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Navegando História por Assunto "Associativismo"
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- ItemAcesso AbertoImigração italiana na colônia Conde D’Eu e a Societá Italiana di Mútuo Soccorso Stella D’Itália(2017-05) Fachin, Gabriela; Volkmer, Márcia Solange; http://lattes.cnpq.br/7763797149516721; Volkmer, Márcia Solange; Faleiro, Silvana RossettiEste trabalho analisa a imigração italiana na antiga colônia Conde D’Eu, no atual município de Garibaldi, na serra gaúcha, e as atividades do associativismo italiano, com destaque para a Sociedade Italiana de Mútuo Socorro Stella D’Itália, constituída no ano de 1878. A emigração italiana consolidou-se com o intuito de manter o equilíbrio socioeconômico da Itália, após os interesses capitalistas de produção surgirem com a Reunificação e a formação do Reino Italiano. Um dos países que incluíram os italianos em seu processo imigratório foi o Brasil, que pretendia branquear a população brasileira, ocupar as terras devolutas, substituindo o trabalho escravo pelo trabalho livre, principalmente agrícola, também como forma de proteger e legitimar as suas fronteiras. O Rio Grande do Sul intensifica seu processo imigratório recepcionando italianos a partir de 1870, com o intuito de abastecer o mercado interno através da agricultura, povoando terras devolutas e criando núcleos coloniais. A partir de então, inicia-se a nova fase vivida pelos imigrantes italianos aqui estabelecidos, os quais são abordados neste trabalho, através da Colônia Conde D’Eu, que recebe imigrantes italianos em sua quase totalidade e em maior fluxo a partir de 1875. A Sociedade de Mútuo Socorro estabelecida nesta colônia era o refúgio dos imigrantes italianos, onde os mesmos podiam cultuar suas crenças, costumes e atividades como, por exemplo, momentos de solidariedade, amizades, lazer, atendimentos médicos, reuniões e assistência social. Além disso, a principal função do associativismo, implementado não somente nesta região sul do país, mas também em outras regiões, era a de auxílio financeiro. A pesquisa documental apoia-se nos documentos administrativos, sobretudo nos Estatutos, e registros fotográficos. Foi realizada também uma pesquisa nos registros paroquiais do final do século XIX. Pode-se observar que o perfil dos associados estava ligado aos interesses materiais que a Sociedade viria a oferecer-lhes, pois a maioria chegava na região destinada a seu estabelecimento com muito pouco, principalmente sem recursos ou sem o apoio que deveriam receber do governo provincial. Tais sociedades ficavam encarregadas de abrigar os imigrantes, ajudá-los com emprego e até mesmo empréstimos financeiros. Já as lideranças destas sociedades tinham atuação principal no contexto político, reivindicando os direitos dos imigrantes, intermediando as demandas entre os italianos e as lideranças políticas locais como um elo de contato com a pátria mãe, a Itália, que através da Sociedade enviava materiais e auxílio financeiro, e possibilitava um espaço de comunicação para manter viva a cultura italiana dos imigrantes. Em Garibaldi, a Sociedade teve como preceito a ajuda mútua entre os compatriotas italianos, sendo utilizada como albergue, escola,