Ambiente e Desenvolvimento
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- ItemAcesso AbertoO DESENVOLVIMENTO HUMANO DOS CATADORES DE UMA ASSOCIAÇÃO DE COLETA DE RECICLÁVEIS(2023-03) Santos, Gustavo Carvalhal; Barden, Júlia Elisabete; http://lattes.cnpq.br/2618070777171361; Feitosa, Anny Kariny; Mazzarino, Jane Márcia; Auler, Daniel PedroNo Brasil, aproximadamente 60% dos municípios ainda fazem uso de lixões. Algumas cidades já utilizam os aterros sanitários; no entanto, sete em cada dez locais destinados aos resíduos são lixões, ou seja, os materiais ficam expostos ao ar livre. Como consequência do volume de produção de resíduos sólidos, cria-se uma dificuldade enfrentada pelos municípios com relação à correta destinação desses materiais e as possibilidades de um manejo mais adequado, que possa ser utilizado de maneira responsável e que ajude na preservação do meio ambiente. Nesse cenário, surgem as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, que trabalham no processo de coleta desses materiais, executando a separação e o beneficiamento dos resíduos, com possibilidade de reutilização e reciclagem. Dessa forma, o objetivo geral desta tese é analisar como a participação dos catadores de recicláveis numa associação proporcionou melhorias nas suas condições de vida, promovendo o desenvolvimento humano. Esta pesquisa envolveu um estudo de caso numa associação de catadores de materiais recicláveis, utilizando técnicas de observação direta, além de registros fotográficos e conversas informais. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os catadores, com o poder público e com a associação, bem como uma análise qualitativa e bibliográfica dos dados coletados e transcritos das entrevistas. Os resultados indicam que, no caso dessa associação que foi objeto de estudo, o desenvolvimento humano foi parcialmente atingido. Para que ele possa alcançar a totalidade, é necessária a participação do governo, com ações específicas de promoção de desenvolvimento, bem como, a participação e a contribuição da sociedade civil.
- ItemAcesso AbertoA formação de professores em educação ambiental: hortas escolares como espaço de dinamização de ecossistemas múltiplos(2022-12) Marques, Marilaine de Castro Pereira; Damasceno, Mônica Maria Siqueira; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043; Souza, Lise Mary Soares; Kaick, Tamara Simone Van; Neuenfeldt, Derli JulianoA pesquisa parte do pressuposto de que a Educação Ambiental contribui para a formação integral de professores e estudantes e para a construção da cidadania planetária. A horta escolar, por ser uma estratégia que possibilita o contato com a terra, com as plantas e o envolvimento com os cuidados necessários às espécies cultivadas, revela-se uma importante ferramenta pedagógica para propor aulas significativas, que resultam em aprendizagem ativa e interdisciplinar, articulada aos Temas Contemporâneos Transversais, que podem favorecer a construção de conhecimentos, valores e atitudes, indispensáveis para a formação do sujeito crítico, cuidadoso com a saúde e com o bem-estar individual, coletivo e planetário. O objetivo geral do estudo foi investigar a potência dos processos colaborativos e das hortas escolares, na formação de professores de Ciências da Natureza, na perspectiva teórico-metodológica da Educação Ambiental, articulada à proposta ecosófica, tendo como foco um grupo de professoras de Ciências da Natureza que atuam na rede pública estadual, no município de Alta Floresta-MT. Como objetivos específicos foram traçados os seguintes: a) identificar a existência de hortas nas Escolas Estaduais de Alta Floresta, a fim de avaliar suas funções no ambiente educativo; b) caracterizar os processos de comunicação e de educação ambiental no cotidiano dos professores de Ciências da Natureza; c) realizar, por meio da pesquisa-intervenção, um processo de formação continuada voltado a professores de Ciências da Natureza, com foco nos temas da educação ambiental, educomunicação socioambiental e horta escolar; d) avaliar a potência da formação colaborativa e das hortas escolares, como dispositivos de educação ambiental e para a dinamização de ecossistemas de comunicação ambiental. A abordagem metodológica da pesquisa é qualitativa, incluindo métodos e procedimentos baseados na pesquisa-intervenção, além de estudo bibliográfico, documental e de campo. Como técnicas de coleta de dados, foram utilizados questionários, entrevistas, observações, relatos em diários de campo e análise das produções dos professores, a partir de encontros formativos. A pesquisa de campo foi realizada em 2021, com dois grupos de professoras. Para um dos grupos foi aplicada somente uma entrevista; com o outro, foi realizada uma formação. Foram comparados os relatos de ambos, a respeito de como compreendem a potência de processos colaborativos e das hortas escolares na formação de professores, na perspectiva teórico-metodológica da educação ambiental, articulada à proposta ecosófica. O grupo de intervenção foi formado por professoras de Ciências da Natureza, que demonstraram receptividade à proposta, disponibilidade e compromisso para participarem da formação. Adotou-se a perspectiva das metodologias não extrativistas e de estratégias de produção de conhecimento, que valorizaram a dimensão corpórea e a integração dos três registros ecológicos: ambiental, social e da subjetividade, do que decorre o conceito de ecosofia. Na iniciativa em questão, foram exploradas cinco categorias de análise como temas a serem problematizados na formação: memórias, cuidado, interdependências, ecossistemas e transformações. A formação realizada possibilitou aprofundar a compreensão das dimensões da ecosofia, já que, entre as professoras entrevistadas, os modos de cuidado, as possibilidades de interdependência, de organização ecossistêmica e as transformações demonstraram menor complexidade, assim como no início da formação das duas professoras. Ao longo dos encontros formativos, observou-se uma mudança de perspectiva nos relatos das participantes. De modo conclusivo, o estudo aponta para a potência da criação e do aprimoramento de ecossistemas comunicativos (presencias e on-line), que possibilitaram que as professoras participantes dos encontros passassem a integrar à sua concepção materialista de educação ambiental, um viés sensível. Fortaleceu-se a concepção da horta como laboratório vivo, espaço de aprendizagem interdisciplinar, coletivo e colaborativo, onde se podem desenvolver práticas pedagógicas de educação ambiental e de Ciências da Natureza, utilizando métodos colaborativos, estratégias educomunicativas e princípios ecosóficos, que possibilitam desenvolver habilidades cognitivas e socioafetivas, sem dicotomizar razão e emoção. A formação fortaleceu também a ideia de interdependência entre todas as formas de vida, bem como, do papel dos professores na construção de sociedades mais sustentáveis, o que requer o cuidado consigo, com o outro e com o ambiente. Observou-se que as professoras que participaram da formação passaram a entender a aprendizagem como atividade corpórea, vislumbrando alternativas a serem desenvolvidas nas aulas, bem como compreenderam que as atividades ligadas à horta e ao ambiente ecológico mais amplo contribuem para o bem-estar físico, mental, espiritual e social. As memórias afetivas emergiram nos dois grupos de professoras pesquisadas, com ênfase nas vivências familiares. Poucas lembranças vieram do contexto escolar, o que indica que as escolas e as instituições de formação inicial e continuada de professores, ainda não incorporaram em suas propostas formativas atividades envolvendo as memórias afetivas, de forma exitosa. Essa incorporação tem muito a contribuir com a educação integral de alunos e professores, a qual é um imperativo nos documentos educacionais em vigência na atualidade. Vale ressaltar que a pesquisa está articulada mais diretamente a quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs): Saúde e bem-estar; Educação de qualidade; Cidades e comunidades sustentáveis; Consumo e produção responsáveis, visto que aborda questões relevantes para se alcançar esses propósitos no contexto local e global.
- ItemAcesso AbertoQualidade do leite bovino das propriedades produtoras de leite e das indústrias do Vale do Taquari-RS(2023-01) Müller, Thais; Maciel, Mônica Jachetti; Rempel, Claudete; http://lattes.cnpq.br/8340497822227462; Cyrne, Carlos Candido da Silva; Castro, Luís César de; Caon, SuhelenA região do Vale do Taquari é uma das principais produtoras de leite do Rio Grande do Sul. A qualidade do leite produzido pode ser influenciada por diversos fatores associados ao manejo, obtenção, transporte ou armazenamento do leite. A presente tese teve como objetivo avaliar a qualidade do leite cru refrigerado coletado nas propriedades produtoras de leite dos municípios do Vale do Taquari – RS, e dos leites cru refrigerado, pasteurizado e esterilizado pelo processo Ultra Hight Temperature (UHT) de indústrias dessa mesma região. Foram realizadas análises microbiológicas: contagem bacteriana total (CBT), contagem de mesófilos, contagem de psicrotróficos e análises de coliformes totais e termotolerantes. Análises físico-químicas e de composição do leite: acidez, densidade relativa, temperatura, proteína, gordura, lactose, extrato seco total (EST) ou sólidos totais (ST) e extrato seco desengordurado (ESD) ou sólidos não-gordurosos (SNG), para os três tipos de leite. Adicionalmente, no leite cru refrigerado das propriedades e dos caminhões tanque das indústrias realizou-se a contagem de células somáticas (CCS) e o teste de álcool alizarol. Foi realizada também a análise do microbiota, por meio do sequenciamento de alto rendimento do gene ribossomal 16S para os leites cru refrigerado, pasteurizado e esterilizado das indústrias. Os dados obtidos nas análises foram comparados com o que preceitua a legislação vigente, Instrução Normativa no 76 e Instrução Normativa n° 77 e com a Portaria n° 370, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As coletas das amostras ocorreram em 33 propriedades produtoras de leite e duas indústrias beneficiadoras da região. Os resultados mostraram que há uma grande diversidade de gêneros e espécies, sendo que a indústria 1 demonstrou maiores quantidades de microrganismos. Os resultados das análises físico-químicas demonstraram que apenas duas propriedades estavam com a acidez acima do limite estabelecido pela legislação vigente. A indústria 1 apresentou acidez acima do limite nos três tipos de leite, alizarol positivo no leite cru refrigerado e densidade fora do estabelecido para o leite pasteurizado. Os parâmetros de composição do leite demostraram que mais da metade das propriedades (53%) e as duas indústrias estavam com a CCS acima do estabelecido. As análises microbiológicas demostraram CBT acima do permitido na indústria 1 e em nove das 33 propriedades analisadas. A quantidade de microrganismos psicrotróficos foi maior nas indústrias em comparação com as propriedades e ficou acima do estabelecido por autores da área. O leite cru refrigerado das indústrias apresentou maiores quantidades de CBT, psicrotróficos e coliformes totais e termotolerantes do que o leite cru refrigerado das propriedades produtoras de leite. A indústria 1 apresentou maiores quantidade de CCS, CBT, mesófilos e psicrotróficos que a indústria 2. Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos são extremamente importantes para comprovar a qualidade do leite produzido e rastrear possíveis falhas no processamento. A utilização de ferramentas moleculares, como o sequenciamento de alto rendimento, torna o diagnóstico da qualidade do leite mais eficiente e minucioso, podendo ainda ser utilizado para a melhoria do processo produtivo.
- ItemAcesso AbertoÁreas protegidas na Amazônia, Green Criminology e o parâmetro preventivo governança ambiental: um elo de proposições com vistas à preservação da natureza(2022-03) Konrad, Ana Christina; Flores, Cíntia Rosina; Turatti, Luciana; http://lattes.cnpq.br/5819588394882211; Alves, Benedito Antônio; Rempel, Claudete; Spinelli, RodrigoA Green Criminology emerge no cenário internacional enquanto teoria preventiva aos danos ambientais. No Brasil, Flores (2017) apresentou parâmetros a partir da construção de metodologia preventiva de controle de ilícitos ambientais por meio da Green Criminology, aplicando-os em unidades de conservação (UCs) amazônicas de âmbito federal, localizadas no Estado de Rondônia. O objetivo desta pesquisa consistiu em falsear os parâmetros preventivos desenvolvidos pela autora, aplicando-os nas unidades de conservação amazônicas de esfera administrava estadual e municipal, localizadas em Rondônia, a fim de validar a green criminology como instrumento preventivo aos danos ambientais em áreas protegidas, além de corroborar, refutar ou ampliar a metodologia proposta. Para elaboração do estudo utilizou-se o método hipotético-dedutivo, onde o pesquisador elege o conjunto de proposições hipotéticas que acredita serem viáveis como estratégia de abordagem para se aproximar de seu objeto. No decorrer da pesquisa, essas hipóteses podem vir a ser comprovadas ou não, mediante a experimentação, ou dito de outra forma: com base em um problema, são elaboradas hipóteses, ou seja, conjecturas de solução a priori, proposições possíveis e, a partir de princípios estabelecidos, são deduzidas consequências que são testadas por meio de derivações ou tentativa de se chegar a um falseamento, contradições que rejeitam ou corroboram a(s) hipótese(s) formulada(s). Realizou-se um comparativo dos resultados obtidos com o estado da arte apresentado no estudo antecessor. Conjuntamente, traçou-se o perfil genérico das Unidades de Conservação rondonienses, de competência administrativa estadual e municipal, a partir do levantamento de dados gerados por meio dos relatórios parametrizados consultados no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, disponível na página do Ministério do Meio Ambiente e, os dados oriundos dos processos administrativos protocolizados na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia. O panorama do perfil genérico das UCs associado ao falseamento dos parâmetros desenvolvidos por Flores (2017) indicam corroboração e ampliação dos parâmetros preventivos. O resultado das análises revelou incoerências de cunho gestionário, já que das 39 UCs estudadas apenas 05 possuem planos de manejo, esse considerado o instrumento técnico essencial para orientar e gerenciar as áreas protegidas, além de orquestrar suas funções no sentido de fundamentar sua criação. Ainda, diagnosticou-se uma falta de governança ambiental, questão que desencadeia uma série de controvérsias que acabam minando o papel das unidades de conservação, em um contexto social conflituoso, pois a população brasileira na sua grande massa, tende a confundir a noção de preservação. Desse modo, os resultados da pesquisa culminaram na elaboração e inclusão de novos parâmetros referentes a gestão e a governança ambiental das unidades de conservação.
- ItemAcesso AbertoProdução e purificação de biogás utilizando biotecnologia de microalgas como alternativa energética renovável(2022-12) Castro, Aline Antonia; Konrad, Odorico; http://lattes.cnpq.br/9946679953072196; Ethur, Eduardo Miranda; Hoehne, Lucelia; Silva, Maria Cristina da AlmeidaA fonte de energia renovável verde é uma promissora opção para superar a instabilidade energética, reduzir o lançamento na atmosfera de gases do efeito estufa e alcançar a sustentabilidade na produção de energia, e assim, cumprir os objetivos da Agenda 2030, que requer substituir as reservas de combustíveis fósseis por recursos renováveis. A geração de biogás a partir de microalgas por digestão anaeróbia é uma tecnologia que oferece vantagens sobre outras rotas de produção de biocombustíveis, como, por exemplo, a de apresentar elevada concentração de metano e baixas concentrações de enxofre quando comparado ao biogás oriundo de outros substratos. A aplicação de métodos biológicos tem se tornado uma alternativa atraente para o desenvolvimento sustentável na purificação do biogás. Suas principais vantagens são a facilidade e simplicidade de operação, baixo custo e preservação do meio ambiente. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial de geração e de purificação biológica de biogás utilizando microalgas. A purificação biológica por processo fotossintético foi realizada em protótipo de purificador em escala piloto, composto por um sistema de dois estágios, constituído um por reator interligado a uma coluna de absorção, utilizando como microrganismos um consórcio de microalgas/bactérias. A avaliação da produção de biogás foi realizada por digestão anaeróbia em escala laboratorial, utilizando a microalga Euglena sanguinea. Para os ensaios de dessulfurização, as análises mostraram concentrações de H2S acima de 1.000 ppm no biogás bruto e sua remoção completa (eficiência de remoção de 100%) por meio do processo biológico com microalgas/bactérias aos 180 minutos de operação do sistema. Para os ensaios de verificação dos teores de CO2, CH4 e O2, o biogás bruto apresentou concentração de CO2 em torno de 32%; CH4 variando de 63,08% a 64,32 %; e O2 de 0,17% a 0,71%. Após a purificação biológica, o biogás apresentava concentrações de CO2 variando de 9,15% a 18,46%; CH4 de 71,4% a 76,2%; e de O2 entre 1,24% a 3,26%. Eficiências de remoção de CO2 de 42,46% a 72,02% foram registradas no biogás purificado. Na avaliação da produção de biogás, foi utilizada a biomassa da microalga Euglena sanguinea, que apresentou uma produção média acumulada de biogás de 1.619,63 ± 283,00 mL e o volume de metano de 746,27 ± 140,85 mL, atingindo o máximo de 65,54 ± 1,97% no 31° dia. O Potencial Bioquímico de Biogás obtido foi de 703,19 ± 127,31 mL.gVS -1 e o Potencial Bioquímico de Metano de 334,37 ± 63,35 mL.gVS -1 , o que representa um rendimento de 27,02 ± 4,89 m3 de biogás por tonelada de microalgas e 12,85 ± 2,43 m3 de metano. Assim, os resultados demonstraram que o processo biológico com microalgas se mostrou satisfatório e promissor para a purificação do biogás e que a microalga Euglena sanguinea apresentou potencial para uso como substrato para geração de biogás e metano.