Coordenação: André Luis Catto
Pesquisadores:André Luis Catto
Os polímeros derivados de petróleo vêm sendo utilizados por muitos anos como materiais de embalagens devido às vantagens em relação a outros materiais tradicionais. No entanto, esses materiais não são biodegradáveis e dependem inteiramente desse recurso fóssil não renovável, gerando grande quantidade de resíduos sólidos. O amido é um polímero semicristalino que contém elevado peso molecular, formado por moléculas de glicose que estão unidas entre si através de ligações glicosídicas. Devido à disponibilidade mundial, desempenho e preço, é considerado como um dos materiais usados para biopolímeros mais promissores. Já a nanocelulose vem ganhando destaque, principalmente pela sua característica renovável, abundância natural e propriedades físico-químicas e mecânicas distintas. Na obtenção deste material em escala nanométrica, podem se utilizar diversas formas de tratamento (isolamento da celulose), obtendo as por diferentes origens (plantas, animais e bactérias), com infinitas aplicações atuais e futuras (materiais de construção, alimentos, embalagens, medicina, materiais de reforços, medicamentos, entre outros), mostrando a versatilidade de tal produto. Neste contexto, a erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hill.) pode ser utilizada como fonte de obtenção de nanocelulose, pois é uma planta subtropical, comumente encontrada em grande ecala na América do Sul, em especial em países como Paraguai, Argentina e Brasil. Assim, o objetivo deste trabalho consiste em desenvolver filmes poliméricos biodegradáveis usando amido de milho e incorporando como carga nanofibras de celulose obtida de resíduos do processo de beneficiamento da erva-mate, visando aplicação na área de embalagens para alimentos. Serão avaliados o desempenho das propriedades fisico-químicas, mecânicas, térmicas e morfológicas destes filmes para aplicação em embalagens alimentícias.