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Trauma e Estresse: o impacto da violência e de estressores na cognição e marcadores biológicos em diferentes contextos

Coordenação: Joana Bücker

Pesquisadores:

Joana Bücker


Órgãos Financiadores:
Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES
 

Resumo:
Situações de violência como trauma na infância, violência por parceiro íntimo (VPI), aqui definida como abuso físico, sexual e/ou psicológico), têm sido descritas como graves estressores ambientais e consideradas como violações dos direitos humanos ao redor do mundo. As consequências são diversas, como por exemplo, prejuízo na memória, atenção, funções executivas e dificuldade de aprendizagem, além de alterações cerebrais em regiões envolvidas no controle cognitivo-emocional, como a amígdala. No entanto, o entendimento das consequências de experiências traumáticas em áreas importantes e específicas da cognição (como a memória emocional e a reserva cognitiva) e nos marcadores biológicos (como o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF)) ainda permanecem pouco claras na literatura. No entanto, o entendimento dos mecanismos associados aos piores desfechos clínicos e funcionais pode permitir o desenvolvimento de melhores estratégias de prevenção e tratamento para estas vítimas. Sendo assim, seria de grande importância avaliar biomarcadores e a relação com a memória emocional e reserva cognitiva em vítimas de violência ou de outros estressores em diferentes contextos. Objetivos/Método: Avaliar o impacto da experiência traumática ou de estressores no funcionamento cognitivo e nos marcadores de estresse crônico em vítimas de violência ou estressores em diferentes contextos, em comparação àqueles sem histórico de violência. Nossa hipótese é que essa experiência traumática esteja associada a alterações em marcadores biológicos, prejuízo cognitivo, da memória emocional e no desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. Serão selecionados, por conveniência, vítimas de violência por parceiro íntimo (física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral), vítimas que tenham sofrido algum tipo de trauma na infância (sexual, maus tratos e/ou negligência) ou que tenham vivenciado outros estressores ambientais. O segundo grupo será composto pelo mesmo número de participantes voluntários do grupo pesquisado, sendo pareadas características sociodemográficas e que não tenham vivenciado nenhum tipo de violência. Todos eles realizarão uma bateria de testes neuropsicológicos, teste de memória emocional e uma coleta de sangue. Considerações finais: Nossa hipótese é que a memória emocional e marcadores biológicos tenham um papel importante no entendimento das consequências relacionadas à violência em diferentes contextos. Também é considerada a hipótese de que a memória emocional está associada ao prejuízo cognitivo e nestas vítimas e que a reserva cognitiva pode atenuar estes prejuízos. Esses achados podem sugerir um processo biológico de adoecimento nas vítimas de violência e no desenvolvimento de transtornos psiquiátricos e direcionar abordagens terapêuticas. Consequentemente, espera-se contribuir para a identificação de novos alvos (memória emocional) e do entendimento dos mecanismos biológicos para futuras intervenções com este público.