Ambiente e Desenvolvimento
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Com as linhas de pesquisa Ecologia, Espaço e Problemas Socioambientais e Tecologia e Ambiente, o Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento da UNIVATES pretende promover visão integrada e crítica da questão ambiental, em suas perspectivas históricas, econômicas, sociais e ecológicas, por meio do desenvolvimento e aplicação de tecnologias e metodologias voltadas à solução de problemas regionais ligados à área ambiental.
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Navegando Ambiente e Desenvolvimento por Orientador "Mazzarino, Jane Márcia"
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- ItemAcesso AbertoAgricultura urbana em Teresina – PI: histórias de vida cultivadas em ambientes de hortas(2022-01) Soares, Tiago Luis Da Silva; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043O Projeto Hortas Comunitárias em Teresina foi a forma que a prefeitura encontrou para gerar trabalho e renda para as famílias pobres do município. Ele faz parte de um conjunto de ações de enfrentamento à pobreza, realizadas com o objetivo de garantir meios e capacidade produtiva e de gestão a grupos comunitários, para promover a melhoria das condições gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida e organização social. Nesse sentido, este estudo entende que as hortas constituem uma possibilidade de mudança de contextos urbanos, que envolvem uma rede de atores, por meio da ocupação de espaços ociosos na urbe, gerando emprego e renda. Pensar as hortas urbanas como alternativa de desenvolvimento socioambiental em grandes cidades leva a questionar quais aspectos da vida das pessoas são afetados de forma mais relevante pelas atividades em hortas urbanas, em Teresina/Piauí. O objetivo geral da pesquisa é investigar mudanças na vida de pessoas que têm ou tiveram como ocupação o trabalho em hortas urbanas, em Teresina no Piauí. Como objetivos específicos definimos os seguintes: a) realizar uma análise integrativa dos temas “hortas” e “comunitárias”; b) analisar como os aspectos que emergiram da análise integrativa (sociais, institucionais, econômicos e produtivos) são dinamizados nas experiências dos hortelões; c) compreender como as trajetórias de vida dos hortelões são dinamizadas pela experiência nas hortas comunitárias. A pesquisa é exploratória e qualitativa, baseada em estudo bibliográfico, documental e de campo. Foram entrevistados em profundidade 12 hortelões. O tratamento dos dados foi baseado na análise textual. Como resultados, evidenciou-se a necessidade de ampliação de investimentos no projeto, considerando sua relevância socioeconômica e cultural. Com relação aos aspectos sociais, verificou-se que o trabalho nas hortas favorece laços de amizade e a boa convivência, que o trabalho coletivo ocorre por meio de mutirões para limpeza ou por solidariedade e que há conflitos em decorrência da venda informal de lotes/canteiros. Quanto aos aspectos institucionais, evidenciou-se que a falta de lotes/canteiros limita a ampliação da renda, enquanto há alguns abandonados e improdutivos. A capacitação é insuficiente e realizada, principalmente, pela Prefeitura, com quem os hortelões mantêm uma relação marcada por conflitos e contradições (falta de apoio para algumas demandas relevantes e a existência para outras). Em relação ao aspecto econômico, identificou-se o acesso a recursos por meio de financiamentos; que a 3 comercialização ocorre através de três canais (na horta, em feiras, para programas governamentais),com a renda variando entre meio a dois salários mínimos, valor que aumenta para quem tem mais área, pelo fato de acessar mais lotes/canteiros. Os ganhos com a horta melhoraram o poder econômico familiar, sendo um complemento de renda usado para a subsistência ou para ampliar o poder de consumo. Quanto aos aspectos produtivos, explora-se pouca diversidade de culturas. O acesso aos equipamentos e à água é insuficiente, sendo fornecidos pela Prefeitura e pelos hortelões. O manejo e o tratamento do solo misturam técnicas orgânicas e convencionais. A pesquisa insere-se na linha Espaço e Problemas Socioambientais do Programa de Pós-Graduação Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD/Univates) e está relacionada mais diretamente a cinco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): 01 - Erradicação da Pobreza - Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; 02 - Fome Zero e Agricultura Sustentável - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; 08 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos; 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis - Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; 12 - Consumo e Produção Responsáveis - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
- ItemAcesso AbertoCódigo florestal, reserva legal e comunicação ambiental: análise das ofertas nas mídias legislativas federais(2012-12-11) Luz, Josiane Paula Da; Périco, Eduardo; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043A presente pesquisa tem como objetivo principal verificar como ocorreu a oferta de informações pelas Agências Câmara e Senado no ano de 2011, por meio de seus sites, sobre a mudança legislativa que envolveu o Código Florestal, mais especificamente a reserva legal, buscando constatar se o direito à informação foi efetivado. O trabalho realiza um breve resgate bibliográfico sobre a tutela jurídica do meio ambiente, envolvendo a proteção do meio ambiente na Constituição Federal e o estudo dos princípios do direito ambiental pertinentes à pesquisa, princípio da informação e da participação e suas relações com a cidadania. As práticas do campo jornalístico são investigadas em sua interface com o tema meio ambiente. O método utilizado baseia-se na pesquisa bibliográfica e documental, realizando-se uma análise quali-quantitativa das matérias jornalísticas. A análise quantitativa identifica quais as fontes das notícias, espaços, critérios de noticiabilidade, enquadramentos, uso de imagens e número de linhas ofertados para as notícias sobre o Código Florestal. Depois se faz uma análise qualitativa com um número mais restrito de notícias, verificando com mais proximidade as suas características, ausências, sentidos, intenções e discursos. Verifica-se que o tema referente à reserva legal foi tratado de modo superficial e unilateral pelos meios oficiais. Com a cobertura midiática realizada não se ofertou aos leitores condições de realizar uma avaliação sob a ótica ecológica, pois as agências prenderam-se a debates políticos. A nova lei fere o princípio da proibição do retrocesso, e esta temática ficou ausente nas discussões promovidas pelas Agências de Notícias pesquisadas.
- ItemAcesso AbertoEcosofia em ambiente de Floresta Amazônica: experiências com alunos da educação básica(2022-12-07) Evaristo, André De Paulo; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/0612300232180051; Bucker, Joana; Périco, Eduardo; Souza, Lise Mary SoaresA temática ambiental, no contexto atual, necessita de um olhar especial, haja vista os inúmeros eventos que vem destruindo a biodiversidade global e, consequentemente, do país. No contexto escolar, esse tema pode ser abordado a partir de uma perspectiva de educação ambiental (EA) baseada em atividades e ações que superem a visão hegemônica tradicional, atuando tanto subjetivamente, quanto nas relações sociais e com o ambiente, indo ao encontro da proposta ecosófica de Félix Guattari. Esta pesquisa teve por objetivo principal investigar possibilidades metodológicas de atividades ecosóficas que exploram o contato direto com a natureza, buscando compreender como as três dimensões da ecosofia propostas por Guattari são movimentadas a partir das intervenções em ambiente de floresta amazônico, que incluíram uma experiência de banho de floresta. Além disso realizamos uma revisão integrativa a partir dos termos: Ecosofia + Guattari, Ecosofia, Ecosophy + Guattari, Ecosophy, Forest Bathing, Shinrin-Yoku e banho de/na floresta. Metodologicamente, a pesquisa é caracterizada como quanti- qualitativa e descritiva, tendo como base a pesquisa bibliográfica, com uso de análise integrativa, além de pesquisa documental e intervenções. A quantificação ocorreu devido à aplicação da Escala de Humor de Brunel (BRUMS), instrumento brasileiro já validado e adaptado do Perfil de Estados de Humor (POMS) e de uma escala própria criada para o início e fim de cada encontro. Os participantes convidados para a experiência foram oito alunos de 9° ano de uma escola pública, em Rondônia. Os sete encontros, dos quais cinco deles foram realizados em um fragmento florestal amazônico, foram estruturados com base na Ecosofia NAT, metodologia que mistura vivências de contato direto com a natureza, a expressão artística e o uso de tecnologias sociais e de mídias. A revisão sobre banho de floresta na PubMed, com trabalhos publicados entre 2017 e 2021, indiciou 18 trabalhos práticos e 19 de ordem teórica, aumento das publicações nos últimos três anos, os quais foram publicados em 18 períodicos diferentes, usando de 3 a 11 palavras-chave, principalmente na língua inglesa. As pesquisas práticas foram realizadas em oito países, da Europa e da Ásia, com população variando de 10 a 5.109 participantes, enquanto os teóricos foram construidos com base na revisão em trabalhos presentes em 21 plataformas, envolvendo entre seis e 64 publicações que atenderam os critérios de inclusão previstos pelos autores dos estudos. Evidenciaram-se, nos artigos selecionados, que o banho na floresta afeta a saúde humana produzindo: efeito positivo sobre a espiritualidade; redução do nível de cortisol salivar e sérico em curto prazo; diminuição dos sintomas de alergia, da asma; melhora a pressão arterial e a pulsação; efeitos benéficos sobre os sintomas 2 de ansiedade, depressão e estresse, assim como outros itens negativos do estado de humor; efeitos benéficos nos valores relacionados a fatores patológicos que se relacionam a doença cardiovascular e de citocinas inflamatórias; aumento da função imunológica e antioxidante; melhora na qualidade do sono, no metabolismo, nos aspectos cardiopulmonares, além de proporcionar efeito restaurador e relaxamento psicológico. Também os estudos evidenciam que diminuiu a gravidade da pandemia de COVID-19 em locais com maior área florestal per capita. Foram observadas as seguintes movimentações da tríade ecosófica, conforme Guattari (1990): a) subjetividade – abertura ao dialogo com pessoas próximas, autoconhecimento, ampliação nos modo de pensar e para iniciativas de autoajuda; b) social: criação de laços, fortalecimento das relações do grupo; c) ambiental: aprofundamento da relação com a floresta, reflexão sobre problemas socioambientais. Conclui-se que atividades ecosóficas em ambientes florestais amazônicos promoveram aumento do bem estar, relaxamento, autoconhecimento, redução da confusão, ansiedade, assim como a ampliação do contato com as dimensões subjetivas, sociais e ambientais em adolescentes do 9o ano do ensino fundamental. Esta pesquisa articula-se ao ODS 3, já que as atividades ecosóficas podem contribuir na promoção da saúde mental e bem-estar. Tendo como participantes alunos da educação básica, o ODS 4 é contemplado, de modo a colaborar no processo educativo com qualidade, favorecendo o compartilhamento de conhecimentos e contribuindo para a educação pautada no desenvolvimento e no estilo de vida sustentável, com maior conexão com o meio ambiente. A ecosofia preconiza o respeito, o estudo e a compreensão do meio ambiente enquanto casa, assim, o ODS 11 está contemplado, pois esse ponto busca tornar cidades, e demais agrupamentos humanos, mais inclusivos, resilientes, com segurança e sustentabilidade.
- ItemAcesso AbertoEcoturismo e sustentabilidade no Vale do Taquari: possiblidades a partir do estudo de caso no Morro Gaúcho em Arroio do meio(2008-11-20) Krüger, Ana; Mazzarino, Jane MárciaO Turismo é um fenômeno que abrange as esferas culturais, sociais, políticas, econômicas e ambientais, e constitui-se em uma possibilidade de desenvolvimento local para as comunidades. Neste sentido, considerou-se que o Ecoturismo pode ser uma estratégia de desenvolvimento sustentável, de fortalecimento do capital social e de formação da cidadania. Com base nestas colocações, este estudo de caráter exploratório quanti-qualitativo teve como objetivo geral compreender como se organiza historicamente o campo turístico no Vale do Taquari, a partir da análise das representações sociais dos atores envolvidos, e investigar as potencialidades de desenvolvimento do Ecoturismo como estratégia de sensibilização para o desenvolvimento sustentável em Arroio do Meio/RS. A metodologia utilizada partiu de um estudo de caso no Morro Gaúcho, localizado em Arroio do Meio. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os atores sociais envolvidos na formação do campo turístico, a saber: poder público municipal, movimento social, iniciativa privada e a comunidade residente. Constatou-se que o campo turístico no Vale do Taquari ainda está em formação devido à ausência de um habitus específico neste campo, o que caracteriza um jeito próprio de ser e fazer a atividade turística na região. A análise das representações sociais aponta para construções diversas sobre as questões turísticas e ecológicas conforme os interesses dos atores sociais, sendo possível identificar potencial para o desenvolvimento do Ecoturismo, apesar da fragilidade do capital social.
- ItemAcesso AbertoEducação ambiental e ecoturismo: um estudo a partir das vivências e sensibilização ambiental dos visitantes do Ecoparque Sperry(2011-07-20) Faé, Leâni Vívian; Jasper, André; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043O turismo é um fenômeno em expansão no Brasil. O ecoturismo difere das demais atividades turísticas porque busca desenvolver uma consciência ambiental sustentável, através da interação humana com o seu meio, promovendo a preservação de forma a impedir a destruição, conservando os locais visitados. A análise destes tipos de experiências é fundamental para a consolidação da interface entre os campos ambiental, do turismo e da educação. Neste sentido, o estudo de caso no Ecoparque Sperry, em Canela/RS, se justifica. De caráter qualitativo, a pesquisa buscou compreender se o programa de educação ambiental realizado no Ecoparque Sperry, aliado ao ecoturismo, interfere na sensibilização ambiental dos visitantes. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e questionários com os atores sociais envolvidos na administração do parque e com os visitantes que interagem com as diferentes atividades de educação ambiental do parque. Os dados foram tratados por meio da análise de conteúdo. Cinco categorias de análise guiaram este estudo: a) concepção de turismo e ecoturismo; b) relação entre ecoturismo e educação ambiental; c) interação entre público e parque; d) o parque como elemento de sensibilização ambiental; e) impressões sobre os impactos durante a análise no parque. Concluiu-se que ações de educação ambiental, aliadas ao ecoturismo, estão adequadas ao contexto do Ecoparque Sperry, já que as atividades de interpretação do ambiente, especialmente as trilhas guiadas e autoguiadas, possibilitam a sensibilização ambiental de seus públicos e tem o potencial de transformar a relação dos visitantes com o ambiente natural. Os visitantes tendem a apresentar um pensamento reflexivo durante visita no parque, já que relataram novas descobertas através da experiência e informações obtidas, as quais despertaram a percepção da necessidade de se causar o mínimo impacto possível ao ambiente. Ou seja, as visitas em parques turísticos aliadas a ações de educação ambiental favorecem processos de responsabilização e cuidado com o ambiente. No entanto, as ações de educação ambiental em ecoturismo do Ecoparque Sperry podem ser aprimoradas, pois as análises apontaram que, apesar das vivências despertarem o sentimento de ser parte do ambiente entre os visitantes do parque, eles sentiram necessidade de obter instruções práticas sobre ações sustentáveis no cotidiano, o que não foi observado nas ações de educação ambiental realizadas no parque. Outro aspecto interessante da pesquisa no Ecoparque Sperry foi observar que estudantes de turismo e visitantes em geral estão sensibilizados para as questões ambientais, e que, dentre os visitantes, 6 aqueles que escolheram as trilhas autoguiadas, demonstraram maior entendimento sobre a relação entre ecoturismo e educação ambiental e uma atitude reflexiva sobre as questões ambientais, aparentando estar mais informados que os visitantes guiados. De modo geral, pode-se afirmar que a educação não-formal é relevante nas atividades de educação ambiental, pois podem proporcionar conhecimentos e processos de aprendizagem dinâmicos e flexíveis, por meio de experiências diferenciadas. Por fim, o estudo apontou que as práticas ecoturísticas são instrumentos que ajudam a redimensionar as relações entre sociedade humana e natureza. Quando desenvolvidas com atividades de educação ambiental em um parque de ecoturismo, são formas práticas e dinâmicas de proporcionar experiências significativas de interpretação e sensibilização ambiental.
- ItemAcesso AbertoEducação ambiental na educação infantil: as vivências com a natureza no pátio da escola(2018-08-01) Arnholdt, Bruna Medina Finger; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043A educação vem revendo suas concepções teórico-práticas a fim de manter-se atualizada diante das transformações sociais. Especificamente, no campo da Educação Ambiental busca-se acompanhar esses processos de modo a ampliar seu espaço e tornar suas práticas mais contextualizadas nas realidades das escolas. Assim, a formação dos professores precisa acompanhar estas mudanças para qualificar os processos de ensino e de aprendizagem e manter a atualização das práticas. As crianças vêm convivendo cada vez mais com uma realidade urbana e tecnológica, distanciando-se, muitas vezes, das interações com a natureza. Neste sentido, a Educação Ambiental vem a contribuir para a aproximação do ser humano com a natureza retomando esse contato essencial. Na etapa de ensino da Educação Infantil as crianças passam muitas horas do dia na escola, explorando os pátios, espaços externos e ambientes naturais no próprio ambiente escolar, muitas vezes mais do que com as próprias famílias. Sendo assim, esta pesquisa propõe um programa de formação continuada para professores de Educação Infantil, na área da Educação Ambiental como meio para motivação e orientação da exploração dos pátios das escolas através do método do Aprendizado Sequencial e das vivências com a natureza. A abordagem da pesquisa é qualitativa. Exploram-se possibilidades de intervenções participantes. Problematiza-se de que forma a Educação Ambiental na Educação Infantil pode explorar os pátios das escolas constituindo-os em ambientes de aprendizagem e em que medida a formação continuada de professores de Educação Infantil nas vivências com a natureza propostas pelo método da Aprendizagem Sequencial possibilita isso. Assim, tem-se como objetivo investigar a potência das vivências com a natureza enquanto método de Educação Ambiental na Educação Infantil explorando os pátios das escolas como ambientes de aprendizagem. Foram organizadas três categorias para análise comparativa as quais contemplaram as potências da Educação Ambiental na Educação Infantil a partir dos seguintes aspectos: as vivências com a natureza através do Método do Aprendizado Sequencial; a formação continuada dos professores referente ao método em questão para a exploração do pátio das escolas e o pátio das escolas como ambiente de aprendizagem. Como resultados evidenciaram-se a potência do método do Aprendizado Sequencial e das vivências com a natureza em relação às práticas na e com a Educação Infantil, bem como a importância de formação continuada para os professores sentirem-se instigados e motivados a buscar conhecimentos para desacomodar suas propostas e as possibilidades diversificadas 7 de exploração dos pátios enquanto ambientes de aprendizagem em Educação Ambiental na Educação Infantil.
- ItemAcesso AbertoEducomunicação socioambiental: experimentações com audiovisual no Ensino Médio(2016-09) Staudt, Marcus Vinícius; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043Esta dissertação aborda a apropriação da educomunicação socioambiental com grupos escolares. A educomunicação em escolas é considerada uma forma de realizar trabalhos colaborativos entre os professores e os estudantes, independente da faixa etária ou rede escolar aos quais estes pertençam. Considera-se que os educadores podem se apropriar da área videográfica e sua linguagem. Gerando um processo de cidadania e construção coletiva. Problematiza-se como os meios audiovisuais podem auxiliar na democratização da comunicação a partir de um processo educomunicativo no Ensino Médio? Como os princípios de educomunicação se estabelecem neste processo? Estas questões combinam-se na constituição do problema de pesquisa. O objetivo geral deste estudo é investigar o uso da linguagem audiovisual em um processo de educomunicação socioambiental no ambiente escolar. Esta pesquisa justifica-se pela percepção da necessidade da escola ampliar o uso de métodos no processo educativo, utilizando-se da linguagem audiovisual, a qual exerce fascínio nos estudantes contemporâneos. Este trabalho vai ao encontro de pressupostos de programas nacionais ligados à área ambiental e educomunicacional, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, a Política Nacional de Educação Ambiental, Política Nacional do Meio Ambiente e o Programa Nacional de Educação Ambiental. O trabalho de campo foi desenvolvido em Lajeado/RS no primeiro semestre de 2015. Incluiu alunos e docentes de duas instituições de Ensino Médio, Colégio Estadual Presidente Castelo Branco e Escola Estadual de Ensino Médio Santo Antônio. O método é qualitativo baseado na pesquisa ação-participante. Realizaram-se 18 encontros que abordaram temas ambientais, noções para produções audiovisuais, como roteirização, captação e edição. O resultado apontou que os meios audiovisuais foram uma estratégia que seduziu e possibilitou a democratização da comunicação por meio de um processo educomunicativo no espaço escolar. E que os princípios norteadores da educomunicação socioambiental emergiram no processo de modo natural, sendo os que mais evidenciaram-se foram o diálogo permanente e continuado, a interatividade e produção participativa de conteúdos, a não discriminação e o respeito à individualidade e diversidade humana. As práticas relatadas neste estudo apontam para o exercício educomunicativo relacionados a diferentes ecossistemas educomunicativos. Por meio das artes, construiu-se uma narrativa imagética. Realizou-se um processo pedagógico com uso didático das tecnologias de comunicação. Também os envolvidos foram educados para comunicar em grupo sobre seus modos de compreender a realidade que vivem, nos ambientes do bairro e da escola. Certamente ocorreu um processo de mediação tecnológica, já que manipularam equipamentos pouco comuns ao seu cotidiano, refletindo sobre modos de contar uma história por meio deles (roteirizar, captar imagens e editar). Da parte do mediador, exercitou-se a reflexão epistemológica.
- ItemAcesso AbertoFormação ecosófica de educadores das infâncias: cartografias de reencontros com sementes criança(2024) Nunes, Patricia de Araujo; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043; Tiriba, Léa; Proença, Maria Alice; Marques, Rodrigo MüllerA complexidade da formação dos educadores das infâncias é um aspecto fundamental para impulsionar - ou aprisionar - a vida nas escolas. Educadores implicados com suas subjetividades, com tempo e espaço para construir uma relação de afeto consigo mesmos, podem ter melhores condições de alcançar todas as linguagens das crianças. Contudo, em contextos de aceleração e homogeneização coletivos, que desconsideram as potencialidades das infâncias, os profissionais seguem sem a oportunidade de se conectar com sua natureza sensível para acolher as infâncias nas escolas e em si. Essa ruptura com a dimensão subjetiva do ser humano, de acordo com a perspectiva guattariana, está associada à fragmentação das três ecologias - subjetiva, social e ambiental, o que impulsiona a crise das relações e, no âmbito planetário, contribui para o colapso climático. Como possibilidade para favorecer a construção de relações mais sensíveis e respeitosas na escola, para que reverbere no plano macropolítico, investigamos um processo formativo que se dedica à integração das dimensões física, emocional, intelectual, cultural, natural e social. Destacamos dentre os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), a meta de assegurar a todas as meninas e meninos o desenvolvimento integral na primeira infância, acesso a cuidados e à educação infantil de qualidade, que está em destaque no Objetivo 4 do documento. O objetivo desta pesquisa é investigar, por meio da cartografia, a integração entre a formação de educadoras das infâncias, a perspectiva ecosófica e o reencontro com sua semente criança. A pesquisa é qualitativa, de cunho bibliográfico e de campo. Para tanto, iniciamos com a Jornada Ecoar, processo de formação de educadores, seguimos com a observação no chão de uma escola pública de educação infantil e colhemos alguns dados relevantes sobre como estão distantes as práticas das educadoras com as crianças em relação aos seus desejos e intenções subjetivas. Na continuidade da pesquisa, aprofundamos os estudos bibliográficos, ao mesmo tempo que convidamos as educadoras para a escrita de suas histórias de vida e, na sequência, para uma entrevista individual acerca de sua narrativa. O método cartográfico inspira os registros e elaborações reflexivas ao longo do texto. Quanto à repercussão da formação da Jornada Ecoar no espaço de encontro entre educadoras e crianças, considerando-se as três dimensões da ecosofia, evidenciamos que mesmo que linda e sensível como está desenhada, pode ser instrumento para mais autoria de cada grupo de educadores, a partir das histórias de vida de cada um e pode abrir espaço e tempo para fazer emergir linhas de fuga, formas de resistir à pressão. Sobre ser educadora a partir das conexões com a sua semente criança, compreendemos que nem sempre esse encontro é prazeroso, e como é importante reconhecer as tantas emoções que compõem cada educadora, incluindo essa diversidade nos processos formativos. A busca pelo aprofundamento das relações entre a educadora- criança e a criança-estudante demonstrou que sem sentir sua voz de educadora ouvida, fica mais difícil o exercício da escuta sensível e empática para com sua semente criança e, consequentemente, para com os estudantes na escola. Enquanto não encontram no âmbito profissional espaço para pensar e refletir sobre sua prática, as educadoras seguem na missão quase mecânica de “controlar as crianças”. Enfim, neste estudo, compreendemos que a ecosofia contribui para a reinvenção da formação de educadores das infâncias por fazer emergir outras formas de interação dos sujeitos entre si e com o ambiente, apresentando outros caminhos para criação de novos territórios existenciais, integram multidimensionalidades, valorizando as relações consigo, com outros humanos e não humanos e contribuindo com um olhar mais cuidadoso e sensível para interação educador-aluno. Uma metodologia ecosófica amplia a compreensão do mundo como um lugar a ser protegido e pode, nesse sentido, conceber cada criança como um pequeno santuário.
- ItemAcesso AbertoGestão comunitária dos recursos hídricos e capital comunicacional socioambiental: um estudo das sociedades de água de Marques de Souza/RS(2013-03-01) Oliveira, Laura Barbieri De; Périco, Eduardo; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043Os recursos hídricos são essenciais à sobrevivência de todas as espécies, mas os danos ambientais causados pelas atividades humanas podem reduzir a disponibilidade e qualidade destes recursos. Em propriedades rurais estes danos muitas vezes estão relacionados às atividades agrícolas. Marques de Souza, assim como outros municípios do Vale do Taquari, caracteriza-se pela presença de pequenas propriedades rurais, que desenvolvem atividade agrícola focada na produção de grãos e criação de suínos, bovinos e frangos. Nestas localidades, a água utilizada para o consumo humano, dessedentação animal e para as lavouras, provém de vertentes, poços artesianos e cisternas, que são gerenciados pela própria comunidade, através da formação de sociedades de água. Assim, esta dissertação tem como objetivo investigar as práticas dos gestores das sociedades de água do município de Marques de Souza, a fim de compreender se apontam para a construção de capital comunicacional socioambiental. A metodologia deste estudo qualitativo envolveu duas entrevistas semiabertas, realizadas individualmente, e duas rodas de conversa com os presidentes das sociedades de água, além de revisão bibliográfica e da participação da pesquisadora em uma oficina, reuniões e duas consultas públicas promovidas pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. A pesquisa revelou os seguintes resultados: existem 12 sociedades de água no município de Marques de Souza, que realizam a gestão comunitária das águas que consomem em suas propriedades; todas as sociedades possuem e cumprem com seus regimentos; a maioria das decisões é tomada pelos presidentes e pela diretoria; a participação dos demais associados se restringe às reuniões e auxílio com mão-de-obra em serviços de manutenção, quando solicitados; possuem assessoramento técnico de empresas particulares contratadas; a fiscalização e o controle da qualidade da água são realizados pelo governo municipal; estão satisfeitos com a qualidade e quantidade da água que consomem e com o modo de gestão dos recursos hídricos. A conclusão do estudo é que o capital comunicacional socioambiental está em processo de construção entre os associados, principalmente por meio de conversas informais face a face. Mesmo tendo ciência dos problemas ambientais que ocorrem em esfera global, não investem em tecnologias e em trabalhos de conscientização para o racionamento dos recursos hídricos e para a prevenção de possíveis contaminações, por falta de incentivo de órgãos externos e pela percepção de que estes problemas ainda não estão atingindo estas comunidades.
- ItemAcesso AbertoInterações comunicacionais na educação ambiental: um estudo da apropriação da política pública da coleta seletiva por moradoras/consumidoras em Lajeado - RS(2010-07-06) Farias, Alessandra Marlice De Brito; Oliveira, Eniz Conceição; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043A mudança de hábitos e as necessidades da sociedade moderna provocaram um aumento significativo na quantidade de resíduos sólidos produzidos diariamente, gerando um problema ambiental e social. É urgente a necessidade de promover a mudança de comportamento do homem para a melhoria da qualidade de vida da população, além de motivar e mobilizar a sociedade para novas práticas sociais a partir da lógica da sustentabilidade. Portanto, ações e políticas públicas voltadas para a educação ambiental se tornam possibilidades para a minimização da problemática relacionada ao consumo e descarte de resíduos. Partindo deste pressuposto, o presente trabalho tem como objetivo principal investigar as estratégias de comunicação utilizadas pelo Centro de Educação Ambiental (CEA) da Prefeitura Municipal na sensibilização dos moradores/consumidores de Lajeado para a participação na coleta seletiva dos resíduos sólidos domésticos e compreender as apropriações das moradoras/consumidoras sobre o tema, situando a política pública de educação ambiental municipal em relação aos princípios de documentos federais, estaduais e do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Teoricamente abordaremos o consumo como problema socioambiental, educação para o consumo, comunicação para a educação ambiental e políticas públicas ambientais federais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, onde fizemos uso de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Como técnicas de coleta de dados, foram realizadas entrevistas do tipo semi- estruturada individuais com as moradoras/consumidoras dos bairros de Lajeado. Após a realização das entrevistas, foram selecionadas algumas das entrevistadas para participar de um grupo de discussão e entrevistas individuais. Os dados foram tratados por meio da análise de conteúdo qualitativa. Como resultado verificou-se que as ações realizadas pelo CEA convergem com a maioria dos princípios do Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e com os pressupostos das políticas públicas federal e estadual. Em relação às moradoras/consumidoras percebeu-se que elas possuem a preocupação com os impactos ambientais causados pelos descartes dos resíduos, procurando separar de forma correta os resíduos gerados em suas residências. Em relação às campanhas de informação a respeito da coleta seletiva, as moradoras/consumidoras relataram que falta divulgação nos meios de comunicação, enquanto que para a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) de Lajeado as campanhas que são realizadas são suficientes.
- ItemAcesso AbertoO lugar identitário: circulações e narrativas na significação do ambiente urbano(2015-05-04) Brod, Rodrigo de Azambuja; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043; Mazzarino, Jane Márcia; Munhoz, Angélica Vier; Silva, Fábio Duarte de Araújo; Reyes, Paulo Edison BeloEste trabalho tem como objetivo principal compreender os processos de significação dosespaços públicos no ambiente urbano a partir de quem os vivencia e, também, como esseprocesso engendra a construção do que aqui serão conceituados como lugares identitários,tomando em análise o recorte de um grupo de nove pessoas que possui laços afetivos com ocentro da cidade de Porto Alegre. Como objetivos específicos, buscou-se apreender eidentificar um sistema de leitura dessa referida construção identitária, bem como contribuircom possíveis alternativas metodológicas para o estudo das relações e tensões entre aedificação dos espaços públicos e sua apropriação afetiva pelas pessoas. A propostametodológica, por sua vez, partiu de uma pesquisa bibliográfica que provocou o surgimentoda construção teórica que originou os conceitos de lugar identitário, circulante e narrativa,levados a campo através de um método aberto de delineamento qualitativo-exploratório comviés antropológico-etnográfico, que inseriu o pesquisador no ambiente, buscando apreender asdimensões afetivas e subjetivas da relação de cada pessoa com o seu lugar, através de derivase circulações com os informantes pela cidade. Esse conjunto de experiências foi registrado emáudio e fotografias, constituindo uma amostra informacional das narrativas presentes narelação dos circulantes com o ambiente urbano, possibilitando, ao final do trabalho, a síntesede três conceitos nomeados de posição-referência, histórico-relacional e uso-prática,utilizados como contextos de um sistema de leitura que pressupõe a decodificação livre dosespaços que emergem dessa geografia afetiva, formando uma proposta de legibilidadecomplexa, sensível e subjetiva da construção identitária dos lugares inscritos no ambienteurbano das cidades.
- ItemAcesso AbertoMulheres rurais e suas relações com a paisagem socioambiental: experiências ecosóficas(2020-06) Röhrs, Viviane; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043A educação ambiental é fundamental para a conscientização das pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam ter cada vez mais qualidade de vida, cuidando e respeitando o meio ambiente. O contato humano com o mundo natural pode ser experienciado de modo envolvente, sensibilizador e transformador. Esta pesquisa questiona a forma como os métodos de intervenções colaborativos em educação ambiental podem afetar as relações das mulheres rurais com a paisagem socioambiental. Foram escolhidas nove mulheres rurais para uma sensibilização em educação ambiental, quando foram desenvolvidas atividades participativas de cunho reflexivo, para investigar como a interação com o ambiente natural afeta as relações subjetivas, sociais e ecológicas destas mulheres. A partir deste objetivo de pesquisa, utiliza-se como método a pesquisa-intervenção, apoiado em estudos bibliográfico, documental e de campo. A pesquisa de campo compreendeu vivências junto à natureza e entrevistas individuais e grupais, além da observação direta. Como resultados evidenciamos a emergência de paisagens socioambientais individuais e coletivas mediadas pelas três ecologias propostas pela perspectiva ecosófica. As vivências fortaleceram as relações das mulheres rurais consigo mesmas, com o ambiente onde vivem e com as pessoas que convivem. Como elementos constituintes de novos territórios existenciais, que Guattari (1990) caracteriza como novos modos de vidas humanos individuais e coletivos, a partir da articulação das três ecologias, neste grupo de mulheres identificamos como elementos subjetivos: a percepção da necessidade de investir no autocuidado, a emersão de novos sentimentos de amizade e confiança pelo outro, maior empoderamento e organização pessoal. Como elementos sociais destacaram-se: aproximações nas relações familiares, ampliação na interação comunitária, fortalecimento das amizades, surgimento e reconhecimento de empatia, manifestação de novos paradigmas sobre convívio social. Revelaram-se como elementos ambientais: a ressignificação do espaço da propriedade, modificando o modo de cuidar da mesma, mais organização e melhoramento do entorno, o sentimento de pertencimento ao meio, excitação dos sentidos, criando com isso, maior sensibilidade ao contato com a natureza.
- ItemAcesso AbertoOusar para não perecer: educomunicação socioambiental e a ecosofia na formação com professores(2019-08) Marques, Rodrigo Müller; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043; Consani, Marciel Aparecido; Rosa, Rosane; Machado, Neli Teresinha GalarceA profissão docente é perpassada por incertezas potencializadas por diversas problemáticas, dentre elas, citam-se a socioambiental e a tecnológica. A temática socioambiental emerge atrelada à crise humanitária e global das últimas décadas, a qual tem na educação ambiental um dos pontos-chave para sua tentativa de superação. Como consequência, hoje, educar-se para conviver com o meio ambiente se encontra nos diferentes currículos e documentos da área educacional. Atrelando os campos das ciências ambientais, da educação e da comunicação, trabalha-se nesta dissertação a questão tecnológica em duas ramificações: as tecnologias sociais e as de mídia. As tecnologias sociais buscam inovar e criar processos autossustentáveis e autogestionários como forma de apropriar-se de problemas e criar possibilidades outras. Já as tecnologias de mídia, que englobam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), medeiam nosso cotidiano, adentrando em diferentes espaços, lugares e relações, influenciando interações e aprendizagens, dentro e fora do espaço escolar. Além de tornarem-se “onipresentes” em nossas vidas, trazem consigo possibilidades novas através de dispositivos, virtualidades e velocidades distintas das conhecidas até então. As tecnologias sociais e seus processos inovadores, aliados à educomunicação, enquanto campo de intervenção social que trabalha na interface comunicação e educação, podem aproximar, fomentar e embasar a formação de professores em educação ambiental através da apropriação consciente, artística, participativa e dialógica do aparato tecnológico disponível. Nesta pesquisa, engendram-se complexidades ao relacionar tecnologias sociais e de mídia para formação com professores em educação ambiental. O objetivo é investigar possibilidades de uso das tecnologias sociais e de mídia para a formação de professores em educação ambiental, por meio de estratégias educomunicativas que exploram a produção de audiovisuais. Essa pesquisa caracteriza-se como qualitativa, exploratória, descritiva e de campo, de caráter intervencionista, que faz uso de pesquisa-ação. Utiliza-se como procedimentos metodológicos para o levantamento de dados empíricos a própria intervenção, entrevistas, diários de campo e análise dos discursos construídos nas produções audiovisuais decorrentes da pesquisa-ação. Com a intervenção por meio da pesquisa-ação, aproximou-se professores, tanto da temática ambiental quanto das TICs, em suas diferentes interfaces a partir de uma formação oferecida para docentes que atuam em escolas que possuem o programa Residência Pedagógica. Ao final do processo de formação, produziram-se e compartilharam-se saberes através do diálogo e da colaboração em produções audiovisuais. A análise dos atravessamentos da experiência da intervenção realizada 5 nos levou a concluir que a produção de imagens por meio de tecnologias sociais e de mídia constitui-se numa estratégia potente para formar professores em educação ambiental. Isso se deu por sua capacidade de criar processos vivos mediante o fomento à participação ativa e colaborativa, pelas apropriações de múltiplas linguagens e tecnologias e pelo uso tanto da razão quanto da emoção na produção de filmes com temática socioambiental. Dessa forma, a formação e seu caráter experimental levaram os participantes a encontrarem-se consigo, com o outro e com o meio ambiente, permeados pela lógica da ecosofia.
- ItemAcesso AbertoPolíticas públicas, cidadania e violência estrutural: estudo de caso com catadores de resíduos sólidos em Estrela/RS(2009-01-14) Schauren Junior, Hélio Miguel; Oliveira, Renato; Mazzarino, Jane MárciaA partir do aprofundamento dos conceitos de Estado, sociedade civil e cidadania, analisamos a implementação da política pública Programa Brasil Joga Limpo, voltada aos catadores de resíduos sólidos, que foi adotada pelo município de Estrela/RS. O objetivo geral da pesquisa consiste em analisar sua repercussão nas condições qualitativas de vida desses atores sociais, seus processos de inclusão e exclusão social diante da violência estrutural, tendo como pano de fundo o contexto socioambiental local. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo. Para esta análise foi realizada uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa empírica junto aos atores político-sociais que participam da realidade em estudo, quais sejam: ex-catadores, hoje funcionários concursados que trabalham na Usina de Tratamento de Lixo (UTL) do Município; catadores abrangidos pelo programa que trabalharam na UTL; catadores individuais abrangidos pela política pública do município e catadores de resíduos sólidos que não são abrangidos pelo programa. Foram ainda entrevistados os responsáveis pelo Programa Brasil Joga Limpo no Município. Como resultado, da análise comparativa entre os grupos de catadores e sua interação com o Poder Público Municipal, observou-se que a política pública adotada reflete-se em menor violência estrutural entre os profissionais que hoje trabalham como funcionários municipais na UTL, os quais apresentam as melhores condições de acesso à cidadania, o que não acontece da mesma forma nos demais grupos pesquisados, que atuam de forma autônoma no ofício da catação.
- ItemAcesso AbertoPráticas ambientais na produção do tabaco: um estudo a partir das interações entre organizações sociais e produtores(2009-09-10) Sell, Mariela Cristina; Schutz, Glauco; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043O presente trabalho apresenta a evolução da fumicultura no Rio Grande do Sul, mais especificamente no município de Venâncio Aires, verificando aspectos históricos que envolvem a colonização alemã e a ocupação do território, as mudanças no processo de cultivo do tabaco e as ações desenvolvidas pelos diversos atores em relação à produção de tabaco e às práticas de preservação ambiental. Neste estudo contextualizamos como se dá a troca de mensagens com cunho ambiental, identificando os principais agentes emissores de informação ambiental, que tem como receptor o produtor de tabaco. O objetivo geral da pesquisa é compreender como as interações sociais e as informações ambientais emitidas pelas diversas organizações se refletem nas práticas produtivas dos produtores de tabaco do município de Venâncio Aires, e como se relacionam com o contexto socioeconômico destes sujeitos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de viés empírico e discursivo, onde realizamos uma análise sócio-histórica baseada no método da Hermenêutica de Profundidade (HP). Os dados foram levantados por documentos e entrevistas, e tratados por meio da análise textual qualitativa. As diversas organizações sociais envolvidas neste ramo do agronegócio demonstram empenho na busca pela sustentabilidade e boas práticas ambientais na produção do tabaco, ofertando orientações neste sentido. E, embora existam alguns conflitos e resistências nas apropriações feitas pelos fumicultores em relação ao que lhes é ofertado, percebemos também mudanças em algumas práticas produtivas.
- ItemAcesso AbertoProcessos de comunicação e educação ambiental na formação de multiplicadores em resíduos sólidos no CIPAE G8 do Vale do Taquari-RS(2020-11) Schneider, Janaína Kollet; Turatti, Luciana; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043O G8 é um consórcio de pequenos municípios do Rio Grande do Sul que atua coletivamente para o enfrentamento de questões da gestão pública e através do Programa Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos – PIGIRS atende às exigências previstas, para o âmbito municipal, na Política Nacional de Resíduos Sólidos, a qual prevê e aponta para a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e gestão integrada dos resíduos. Com a necessidade de ações que contribuam para a construção de sociedades sustentáveis e com a cobrança do Ministério Público para o cumprimento do PIGIRS (2013) pelo G8, no que se refere à educação ambiental, se dá início a um processo de formação, o qual segue as prerrogativas propostas pelo Ministério do Meio Ambiente quando cria a metodologia dos Coletivos Educadores. Os coletivos são constituídos por instituições e grupos que passam por processos formativos permanentes, participativos, continuados e voltados à diversidade de habitantes de um território, caso do G8. O Coletivo Educador está articulado ao que está posto no Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA). Para tanto, problematiza-se a metodologia de formação, a apropriação do conhecimento pelos participantes e os modos de multiplicação em cada um dos municípios onde ocorreram formações. O objetivo do estudo é investigar processos de intervenção para a formação de multiplicadores em comunicação e educação ambiental em ambiente não-formal, voltados para a área de resíduos sólidos domésticos no âmbito do G8. O estudo atrela-se a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, especificamente à meta de, até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros. A metodologia caracteriza-se como qualitativa, estudo de caso e, quanto aos fins a pesquisa é exploratória, descritiva e aplicada, baseada no estudo bibliográfico, documental e de campo, essa de caráter intervencionista. O tratamento de dados apoia-se na análise textual. Como resultados apresenta-se a análise das categorias de apropriações metodológicas e apropriações da formação nas quais é possível evidenciar que a formação de multiplicadores por meio de práticas colaborativas é potente, gera possibilidades de apropriação diversas pelos multiplicadores, o que se pode visualizar nas intervenções viabilizadas pela formação, além disso verificou-se suas possibilidades de potencializar a criação de Coletivos de Educação Ambiental. No entanto, esta possibilidade diferencia-se em cada município, já que em alguns a motivação foi maior que em outros, ademais a situação de pandemia dificultou a continuidade das ações, desfavorecendo a criação efetiva dos Coletivos Educadores. Mas evidenciou-se que o processo de formação de multiplicadores em resíduos sólidos do CIPAE G8 resultou na capacitação dos multiplicadores em educação ambiental e esses realizaram práticas de intervenção, as quais passaram a constituir parte de sua experiência de vida. Depois da formação estão mais próximos da formação de Coletivos Educadores que antes, considerando-se que, ao menos temporariamente e com o apoio dos pesquisadores, organizaram-se como tal.
- ItemAcesso AbertoRepresentações ambientais no Ensino Fundamental e a potencialidade de construção de novos sentidos a partir das vivências na natureza(2016-10) Assis, Patrícia Angela Grisa De; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043; Mazzarino, Jane Márcia; Munhoz, Angelica Vier; Turatti, Luciana; Castrogiovanni, Antônio CarlosA constatação que os materiais didáticos escolares não contemplavam uma abordagem aprofundada sobre o Rio Branco, o qual tem grande importância e influência no desenvolvimento do Estado de Roraima, especialmente em Boa Vista, determinou o surgimento do interesse por um estudo que buscasse compreender as representações sociais que alunos têm sobre este rio e possibilitasse analisar como um método que contemplasse as vivências poderia ressignificar estas representações. O presente estudo delimitou-se à Escola Estadual Barão de Parima, de Boa Vista. Focaram-se fundamentalmente as representações sociais sobre um dos rios que perpassa todo o Estado de Roraima. O estudo permitiu compreender a relação que crianças com idade entre 09 e 12 anos, estudantes de uma escola margeada pelo Rio Branco, tem com ele, assim como de seus familiares e educadores. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, com levantamento bibliográfico e pesquisa de campo, a qual incluiu questionários, entrevistas semiestruturadas e o desenvolvimento de atividades vivenciadas, visando a um contato mais próximo com a natureza e, especificamente, com o Rio Branco. Para as atividades vivenciadas tomou-se como base a proposta de Joseph Cornell, educador naturalista que desenvolve atividades, jogos e exercícios que proporcionam uma aproximação e interação do indivíduo com o meio ambiente. Concluiu-se que as representações dos envolvidos na pesquisa são marcadas pela dimensão naturalista, porém as atividades vivenciais com a natureza resultaram em maior envolvimento e sensibilização dos alunos com o meio ambiente, fortalecendo e ressignificando suas relações com a natureza.
- ItemAcesso AbertoReserva legal e área de preservação permanente na zona rural: um estudo da negociação entre atores em municípios do Vale do Taquari - RS(2011-06-07) Viana, Ediane Muller; Laroque, Luís Fernando; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043No século XIX, imigrantes alemães e italianos chegaram ao Rio Grande do Sul, receberam do Estado terras, denominadas de colônias, e incentivos para que nelas desenvolvessem suas culturas. O desmatamento era algo permitido e estimulado, visando ao desenvolvimento do país. Atualmente, os descendentes destes imigrantes e brasileiros em geral, que se tornaram proprietários de áreas rurais, estão sendo notificados pelo Estado, através do Poder Judiciário, a cumprir uma legislação que os obriga a reservar 20% de sua propriedade rural com vegetação nativa e a manter áreas de preservação permanente, sob pena de caracterização de crime ambiental e aplicação de sanções, dentre as quais multas elevadas. Muitos proprietários rurais desconhecem a motivação da legislação vigente, seus aspectos ecológico, cultural, social e econômico, sentindo-se lesados, pois entendem que serão financeiramente prejudicados com a diminuição das áreas produtivas de suas propriedades. Baseado neste contexto, o presente estudo investiga conflitos e aproximações na relação entre o Estado (Ministério Público), Poder Público Estadual (Defap), Poder Público Municipal (Secretaria do Meio Ambiente), entidades locais (Emater e Sindicato dos Trabalhadores Rurais) e os proprietários rurais, a partir da negociação para o cumprimento das exigências de reserva legal e área de preservação permanente na zona rural, tomando por base o processo de negociação nos municípios de Bom Retiro do Sul, Estrela e Lajeado, localizados no Vale do Taquari, região pioneira do Rio Grande do Sul na aplicação do projeto Corredor Ecológico. O método da presente pesquisa é qualitativo e exploratório. Realizou-se um estudo comparativo com atores dos três municípios citados. Os meios utilizados para atingir os objetivos da pesquisa são bibliográficos, 6 documentais e de campo. A amostra é não probalística e foi escolhida por acessibilidade e tipicidade. Concluiu-se referente à categoria aspectos históricos da relação proprietário rural e rio Taquari que a ocupação das terras no Vale do Taquari não se deu de forma planejada, mas descomprometida com a preservação dos recursos ambientais. O governo da época, ao instituir o processo de imigração oficial, não se comprometeu com a utilização sustentável dos recursos naturais, estabelecendo critérios de exploração. Com referência às exigências legais concluiu- se que estas precisam ser revistas e adequadas à realidade regional, observando-se os viéses social, ecológico e cultural, não apenas o econômico e o legal. Finalmente, quanto à categoria processo de negociação, concluiu-se que é necessário incluir medidas educativas e não só legislativas nas negociações, do contrário todo o trabalho realizado pelo Ministério Público e os demais atores não alcançará as futuras gerações devido à resistência dos proprietários de imóveis rurais.
- ItemAcesso AbertoO tecer das mãos: produção artesanal, design e sustentabilidade na serra gaúcha(2012-05-23) Prudencio, Ana Valquiria; Laroque, Luís F.; Mazzarino, Jane Márcia; http://lattes.cnpq.br/4570485590802043A reflexão sobre os problemas ambientais e suas interfaces com o design pode colaborar com a minimização dos impactos decorrentes de produtos que não atentam para os aspectos de sustentabilidade. Nesse sentido, o objetivo geral é investigar e contextualizar os modos de vida e produção artesanal de três grupos que atuam na Serra Gaúcha, a fim de compreender suas relações com o design para com a sustentabilidade. Optou-se por uma amostragem de artesãos, os quais se diferenciam pelo tipo de artesanato e matéria-prima que utilizam. Trata-se de um estudo qualitativo, baseado em pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Compara-se a realidade vivida por três grupos de artesãos: a) Grupo palha de milho - artesãos que trabalham com palha de milho na fabricação de artefatos diversos; b) Grupo da palha de trigo - mulheres que trabalham com dressa (palha de trigo trançada) na produção de artefatos; c) Grupo do vime – família que trabalha com vime na produção de cestaria e móveis. Buscou-se compreender se os modos de vida sociocultural e de produção artesanal, seus significados e valores, envolvem processos de design e sustentabilidade. As análises das categorias apontaram para a necessidade do campo do design ser de fato permeado por uma reflexão sobre a produção social dos artefatos, sobre o homem e o universo sociocultural e natural em que está inserido.