Ciências Médicas
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Navegando Ciências Médicas por Orientador "Silva, André Anjos da"
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- ItemRestritoAvaliação de desfechos da aplicação intrauterina de plasma rico em plaquetas (PRP) autólogo prévia à transferência de embriões euploides em mulheres com espessura endometrial normal(2022-07) Höher, Marcos Alexandre; Silva, Guilherme Liberato Da; Silva, André Anjos da; http://lattes.cnpq.br/7827367510326913; Heidrich, Daiane; Muller, Gabriel Cardozo; Souza, Maria Do Carmo Borges DeMúltiplos aprimoramentos permitiram que a técnica de fertilização in vitro (FIV) evoluísse ao longo das últimas décadas e se tornasse mais acessível, mais segura e mais efetiva. Na busca por um aumento nas taxas de sucesso, diferentes estratégias vêm sendo continuamente testadas, sendo uma das mais recentes, o uso de plasma rico em plaquetas (PRP) autólogo, já adotado em outras áreas da saúde, descrito pela primeira vez na medicina reprodutiva em 2015. Desde então, várias publicações vêm atribuindo potenciais benefícios do PRP aplicado na cavidade uterina previamente ao procedimento de transferência embrionária em casos desfavoráveis, como os de mulheres portadoras de endométrio fino e de repetidas falhas de implantação embrionária. Porém, ainda é exíguo o número de pesquisas com delineamento criterioso e os grupos de pacientes até então estudados correspondem a uma minoria dos ciclos. O presente estudo objetiva avaliar os desfechos reprodutivos do uso intrauterino do PRP autólogo, prévio à transferência embrionária, em casos com prognóstico mais favorável, grupo que corresponde à significativa parcela da população que se submete ao tratamento de FIV, porém ainda não estudado. Em ensaio clínico randomizado, 41 participantes foram alocadas em dois grupos: um submetido a duas aplicações intrauterinas de PRP (grupo da intervenção, n=21) e o outro não (grupo controle, n=20), em ciclos de transferência de embriões únicos, exclusivamente em estágio de blastocisto, cromossomicamente normais (euploides) em mulheres cuja espessura endometrial se encontra normal. A análise estatística foi realizada usando JAMOVI computer software (version 2.3 - 2022) e R Core Team (2021), sendo considerado estatisticamente significativo o valor de p<0,05. Verificou-se no grupo do PRP taxas de gravidez bioquímica, de gravidez clínica e de gravidez em evolução até as primeiras 8-9 semanas de 47.6%, 38.1% e 38.1%, respectivamente, enquanto no grupo controle tais resultados foram de 45%, 35% e 35%, não havendo entre os grupos diferenças estatisticamente significativas nos desfechos. Não foram observados casos de gestação gemelar. As pacientes que engravidaram foram monitoradas até 12 semanas, não sendo verificados episódios de abortamento espontâneo em nenhum dos grupos. O grau de qualidade da morfologia embrionária demonstrou correlação positiva, moderada, significativa com a idade feminina, i.e., conforme a idade aumenta, o grau de qualidade do embrião demonstra pior prognóstico (p<0.05). Mulheres que tinham diagnóstico de endometriose e adenomiose, bem como o fator idade, IMC, tempo de infertilidade, gestações prévias e fator masculino não apresentaram diferença entre os dois grupos avaliados. Diferentemente do que foi até estão descrito em alguns relatos de séries de casos, em poucos estudos de coorte e em raros ensaios clínicos, a presente pesquisa não observou resultados diferentes no grupo da intervenção em relação ao grupo controle, ao analisar população em que o endométrio apresentava espessura da mucosa uterina >7 mm. Ainda se faz necessário, contudo, um maior número de ensaios clínicos randomizados (ECRs), utilizando-se protocolos de preparo do PRP autólogo mais padronizados, aplicados a um maior número de sujeitos de pesquisa para que se obtenha conclusões mais confiáveis a respeito da utilização da aplicação intrauterina de PRP na área da reprodução humana.
- ItemAcesso AbertoCaracterização clínica dos pacientes com fendas orais em acompanhamento em um centro de referência para deformidades craniofaciais no Rio Grande do Sul entre os anos de 2010-2020(2022-08) Bruxel, Carla Luísa; Silva, André Anjos da; http://lattes.cnpq.br/7827367510326913; Silva, Guilherme Liberato da; Contini, Verônica; Paskulin, Livia DàvilaIntrodução: As fissuras labiopalatais são as malformações craniofaciais mais comuns e ocorrem quando há falha na fusão dos processos embrionários responsáveis pelo desenvolvimento da face. Sua etiologia é multifatorial, já que engloba tanto fatores ambientais quanto genéticos. O objetivo deste trabalho foi identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com fendas orais em acompanhamento em um serviço multidisciplinar referência do Vale do Taquari, nos anos de 2010 a 2020. Além disso, também tem o propósito de conhecer as características clínicas dos pacientes com fissuras orais e avaliar os fatores associados às fendas orais no período da amostragem. Métodos: O presente trabalho é um estudo transversal qualiquantitativo, no qual foram analisados 1191 prontuários de pacientes que iniciaram atendimento no Serviço durante o período de 2010 a 2020. A partir dos dados coletados foi criado um banco de dados formatado no Excel, sendo realizada uma análise estática. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Coep/Univates). Resultados: Dos 1191 pacientes que foram elegíveis para esta pesquisa, o sexo masculino foi o mais acometido 56,9%. A fissura mais frequente foi transforame (44%). Em relação a lateralidade, houve um predomínio da fissura à esquerda (37,7%). O sexo masculino apresentou mais defeito pre-forame enquanto o femino mais pós forame. A mediana do fechamento do lábio se deu aos 6 meses e a do palato aos 18 meses. Quando houve malformações associadas, a sequência de Pierre Robin foi a mais relatada. Em relação ao histórico gestacional das mães dos pacientes atendidos, a maioria não fez uso de álcool, medicamentos, drogas e tabagismo. A maioria das mães também negou doenças maternas durante a gestação e histórico de aborto ou natimorto anterior. As mulheres com 20-30 anos foram as que apresentaram maior porcentagem de filhos com fendas orais. Conclusão: a partir do nosso estudo conseguimos afirmar que a fissura transforame é a mais prevalente, que o lado esquerdo é o mais acometido e que a fissura bilateral se mostrou relevante na amostra. Mesmo com muitos prontuários com falta de informações foi possível criar um banco de dados e traçar o perfil epidemiológico das fendas orais dos pacientes atendidos na instituição localizada no Vale do Taquari no Rio Grande do Sul.
- ItemAcesso AbertoRelação da pendemia de Covid-19 no estadiamento ao diagnóstico de câncer de mama entre as mulheres atendidas em serviço de referência em oncologia do Vale do Taquari(2023-03) Jeremias, Camila Dagostim; Silva, André Anjos da; http://lattes.cnpq.br/7827367510326913; Bucker, Joana; Dexheimer, Geórgia Muccillo; Paskulin, Lívia D`ÁvilaO câncer de mama representa a neoplasia mais frequente e a principal causa de mortalidade entre as mulheres em todo o mundo. As opções terapêuticas e sobrevida estão diretamente relacionadas ao estágio da doença no momento do diagnóstico. O declínio significativo nos exames de rastreamento para o câncer de mama a partir março de 2020 devido às mudanças nas recomendações aos sistemas de saúde frente à pandemia de COVID-19 pode impactar negativamente nos números de diagnósticos precoces da doença. Objetivo: comparar a distribuição do estágio ao diagnóstico de câncer de mama invasor durante a pandemia de COVID-19 (referindo-se aos diagnósticos entre 1º de janeiro de 2020 a 31 de março de 2022) com um controle histórico do período pré pandêmico (referindo-se aos diagnósticos entre 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2019). Métodos: estudo observacional, transversal e retrospectivo no qual foram analisadas 127 mulheres com diagnóstico de carcinoma de mama invasivo confirmado por exame anatomopatológico, atendidas e tratadas em um centro de atendimento privado e de saúde suplementar de referência em oncologia do Vale do Taquari, no período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de março de 2022. Excluíram-se indivíduos com idade inferior a 18 anos, pacientes do sexo masculino, diagnóstico de cânceres primários em outros sítios ou cânceres recidivados e indivíduos procedentes de municípios não pertencentes ao Vale do Taquari. A análise do qui-quadrado foi usada para comparar as distribuições no momento do diagnóstico. Resultados: houve 57 pacientes diagnosticadas com câncer de mama na pré pandemia (2018-2019) e 70 pacientes durante a pandemia (2020-2022). A proporção de pacientes diagnosticadas com doença em estágio inicial reduziu durante a pandemia de COVID-19 (32% vs 28%; p=0.70) e aumentou a prevalência em estágio avançado (5% vs 13%; p=0,16), mas essa diferença não foi estatisticamente significativa em nenhum dos estágios clínicos. Houve ainda uma maior percentagem de pacientes diagnosticadas com o fenótipo triplo negativo durante a pandemia (4% vs 13%; p=0.04). Conclusões: pacientes tinham maior probabilidade de serem diagnosticadas com câncer de mama em estágio avançado após o desligamento global devido à pandemia de COVID-19, especialmente no fenótipo triplo negativo. Esses dados levantam preocupações significativas em relação ao impacto da pandemia de COVID-19 nos diagnósticos de câncer e nos resultados de longo prazo, principalmente em subtipos histológicos com piores prognósticos.