacef 44, RR Nideira 5909, resistente ao glifosato e BT Rota 54, resistente ao glifosato e ao ataque de lagartas. A viabilidade total de ovo-adulto para o predador se alimentando de T. ludeni, M. planki e C. phaseoli foram 96.66%, 76.67% e 53.33%, respectivamente. O predador não completou seu desenvolvimento sendo alimentado com C. phaseoli, pois não houve oviposição. A capacidade de aumentar em número (rm) foi de 14.46 fêmeas/fêmeas/dias com T. ludeni e 13.39 com M. Planki. A transgenia na soja não demonstrou interferir na biologia de T. ludeni. Esta espécie pode estar em fase de adaptação à cultura, pois teve parâmetros de reprodução menores que o esperado. Os resultados poderão subsidiar trabalhos de controle biológico na soja e outras culturas que apresentarem as mesmas espécies herbívoras em nível de praga. Também contribuir para as discussões acerca do uso de transgênicos.
- ItemOpen AccessBioecologia de ácaros em videira (vitis vinifera: VITACEAE) no Rio Grande do Sul, Brasil(2009-01-15) Klock, Crisna Letícia; Ferla, Noeli JuarezEste trabalho se refere ao estudo da acarofauna e da dinâmica populacional de ácaros presentes na cultura da videira (Vitis vinifera L.: Vitaceae), nos municípios de Candiota e Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado no período de outubro de 2006 a setembro de 2007, onde mensalmente foram amostradas 20 plantas escolhidas aleatoriamente nas áreas escolhidas de cada varietal. Três folhas de cada planta foram retiradas, totalizando 60 folhas por área. Para avaliar a presença de ácaros nas gemas, um ramo contendo três gemas de cada uma das vinte plantas amostradas foi coletado. Na varietal Chardonnay de Bento Gonçalves, o período de avaliação das folhas foi de outubro de 2006 a março de 2007, com avaliação das gemas nos meses seguintes. Foram coletados 11.598 ácaros pertencentes a 52 espécies de 14 famílias. Phytoseiidae foi a família com maior diversidade de espécies, com dez espécies diferentes. Nove espécies se repetiram nos quatro ambientes avaliados, e destas, Cal. vitis foi a mais abundante, com 8.568 espécimes amostrados. Maiores populações de Cal. vitis foram observadas em janeiro, período de baixa precipitação e umidade relativa do ar. P. latus, presente apenas em Bento Gonçalves, foi observada em altas populações em janeiro, nas folhas apicais. Pronematus sp., foi a espécie de predador mais abundante, porém Phytoseiidae apresentou maior diversidade de espécies. As varietais de Bento Gonçalves apresentaram maior diversidade com 33 espécies em Merlot e 29 em Chardonnay. Em Candiota, as varietais apresentaram menor número de espécies. Também foi observada maior abundância de ácaros em Candiota, 59%, sendo 93% destes pertencentes a varietal Merlot.
- ItemOpen AccessCheyletus malaccensis NO CONTROLE DE Dermatophagoides farinae, POTENCIAL DISPERSOR DE FUNGOS AMBIENTAIS E PATOGÊNICOS(2019-12) Granich, Juliana; Silva, Guilherme Liberato Da; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893Dermatophagoides farinae (Hughes) (Pyroglyphidae) vem sendo estudado por causar alergia em seres humanos e animais domésticos. Dentre os artrópodes, os piroglifídeos são os principais alérgenos envolvidos em problemas respiratórios. Cheyletus malaccensis (Oudemans) (Cheyletidae) é um ácaro com potencial predador utilizado no controle biológico de ácaros da poeira e de produtos armazenados. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de predação de C. malaccensis alimentando-se de D. farinae avaliando a predação, preferência alimentar e resposta a pistas olfativas de diferentes presas (D. farinae, Megninia ginglymura (Megnin) (Analgidae) e Tyrophagos putrescentiae (Schrankh) (Acaridae) bem como avaliar a dispersão de fungos pelo ácaro da poeira. Este estudo foi realizado no laboratório de Acarologia da Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Espécimes de D. farinae e C. malaccensis foram coletados em amostras de poeira ambiental. Para o teste de predação foram obtidas fêmeas de C. malaccensis datadas e alimentadas com D. farinae. Foram realizadas a contagem de presas consumida e a oviposição. Para o teste de pistas olfativas foram liberadas diferentes presas (T. putrescentiae, M. ginglymura e D. farinae) em arenas. No dia seguinte, após retirar as presas houve a liberação de C. malaccensis, avaliando em seguida a preferência às presas. No teste de preferência alimentar Cheyletus malaccensis foi liberado juntamente com as presas. No estudo da biologia foram liberados espécimes de Cheyletus malaccensis separadamente em arenas e alimentadas com D. farinae. Nos estágios imaturos de ovo, larva, protocrisálida, protoninfa, deutocrisálida, deutoninfa, teliocrisálida foram avaliados por três vezes ao dia e na fase adulta, apenas uma avaliação diária. Foi verificada a sobrevivência (machos e fêmeas), número de ovos postos e viabilidade dos ovos. Para os testes com fungos, foram utilizadas as seguintes espécies: Aspergilus niger, Aspergillus oryzae, Microsporum gypseum, Penicillium citrinum, Trichophyton interdigitale. Neste estudo foi testada a viabilidade de cada isolado. A suspensão de esporos de cada isolado foi padronizada para dar seguimento ao teste de dispersão. Neste teste foi inoculado a suspensão de cada esporo separadamente em placas e liberadas espécimes de D. farinae. Após 24 horas os ácaros foram retirados e liberados em placa contendo Ágar Sabouraud Dextrose. Foi avaliado diariamente o número de colônia fúngicas crescida em cada placa. Os resultados demontram que C. malaccensis é um inimigo natural de D. farinae, sendo capaz de se desenvolver e reproduzir quando alimentado exclusivamente desse presa. D. farinae demonstrou ser uma espécie dispersora de fungos ambientais e patogênicos.
- ItemOpen AccessControle do Ácaro rajado,(Tetranychus urticae Koch) na cultura de gérberas (Gebera jamesonii Adlam) em estufa(2012-05-23) Schwertner, Clóvis Antônio; Haetinger, Claus; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893No Brasil o cultivo de plantas ornamentais aumentou nas últimas três décadas, tornando-se uma importante atividade econômica do agronegócio. No mercado nacional, o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de flores e plantas cultivadas e o maior consumidor. Dentre as espécies mais cultivadas, as gérberas (Gerbera jamesonii Adlam), nos Vales do Taquari, Caí e Rio Pardo predominam. Quanto à ocorrência de ácaros, o ácaro rajado (Tetranychus urticae Koch, 1836: Tetranychidae) na cultura de gérberas em estufa, prejudica a qualidade e beleza da flor causando danos econômicos. O uso de agrotóxicos para a eliminação de pragas diversas, elimina também os inimigos naturais destes, e a constante aplicação destes agrotóxicos tornam os insetos fitófagos resistentes. Demonstrou-se que os produtos naturais e biológicos são uma alternativa eficiente para o controle do ácaro rajado na cultura de gérberas. Entre os produtos naturais e biológicos testados (Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, Azadiractina, e calda sulfocálcica à base de enxofre e cálcio) e o agrotóxico de referência (à base de Abamectina) todos estes foram eficientes para o controle do ácaro rajado. Porém, os produtos naturais e biológicos preservaram em sua maioria os inimigos naturais, não agrediram o meio ambiente, ao passo que o agrotóxico eliminou totalmente os inimigos naturais além de seu efeito ser persistente e perigoso ao meio ambiente.
- ItemOpen AccessDiversidade da acarofauna associada a ninhos de aves silvestres no município de São Sepé, Rio Grande do Sul, Brasil(2014-06-05) Silva, Darliane Evangelho; Périco, Eduardo; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893Os ninhos de aves trazem consigo uma grande riqueza e diversidade de ácaros, composta por ácaros predadores, fitófagos e generalistas. O conhecimento e entendimento desses organismos são importantes para estudos futuros de controle biológico de ácaros praga a partir de predadores naturais podendo contribuir para minimizar altas infestações, evitando que ectoparasitas se tornem um problema sanitário e econômico. Este estudo teve como objetivo conhecer a diversidade da acarofauna associada a ninhos de aves silvestres, correlacionando com variáveis ecológicas dos ambientes do município de São Sepé, Rio Grande do Sul, Brasil. Os ninhos de aves foram coletados nas áreas, urbana e rural, em ambientes florestal, campestre, aquático, pomares e residenciais, entre os meses de agosto a dezembro de 2012. Os ninhos coletados foram dispostos em funil de Berlese para a extração dos ácaros e conservados em álcool 70%. Foi realizada a montagem em lâminas em meio Hoyer. A identificação foi realizada no Laboratório de Acarologia do Universidade do Vale do Taquari UNIVATES. No total foram amostrados 52 ninhos de aves, pertencentes a 25 espécies de aves e encontrado um total de 24.287 ácaros pertencentes a 34 famílias, 70 espécies, além daqueles da Subordem Oribatida. A diversidade de Shannon (H') foi maior no ambiente campestre da área rural (H’=1,91), seguido da residencial (H’=1,88). A diversidade total deu-se na área rural, no ambiente campestre (TD=48,67) e florestal (TD=23,75). A equitabilidade foi bem próxima na área rural em dois ambientes o aquático (ED=0,83) e o florestal (ED=0,80). Maior riqueza se deu na área rural, no ambiente campestre (1,8) e residencial (1,7). No ambiente urbano todas demostraram mesma riqueza (0,8).
- ItemOpen AccessDiversidade da acarofauna em ambientes naturais do Litoral Norte do Rio Grande do Sul(2013-11-27) Silva, Juliana Oliveira Da; Périco, Eduardo; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893Este estudo teve como objetivo conhecer a acarofauna associada à vegetação nativa do Litoral Norte do estado do Rio Grande do Sul. Para isto, foram amostrados quatro pontos de coleta, distribuídos nos municípios de Tramandaí e Osório. O primeiro ponto foi nas dunas costeiras, o segundo, em área de banhado e o terceiro, em área preservada do Horto Florestal do Litoral Norte, todos no município de Tramandaí. O quarto ponto no Morro da Borrúsia, localizado no município de Osório em área de floresta, classificada como Ombrófila Densa. As avaliações foram realizadas no último mês de cada estação, compreendendo os meses de agosto e novembro, em 2011 e fevereiro e maio, em 2012. Um total de 1747 ácaros foi encontrado pertencentes a dez famílias e 91 espécies. Os pontos três e quatro apresentaram maior abundância e riqueza de ácaros, assim como as estações mais quentes. A família Phytoseiidae teve maior abundância e riqueza. Entre os ácaros mais abundantes destacaram-se Orthotydeus californicus Banks, Iphiseiodes saopaulus Denmark e Muma, Brevipalpus phoenicis Geijskes, Euseius ho De Leon, Euseius alatus De Leon e Neotropacarus sp.
- ItemOpen AccessEstudo dos aspectos biológico e socioambiental de ácaros na cultura do pessegueiro Prunus Persica (l.) batsch nos municípios de Venâncio Aires e Roca Sales, Rio Grande do Sul(2010-03-23) Eichelberger, Carla Rosana; Mazzarino, Jane Márcia; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893Apesar da grande importância da cultura do pêssego no Rio Grande do Sul, pouco se conhece sobre a acarofauna, diversidade e flutuação populacional de ácaros nesta cultura, assim como sobre aspectos socioambientais relativos aos processos produtivos de pêssegos, o que se verifica a partir dos modos de fazer de produtores e técnicos envolvidos nesta produção. O objetivo deste estudo foi conhecer a acarofauna associada a cultura do pêssego, nos municípios de Roca Sales e Venâncio Aires nas cultivares Premier e Eldorado, respectivamente; e analisar a diversidade e a flutuação de ácaros, identificando os discursos dos atores envolvidos para compreender como interferem nos seus modos de produção. Para identificação e caracterização dos discursos dos produtores e os atores com os quais estes interagem foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Para conhecer a acarofauna, diversidade e flutuação populacional de ácaros no pessegueiro foram realizadas avaliações mensais no período de julho de 2008 a junho de 2009, quando foram amostradas 15 plantas escolhidas aleatoriamente numa área em cada município. As plantas foram divididas em quadrantes e de cada quadrante foi escolhido um galho de onde foram retiradas três folhas, sendo uma coletada no terço apical, outra no terço médio e a última no terço basal, totalizando 180 folhas por área. No momento da coleta das folhas de pêssego também foram coletadas partes de cinco plantas invasoras mais comuns. Foram encontrados 1124 ácaros pertencentes a 28 espécies de 14 famílias. Maior abundância de ácaros foi observada em Venâncio Aires, com 77% dos ácaros. Tetranychidae foi a família mais abundante 895 espécimes, sendo 827 pertencentes à Tetranychus ludeni (Zacher, 1913) que foi a principal espécie herbívora coletada nos dois municípios, sendo mais encontrada de novembro a janeiro, com pico populacional em dezembro, precedido por meses com baixas precipitações e umidade relativa, seguido de Panonychus ulmi (Koch, 1836) encontrado somente na cultivar Eldorado. Aculus fockeui (Nalepa, 1898) (Eriophyidae) foi o único eriofídeo encontrado, com 45 espécimes. Entre os predadores Phytoseiidae apresentou maior riqueza com oito espécies, sendo quatro delas presentes nas duas áreas avaliadas. Typhlodromalus aripo (DeLeon, 1967) foi mais abundante com maiores populações nas plantas invasoras em ambos os municípios. Em relação à análise dos discursos dos produtores e técnicos pode-se verificar que em Roca Sales a diversificação de culturas é maior, também percebeu-se aí um produtor que utiliza mais agrotóxicos químicos e trabalha associado a uma empresa, Girelli de Bento Gonçalves. Neste município o técnico da Emater demonstrou estar mais a parte, auxiliando o produtor somente se necessário. Enquanto em Venâncio Aires a inserção de novas culturas, como o pêssego, é barrada muitas vezes pelas dificuldades impostas pela administração pública, a qual apóia com mais incentivos a cultura do fumo. Neste município o técnico da Emater é mais presente e, mesmo com todos estes empecilhos, o produtor tenta utilizar na sua produção de pêssegos somente agrotóxicos orgânicos.
- ItemOpen AccessInteração interespecífica entre predadores e fitófagos (Acari) na cultura da erva-mate(2017-07) Dameda, Catiane; Johann, Liana; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893; Ferla, Noeli Juarez; Johann, Liana; Freitas, Elisete Maria de; Gonçalves, Dinarte; Alves, Luis Francisco AngeliA erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.: Aquifoliaceae) é uma espécie nativa de grande importância econômica, social e ambiental. Nos últimos anos as áreas de plantio de erva-mate passaram a ser na forma de monocultivo, estimulando o surgimento de organismos herbívoros em altas populações causando injúrias e danos às plantas. Dentre as espécies fitófagas mais importantes à cultura destacam-se Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Tenuipalpidae), Dichopelmus notus Keifer (Eriophyidae), Disella ilicicola Navia e Flechtmann (Eriophyidae) e Oligonychus yothersi (McGregor) (Tetranychidae). O ataque desses ácaros interfere no desenvolvimento das folhas, alcançando assim o nível de praga. Dentre as principais doenças causadas pelo ataque destes ácaros encontra-se o bronzeamento das folhas que em alguns casos pode provocar o desfolhamento da planta. Euseius concordis (Chant) ocorre em todo Brasil podendo ser encontrado em diferentes espécies vegetais, inclusive na cultura da erva-mate. Agistemus paraguariensis Johann et al. tem preferência pela parte abaxial das folhas e costumam se aglomerar em áreas próximas das infestadas por D. ilicicola. O objetivo deste trabalho foi conhecer as características biológicas de E. concordis quando alimentado com O. yothersi, determinar a preferência alimentar de A. paraguariensis frente a três presas: D. notus, D. ilicicola e O. yothersi. Os ácaros foram coletados em plantações de erva-mate nas cidades de Mato Leitão e Putinga – RS. A biologia de E. concordis foi iniciada com 12 ovos mantidos em arenas sobre folhas de erva-mate. Foram realizadas três repetições com 12 arenas. As fazes imaturas foram observadas três vezes ao dia, e a fase adulta uma vez ao dia. Os dados gerados foram utilizados para construção de tabelas de vida de fertilidade. A preferência alimentar de A. paraguariensis foi avaliada oferecendo D. notus, D. ilicicola e O. yothersi. Euseius concordis apresentou ciclo de vida médio para fêmeas foi de 7,88±0,21 dias e os machos 7,75±1,08 dias. Os períodos de pré-oviposição, oviposição e pós-oviposição foi de 2,92±0,34; 11,2±0,74 e 1,67±0,28 respectivamente. Razão sexual 0,67 e média de longevidade para fêmeas de 15,22 dias e machos 12,51±1,91 dias. Os valores de T, Ro, rm, λ e TD foram, 16,33; 10,03; 0,14; 1,15 e 4,91 respectivamente. E. concordis completou seu ciclo de desenvolvimento alimentando-se de O. yothersi em folhas de erva-mate em condições de laboratório, com crescimento populacional satisfatório. Agistemus paraguariensis preferiu D. ilicicola; quando avaliado com D. ilicicola e O. yothersi não demostrou preferência, preferiu D. ilicicola quando avaliado com folha sem presa; preferiu O. yothersi quando avaliado com folha sem presa; quando avaliado com D. notus e folha sem presa não houve diferença significativa. Agistemus paraguariensis preferiu ovipositar em arenas com D. ilicicola, quando avaliado com D. ilicicola e O. yothersi, não houve diferença; preferência por D. ilicicola quando avaliado com folha sem presa; preferência por O. yothersi quando avaliado com folha sem presa; não ocorreu preferência quando D. notus foi avaliado com folha sem presa. Agistemus paraguariensis demonstrou preferência por D. ilicicola e O. yothersi.