Ambiente e Desenvolvimento
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Com as linhas de pesquisa Ecologia, Espaço e Problemas Socioambientais e Tecologia e Ambiente, o Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento da UNIVATES pretende promover visão integrada e crítica da questão ambiental, em suas perspectivas históricas, econômicas, sociais e ecológicas, por meio do desenvolvimento e aplicação de tecnologias e metodologias voltadas à solução de problemas regionais ligados à área ambiental.
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Navegando Ambiente e Desenvolvimento por Orientador "Jasper, André"
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- ItemAcesso AbertoAnálise epidérmica em folhas cordaitaleanas do afloramento quitéria, eopermiano do sul da bacia do Paraná/RS, Brasil(2025-06-16) Arend, Kelly de David Rodrigues; Schmidt, Isabela Degani; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Secchi, Mariela Inês; Galarce, Neli Terezinha Machado; Oliveira, Etiene Fabbrin PiresO estudo das plantas fósseis e sua relação com o clima é fundamental para a reconstrução de padrões climáticos de ambientes pretéritos. Por meio da análise desses organismos, é possível compreender como as plantas responderam e se adaptaram a diferentes condições climáticas, influenciando diretamente na formação e migração dos biomas ao longo do tempo. A correlação entre a distribuição atual dos grandes biomas e as zonas climáticas da Terra reforça a ideia de que o clima desempenha um papel determinante na organização da vegetação. Nesse sentido, a investigação com fitofósseis torna-se essencial, pois fornece evidências concretas sobre essa interação entre clima e comunidades vegetais ao longo do tempo geológico. Uma avaliação minuciosa das folhas fósseis provenientes do afloramento Quitéria foi conduzida para determinar a preservação de detalhes epidérmicos em espécimes de provável afinidade cordaitaleana. Foram analisadas 28 amostras contendo 36 espécimes com a utilização de estereomicroscópio de alta resolução, o Zeiss Axio Zoom.V16, que permite magnificações de até 412x. O afloramento Quitéria está localizado no município de Pantano Grande/RS, incluído na Formação Rio Bonito, sul da Bacia do Paraná e, de acordo com datação radiométrica, é de idade Eopermiana (Asseliano, 296,97 +0,45/-0,72 Ma). Logo acima da camada rica em matéria orgânica da sucessão de fácies I–V, estão depositados quatro níveis paleoflorísticos distintos em sedimentos clásticos, com fitofósseis preservados em mineralização autigênica (moldes e contramoldes) e impressões. Da base para o topo, ocorrem: (1) nível de paleossolo com raízes de licópsidas; (2) nível com bases caulinares de licópsidas; (3) associação mista de folhas, frondes, ramos, caules e estruturas reprodutivas relacionadas à Flora Glossopteris; e (4) nível com a presença de folhas cordaitaleanas em arenito médio laminar, objeto do presente estudo. Os caracteres morfográficos dos espécimes fragmentários consistem em formato foliar espatulado de margens inteiras e nervuras longitudinais subparalelas a paralelas, sem anastomoses e nervura central. As análises epidérmicas revelaram a preservação de microestruturas diagnósticas como tricomas e estômatos em dois espécimes, permitindo a identificação da espécie Noeggerathiopsis brasiliensis (Guerra-Sommer) Guerra-Sommer & Degani-Schmidt, descrita para a Mina de Faxinal, distante cerca de 60 km de Quitéria, com idade radiométrica de 285,42 +1,2/-2,1 Ma (Eopermiano, Sakmariano). Dessa forma, o material identificado de Quitéria representa uma expansão da ocorrência da espécie na Bacia do Paraná e no Gondwana, tanto no espaço quanto no tempo, considerando as diferentes localidades e idades de deposição. Uma futura análise de folhas cordaitaleanas depositadas em diferentes coleções utilizando a metodologia aqui descrita poderá promover avanços na identificação da paleodiversidade do Neopaleozoico em nível de gênero e espécie.
- ItemAcesso AbertoAvaliação antracológica de fragmentos de charcoal em porções do sítio arqueológico RS-T-114: um estudo multidisciplicar para a determinação de histórico ambiental(2010-11-22) Schmidt, Elisa Ost; Machado, Neli Teresinha G.; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743A antracologia é caracterizada por ser um estudo que tem como base a análise de fragmentos de material vegetal carbonizado (charcoal) resgatado em ambiente arqueológico. Considerando que as populações humanas utilizavam a vegetação disponível no entorno dos sítios arqueológicos como combustível, a avaliação desse tipo de material tem sido ferramenta importante no estudo de ambientes pretéritos, justamente representar a flora das épocas de ocupação. No presente estudo, estabeleceu-se como principal objetivo definir uma metodologia de análise antracológica interdisciplinar para um sítio arqueológico da Região do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, Brasil. Com isto, pretendeu-se reunir informações acerca dos recursos vegetais lenhosos utilizados pela população Tupiguarani, no sítio arqueológico RS-T-114 durante um período de tempo específico do Quaternário (592±67 a 1410±115) A.P. (antes do presente), com vistas a definir padrões de uso e características ambientais locais pretéritas. A partir da análise dos fragmentos encontrados e caracterizados como sendo charcoal, foram descritos 7 (sete) morfotipos de lenhos, o que confirma a ocorrência de fogo antrópico nessa área. A avaliação interdisciplinar realizada possibilitou inferir que os lenhos encontrados são de origem angiospérmica, sendo alguns associados a Salicaceae, e que a tendência da população pré-colombiana ali registrada era a utilização de madeira morta para os seus fogos. Além disso, foi possível estabelecer a existência de duas áreas distintas no sítio, sendo uma de habitação e outra de descarte.
- ItemAcesso AbertoAvaliação antracológica em sítios pré-coloniais como ferramenta para a análise da História Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta, Rio Grande do Sul, Brasil.(2013-03-01) Secchi, Mariela Inês; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743As mudanças ambientais globais estão, provavelmente, entre os maiores desafios da humanidade para o Século XXI. Por isso, o prognóstico da futura evolução dos ambientes é um importante ponto de discussão em diferentes esferas e áreas da ciência em todo o mundo. Para auxiliar no entendimento das questões ambientais do passado, o estudo de (paleo)incêndios vegetacionais é ferramenta importante, já que o fogo age como modelador dos ambientes terrestres desde que as primeiras plantas terrícolas surgiram sobre a Terra. Nesse contexto, a Antracologia aparece como sendo o campo das ciências que estuda e interpreta os restos de madeira carbonizados, provenientes de sítios arqueológicos ou de solos, que se relacionam com o testemunho de paleoincêndios de origem antrópica, procurando responder qual a relação entre o uso do fogo e o ambiente e de que forma a vegetação era utilizada pelas comunidades pré-coloniais. Além disso, outra ciência que auxilia no entendimento das questões pretéritas é a História Ambiental, que representa uma alternativa para a análise integrada dos ecossistemas, onde se deve levar em conta tanto a dimensão humana quanto seus atributos físicos e biológicos. Desta forma, utilizar o estudo dos carvões vegetais antracológicos associados às ocupações pré- coloniais no Sítio Arqueológico RS-T-101, comparando-se os dados encontrados com o trabalho realizado para o Sítio RS-T-114, para contribuir com a análise da história ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta. Além disso, este estudo pretende contribuir com a análise multidisciplinar da história ambiental da bacia, viabilizando a construção de um mosaico acerca do tema. Sendo assim, avaliou-se, nesse trabalho, a presença de carvão vegetal macroscópico no sedimento coletado pelos pesquisadores do Setor de Arqueologia do Museu de Ciências Naturais no Sítio RS-T-101, localizado no Município de Marques de Souza, Rio Grande do Sul. Nesse estudo, os fragmentos de carvão vegetal macroscópico do Sítio RS-T-101 foram separados manualmente do sedimento e analisados sob Microscópio Eletrônico de Varredura – MEV. As microfotografias foram comparadas com catálogos de referência em Anatomia Vegetal, para descrição das estruturas celulares. A partir das microfotografias dos fragmentos de carvão, foi feita uma comparação intersítios possibilitando que fossem feitas interpretações paleoambientais. Posteriormente, com as informações obtidas, foi possível identificar a ocorrência de carvão vegetal macroscópico em apenas dois dos níveis estratigráficos do Sítio RS-T-101, diferentemente do que ocorreu para o Sítio RS-T- 114, onde foram encontrados fragmentos carbonizados em todos os níveis. Além disso, foi possível datar as amostras pela técnica de carbono-14 as quais resultaram nas idades de 370±30 BP e 300±30 BP e 410±30 BP, respectivamente, Sítio RS-T- 101 e RS-T-114 (Área 1 e Área 2). As microfotografias obtidas sob MEV possibilitaram identificar que a temperatura de combustão a que os lenhos foram 7 expostos foi de até 340oC, demonstrando que o fogo foi de baixa intensidade. Além disso, foram descritos seis morfotipos de lenhos para o Sítio RS-T-101, enquanto que para o Sítio RS-T-114 haviam sido descritos sete. Dois dos morfotipos encontrados no Sítio RS-T-101 são coincidentes com morfotipos já descritos para o Sítio RS-T-114. Ainda com as análises das microfotografias obtidas sob MEV, foi possível identificar a ocorrência de hifas de fungos em apenas uma das amostras do Sítio RS-T-101, o que se diferencia do encontrado para o Sítio RS-T-114, uma vez que haviam sido encontradas hifas de fungos em todas as amostras analisadas. Com isso, foi possível inferir que a utilização de madeira morta pelos povos pré- coloniais não era uma constante, visto a diferença entre os sítios no que se refere a ocorrência de material vegetal em algum estágio de decomposição.
- ItemAcesso AbertoAvaliação fitossociológica e definição de estágios sucessionais de remanescentes de vegetação nativa delimitados por imagens de satélite na região do Vale do Taquari – RS – Brasil(2014-08) Schwambach, Estevão; Rempel, Claudete; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Strohschoen, Andreia Aparecida Guimarães; Périco, Eduardo; Prade, Cristian AndréO avanço das tecnologias em relação à captação de imagens de satélite tem ajudado no processo de avaliação e acompanhamento de estágios sucessionais florestais. O objetivo geral deste trabalho é realizar uma avaliação fitossociológica definindo os estágios sucessionais de remanescentes de vegetação nativa e comparar com classificação não supervisionada de imagem de satélite, na área de estudo. Em relação à metodologia, para o levantamento fitossociológico, foram separadas 09 unidades amostrais (parcelas) de 10 m X 10 m, totalizando 900 m² de área amostrada. Dentro de cada uma das 9 unidades amostrais foram listadas as espécies existentes e obtidos os dados quali-quantitativos e dendrométricos de todos os exemplares arbóreos, nativos e exóticos, com DAP (Diâmetro a Altura do Peito) igual ou superior a 8 cm. O trabalho de campo foi realizado em outubro de 2011, no Morro Gaúcho, município de Arroio do Meio – RS. Primeiramente as espécies foram identificadas a partir de observações de campo e consulta bibliográfica, sendo que o DAP foi obtido com o uso de trena e paquímetro, e a altura de cada um dos espécimes estimados a partir de observação visual. Para classificação da imagem, foi utilizada uma imagem do satélite ortorretificada do satélite RapidEye, com 5 bandas espectrais (440 μm - 850 μm), datada de 01 de novembro de 2009 e com resolução espacial de 5 metros. A classificação da imagem do satélite mostra uma área predominantemente como Floresta Estacional Decidual, sendo que as espécies identificadas na pesquisa realizada em campo verificou-se que no estágio de regeneração natural encontra-se a Myrsine umbellata. Analisando as espécies arbóreas em relação ao estágio médio de regeneração natural, percebe-se que a Miconia hyemalis, Ocotea catharinensise o Syagrus romanzzofiana estão nesse estágio. Em relação às espécies arbóreas encontradas no estágio avançado de regeneração natural, verificou-se que a Nectandra oppositifolia e a Erythrina falcata encontram-se inseridas. Em toda a área de estudo observou-se a presença de floresta secundária, que é aquela que resulta de um processo de regeneração natural em áreas de floresta primária que foram totalmente desmatadas. Conclui-se que a análise da imagem por satélite ajuda no gerenciamento das informações sobre os diversos aspectos da mesma área geográfica, facilita a habilidade de visualizar a interação das diferentes combinações dos elementos dentro de um mesmo espaço simultaneamente, porém verificou-se a necessidade de vistoria em campo considerando que houve diferença entre uma das amostras em campo e a classificação gerada por geoprocessamento.
- ItemAcesso AbertoCaracterísticas polínicas e físico-químicas de amostras de méis de Apis mellifera L., 1758 (Hymenoptera, Apidea ) e de Tetragonista angustula Latreille, 1811 (Hymenoptera, Trigonini) da Região do Vale do Taquari, Estado do Rio Grande do Sul(2009-05-08) Osterkamp, Isa Carla; Haetinger, Claus; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743Com o objetivo de determinar a origem floral e características físico-químicas de méis de Apis mellifera e de Tetragonista angustula, na região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, foram determinados os seguintes parâmetros para 22 amostras de méis de Apis mellifera e 11 amostras de méis de Tetragonista angustula: espectro polínico, umidade, condutividade elétrica, invertase e hidroximetilfurfural. A análise polínica qualitativa das amostras de mel de Apis mellifera demonstrou uma grande diversidade de pólen, sendo encontrados um total de 60 tipos polínicos ou espécies botânicas, distribuídas em 37 famílias. Nas amostras de méis de Tetragonista angustula ocorreram 27 tipos ou espécies polínicas, pertencentes a 16 famílias. Os tipos polínicos mais representativos foram Eucalyptus sp. (Mirtaceae) para os méis de Apis mellifera e Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae) para as amostras Tetragonista angustula. Dos 60 tipos polínicos encontrados 13 coincidem para ambas espécies. Nas análises físico-químicas, os valores das médias das análises de umidade e condutividade elétrica das amostras de mel de Tetragonista angustula apresentaram-se fora dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, enquanto que para os méis de Apis mellifera 3 amostras obtiveram o teor de hidroximetilfurfural acima do permitido.
- ItemAcesso AbertoConstrução de limites de nível local aplicado aos municípios amazônicos baseado no conceito de fronteiras planetárias: ensaio em Manaus-AM-Brasil(2024-11-13) Soria, Luiz Juarez Loiola; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Machado, Neli Teresinha Galarce; Silva, Wanderson Carvalho da; Oliveira, Ricardo Bezerra deHá evidências crescentes de que as ações humanas estão impactando o funcionamento do Sistema Terra em um grau que afeta a sua resiliência. Dessa forma, necessita-se um paradigma que integre o contínuo desenvolvimento das sociedades e a manutenção do Sistema Terra em um estado resiliente e adaptativo. O conceito de Fronteiras Planetárias visa definir os limites ambientais dentro dos quais a humanidade pode operar com segurança. Construir limites de nível local para um município, conhecer seu espaço operacional seguro e servir de diagnóstico ambiental para promoção de políticas públicas de desenvolvimento local baseado no conceito preposto, apresenta-se como problematização nesta pesquisa. Ao identificar um espaço operacional seguro, a referida estrutura pode dar contribuição valiosa para tomadores de decisão no mapeamento de rumos desejáveis para seu desenvolvimento. As bases para a prosperidade das diversas sociedades humanas não devem estar exclusivamente no crescimento econômico, uma vez que esse limita se, em sua última instância, aos limites biofísicos do nosso planeta. As avaliações de impactos em ecossistemas e sua resiliência são condições para elaborar e implementar políticas de desenvolvimento sustentável e, mesmo que haja incertezas que dificultam as análises, é preciso construir referenciais que elucidem limites seguros de até onde as atividades econômicas podem avançar. Esta pesquisa objetiva construir limites locais para um município amazônico, conhecer seu espaço operacional seguro e os impactos circunstanciais, a fim de produzir ferramenta de diagnóstico ambiental conducente de políticas públicas de desenvolvimento local e sustentável baseado no conceito de Fronteiras Planetárias. Para isso, vislumbra-se ensaio em um município no bioma Amazônia, tendo em vista seu papel crucial na regulação do clima, sua extrema importância para a humanidade, para as Fronteiras Planetárias e para a resiliência do planeta Terra.
- ItemAcesso AbertoFragmentos de carvão (charcoal) como indicativo da ocorrência de incêndios vegetacionais durante o Quaternário do Planalto das Araucárias, Rio Grande do Sul, Brasil(2009-01-14) Kauffmann, Marjorie; Jasper, AndréA avaliação dos processos de formação, evolução, manutenção e estabilidade dos ecossistemas tem se tornado cada vez mais significativa nos estudos atuais em ecologia. Na tentativa de esclarecer a evolução dos biomas durante o tempo, um dos elementos que vem sendo utilizado é o acompanhamento das variações florísticas ocorridas nos mesmos, tendo em vista que as plantas são excelentes marcadores ambientais. Uma das formas de registro relacionado à vegetação é o charcoal, o qual é prova direta da ocorrência de incêndios vegetacionais e seu estudo se torna um procedimento fundamental para o entendimento da evolução dos ambientes, permitindo, assim, a interpretação do passado e o estabelecimento de parâmetros de variação ambiental, atuais e futuros. Com base na importância deste tipo de registro, avaliou-se aqui a presença ou não de charcoal em amostras de turfeira coletadas no município de Cambará do Sul, situado na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Utilizando parâmetros específicos, foram identificados em laboratório fragmentos com características de charcoal, os quais foram separados e avaliados sob Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). A partir das análises em MEV foi possível identificar a ocorrência de charcoal em todos os intervalos de profundidade, variando, todavia, quanto à quantidade. A idade dos charcoal foi definida entre 0 e 31.764,71 anos, sendo possível concluir que em cada uma das amostras avaliadas, os quais, em termos de tempo correspondem aproximadamente a 1.000 anos, existiu pelo menos um grande evento de incêndio. Assim, foi possível confirmar que a ocorrência de incêndios vegetacionais de origem ainda indefinida, é um evento relativamente comum e recorrente na área de estudo. Conseqüentemente, quando houver novas discussões em relação aos fatores importantes na manutenção dos Campos de Cima da Serra como sistema consolidado, é fundamental que se leve em consideração que o fogo é elemento natural integrante do mesmo.
- ItemAcesso AbertoO gênero Lycopodites no permiano inferior da Bacia do Paraná, Brasil(2009-01-14) Salvi, Juliana; Jasper, AndréA avaliação da evolução dos biomas terrestres possui uma característica multidisciplinar por natureza. Envolve a necessidade de estudos em diferentes áreas de conhecimento, para que seja possível constituir um panorama geral das condições pretéritas dos ambientes e estabelecer padrões para as condições ecológicas futuras. Diante disso, a avaliação de algumas características específicas também se torna importante neste contexto, permitindo que conceitos de base sirvam para a consolidação de conhecimentos amplos. O presente trabalho pretende, através da análise do gênero Lycopodites, um grupo de licófitas herbáceas fósseis proveniente de sedimentos de Idade Permiana da Bacia do Paraná, contribuir para trabalhos de cunho paleoambiental que vêm sendo desenvolvidos nas áreas de estudo. São analisados exemplares de Lycopodites provenientes do Afloramento Sítio Itapema e do Afloramento Quitéria, sendo descrita uma nova espécie para o gênero. Assim, com base na análise deste grupo é possível comprovar a complexidade da composição florística dos ambientes do Permiano Inferior preservados na Bacia do Paraná e determinar que o gênero estudado integrava os biomas responsáveis pela formação dos níveis de carvão mineral atualmente aflorantes nas áreas de estudo.
- ItemAcesso AbertoIdentificação de charcoal em nível de roofshale no Afloramento Quitéria, formação Rio Bonito, permiano da Bacia do Paraná, e suas consequências para o passado, presente e futuro(2013-05-31) Costa, Odimar Lorini Da; Périco, Eduardo; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743As mudanças ambientais alteram a dinâmica dos sistemas e, consequentemente, afetam as atividades desenvolvidas pelo ser humano. Na tentativa de estabelecer cenários futuros para a identificação de mudanças do ambiente, estudos em todo o planeta estão sendo conduzidos utilizando-se marcadores ambientais para verificar as modificações climáticas que a Terra já enfrentou. Tais marcadores ilustram o comportamento do fogo baseando-se em seus registros, ente eles o carvão vegetal macroscópico fóssil. Estes vestígios permitem as análises da atmosfera ou do ambiente ao longo do tempo, para que seja efetuada uma comparação concisa do cenário atual com o passado, a fim de auxiliar na construção de modelos eficientes de tendências climáticas globais. Evidências de incêndios diferem em quantidade e temporalidade em cada região analisada, pois para que possa existir fogo é necessária a presença de três componentes básicos: comburente, energia e combustível, que resulta em gases, cinzas e carvão. A existência do fogo poderia alterar a proporção dos gases da atmosfera e consequentemente nos fluxos entre os reservatórios dos elementos que os formam. O presente estudo apresenta o resultado da análise de amostras contendo carvão vegetal macroscópico na Bacia do Paraná, mais especificamente no Afloramento Quitéria no Estado do Rio Grande do Sul. Efetuou-se, primeiramente, exame do material em laboratório utilizando parâmetros específicos, onde foram analisados fragmentos com características de carvão vegetal macroscópico, os quais foram separados e avaliados sob Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Dessa forma foi possível identificar a ocorrência de incêndios na camada da fácies Sm de roof-shale para o Afloramento Quitéria, ampliando a distribuição de ocorrência de incêndios para o Permiano.
- ItemAcesso AbertoInferências paleoclimáticas baseadas em análises de crescimento lenhoso de gimnospermas da floresta petrificada do Tocantins setentrional, permiano da bacia do Parnaíba(2015-01) Benício, José Rafael Wanderley; Pires, Etiene Fabbrin; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743A Floresta Petrificada de Tocantins Setentrional (FPTS) é citada na literatura científica como uma das mais importantes associações lignoflorísticas de paleobioma temperado quente do Permiano no hemisfério sul. Parte desta floresta encontra-se situada no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), uma unidade de preservação integral localizada a nordeste do Estado do Tocantins. Geologicamente, o MNAFTO encontra-se inserido na Bacia do Parnaíba, sendo que os lenhos aqui estudados são associados à Formação Motuca, Permiano Superior. O presente trabalho possui como objetivo estabelecer a influência dos processos climáticos ocorridos durante o Permiano Superior com a utilização de dados proxy obtidos através da análise de elementos vegetais preservados na FPTS. O material analisado corresponde a 32 fragmentos de lenhos gimnospérmicos provenientes de nove pontos de coleta localizados dentro e no entorno da área do parque. A fim de determinar padrões climáticos com base em crescimento lenhoso, foram feitas seções planas e lâminas petrográficas. Um total de 682 incrementos de crescimento em sessões planas foram verificados por meio de análises de sensibilidade média e anual. Em relação aos dados dendrológicos obtidos, os espécimes demostraram valores considerados sensitivos que indicam a vigência de um clima semiárido com precipitações aperiódicas.
- ItemAcesso AbertoInvestigação de paleoincêndios vegetacionais permianos no afloramento Curva do Belvedere: significado paleoambiental para o paleozoico superior da bacia do Paraná(2014-07) Bica, Jonas Bernardes; Rosa, Átila Augusto Stock Da; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Jasper, André; Rosa, Átila Augusto Stock Da; Konrad, Odorico; Rodrigues, Karen Adami; Martello, AlcemarA ocorrência de incêndios vegetacionais no contexto do Paleozoico Superior da Bacia do Paraná vem sendo analisada sob a ótica paleobotânica através do estudo de carvão vegetal macroscópico (charcoal). Este tipo de registro é produto dos incêndios florestais, sendo abundante em rochas sedimentares de diversos ambientes. Tais registros fósseis, em uma análise integrada com os registros geológicos, possibilitam que se reconstrua paleoambientes pretéritos, e assim permitem a compreensão da evolução espacial dos biomas do sul do Brasil, no tempo geológico. A ocorrência de carvão vegetal macroscópico associado a sedimentos do limite inferior destes registros ainda não foi determinada com clareza. Buscou-se confirmar a ocorrência de incêndios vegetacionais no Paleozoico Superior da Bacia do Paraná, no Município de Encruzilhada do Sul, RS e também identificar a qual grupo pertence a flora ocorrente no afloramento. Para tanto, foi realizado o detalhamento do perfil estratigráfico da área. A análise do material foi realizada com auxílio de estereomicroscópio e de microscópio eletrônico de varredura (JEOL JSM 6360), utilizando-se a metodologia padrão de preparação de amostras desta tipologia. Foi possível confirmar a ocorrência de carvões vegetais macroscópicos e, consequentemente, de paleoincêndios vegetacionais, em níveis tanto clásticos quanto de carvão do afloramento. Os registros provavelmente são associados a plantas lenhosas de afinidade gimnospérmica e possivelmente não foram transportados, o que possibilita sugerir a ocorrência de comunidades vegetais relativamente complexas, capazes de suportar incêndios, em paleoambientes formados no afloramento Curva do Belvedere, Permiano Inferior da Bacia do Paraná.
- ItemAcesso AbertoObjetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) da agenda 2030 e a interação com as instituições comunitárias de ensino superior (ICES)(2021-07) Colombo, Fabíola; Barden, Júlia Elisabete; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743A Agenda 2030 é o compromisso global assumido pelos 193 países membros da ONU para o desenvolvimento sustentável do planeta. Lançado em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o documento “Transformando o nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável" visa às dimensões econômica, social e ambiental e compreende os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para sua concretização, propõe realizar transformações em nível local, a partir de um esforço conjunto de todos cidadãos, instituições e governos, até 2030. No Brasil, existe um modelo de Instituições de Ensino Superior que pode contribuir significativamente com a concretização dos ODS: são as Instituições Comunitárias de Ensino Superior (ICES), que constituem um modelo exclusivamente brasileiro. Qualificadas pela Lei 12.881/2013, elas pertencem às suas comunidades (locais) e são entidades de interesse social, de utilidade pública, de direito privado e sem fins lucrativos. A partir das prerrogativas que qualificam as ICES e do histórico desse modelo de Instituição, o objetivo deste estudo foi avaliar a interação entre os ODS e estas Instituições, buscando entender como elas podem contribuir com a concretização da Agenda 2030 e como os ODS podem beneficiar o desenvolvimento dessas Instituições e suas regiões. Buscando atender ao objetivo deste estudo, além da pesquisa bibliográfica e documental acerca da Agenda 2030 e das ICES, realizou-se uma etapa exploratória, enviando um questionário de pesquisa para as IES associadas à Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (ABRUC) - total de 66 Instituições. Ao identificar que 49 Instituições do conjunto das associadas são efetivamente qualificadas como ICES pelo MEC, analisaram-se apenas as respostas desta amostra. Os resultados obtidos revelam a potência dessas Instituições na execução da Agenda 2030, bem como o quanto essas ICES podem beneficiar-se, investindo nos ODS e atuando em rede. Identificaram-se, entretanto, falhas de comunicação e de articulação entre as Instituições, associações e Redes, além de outros desafios que dificultam o engajamento local nos ODS.
- ItemAcesso AbertoOs parâmetros de ocorrência do fogo na área rural do município de Juara, Estado do Mato Grosso, Brasil: construindo uma base de dados para análises ambientais regionais(2019-04-03) Oliveira, Luciano Aparecido De; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743O fogo é constantemente apontado como uma ameaça à preservação ambiental devido ao seu poder de degradação. Entretanto, ao longo das últimas décadas, pontos positivos da ocorrência de incêndios vegetacionais têm sido apresentados para alguns ecossistemas ao redor do mundo. No contexto de evolução de biomas terrestres ao longo do tempo, o fogo pode ser de grande importância quando associado a ecossistemas em que se faz necessário para o desenvolvimento de diferentes espécies de plantas. Para que seja possível compreender o papel desse tipo de evento nos sistemas em que pode ser considerado “natural” é necessário, no primeiro momento, definir a sua origem (natural ou antrópica) e identificar em qual proporção determinadas regiões são acometidas pela sua manifestação. Essa pesquisa investigou a ocorrência de incêndios vegetacionais associados ao manejo do solo na área rural do Município de Juara, Região Noroeste do Estado de Mato Grosso, no Bioma Amazônia e na Amazônia Legal no período de 2007 a 2017 (11 anos). Com base em análises de Sensoriamento Remoto através do Banco de Dados da Plataforma do INPE Queimadas foi possível identificar que as áreas com cobertura vegetal em transição Amazônia-Cerrado (propensas aos incêndios vegetacionais naturais e sazonais) foram as mais afetadas pelos focos de calor. Também foi identificado que o processo acelerado de desenvolvimento econômico através das atividades agrícolas têm influenciado a dinâmica antrópica do fogo na região.
- ItemAcesso AbertoPlano diretor do município de Três de Maio/RS: uma análise da sua contribuição para a conservação de biomas(2020-06) Fabrim, Elisiane; Konrad, Odorico; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Turatti, Luciana; Benício, José Rafael Wanderley; Kauffmann, MarjorieOs biomas brasileiros são ricos em biodiversidade, essenciais para o equilíbrio ambiental e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas. Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário o estabelecimento de políticas públicas ambientais, a identificação de oportunidades para a conservação e uso sustentável. Neste sentido, a gestão pública municipal é responsável pelas ações que envolvem o patrimônio pertencente à população local. Para que esta gestão seja sustentável é necessário realizar planejamentos e implementar legislações adequadas às características do município e que regrem seus usos. Para isso, a gestão pública conta com o Plano Diretor. Nesse contexto, entende-se a importância deste planejamento levar em consideração o bioma no qual o município está inserido para a conservação de suas características, muitas vezes endêmicas, e essenciais para o equilíbrio do ecossistema local, que assegura o desenvolvimento do município de forma sustentável. Desta forma, considerando, que um dos objetivos do Plano Diretor é o desenvolvimento sustentável das cidades, buscou-se verificar se o Plano Diretor do município de Três de Maio/RS, localizado no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, atende à Legislação que estabelece a proteção do bioma em que o município está inserido, no caso a Mata Atlântica. A pesquisa de natureza qualitativa com procedimentos bibliográfico e documental analisou o Plano Diretor do município e a legislação do bioma Mata Atlântica, bem como, referenciou a literatura científica sobre planejamento municipal, biomas, biodiversidade e sustentabilidade. Na verificação dos elementos semelhantes presentes em ambas as legislações foi possível compreender que apesar de no documento do Plano Diretor não constar de forma explícita o bioma ao qual o município pertence, o plano atende, em partes, a legislação pertinente na sua elaboração, que foi baseada no Código Florestal Brasileiro- lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, (o qual foi revogado pela Lei Federal no 12.651/2012) e a lei estadual no 9.519, de 21 de janeiro de 1992, que institui o Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul, cumprindo, portanto, seu papel de proteção e promoção do desenvolvimento sustentável deste município. Além disso, no decorrer da pesquisa ocorreu a atualização do conceito de biomas e consequentemente readequação de seus espaços geográficos, o que incorreu no acréscimo do bioma Pampa na área territorial de Três de Maio. O pertencimento do município em mais um bioma implica na adequação, portanto, do Plano Diretor, a fim de proteger tais características do bioma.
- ItemAcesso AbertoZoneamento-base das áreas fossilíferas do estado do Rio Grande do Sul: uma proposta inicial de definição de criticidade(2016-12) Bruxel, Marcela; Kauffmann, Marjorie; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Jasper, André; Kauffmann, Marjorie; Konrad, Odorico; Rosa, Átila Augusto Stock Da; Rodrigues, Karen AdamiO registro da história da Terra está nas rochas e na paisagem, que são a sua memória, onde é possível rastrear os processos que formaram o nosso planeta ao longo de milhões de anos. Assim, o patrimônio preservado sob a forma de registros fósseis é único e surpreendentemente frágil. A preocupação com a proteção do patrimônio paleontológico fez com que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura mobilizasse diversos países do mundo para a criação de legislação específica de proteção. No Brasil, o patrimônio fossilífero é protegido pela Constituição Federal de 1988, cujo artigo 20 o determina como de propriedade da União. O Estado do Rio Grande do Sul foi pioneiro ao promulgar a Lei nº 11.738/2002 que institui a administração e supervisão científica dos sítios paleontológicos gaúchos sob responsabilidade da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. O Departamento Nacional de Produção Mineral é o órgão federal amparado pelo Decreto-Lei nº 4.146/1942 e a Portaria nº 542/2014 que delega sobre a fiscalização e controle de fósseis e sítios paleontológicos. Todo o estado do Rio Grande do Sul, na sua integridade, tem potencial fossilífero, sendo os mecanismos atuais de proteção do patrimônio, imprecisos. Neste trabalho foram reunidos os registros paleontológicos do Estado do Rio Grande do Sul obtidos no banco de dados do Serviço Geológico do Brasil e em artigos científicos publicados, ao quais embasaram o desenvolvimento do zoneamento-base das áreas fossilíferas, resultando em 86 afloramentos, divididos em 3 zonas, zona de alta, média e baixa potencialidade paleontológica. Todos os afloramentos registrados são de suma importância, cabendo ressaltar que existem também outros afloramentos importantes, os quais na medida em que forem registrados, poderão ocasionar alteração das zonas definidas, possibilitando a adequação na delimitação, classificação de potencialidade e até na expansão do número de zonas.