Ambiente e Desenvolvimento
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Browsing Ambiente e Desenvolvimento by browse.metadata.advisor "Jasper, André"
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- ItemOpen AccessAnálise da influência do Monumento Natural das Arvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO) sobre a população local(2018-01) Costantin, Aline Maria; Pires, Etiene Fabbrin; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Jasper, André; Pires, Etiene Fabbrin; Schwertner, Suzana Feldens; Tavares, Tatiane Marinho Vieira; Kauffmann, MarjorieCom a finalidade de contribuir com a proteção do Patrimônio Fossilífero preservado na Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional (FPTS), foi criado, em 2000, o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO). Importantes registros paleobotânicos do Paleozoico Superior do Gondwana estão ali preservados sob a forma de lenhos permineralizados e impressões foliares. O objeto do presente estudo é a análise da Percepção Ambiental da população de Filadélfia, município onde o monumento está localizado, acerca da importância desse Patrimônio. Assim, a pesquisa foi estruturada em duas abordagens centrais: uma qualitativa, realizada com um grupo de doze atores sociais escolhidos pela amostragem por julgamento por meio da aplicação de entrevistas semiestruturadas; e a outra quantitativa, realizada com uma amostra de 382 habitantes da população local escolhidos por meio da amostra aleatória simples para os quais foram aplicadas entrevistas estruturadas. As respostas das perguntas das entrevistas semiestruturadas foram transcritas e agrupadas em categorias elaboradas e analisadas a partir da perspectiva da análise do discurso. Quanto às entrevistas estruturadas, as respostas foram tabuladas no software estatístico SPSS22 e feitas as análises de correspondência por meio do software XLSTAT. O resultado das entrevistas semiestruturadas demonstrou que os atores sociais perceberam mudanças na rotina da comunidade a partir da instalação do Monumento. Consideram-nas positivas em relação à preservação ambiental e negativas no que concerne aos problemas fundiários. Também foram relatadas mudanças quanto à maneira de enxergar os fósseis, relacionadas principalmente à obtenção de informações advindas de maneira informal. Os atores sociais, quando questionados sobre intervenções a serem realizadas no MNAFTO, em sua maioria, sugeriram mais ações de Educação Ambiental e Turismo. Os resultados das entrevistas estruturadas demonstraram que os entrevistados têm conhecimento sobre o que são fósseis e que há correspondência entre esse o conhecimento e o nível de escolaridade, quanto mais alto o nível de escolaridade, mais se dá o conhecimento sobre o Patrimônio local. Também foi evidenciado que a maioria dos entrevistados considera que os fósseis são preservados, entretanto, ao realizar a Análise de Correspondência, foi demonstrado que os entrevistados com nível médio de escolaridade consideram que os fósseis não são preservados. Foi averiguado ainda que a maioria sabe que os fósseis não podem ser comercializados. Além disso, foi constatado que o conhecimento dos fósseis está diretamente relacionado ao tempo de residência na região. Quanto à Análise de Correspondência entre a questão fundiária e os fósseis, foi evidenciado que a maioria dos proprietários rurais conhece os fósseis e os percebe como preservados. Todavia mais da metade dos entrevistados desconhece a existência de uma unidade de conservação com a finalidade de proteger os registros fossilíferos encontrados no município. Apesar disso, a propagação do conhecimento da existência do MNAFTO pela população local ocorreu principalmente por meio de conversas entre vizinhos e amigos, e os habitantes perceberam mudanças na rotina do povoado de Bielândia e na sede do município de Filadélfia a partir da instalação do monumento. Atrelado a isso, demonstram sentimentos de preservação e admiração em relação ao monumento, além da percepção sobre a atração de turistas entre os entrevistados com maior nível de escolaridade. A maioria da população entrevistada demonstrou não conhecer o Plano de Manejo do MNAFTO, bem como percebeu a possibilidade dos fósseis serem considerados Patrimônio Natural. Com base nesses resultados, foi possível concluir que a população analisada consegue perceber a importância do monumento sem, todavia, entendê-lo em sua totalidade.
- ItemOpen AccessAnálise da percepção ambiental sobre a área de proteção ambiental municipal do Inhamum, Caxias, Maranhão(2023-11) Oliveira, Ricardo Bezerra De; Machado, Neli Teresinha Galarce; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Périco, Eduardo; Osterkamp, Isa Carla; Lima, Luciana BatistaA proteção jurídica e patrimonial do meio ambiente natural significa, na perspectiva interdisciplinar e multidimensional das Ciências Ambientais, a garantia da manutenção do equilíbrio ecológico, da qualidade e da diversidade ambiental, prevista no artigo 225, caput, da Carta Magna de 1988. Constata-se, pois, uma crise socioambiental que se alastra pelas fronteiras globais atingindo, sobretudo, as Unidades de Conservação em razão da fragmentação da cidadania, da justiça e da percepção ambiental das instituições sobre o reconhecimento patrimonial dessas áreas. É uma crise de efeitos progressivos que destrói Reservas Ecológicas, Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação que formam a história e a memória ambiental, representando, nesse contexto, uma verdadeira crise de civilização, inclusive, no âmbito dos processos ambientais. A Área de Proteção Ambiental do Inhamum é uma Unidade de Conservação Municipal situada na cidade de Caxias, no Estado do Maranhão, que poderá sofrer os efeitos desta crise. Como problematização central da pesquisa investigou-se como os atores sociais da justiça local têm percebido o Patrimônio Ambiental na área de Proteção Ambiental do Inhamum, Caxias, Maranhão, no que tange ao seu reconhecimento, defesa, proteção e promoção? Os atores sociais públicos da Justiça Ambiental no Município de Caxias – juízes, promotores da justiça estadual, procuradores federais e advogados membros da Comissão temática de Meio Ambiente - estão localizados na chamada “Cidade Judiciária”, e são responsáveis pela defesa desses espaços. Diante disso, por objetivo geral fez-se necessário analisar a Percepção Ambiental dos atores sociais da justiça local sobre a área de Proteção Ambiental Municipal do Inhamum, Caxias, Maranhão, enquanto Patrimônio Ambiental Municipal, identificando os elementos socioambientais da área de proteção; compreendendo o seu processo de evolução normativa para Proteção do Patrimônio em face dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável na Agenda 2030; identificando, ainda, o perfil formativo e educativo desses atores, seus movimentos perceptivos e as suas construções de pertencimento em face desta área. Do ponto de vista metodológico, quanto ao método ou tipo de pesquisa, recorreu-se ao estudo de caso, através de uma pesquisa descritiva explicativa, em que se analisaram os elementos relacionados ao fenômeno da Percepção Ambiental Patrimonial. O delineamento técnico estrutural da pesquisa foi representado, também, pela pesquisa bibliográfica e documental. Para realizar o estudo utilizou-se, a pesquisa de levantamento ou survey, por meio de aplicação de questionários semiestruturados. Quanto ao modo de ser abordada, a pesquisa assumiu uma formatação quali-quantitativa. Os resultados da pesquisa demonstraram que percepções ambientais fragmentadas, desprovidas de interações com as áreas ambientais com as quais se decide ou se postula, podem gerar erros e danos processuais coletivos na seara ambiental, exigindo-se com isso um realinhamento funcional e postural com o ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes, qual seja, uma maior qualidade e eficiência nas decisões judiciais ambientais. Apesar de possuírem competência legal para decidirem ou postularem sobre a APA do Inhamum, uma parcela significativa dos sujeitos entrevistados não conhece, integralmente e em profundidade, a Unidade de Conservação Local ou, apenas, já ouviu falar vagamente sobre a área, o que demonstrou possuírem um tecido perceptivo fragmentado. Os sujeitos da justiça ambiental reconheceram que o Patrimônio Ambiental, no município de Caxias, não está preservado, necessitando de intervenções conjuntas. A construção de Percepções Ambientais – condignas com as causas ambientais – constitui-se como elemento cognitivo e efetivo de filtragem constitucional ambiental para o acesso a uma ordem jurídica mais justa, do ponto de vista ecológico, para as presentes gerações e para as gerações futuras.
- ItemOpen AccessInferências ambientais e taxonômicas com base em lenhos carbonizados: análise de alterações geradas pela carbonização artificial de Araucariaceae(2018-01) Osterkamp, Isa Carla; Uhl, Dieter; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Jasper, André; Uhl, Dieter; Pires, Etiene Fabbrin; Gonçalves, Thaís Alves Pereira; Périco, EduardoOs vegetais são organismos sensíveis às mudanças climáticas e podem ser considerados importantes testemunhos de eventos ambientais que afetaram e continuam afetando o planeta. Quando inseridos em contexto sedimentar sob a forma de fósseis, as plantas acabam por se transformar em registros confiáveis de variações paleoambientais ocorridas enquanto viviam. Por sua vez, o carvão vegetal macroscópico é amplamente aceito como indicador de ocorrência de (paleo)incêndios vegetacionais durante o seu processo de deposição. O estudo do carvão vegetal tem permitido realizar interpretações paleoambientais, taxonômicas e tafonômicas, portanto muitos trabalhos já foram publicados sobre sua ocorrência em diferentes períodos geológicos em todo o planeta. Entretanto, os processos sobre a formação do carvão vegetal, as condições ambientais no momento de sua deposição, e principalmente as variações observadas nas suas estruturas anatômicas, tem sido alvo menos frequente de estudos. Estas alterações ainda são desconhecidas para muitos táxons modernos de relevância paleobotânica. O presente estudo analisa alterações anatômicas, durante a carbonização artificial de madeira em espécies de Araucariaceae (Araucaria angustifolia, A. bidwillii, A. columnaris e Wollemia nobilis). Os parâmetros vistos e a longa história geológica mostram o valor que as formas associadas à família Araucariaceae possuem na avaliação do clima e da geologia pretéritos, tornando seu estudo especialmente valioso para geólogos e paleobotânicos. Blocos de madeira foram submetidos ao tratamento térmico, da condição ambiente até 1000ºC, aumentando de 50-50ºC. O carvão foi analisado por microscopia eletrônica de varredura (MEV). As mensurações dos caracteres anatômicos da madeira e do carvão foram analisadas estatisticamente em 0,05 de significância. Os resultados mostraram que a maioria das características anatômicas analisadas é estatisticamente significativas correlacionadas com as temperaturas de carbonização. Grande parte dos caracteres mostrou uma acentuada redução dimensional com o aumento da temperatura. No entanto, em comparação com a variabilidade das características anatômicas, há pouca modificação ocasionada pela temperatura. Com relação ao carvão vegetal fóssil de Araucariaceae, o presente trabalho pode contribuir para inferências taxonômicas e paleoambientais.
- ItemOpen AccessInterpretações paleoambientais com base em padrões anatômicos de lenhos fósseis(2019-01) Benício, José Rafael Wanderley; Oliveira, Etiene Fabbrin Pires; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743Nas Ciências Ambientais, a construção do conhecimento ambiental deve integrar diferentes áreas, entre elas a adequada compreensão das características dos ecossistemas pretéritos. Estudos que analisem as características básicas da evolução do Sistema Terra ao longo do tempo, contribuem de forma significativa para entendimento das dinâmicas atuais. Tendo em vista que as plantas são excelentes marcadores ecológicos, a paleobotânica tem muito a contribuir nesse sentido, e os dados produzidos são fundamentais para um enfoque conceitual ampliado da área. Dentre as diferentes avaliações possíveis, o estudo das características de lenhos, constitui-se em excelente ferramenta para a inferência de variáveis paleoambientais predominantes quando do crescimento da planta. Neste contexto, o presente estudo investigou as características anatômicas de lenhos preservados por permineralização ou carbonização provenientes do Permiano das bacias do Parnaíba e do Paraná, além de um lenho permineralizado do Plioceno-Pleistoceno do Rio Grande do Sul com a finalidade de construir inferências paleoambientais para os sistemas deposicionais em que se formaram. O material proveniente da Formação Touro Passo, foi associado a Subfamília Mimosoideae (Fabaceae), e nomeado como Itaquixylon heterogenum. Já o material proveniente do Permiano da Bacia do Paranaíba, tem afinidades gimnospérmicas, e permitiu confirmar a predominância de um clima semi-árido para a área de estudo. Por fim, o material proveniente do Permiano da Bacia do Paraná, se constituem de fragmentos de macro-charcoal investigados para o afloramento Porongos, e fornecem a primeira evidência da ocorrência de recorrentes paleoincêndios vegetacionais durante os depósitos da camada de carvão Barro Branco. Já os fragmentos carbonizados coletados no afloramento Barrocada, fornecem a primeira evidência de paleoincêndios vegetacionais para o Grupo Itararé. A integração dos dados advindos das diferentes áreas e idades, permitiu estabelecer que o estudo da anatomia de lenhos fósseis, independente da sua forma de preservação, é uma ferramenta imprescindível para a definição das características dos sistemas em que foram depositados e, portanto, sempre que possível devem ser considerados em estudos voltados à compreensão da evolução do Sistema Terra ao longo do tempo. Além disso, independentemente da idade e origem dos registros, reforça-se a necessidade de utilização de dados advindos da paleobotânica para a compreensão dos processos envolvidos nas dinâmicas dos ambientes atuais.
- ItemOpen AccessO fogo no cerrado: influência da queima nos atributos do solo(2022-09) Franz, Gabriela Maria; Schoninger, Evandro Luiz; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Kauffmann, Marjorie; Konrad, Odorico; Seabra Júnior, SantinoO Cerrado, como outras savanas do mundo, é altamente inflamável durante a estação seca e sujeito a incêndios. Apesar da adaptação do bioma ao fogo, podem ocorrer alterações nas características do solo. Desta forma, objetivou-se com este trabalho avaliar a influência do fogo nos atributos físicos, químicos e biológicos de três solos do Cerrado brasileiro. O solo foi coletado no município de Nova Mutum - MT, que apresenta o Cerrado como bioma predominante. As coletas foram realizadas em três áreas de Cerrado nativo após incêndios florestais, sendo que, para comparação, foram coletadas parcelas atingidas pelo fogo e parcelas preservadas da ação do fogo localizadas o mais próximo possível das parcelas incendiadas, assumindo que ambas eram similares em sua composição vegetal original, com intervalo de dois meses entre o incêndio e a coleta, em quatro camadas (0-2,5; 2,5-5; 5-10; 10- 20 cm) e três repetições. As amostras de solo úmido e resfriado foram submetidas à análise biológica (respiração basal) e as amostras de terra fina seca ao ar foram analisadas quanto aos atributos químicos: potencial hidrogeniônico (pH), matéria orgânica do solo, carbono orgânico total, nitrogênio total, fósforo disponível, potássio trocável, cátions trocáveis (alumínio, cálcio, magnésio), acidez potencial do solo, hidrogênio extraível, boro, ferro, zinco, manganês, cobre e enxofre; e atributos físicos: análise granulométrica, argila dispersa em água, grau de floculação, índice de estabilidade de agregados, diâmetro médio ponderado, diâmetro médio geométrico e fracionamento físico granulométrico da matéria orgânica. Os resultados foram submetidos ao teste t a 5% de probabilidade para determinar diferenças entre as parcelas atingidas pelo fogo e as respectivas parcelas preservadas da ação do fogo. Nas parcelas atingidas pelo fogo, os valores de pH aumentaram, tornando o solo menos ácido, e as concentrações de alumínio e hidrogênio diminuíram na camada superficial do solo. Os teores de fósforo disponível, potássio trocável, cálcio trocável, zinco, cobre, manganês, matéria orgânica do solo e carbono orgânico total apresentaram aumento significativo nas parcelas atingidas pelo fogo, enquanto os teores de ferro apresentaram declínio em algumas camadas dos solos. As concentrações de magnésio trocável e de nitrogênio total não foram alteradas. O mesmo resultado foi observado para a respiração basal solo. Os teores de boro e de enxofre não apresentaram tendência clara, com aumento em algumas camadas e redução em outras. Os solos amostrados, pertencentes às classes texturais franco-arenosos e franco- argiloarenosos, apresentaram redução da dispersão da argila em água em algumas camadas nas parcelas atingidas pelo fogo, enquanto o grau de floculação apresentou resultado contrário, com aumento significativo nestas parcelas. O índice de estabilidade dos agregados variou significativamente apenas na camada superficial (0-2,5 cm) da área 2, resultando em menor porcentagem na parcela atingida pelo fogo, e o diâmetro médio ponderado e diâmetro médio geométrico não diferiram significativamente entre as parcelas atingidas e preservadas do fogo. Quanto às frações de carbono orgânico, observou-se aumento significativo do carbono orgânico particulado em algumas camadas, e, consequentemente, redução do carbono orgânico associado aos minerais nas parcelas afetadas pelo fogo. O efeito do fogo é variado, pois depende não só das suas características intrínsecas, mas da composição do bioma e solo da região; parece ser superficial, estando mais presente nas camadas superiores do solo; e tem aspecto temporário, com normalização dos atributos a médio e longo prazo.
- ItemOpen AccessPerigo e risco de incêndios vegetacionais em bacias hidrográficas com diferentes níveis de desenvolvimento regional, no sudeste da Amazônia(2023-10) Silva, Wanderson Carvalho Da; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Souza, Adilson Pacheco De; Oliveira, Rodrigo Rafael Souza De; Machado, Neli Teresinha GalarceO estudo teve como objetivo avaliar as relações existentes entre os elementos do clima e a sazonalidade de índices de perigo de incêndios e da ocorrência de focos de calor, bem como, mapear os riscos de ocorrência incêndios vegetacionais em bacias hidrográficas da região Sudeste da Amazônia brasileira, afluentes do rio Xingu. Inicialmente, foi realizada a caracterização ambiental e da ocupação e cobertura da terra nas bacias de interesse. Na sequência, com dados meteorológicos diários de 63 estações meteorológicas automáticas da rede de estação do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Agritempo/EMBRAPA, foram avaliados os índices de perigo de incêndio de Angstrom, FMA+ e P-EVAP. As três áreas apresentaram sazonalidade climática semelhante, com estação chuvosa entre outubro e abril, e, a estação seca entre maio e setembro. Dessa forma, os índices de perigo de incêndio demostraram semelhanças sazonais. Angstrom demonstrou que entre junho e setembro, o número de dias com perigo de incêndio é igual ou superior a 84%. O índice FMA+, apontou nesse mesmo período, 100% dos dias, independentemente da bacia hidrográfica, estão nas classes de perigo alto e muito alto. O índice P-EVAP, revelou que entre junho e agosto, 97,43% dos dias apresentam perigo alto ou muito alto de incêndio. Em média, 92,8%, 70,9% e 89,1% dos focos de calor ocorreram nos meses de estiagem para as bacias hidrográficas dos rios Culuene, Comandante Fontoura e Fresco, respectivamente. O índice de perigo de incêndio P-EVAP, conforme os valores do Skill Score e da porcentagem de sucesso exibiu os melhores resultados. Posteriormente, realizou-se um mapeamento dos riscos de ocorrência de incêndios vegetacionais nas áreas, com o auxílio de técnicas de geoprocessamento realizou-se o cruzamento de nove variáveis ambientais afim de se alcançar um mapa de risco de ocorrência de incêndios vegetacionais. As variáveis ambientais foram reclassificadas conforme sua relevância para o risco de ocorrência de incêndios vegetacionais e as análises e ponderações seguiram o método Analise Hierárquica de Processos – AHP. A metodologia AHP foi eficiente e os risco alcançados nas três sub-bacias foram divididos em cinco classes de risco: baixo, moderado, alto, muito alto e extremo. Na sub-bacia hidrográfica do rio Culuene o período com mais risco de ocorrência de incêndios vegetacionais vai de maio a setembro. Para sub-bacia hidrográfica do rio Comandante Fontoura o intervalo de maior risco para acontecer incêndios está compreendido entre maio e outubro. Já para a sub-bacia hidrográfica do rio Fresco, os meses de junho, julho e agosto são os que tem maior risco de registrarem a ocorrência de incêndios vegetacionais. Os Focos de calor acontecem em maior número nos meses e nas regiões indicadas no mapeamento como de maiores riscos. Para a sub-bacia hidrográfica do rio Culuene os focos de calor têm ocorrência concentrada nos meses de julho e agosto e 99,72% ocorrem em áreas pertencentes as classes de risco muito alto e extremo. Por sua vez, a sub-bacia hidrográfica do rio Comandante Fontoura tem os focos de calor ocorrendo em volume maior entre junho e outubro e 98,14% destes, acontecem em áreas das classes de risco alto e muito alto. Já na sub-bacia hidrográfica do rio Fresco o maior número de focos de calor é registrado em agosto e setembro, quando 96,32% dos focos são registrados em áreas das classes de risco alto e muito alto.
- ItemOpen AccessPlanos de Gestão de Logística Sustentável (PLS) e indicadores de sustentabilidade nos institutos federais brasileiros: análise de práticas e desafios(2024-12) Sato, Geisa Cavalcante Carbone; Sindelar, Fernanda Crisitina Wiebusch; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Cyrne, Carlos Candido da Silva; Feil, Alexandre André; Secchi, Mariela InêsA administração pública, tem a responsabilidade de adotar práticas e ações que ajudem a sociedade a superar os desafios apresentados atualmente no que diz respeito às questões ambientais, propiciando meios para que os nossos modelos de produção e consumo, bem como os propósitos econômicos, sejam repensados através de estratégias inovadoras que levem em consideração os elementos sociais e ambientais. As instituições de ensino também estão engajadas na implementação da sustentabilidade e, por serem transmissoras de conhecimento e formadoras de cidadãos, têm importante papel nessa mudança. Entre essas instituições de ensino estão os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), que são autarquias federais, de educação superior, básica e profissional, criados em 2008 e vinculados ao Ministério da Educação. Assim, o presente estudo objetiva analisar como os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia brasileiros estão implementando seus Planos de Gestão e Logística Sustentável (PLS) e suas práticas para a promoção da sustentabilidade. Para atender esse objetivo, optou-se pela utilização de um método misto (abordagem qualitativa e quantitativa e caráter descritivo). A coleta dos dados ocorreu a partir de análise de documentos obtidos nos sites dos IFs e, quando não encontrados, foram solicitados às reitorias dos IFs, via e-mail institucional. Para análise dos dados coletados foram utilizadas técnicas de análises documentais e a coleta do questionário deu-se por meio do formulário Google Forms, utilizando a tabela likert, sendo enviados aos servidores via e-mail com intuito de verificar a sustentabilidade dos campi. Os resultados encontrados demonstram que dos 38 IFs brasileiros, apenas 17 possuem o Plano de Gestão e Logística Sustentável (PLS) e destes somente quatro elaboraram o relatório de avaliação e acompanhamento. Quanto à estrutura do Plano, apenas em um IF constam todos os quatro itens mínimos obrigatórios, porém os dados estão desatualizados. Com relação aos relatórios, eles também não atendem integralmente à legislação. Apesar dessas fragilidades, a análise dos indicadores de sustentabilidade demonstra que a maior parte dos IFs brasileiros possui práticas sustentáveis. Contudo, foi verificado que essas práticas não têm relação com os PLS, pois constatou-se que não há diferença nas práticas de sustentabilidade entre os IFs que possuem e os que não possuem o Plano.