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Navegando História por Orientador "Laroque, Luís Fernando da Silva"
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- ItemAcesso AbertoCarreiras no Vale do Taquari: as corridas de cavalo em cancha reta(2014-11-28) Scherer, Emanuele Amanda; Laroque, Luís Fernando da SilvaO estudo trata das corridas de cavalo em cancha reta na região do Vale do Taquari e tem como objetivo identificar características e singularidades na realização de carreiras de cavalos, no que se refere a corridas em cancha reta, e suas contribuições para a formação histórica, social e cultural do Vale do Taquari. A pesquisa utilizou-se do método qualitativo e os procedimentos metodológicos consistiram em levantamento de fontes bibliográficas e documentais, elaboração de diários de campo e entrevistas com base na metodologia da história oral, com participantes das carreiras de cancha reta de alguns dos municípios das porções norte, centro e sul da região do Vale do Taquari. Os dados foram analisados embasados em aportes teóricos que estudam a cultura e a memória, tais como Barth ([1968] 2000), Geertz (1978), Santos (1983), Pollak (1989; 1992) e Nora (1993). As corridas de cavalo em cancha reta constituem uma tradição desde a introdução do cavalo no Rio Grande do Sul. Na região onde se localiza o Vale do Taquari, predominantemente formada por descendentes de imigrantes açorianos, alemães e italianos, as corridas de cavalo em cancha reta foram realizadas nos mesmos moldes das tradicionais carreiras das regiões de campanha, somente atualizando alguns dos seus elementos culturais.
- ItemAcesso AbertoO Combate do Fão no Rio Grande do Sul: um desdobramento da Revolução Constitucionalista de 1932(2014-06-05) Trombini, Janaíne; Laroque, Luís Fernando da SilvaEste estudo tem o intuito de analisar a Revolução Constitucionalista, ocorrida principalmente no Rio Grande do Sul e o Combate do Fão. Teoricamente nos baseamos em autores como Foucault (1979), Revel (1988), Falcon (1997) e Ribeiro Júnior (2001), para análises de fontes documentais e bibliográficas estudadas, mas recorremos também a metodologia da Historia Oral através de entrevistas. Este trabalho tem como objetivo estudar o Combate do Fão ocorrido em decorrência da Revolução Constitucionalista de 1932 no Rio Grande do Sul, em regiões que atualmente pertencem aos municípios de Fontoura Xavier, Pouso Novo e Progresso. O estudo está composto de três capítulos: o primeiro ressalta os antecedentes da Revolução Constitucionalista; o segundo, analisa os diversos levantes armado ocorrido nas localidades do Rio Grande do Sul em apoio à causa paulista; por fim, o terceiro trata especificamente do levante armado, conhecido como Combate do Fão.
- ItemAcesso AbertoContatos interétnicos: sesmeiros, fazendeiros, imigrantes alemães e indígenas Kaingang em territórios das bacias hidrográficas do Taquari-Antas e Caí(2015-07) Vedoy, Moisés Ilair Blum; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922Considerando a relevância da temática sobre a história indígena para a construção social do Rio Grande do Sul, bem como da invisibilidade histórica das populações indígenas, tanto antes como durante o contato com os europeus, principalmente em relação ao território localizado na bacia Hidrográfica do Taquari-Antas e Caí, este trabalho busca revisitar este processo histórico. Objetiva-se com esta pesquisa compreender os contatos interétnicos envolvendo os Kaingang e as frentes do Estado Nacional brasileiro em territórios das bacias hidrográficas dos rios Taquari-Antas e Caí no século XIX, trazendo os Kaingang como protagonistas da história deste território. O estudo utilizou-se de fontes bibliográficas e documentais, as quais possibilitam visualizar o cenário do contato interétnico amparado por um referencial teórico sobre territorialidade, cultura, etnicidade e historiciadade indígena. Inicialmente apresentamos e analisamos o estabelecimento de fazendas em territórios da bacia hidrográfica do Taquari-Antas e logo após fazemos o mesmo para com o estabelecimento de colônias de imigrantes alemães como mecanismos das frentes de expansão do Estado Nacional brasileiro no século XIX, mas também contemplando o protagonismo indígena Kaingang. Por fim, o estudo deste cenário de contato entre indígenas e integrantes da frente de expansão no século XIX, demonstrou que, ao contrário das interpretações historiográficas que privilegiam em regiões do Vale do Taquari e Vale do Caí apenas os feitos dos colonizadores europeus ou descendentes destes, os Kaingang foram protagonistas diante da presença do outro em seu território.
- ItemAcesso AbertoCultura açoriana em Taquari e Paverama: costumes e religiosidade preservados ao longo do tempo(2014-05-16) Silva, Cleidirose Da; Laroque, Luís Fernando da SilvaA cultura representa o modo de viver de cada povo, e pode ser representada através das crenças religiosas, hábitos e costumes, que são expressões culturais de cada grupo étnico. Este estudo tem como propósito analisar os elementos da cultura açoriana através da religiosidade, da alimentação e arquitetura. Para esse estudo nos baseamos em autores como Geertz (1989), Santos (1994), Barth (1998), Burke (2003) e Silva (2008), para análise das fontes documentais e bibliográficas estudadas, recorremos também a metodologia da História Oral através da realização de entrevistas. Este trabalho tem como objetivo enfocar, a partir de fontes documentais e bibliográficas e da História Oral, a continuidade de elementos da cultura açoriana, destacando a religiosidade, a alimentação típica açoriana e a arquitetura lusoaçoriana. Este estudo está composto de três capítulos: o primeiro trata da colonização açoriana no Rio Grande do Sul; o segundo, analisa a cultura açoriana a partir de aspectos gastronômicos e arquitetônicos; e concluindo, o terceiro capítulo aborda os aspectos religiosos, destacando-se as irmandades religiosas, a procissão de Corpus Christi e a festa em homenagem aos santos padroeiros das capelas e igrejas.
- ItemAcesso AbertoDos Açores ao Vale do Taquari: aspectos da migração açoriana a partir das relações territoriais e ambientais na longa duração(2018-02) Rosa, Cibele Caroline Da; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922Por meados da década de 1740, moradores do conjunto de ilhas que formam o Arquipélago dos Açores solicitaram à Coroa Portuguesa que fosse realizada uma migração em massa de pessoas para a América portuguesa. A resposta da Coroa soou positiva e o Edital de 1747 dava conta de um grande processo migratório de açorianos para o Meridional americano, em fronteira com os espanhóis. Os primeiros açorianos instalaram-se na porção mais ao sul do território que hoje conhecemos por Região Vale do Taquari por volta da segunda metade da década de 1755. O trabalho tem como objetivo compreender o processo histórico da migração de açorianos ao sul do Brasil Meridional para o que atualmente corresponde a porção sul do Vale do Taquari, bem como analisar aspectos referentes às relações entre migrantes, território e meio ambiente. A metodologia é um estudo qualitativo a partir da análise de documentos, tais como correspondências oficiais entre a Provedoria Real e a Coroa, os registros de doação de datas de terras, a Relação de Moradores de 1784, diários de campo e entrevistas orais com onze descendentes de açorianos. Os procedimentos metodológicos versam acerca da revisão bibliográfica, levantamento de dados a partir dos documentos referidos e análise do conteúdo. Os resultados da pesquisa demonstraram que a presença açoriana próxima ao rio Taquari se deu praticamente uma década antes da fundação da freguesia com o mesmo nome. Além disso, os registros de doações de terras permitem inferir sobre quem as recebia, demonstrando que não eram apenas casais de açorianos, mas filhos e agregados de casais também. Ainda, foi possível inquirir acerca da função da migração açoriana para as terras meridionais da América portuguesa, que, de acordo com revisão bibliográfica e análise das fontes, demonstrou que a migração foi estratégica para Portugal, na medida em que reforçava a presença lusa na região em disputa e ainda formava uma espécie de cordão de proteção em relação aos grandes criadores de gado. Ademais, foi possível perceber aspectos na longa duração associados à presença açoriana na porção sul do Vale do Taquari, onde o cultivo de mandioca e a religiosidade representam uma forte marca da herança açoriana.
- ItemAcesso AbertoEssa terra já era nossa: um estudo histórico sobre o grupo Kaingang na cidade de Lajeado, Rio Grande do Sul(2013-06-18) Oliveira, Marilda Dolores; Laroque, Luís Fernando da SilvaA ocupação Kaingang no Vale do Taquari antecede a imigração alemã e italiana, questão que geralmente não é abordada em livros publicados por autores que estudam a história da região. Este trabalho tem como objetivo analisar as constantes movimentações dos indígenas Kaingang durante a última década do século XX e primeira do século XXI. Como base teórica para análise dos dados estudados, utilizamos autores cujas obras puderam contribuir para as questões por nós pesquisadas, tais como Brandão (1986); Mussi (1999); Tommasino (2001) e Laroque (2005). Na pesquisa podemos constatar que os Kaingang que vivem na Aldeia Fochá em Lajeado, realizaram várias negociações com autoridades municipais visando ocupar parte do seu tradicional território, demonstrando com isto o protagonismo em sua historicidade. Ressaltamos, por fim, que com o intuito de não deixar cair no esquecimento a presença Kaingang, bem como seu retorno ao Vale do Taquari, nos propomos a desenvolver este estudo, com o qual esperamos contribuir tanto com informações sobre a diversidade cultural, como pela importância do grupo Kaingang como sujeito histórico para o Vale do Taquari e para o do Rio Grande do Sul.
- ItemAcesso AbertoFazenda da Estrella: um estudo de caso envolvendo posse territorial e negociações no sul do Brasil durante o século XIX(2017-01) Gregory, Josemir José; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922Este estudo considerando a formação territorial e social da Província de São Pedro do Rio grande do Sul atem-se a analisar a estrutura da Fazenda da Estrella, que inicialmente inseria-se no vasto território que compunha os Campos de Viamão, o qual em 1809 passou a integrar o município de Taquary. O objetivo geral do trabalho é analisar o processo histórico e sócio econômico envolvendo a Fazenda da Estrella no Vale do Taquari no decorrer do século XIX. A metodologia é qualitativa e os procedimentos metodológicos constituíram-se de revisão bibliográfica, pesquisa documental em inventários e autos de medição que se encontram em arquivos históricos, os quais foram analisados com base em aportes teóricos sobre rede familiares. No intuito de compreender o processo de negociação envolvendo o último proprietário da Fazenda da Estrella, Coronel Victorino José Ribeiro fez-se necessário revisitar o processo de formação que se constituiu na propriedade e as negociações decorrentes de favores em relação à coroa no contexto rio-grandense do século XIX, contemplando o aumento da propriedade, sua produção e mão de obra, bem como o processo de negociação de áreas da Fazenda da Estrella com os imigrantes alemães que, a partir da segunda metade do século XIX, também se estabelecem no Vale do Taquari.
- ItemAcesso AbertoFerrovia do Trigo: uma história sobre trilhos (1940-1980)(2014-08-21) Secchi, Cristiane; Laroque, Luís Fernando da SilvaEste trabalho procura analisar a trajetória da EF 491, mais conhecida como Ferrovia do Trigo, desde os primeiros passos de sua gestação até sua inauguração, no final da década de 70. Elaborado a partir de diversas fontes, tendo como um dos elementos metodológicos a história oral, tomada em conjugação com outras fontes como jornais do período, textos literários e documentos de arquivos públicos e familiares. Através da análise dessas fontes e do exercício de percorrer espaços e instalações da ferrovia, procuramos entender como a sociedade local do Vale do Taquari e também as demais regiões recortadas pela ferrovia em questão, perceberam a construção e a utilização do modal férreo, bem como as expectativas em torno de sua instalação. Também procuramos verificar os impactos da ferrovia na economia regional, a partir da observação do surgimento de novas experiências cotidianas proporcionadas pela ferrovia, tais como o aumento de moradores em municípios da região, maior circulação de pessoas e capital, bem como o impacto nas estruturas sociais. Por fim, procuramos refletir sobre a utilização da malha ferroviária brasileira na atualidade, tendo como raiz central a Ferrovia do Trigo.
- ItemAcesso AbertoOs filós comunitários e a cultura italiana(2014-09-11) Gomes, Vanderlisa Ferreira; Laroque, Luís Fernando da SilvaA cultura representa o modo de viver de cada povo. As danças, tradições, crenças religiosas, hábitos e costumes são expressões culturais de cada grupo étnico. Este estudo tem o intuito de analisar os elementos da cultura italiana através dos filós comunitários, da semana italiana de Encantado e também através da gastronomia, da língua, das canções, entre outros. Teoricamente nos baseamos em autores como Geertz (1978), Santos (1983), Brandão (1986), Barth (1998) e Burke (2003), para análise das fontes documentais e bibliográficas estudadas, mas recorremos também a metodologia da História Oral através de entrevistas. Este trabalho tem como objetivo enfocar, a partir de fontes documentais e bibliográficas e da História Oral, a continuidade de elementos da cultura italiana, observando também a prática dos filós comunitários. O estudo está composto de três capítulos: o primeiro ressalta a imigração italiana no Brasil e no Rio Grande do Sul; o segundo, analisa diversos elementos da cultura italiana, através da religião, da língua (dialeto), das canções, da gastronomia e dos jogos; por fim, o terceiro trata especificamente dos filós comunitários entre outros eventos.
- ItemAcesso AbertoHistoricidade e fronteiras culturais entre Guarani e Jesuítas em territórios da província do Tape (1626-1638)(2017-01) Cristo, Tuani De; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922Os contatos interétnicos entre os Guarani e os europeus no século XVII ocorreram, por meio de distintas formas, nas mitas, encomiendas, bandeiras, escravidão e principalmente pelas alianças e guerras com os padres das reduções jesuíticas. No século XVII a Companhia de Jesus adentrou os territórios que atualmente configuram o estado do Rio Grande do Sul, onde estabeleceram alianças com algumas parcialidades indígenas, principalmente os Guarani, situação que possibilitou a fundação das reduções cujo intuito dos padres foi “catequizar” os indígenas. Contudo, nem todas as parcialidades Guarani aceitaram realizar estas alianças, por vezes declarando guerra contra as reduções para expulsar os padres de seus territórios, principalmente no que se refere às lideranças espirituais, os Paye e Karaí. O objetivo do trabalho consiste em compreender quais foram estas fronteiras culturais entre os Guarani e os jesuítas nos territórios da província do Tape entre os anos de 1626 a 1638. A metodologia da pesquisa, com base em teóricos que estudam a etnicidade, cultura e territorialidade, consistiu em revisões bibliográficas das produções científicas sobre os Guarani e a análise das Cartas Ânuas da Companhia de Jesus que abrangem a primeira fase das reduções jesuíticas em territórios da província do Tape. A historiografia tradicional por longo tempo reproduziu a concepção de que a Companhia de Jesus adentrou estes territórios e catequizou os indígenas, sem que eles demonstrassem qualquer tipo de reação, descrevendo-os como sujeitos “aculturados”. Entretanto, esta pesquisa constatou, por meio das análises das cartas ânuas dos jesuítas, que os Guarani atuaram nestes processos de contato avaliando em seus próprios termos as possibilidades ou não de se fazerem presentes nos espaços de jurisdição das reduções da Companhia de Jesus. A partir destas análises, pudemos apresentar distintas situações de alianças ou guerras em que se tornaram visíveis as fronteiras culturais entre Guarani e missionários, indígenas quer sejam Guarani ou mesmo Kaingang que aceitaram ou não fazer parte deste projeto.
- ItemAcesso AbertoHistoricidade Kaingang na terra indígena Pó Nãnh Mág, em Farroupilha/RS(2017-02) Invernizzi, Marina; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922Os Kaingang são um grupo étnico que pertencem ao tronco linguístico Jê e que constituem aproximadamente 38 mil indíviduos na atualidade. Este trabalho tem como objetivo compreender o processo histórico dos indígenas Kaingang que se estabeleceram no município de Farroupilha e o surgimento da Terra Indígena Pó Nãnh Mág. A metodologia deste estudo consiste em uma abordagem etnohistórica descritiva e qualitativa, utilizando-se de processos como entrevistos, diários de campo e registros fotográficos que são analisados com base em referenciais teóricos da cultura, territorialidade, identidade, etnia e historicidade indígena. Os séculos XX e XXI presenciaram o surgimento de terras indígenas Kaingang em contextos urbanos e é neste contexto que no ano de 2006 a Terra Indígena Pó Nãnh Mág surge, tendo os Kaingans e suas lideranças buscado seus direitos. Por fim, foram apresentados aspectos culturais referentes as relações de parentesco e a presença da escola nesta terra indígena.
- ItemAcesso AbertoA mãe é guarani, o pai é kaingang: história, cultura e identidade a partir da terra indígena kaingang jamã tÿ tãnh(2019-12) Bastos Neto, Ernesto Pereira; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922; Schneider, Fernanda; Silva, Juciane Beatriz Sehn DaDesde meados da década de 1970 os povos indígenas no Brasil vêm se consolidando enquanto atores políticos de significativa envergadura no contexto nacional. Algumas de suas principais conquistas estão preconizadas nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal brasileira de 1988. Neste ínterim, ao longo dos últimos trinta anos também ocorreu no Brasil uma renovação nos estudos sobre História Indígena. Esta renovação funda-se nos movimentos reivindicatórios por parte dos grupos indígenas e também na incorporação pela História de conceitos de áreas afins como a antropologia e a sociologia, que permitiram compreender melhor as lógicas próprias destas sociedades. Neste contexto, os processos de etnicidade e rearticulação étnica de coletivos indígenas pelo país passaram a chamar atenção de diferentes setores da sociedade nacional, de modo que muitos coletivos que realizaram processos de etnogênese recentemente passaram a ter suas identidades indígenas questionadas, sendo muitas vezes (des) qualificados como falsos índios. No presente trabalho analisou-se as narrativas de anciãs (aõs) da comunidade Kaingang Jamã Tÿ Tãnh, situada no município de Estrela/RS, a fim de compreender as elaborações destas pessoas a respeito da constituição da comunidade indígena. Para tanto, empreendeu-se investigações a partir de fontes orais e escritas, com base no referencial teórico da Antropologia Histórica, que foi mais amplamente utilizado no Brasil para os estudos entre os “índios no Nordeste”. Aponta-se como alguns dos principais resultados que o coletivo indígena Jamã Tÿ Tãnh é formado por descendentes de três mulheres com um mesmo homem, naturais de zonas rurais entre as bacias hidrográficas dos rios Pardo e Taquari-Antas. Todas estas pessoas identificam-se como descendentes de indígenas que desde tempos imemoriais circulavam pelo território em questão. Notou-se ainda que durante a segunda metade do século XIX havia uma significativa presença indígena nos espaços mencionados, entretanto, muitas destas pessoas foram arbitrariamente desapropriadas de suas posses coletivas e postos em situação de indigência, sob a alegação de que seriam “índios misturados” ou “ex-índios”. Tendo em vista a existência de situação análoga a esta, conhecida como Terra Indígena Borboleta, situada entre os municípios de Salto do Jacuí e Espumoso/RS, o presente trabalho explicita aproximações entre estas comunidades, sobretudo no que diz respeito aos processos de territorilização e etnogênese, que em ambos os casos difere dos processos mais frequentemente associados aos Kaingang.
- ItemAcesso AbertoOs Monges de Pinheirinho no Vale do Taquari e relações com movimentos messiânicos brasileiros(2014-06-06) Giaretta, Mircele; Laroque, Luís Fernando da SilvaO presente trabalho analisa e estabelece relações das principais organizações messiânicas ocorridas no Brasil, Mucker, Canudos e Contestado, com um movimento ocorrido no interior do Rio Grande do Sul, Os Monges de Pinheirinho. O trabalho se fundamenta em autores como Vainfas (1997), Hermann (1997), Del Priore (1997), Eliade (1981), para análise das fontes documentais e bibliográficas pesquisadas, assim como utilização da metodologia da História Oral por meio de entrevistas. Através da pesquisa pode-se constatar que os movimentos messiânicos Mucker, sucedido no período de 1868 a 1873, Canudos de 1896 a 1897, Contestado, de 1912 a 1916, assim como o movimento dos Monges de Pinheirinho, em 1902, mesmo tendo ocorrido em períodos e regiões distintas, apresentam características similares, identificando-os como movimentos messiânicos. Ressalvamos, por fim, a análise destes movimentos considerando versões dos fatos, vencedores e vencidos e as relações que é possível estabelecer com os movimento messiânico dos Monges de Pinheirinho no Vale do Taquari.
- ItemAcesso AbertoNatureza e territorialidade: um estudo sobre os Kaingang das terras indígenas linha Glória/Estrela, por Fi Gâ/ São Leopoldo e Foxá/Lajeado(2014-03-27) Lappe, Emeli; Laroque, Luís Fernando da SilvaEste estudo trata dos Kaingang nas Terras Indígenas Linha Glória, em Estrela, Por Fi Gâ, em São Leopoldo, e Foxá, em Lajeado, abordando aspectos relacionados à natureza e a territorialidade Kaingang, sejam eles contemplando elementos culturais e sociais das famílias indígenas. Com base teórica utiliza-se autores como Seeger e Castro (1979), Brandão (1986), Little (1994), Castro (1996 e 2007), Tommasino (1997) e Diegues (2004). O trabalho foi realizado baseando-se em fontes bibliográficas, documentais, bem como recorrendo à metodologia da História Oral nas entrevistas com indígenas Kaingang e com os arqueólogos tanto da Região do Vale do Taquari como da Região Vale do Rio dos Sinos. Desta forma, aspectos territoriais, culturais e sociais e a relação do indígena com o universo cosmológico são objetos de investigação e análise visando apresentar as historicidades Kaingang nas três Terras Indígenas.
- ItemAcesso AbertoO negro taquariense: do escravismo ao abolicionismo(2014-06-05) Franz, Eloísa; Laroque, Luís Fernando da SilvaEste estudo aborda a escravidão no Rio Grande do Sul no século XIX. Desse modo, procuramos analisar a importância do trabalho escravo para o desenvolvimento da economia rio-grandense. O estudo foi elaborado a partir de diversas fontes, tendo como elemento metodológico uma vasta bibliografia - que trata sobre a questão da escravidão tanto no Rio Grande do Sul como no Brasil - tomada em conjunto com outras fontes tais como jornais e cartas de alforria. Utilizando-nos destas fontes, procuramos analisar a supressão do tráfico negreiro e sua estagnação a partir da elaboração e promulgação de leis que vieram beneficiar os escravos, perceber o contexto das leis abolicionistas e refletir sobre as ações de liberdades.
- ItemAcesso AbertoA terra indígena Pó Mág, Tabaí/RS no contexto da reterritorialidade Kaingang em áreas da bacia hidrográfica Taquari-Antas(2018-01) Busolli, Jonathan; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922As lutas desempenhadas pelo povo Kaingang desde o contato com o não indígena demonstram o protagonismo desse grupo étnico no que diz respeito a sua afirmação enquanto identidade própria e diferenciada. Expulsos de seus tradicionais territórios localizados no Brasil meridional e adjacentes ao longo do século XIX, devido à penetração e avanço das frentes de expansão do Estado nacional brasileiro e do capital, os Kaingang passam a partir da segunda metade do século XX a intensificar um processo de reterritorialidade, respaldado nos direitos adquiridos e garantidos às populações indígenas pela Constituição Federal de 1988, levando-os a ocupar partes de suas antigas áreas nas bacias hidrográficas do Taquari-Antas, Caí, Sinos e lago Guaíba, com a formação de oito terras indígenas nesses espaços. A mais recente dessas comunidades, a Terra Indígena Pó Mág, localizada no município de Tabaí, parte da bacia hidrográfica Taquari-Antas, busca desde sua fundação no ano de 2013, dar prosseguimento à sua organização social, política e cultural, assim como ter respeitado seus direitos em relação à saúde e educação diferenciada, que leve em consideração suas tradições, sua língua e seus conhecimentos próprios. O objetivo do trabalho é analisar o surgimento da Terra Indígena Pó Mág no contexto da reterritorialidade Kaingang a partir do protagonismo de seus atores. O estudo utilizou-se de uma extensa revisão sobre a produção bibliográfica acerca da temática Kaingang, amparado em estudos teóricos sobre cultura, territorialidade, mitologia e etnicidade de populações tradicionais, assim como de entrevistas, diários e atividades em campo.
- ItemAcesso AbertoTerritorialidade Kaingang: um estudo histórico da aldeia Kaingang Linha Glória, Estrela – RS(2014-06-06) Silva, Juciane Beatriz Sehn Da; Laroque, Luís Fernando da SilvaEste estudo aborda a trajetória histórica do grupo que atualmente constitui a aldeia Kaingang Linha Glória, em Estrela, bem como a luta deste grupo para fazer valer seus direitos, sobretudo a questão do direito originário a terra. Como base teórica para a análise dos dados estudados, utilizamos autores cujas obras puderam contribuir para as questões por nós pesquisadas, tais como Barth ([1969] 2000), Seeger e Castro (1979), Brandão (1986) e Martins (1997). O estudo foi realizado baseando-se em fontes bibliográficas, material historiográfico (artigos, ensaios e dissertações de mestrado e doutorado) e em fontes documentais, tais como jornais e documentos do Ministério Público Federal. Além disso, nos utilizamos também da metodologia de História Oral durante a pesquisa de campo, tanto na aldeia de Estrela, como no contato com as autoridades ligadas à pesquisa. Desta forma, aspectos culturais, sociais e políticos como educação, saúde, legalização e ampliação da atual área de terras, e os impactos na aldeia decorrentes da duplicação da BR 386 serão objetos de investigação e análise. Todas estas questões estarão diretamente vinculadas à relação sócio-política-cosmológica do grupo com o território ocupado. Pretendemos, também, demonstrar os sentidos da territorialidade dos Kaingang da aldeia Linha Glória no atual espaço ocupado e como este grupo têm sido agente de sua própria historicidade, diante de realidades adversas como a duplicação da BR 386.
- ItemAcesso AbertoTradicionalismo: relações entre cultura gaúcha e a cultura de descendentes de italianos em Encantado/RS(2015-07) Calvi, Francis; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922O presente trabalho visa analisar como os descendentes de imigrantes italianos do município de Encantado abraçaram o tradicionalismo gaúcho. Para tanto, nos apoiamos em fontes documentais como as atas do Centro de Tradições Gaúchas Giuseppe Garibaldi, do Grupo de Artes Nativas Anita Garibaldi e do Departamento de Tradições Gaúchas Guardiões de Encantado, bem como entrevistas com indivíduos ligados ao tradicionalismo gaúcho e a cultura dos descendentes de colonizadores italianos. As fontes bibliográficas consultadas incluem livros, jornais, artigos científicos e trabalhos acadêmicos, as quais foram analisadas tomando como base teórica aportes da cultura e da etnicidade. Desta forma, foi possível expor um breve levantamento histórico do Rio Grande do Sul, do Movimento Tradicionalista Gaúcho e das entidades responsáveis por divulgar esta cultura no contexto local. Campo escolhido para a presente pesquisa, o município de Encantado é fruto dos grandes movimentos migratórios ocorridos no século XIX com a vinda de imigrantes italianos ao Brasil, em particular ao Rio Grande do Sul. Considerando essa característica, buscou-se conhecer os costumes da região, trabalhando aspectos da cultura dos descendentes de colonizadores italianos presentes atualmente no município. Neste sentido, serão analisados como os elementos das culturas gaúchas e italianas manifestam-se e relacionam-se com os centros de tradição gaúcha em Encantado. Os resultados preliminares apontam para um entrelaçamento entre elementos que compõem a cultura italiana e o tradicionalismo gaúcho, resultando em um fenômeno denominado hibridismo cultural.