Ciências Médicas

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    PERFIL DE SENSIBILIZAÇÃO PARA AEROALÉRGENOS ATRAVÉS DE IgE ESPECÍFICA SÉRICA
    (2024-03) Szekut, Michelle Silva; Silva, Guilherme Liberato da; http://lattes.cnpq.br/9587693374011290; Majolo, Fernanda; Johann, Liana; Cunha, Aline Andrea da
    Nas últimas décadas, observou-se um notável aumento na prevalência e morbidade das doenças alérgicas, especialmente no contexto da asma e rinite alérgica em indivíduos atópicos. As análises laboratoriais clínicas desempenham um papel crucial no diagnóstico e tratamento de afecções alérgicas mediadas por Imunoglobulina E (IgE). A abordagem diagnóstica da hipersensibilidade imediata requer uma anamnese detalhada e exame físico aprofundado. A identificação das fontes de sensibilização, sujeitas a variações regionais, facilita a implementação de estratégias de manejo eficazes, como prevenção e imunoterapia. Quando sintomas compatíveis com distúrbios alérgicos são identificados, a confirmação da sensibilização é obtida por meio de testes cutâneos, exames sanguíneos ou ambos, que detectam a presença de anticorpos IgE específicos para alérgenos. O objetivo da pesquisa foi determinar o perfil de sensibilização aos aeroalérgenos na população do Vale do Taquari no período de 1º de julho de 2017 a 31 de julho de 2022. Buscou-se mapear as concentrações dos níveis séricos de IgE específica para os alérgenos mais prevalentes, levando em consideração variações relacionadas à idade, aos níveis de IgE específica e estações do ano. A pesquisa caracterizou-se como um estudo observacional, descritivo-analítico, retrospectivo e transversal, utilizando o banco de dados de laboratórios de análises clínicas. A amostra consistiu em indivíduos residentes nas cidades da região do Vale do Taquari/RS submetidos ao teste de IgE Específica para aeroalérgenos inalantes. O resultado da avaliação de 995 laudos de testes de IgE específica, agrupados em categorias de aeroalérgenos, revelou uma média de idade de 21 anos e mediana de 12, predominantemente composta por indivíduos do sexo feminino (57,1%). A faixa etária mais prevalente foi menor de 18 anos (56,5%), com a maioria dos exames realizados na primavera (27,7%). A categoria de aeroalérgeno das gramíneas apresentou correlação significativa com sexo e idade, indicando que homens têm 65% mais chances de apresentar altos níveis de IgE específica para esse alérgeno, e a idade está relacionada a níveis mais elevados de IgE. As categorias Ácaros e Poeira apresentaram correlação positiva. Em conclusão, o estudo destaca a importância do conhecimento do perfil de aeroalérgenos locais para o diagnóstico precoce e intervenção em doenças alérgicas, enfatizando a relevância da categoria do alérgeno em relação à idade e ao sexo do indivíduo.
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    AVALIAÇÃO DA ESTIMULAÇÃO CARDÍACA ARTIFICIAL FISIOLÓGICA VERSUS ESTIMULAÇÃO CONVENCIONAL EM PACIENTES COM DISTÚRBIOS DE CONDUÇÃO CARDÍACA
    (2024) Cabral, Gustavo Chiari; Silva, André Anjos da; Timmers, Luís Fernando Saraiva Macedo; http://lattes.cnpq.br/6457381398342917; Alves, Alessandro Menna; Silva, Guilherme Liberato Da; Bartholomay, Eduardo
    A estimulação cardíaca artificial (ECA) consiste em realizar um estímulo elétrico com intuito de capturar o músculo cardíaco, gerando assim uma contração ventricular. Esse estímulo é gerado por um dispositivo chamado de marcapasso (MP) artificial. Composto por cabos e gerador, é um dispositivo implantado cirurgicamente e, por via transvenosa, realiza o contato de uma das extremidades com o miocárdio do paciente, sendo responsável por identificar a atividade elétrica e realizar o estímulo sempre que necessário. Convencionalmente com a sua extremidade distal posicionada no ápice do ventrículo direito, o eletrodo estimula a porção mais distal dessa cavidade, contrariando a ativação fisiológica esperada; gerando assim, uma dessincronia mecânica da contração miocárdica. Essa estimulação cardíaca convencional corrige a disfunção elétrica e hemodinâmica causada pela queda da frequência cardíaca; no entanto, ocasiona um efeito mecânico deletério à função ventricular esquerda e consequentemente, dilatação ventricular e piora do débito cardíaco (DC). Tal mecanismo caracteriza a miocardiopatia associada à estimulação cardíaca artificial (MECA). Recentemente, técnicas para amenizar os efeitos deletérios da estimulação cardíaca foram desenvolvidas. Denominada de estimulação fisiológica, a estimulação com o eletrodo diretamente no sistema nativo de condução ventricular é capaz de mimetizar uma ativação ventricular fisiológica; proporcionando assim, menores disfunções elétricas e mecânicas e reduzindo a incidência de insuficiência cardíaca associada à estimulação artificial. O presente projeto de pesquisa avaliou por meio de um estudo de coorte retrospectivo, baseado em análise de prontuários, exames e funcionamento dos dispositivos, a indicação e o perfil clínico dos pacientes submetidos a implante de MP convencional em hospital de referência em cardiologia do interior do estado do Rio Grande do Sul e pacientes submetidos a implante de MP fisiológico em serviço de referência em ECA de Porto Alegre, no período de 01 de janeiro de 2019 até 28 de fevereiro de 2021. Foram analisadas as idades dos pacientes no momento do implante, o diagnóstico da doença de base, a função ventricular, a duração do 6 QRS, as dimensões e volumes do ventrículo esquerdo e o percentual de estimulação ventricular, todas essas variáveis pré impante e após 1 ano do implante do MP. Os pacientes submetidos ao implante de MP convencional eram mais jovens (p=0,02), apresentaram-se com QRS mais alargado (p=<0,0001) e obtiveram 18% mais chance de obter um QRS alargado (p=0,01) Observou-se que paciente submetidos a implante de MP convencional tiveram mais estimulação ventricular. Contudo, a escolha do tipo de dispositivo implantável que melhor beneficia o paciente depende de algumas características clínicas e eletrocardiográficas, não sendo a técnica ainda indicada como tratamento de eleição a todos os pacientes que necessitem de estimulação artificial.
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    Análise da prevalência de zumbido em homens e mulheres pré e pós-menopáusicas com exposição ao ruído no trabalho
    (2022-09) Halmenschlager, Luís Henrique Athaide; Coelho, Cláudia Couto de Barros; lattes.cnpq.br/1297407413125459; Timmers, Luís Fernando Saraiva Macedo; Périco, Eduardo; Lavinsky, Joel
    Esta dissertação tem por objetivo principal fazer uma análise comparativa da prevalência de zumbido entre trabalhadores homens, mulheres em idade fértil e pós-menopáusicas com uma maior propensão a danos otológicos devido à exposição ao ruído no trabalho. Zumbido e surdez são possíveis consequências irreversíveis após danos na orelha interna. Estudos recentes apontam para um possível efeito protetor do estrogênio contra tais injúrias. A avaliação foi feita por meio de um questionário de pesquisa, otoscopias e exames audiométricos. Foram analisadas presença, gravidade e intensidade do zumbido bem como os limiares audiométricos de cada trabalhador. Além disso, foram avaliados fatores de confusão associados ao zumbido, como condições clínicas (hipertensão arterial, doenças metabólicas, depressão e ansiedade) e grau de exposição ao ruído. Participaram do estudo 210 trabalhadores de quatro diferentes indústrias do Sul do Brasil, sendo 143 homens (68%), 57 mulheres em idade fértil (27%) e 8 mulheres pós-menopáusicas (4%). A prevalência de zumbido encontrada foi de 23% no grupo de homens, 12,3% nas mulheres em idade fértil e 12,5% nas pós-menopáusicas. Em todos os locais a prevalência de zumbido no grupo de homens foi maior. Embora as análises estatísticas não tenham encontrado significância, o valor-p limítrofe na maioria das análises (como por exemplo o valor-p de 0,06 quando se comparou homens e mulheres totais por regressão logística) aponta para uma tendência de maior prevalência de zumbido no grupo de homens, sendo que um provável aumento da amostra poderia resultar em resultados mais contundentes. A análise dos fatores de confusão, como doenças clínicas e grau de exposição ao ruído, apontou para uma uniformidade da amostra, sendo que tais fatores não parecem agir, pelo de menos não de forma significativa, como fatores que modificaram a análise da prevalência de zumbido. Já a avaliação das audiometrias mostrou de forma significativa um pior limiar audiométrico para o grupo de homens quando comparados às mulheres em idade fértil – tanto quando comparadas a frequência de 4000Hz isolada do pior ouvido, como quando comparadas as médias de todos os limiares audiométricos também do pior ouvido. Sendo assim, este estudo aponta para uma tendência de maiores danos otológicos (ou menor proteção a eles) no grupo de homens, a partir desta amostra avaliada em trabalhadores expostos ao ruído. Futuros estudos que poderão avaliar outras populações – bem como analisar mais diretamente os efeitos dos hormônios femininos, em especial do estrogênio – são fundamentais para que se consiga melhorar as possibilidades de tratamento ou prevenção de desfechos como o zumbido e a surdez.
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    COMPARAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À ESTIMULAÇÃO CARDÍACA ARTIFICIAL FISIOLÓGICA VERSUS ESTIMULAÇÃO CONVENCIONAL
    (2023-05) Cabral, Gustavo Chiari; Silva, André Anjos Da; Timmers, Luís Fernando Saraiva Macedo; http://lattes.cnpq.br/6457381398342917; Alves, Alessandro Menna; Silva, Guilherme Liberato Da; Bartholomay, Eduardo
    A estimulação cardíaca artificial (ECA) consiste em realizar um estímulo elétrico com intuito de capturar o músculo cardíaco, gerando assim uma contração ventricular. Esse estímulo é gerado por um dispositivo chamado de marcapasso (MP) artificial. Composto por cabos e gerador, é um dispositivo implantado cirurgicamente e, por via transvenosa, realiza o contato de uma das extremidades com o miocárdio do paciente, sendo responsável por identificar a atividade elétrica e realizar o estímulo sempre que necessário. Convencionalmente com a sua extremidade distal posicionada no ápice do ventrículo direito, o eletrodo estimula a porção mais distal dessa cavidade, contrariando a ativação fisiológica esperada; gerando assim, uma dessincronia mecânica da contração miocárdica. Essa estimulação cardíaca convencional corrige a disfunção elétrica e hemodinâmica causada pela queda da frequência cardíaca; no entanto, ocasiona um efeito mecânico deletério à função ventricular esquerda e consequentemente, dilatação ventricular e piora do débito cardíaco (DC). Tal mecanismo caracteriza a miocardiopatia associada à estimulação cardíaca artificial (MECA). Recentemente, técnicas para amenizar os efeitos deletérios da estimulação cardíaca foram desenvolvidas. Denominada de estimulação fisiológica, a estimulação com o eletrodo diretamente no sistema nativo de condução ventricular é capaz de mimetizar uma ativação ventricular fisiológica; proporcionando assim, menores disfunções elétricas e mecânicas e reduzindo a incidência de insuficiência cardíaca associada à estimulação artificial. O presente projeto de pesquisa avaliou por meio de um estudo de coorte retrospectivo, baseado em análise de prontuários, exames e funcionamento dos dispositivos, a indicação e o perfil clínico dos pacientes submetidos a implante de MP convencional em hospital de referência em cardiologia do interior do estado do Rio Grande do Sul e pacientes submetidos a implante de MP fisiológico em serviço de referência em ECA de Porto Alegre, no período de 01 de janeiro de 2019 até 28 de fevereiro de 2021. Foram analisadas as idades dos pacientes no momento do implante, o diagnóstico da doença de base, a função ventricular, a duração do QRS, as dimensões e volumes do ventrículo esquerdo e o percentual de estimulação ventricular, todas essas variáveis pré impante e após 1 ano do implante do MP. Os pacientes submetidos ao implante de MP convencional eram mais jovens (p=0,02), apresentaram-se com QRS mais alargado (p=<0,0001) e obtiveram 18% mais chance de obter um QRS alargado (p=0,01) Observou-se que paciente submetidos a implante de MP convencional tiveram mais estimulação ventricular. Contudo, a escolha do tipo de dispositvo implantável que melhor beneficia o paciente depende de algumas características clínicas e eletrocardiográficas, não sendo a técnica ainda indicada como tratamento de eleição a todos os pacientes que necessitem de estimulação artificial.
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    EFETIVIDADE DA TELEPSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E TELEPSICOTERAPIA INTERPESSOAL SÍNCRONAS EM ADULTOS COM SINTOMAS DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E IRRITABILIDADE: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
    (2022-09) Borba, Bruno Lo Iacono; Shansis, Flávio Milman; http://lattes.cnpq.br/7296283284342040; Passos, Ives Cavalcante; Bucker, Joana; Timmers, Luís Fernando Saraiva Macedo
    A pandemia da COVID-19 tem causado um grande impacto populacional relacionado a problemas de saúde mental. O objetivo desta pesquisa é comparar a eficácia da Telepsicoterapia Cognitiva Comportamental (TTCC) e Telepsicoterapia Interpessoal (TTIP) na redução dos sintomas de ansiedade, depressão e irritabilidade no contexto da pandemia da COVID-19. Nossa hipótese é que TTCC e TTIP são igualmente eficazes. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado de não inferioridade com dois grupos paralelos randomizados aleatoriamente. As intervenções e avaliações foram baseadas no site projetado especificamente para o estudo. Os participantes eram adultos com sintomas de ansiedade, depressão ou irritabilidade que receberam quatro sessões de TTCC ou TTIP. As principais medidas de desfecho foram o Questionário de Saúde do Paciente-9 (PHQ-9) para sintomas depressivos, Transtorno de Ansiedade Generalizada-7 (GAD-7) para sintomas de ansiedade e Índice de Reatividade Afetiva (IRA) para irritabilidade. Resultados: 149 indivíduos (TTCC n= 73; TTIP 76), média de idade 32,5 anos (± 10,7) e predominância do sexo feminino (73,8%), 7 participantes desistiram das intervenções (TTCC n=4; TIP n=3) e 20 participantes finalizaram as intervenções, mas não preencheram os questionários de acompanhamento (TTCC n=9; TTIP n=11) . Realizamos uma análise de intenção de tratar. Houve uma diminuição geral dos sintomas de depressão, ansiedade e irritabilidade (p<0,001), em ambos os grupos de tratamento, e essa melhora não foi superior em um tipo de psicoterapia. A análise de efetividade mostrou que as intervenções foram equivalentes. Conclusão: TTCC e TTIP foram igualmente eficazes para tratar adultos da comunidade com sintomas de ansiedade, depressão ou irritabilidade.