Ambiente e Desenvolvimento

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    Socioambientalismo urbano e as cidades sustentáveis sob a perspectiva do patrimônio cultural
    (2025-02-06) Sonntag, Jaques; Machado, Neli Teresinha Galarce; http://lattes.cnpq.br/6666207712034183; Périco, Eduardo; Melo, Neuza Brito de Area Leão; Pereira, Clarissa de Oliveira
    A presente tese propõe uma reflexão crítica e aprofundada sobre a sustentabilidade urbana no escopo do ODS 11 da ONU, com especial atenção ao papel do patrimônio cultural como elemento estruturante da identidade social e da memória coletiva. Por meio de uma abordagem metodológica qualitativa, alicerçada em ampla revisão bibliográfica e análise documental, investigou-se a relação entre os investimentos públicos direcionados à preservação patrimonial e a efetiva inclusão das múltiplas expressões culturais no espaço urbano. Argumenta-se que, embora os indicadores internacionais qualifiquem determinadas cidades como sustentáveis com base em métricas essencialmente quantitativas, essas aferições não contemplam, de forma equitativa, as manifestações culturais periféricas e de imigração recentes. Esse viés economicista, ao priorizar investimentos voltados à conservação de bens patrimoniais historicamente legitimados, perpetua a marginalização de culturas subalternizadas e impede a construção de uma memória coletiva verdadeiramente plural e representativa. O estudo percorreu, assim, distintas dimensões do patrimônio cultural, desde sua conceituação teórica e evolução jurídica até as intersecções entre identidade, turismo e poder político. Por meio de estudo comparativo entre as cidades de Lajeado, no Rio Grande do Sul, Boa Vista, no estado de Roraima, e Tarragona, na Catalunha espanhola, analisou a identidade e o estado do patrimônio, tendo as localidades sido escolhidas por critério de afinidade pessoal, identidade de critérios e desafios e oportunidades existentes As análises apontaram que a patrimonialização não se restringe a um processo técnico de preservação, mas se insere em complexas disputas de pertencimento e reconhecimento, frequentemente influenciadas por relações assimétricas de poder. Além disso, constatou-se que a sustentabilidade cultural demanda investimentos financeiros e sobretudo, estratégias participativas e inclusivas que garantam a perpetuação das diversas expressões culturais no ambiente urbano. Ao fim, a tese reafirma a necessidade de ressignificar as políticas de preservação patrimonial no contexto das cidades sustentáveis, adotando um paradigma que transcenda a visão reducionista do patrimônio como mero vestígio histórico. Propõe-se, assim, uma abordagem que integre o patrimônio cultural como elemento vivo e dinâmico, imprescindível à coesão social e à construção de uma sustentabilidade verdadeiramente inclusiva e intergeracional.
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    Indicadores de sustentabilidade para o acesso à água potável: uma proposta para o distrito urbano do Apeú/Castanhal/Pará
    (2024-10) Galvão, Bráulio Veloso; Konrad, Odorico; Barden, Júlia Elisabete; http://lattes.cnpq.br/2618070777171361; Colares, Gustavo Stolzenberg; Feil, Alexandre André; Matinc, Caroliny
    A água potável é um recurso essencial para a existência da vida e o bem-estar humano, sendo também considerada um direito humano fundamental que precisa ser garantido e protegido de forma universal para todos. Os indicadores de sustentabilidade são instrumentos que podem ser aplicados para auxiliar a gestão local no acesso da água potável. Nesta pesquisa, o uso de indicadores de sustentabilidade adotou elementos relevantes para melhorar o acesso à água potável para os habitantes locais. O objetivo dessa pesquisa foi propor um conjunto de indicadores de sustentabilidade para auxiliar a gestão local e promover condições para o acesso à água potável para os habitantes do perímetro urbano no distrito do Apeú/Castanhal/Pará. A metodologia adotada para essa pesquisa foi aplicada, classificando-se como sendo exploratória e descritiva, de caráter qualiquantitativo, alicerçada em estudos bibliográficos, documentais e com um estudo de caso. Os estudos bibliográfico e o documental foram realizados para fins de embasamento teórico-aplicado. Já o estudo de caso está fundamentado na proposição da concepção de um painel com indicadores de sustentabilidade com uso da técnica Delphi simplificada, sendo utilizada em sua análise a estatística descritiva combinada com a aferição do nível de consenso superior a 70% para a seleção e validação de um painel que é composto por dimensões. Os principais resultados obtidos quantitativamente destacam as 173 bibliografias selecionadas na literatura e dentro do arcabouço legal chegou-se a um montante de 22 legislações internacionais e 74 leis nacionais sobre a questão hídrica. A pesquisa enfatiza qualitativamente no estudo de caso, a proposição de um painel composto por 38 indicadores de sustentabilidade com cinco dimensões: ambiental, económico, social, governança e resposta que representam as especificidades locais. A partir do instrumento construído, considera-se que o painel foi capaz de enfrentar os desafios da gestão local relacionados com o acesso à água potável diante das dificuldades de infraestrutura, participação efetiva das partes interessadas, recursos humanos qualificados, saneamento básico, entre outras, o que dificulta a implementação de ações práticas assertivas e políticas públicas sustentáveis que promovam benefícios à comunidade, de acordo com os padrões internacionais e nacionais. Dessa forma, o instrumento foi criado para melhorar o acesso à água potável para os habitantes no distrito do Apeú/Castanhal/Pará, melhorando suas condições de vida e a sustentabilidade local.
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    Planos de Gestão de Logística Sustentável (PLS) e indicadores de sustentabilidade nos Institutos Federais brasileiros: análise de práticas e desafios
    (2024-12) Sato, Geisa Cavalcante Carbone; Sindelar, Fernanda Crisitina Wiebusch; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743; Cyrne, Carlos Candido da Silva; Feil, Alexandre André; Secchi, Mariela Inês
    A administração pública, tem a responsabilidade de adotar práticas e ações que ajudem a sociedade a superar os desafios apresentados atualmente no que diz respeito às questões ambientais, propiciando meios para que os nossos modelos de produção e consumo, bem como os propósitos econômicos, sejam repensados através de estratégias inovadoras que levem em consideração os elementos sociais e ambientais. As instituições de ensino também estão engajadas na implementação da sustentabilidade e, por serem transmissoras de conhecimento e formadoras de cidadãos, têm importante papel nessa mudança. Entre essas instituições de ensino estão os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), que são autarquias federais, de educação superior, básica e profissional, criados em 2008 e vinculados ao Ministério da Educação. Assim, o presente estudo objetiva analisar como os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia brasileiros estão implementando seus Planos de Gestão e Logística Sustentável (PLS) e suas práticas para a promoção da sustentabilidade. Para atender esse objetivo, optou-se pela utilização de um método misto (abordagem qualitativa e quantitativa e caráter descritivo). A coleta dos dados ocorreu a partir de análise de documentos obtidos nos sites dos IFs e, quando não encontrados, foram solicitados às reitorias dos IFs, via e-mail institucional. Para análise dos dados coletados foram utilizadas técnicas de análises documentais e a coleta do questionário deu-se por meio do formulário Google Forms, utilizando a tabela likert, sendo enviados aos servidores via e-mail com intuito de verificar a sustentabilidade dos campi. Os resultados encontrados demonstram que dos 38 IFs brasileiros, apenas 17 possuem o Plano de Gestão e Logística Sustentável (PLS) e destes somente quatro elaboraram o relatório de avaliação e acompanhamento. Quanto à estrutura do Plano, apenas em um IF constam todos os quatro itens mínimos obrigatórios, porém os dados estão desatualizados. Com relação aos relatórios, eles também não atendem integralmente à legislação. Apesar dessas fragilidades, a análise dos indicadores de sustentabilidade demonstra que a maior parte dos IFs brasileiros possui práticas sustentáveis. Contudo, foi verificado que essas práticas não têm relação com os PLS, pois constatou-se que não há diferença nas práticas de sustentabilidade entre os IFs que possuem e os que não possuem o Plano.
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    Distribuição biogeográfica de Phytoseiidae (Acari: Mesostigmata) no pampa brasileiro
    (2025) Azevedo, Adria Oliveira de; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893; Noronha, Aloyséia Cristina da Silva; Castro, Elizeu Barbosa de; Santos, Charles Fernando dos
    O Pampa brasileiro é dividido em sub-regiões de acordo com suas características edafoclimáticas: campo misto de andropogôneas e compostas (AC), campo arbustivo (AO), campo com areais (AS), campo com barba-de-bode (BB), campo com espinilho (ES), campo graminoso (GR), campo litorâneo (LI), e campo de solos rasos (SR). O bioma é o menos protegido e o que mais perdeu área natural em termos percentuais no país. Além da perda do patrimônio genético, a perda da biodiversidade ocasionada pela degradação pode acarretar alterações no equilíbrio natural dos ecossistemas. Phytoseiidae é representada principalmente por ácaros predadores. O reconhecimento da distribuição das espécies de ácaros Phytoseiidae ao longo do bioma Pampa e sua associação com características ambientais, podem nortear estudos e estratégias para o manejo de agroecossistemas locais. Assim, o objetivo desse trabalho foi caracterizar a composição de Phytoseiidae nas sub-regiões fisiográficas do Pampa brasileiro e avaliar sua interação com a presença de outros ácaros nas plantas hospedeiras, estações do ano e fatores edáficos, florísticos e topográficos das sub-regiões. Para a realização do estudo, foram coletadas sazonalmente folhas e caules de 30 plantas nas oito sub-regiões da porção do bioma Pampa presente no Brasil. As plantas foram triadas com o esforço amostral de uma hora por planta e os ácaros identificados com o auxílio de microscópio de contraste de fase Zeiss e chaves dicotômicas. Foram coletadas 1300 fêmeas de Phytoseiidae, distribuídas em 16 gêneros e 46 espécies. As espécies mais abundantes foram Phytoseius guianensis De Leon (41,6%), Euseius inouei (Ehara & Moraes) (10,1%), Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma (9,1%) e Neoseiulus tunus (De Leon) (7,9%). Foram registrados oito novos relatos de ocorrência de espécies para o Rio Grande do Sul. As sub-regiões LI e GR foram as mais ricas, AO foi a mais diversa e AS a menos diversa. As variáveis ambientais sub-região, estação do ano, solo (ordem), vegetação, relevo (ondulação) e relevo (forma) foram significativas, enquanto família de plantas não foi. A presença de outros grupos de ácaros nas plantas tem um efeito significativo sobre a distribuição das espécies de Phytoseiidae.
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    Análise climática no município de Tangará da Serra- MT sob o viés do desenvolvimento urbano sustentável
    (2024-12) Dallastra, Mauricio; Konrad, Odorico; http://lattes.cnpq.br/9946679953072196; Silva, Andreia Fernandes da; Oliveira, Tarsila Marília de; Machado, Neli Teresinha Galarce
    As mudanças climáticas, especialmente o aquecimento global, têm intensificado o impacto ambiental devido à ação humana, em particular pela queima de combustíveis fósseis, resultando no aumento da temperatura média global. A urbanização e a construção civil ampliam esse impacto, exacerbando a demanda por energia e recursos naturais. O Brasil, além de enfrentar os desafios climáticos, lida com a ocupação irregular e deslizamentos de terra, agravados pelas mudanças climáticas. Tangará da Serra-MT, uma cidade em expansão, destaca-se por apresentar microclimas distintos, influenciados por variações na cobertura vegetal e densidade urbana. Esta pesquisa visa identificar as características climáticas locais e propor soluções sustentáveis para promover conforto térmico urbano, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, especialmente no que tange ao combate às mudanças climáticas, cidades sustentáveis e energia limpa. O estudo também contribui para o desenvolvimento sustentável, ao focar em estratégias bioclimáticas que promovam o uso eficiente dos recursos e a mitigação dos impactos ambientais na urbanização da cidade. A infraestrutura verde (IV) propõe a integração da natureza no ambiente urbano, visando à sustentabilidade e à melhoria da qualidade de vida nas cidades. Os estudos realizados abordaram o fenômeno das ilhas de calor urbano, usando dados coletados entre 2022 e 2023, por meio de cinco estações meteorológicas. Mapas de calor e cartas bioclimáticas gerados a partir de programação e pelo software Analysis Bio mostraram a influência das características do entorno imediato na promoção de conforto térmico. A supressão de áreas verdes, como o bosque municipal, foi simulada por meio do software Envi-MET, revelando o aumento da temperatura e a intensificação das ilhas de calor. A pesquisa concluiu que a preservação e ampliação de áreas arborizadas é fundamental para mitigar esses fenômenos, melhorar o microclima urbano e atender às metas de desenvolvimento sustentável. O estudo também ressalta a necessidade de incorporar o conceito de IV no planejamento urbano de Tangará da Serra, promovendo resiliência climática e sustentabilidade.