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Professora analisa uso de medicação alternativa para tratamento de dor neuropática

Postado em 01/03/2018 09h57min e atualizado em 01/03/2018 10h02min

Por Artur Dullius

Recentemente a professora Andréa Horst, coordenadora do curso de Biomedicina da Univates, concluiu seu doutorado pelo Programa de Ciências Biológicas: Fisiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Pesquisadora na área de dor neuropática (dores crônicas causadas pela lesão do sistema nervoso) há mais de 10 anos, Andréa buscou alternativas de tratamentos complementares a essas enfermidades.

Entre os casos mais comuns estão a lesão de medula, a hérnia, responsável pela dor no ciático, e a síndrome do túnel do carpo (sensação de dormência e formigamento na mão). Segundo Andréa, o tratamento dessas condições dolorosas é ainda um desafio aos profissionais da saúde, pois os fármacos usados possuem ação limitada e diversos efeitos colaterais.

Busquei alternativas para melhorar o quadro clínico desses pacientes com medicamentos mais simples, que apresentassem eficácia maior e com efeitos colaterais menores
Andréa Horst, coordenadora do curso de Biomedicina

Artur Dullius

Em sua tese de doutorado, intitulada “Efeito da N-acetilcisteína sobre proteínas de sinalização e parâmetros oxidativos em medula espinal de ratos com dor neuropática”, analisou a aplicação de uma medicação vendida para infecção pulmonar no controle das dores neuropáticas. Para isso, foram realizados testes em modelos animais. “Inicialmente causamos as lesões nos ratos e posteriormente aplicamos a medicação para acompanharmos a evolução do quadro”, explica Andréa.

Conforme conta a professora, a medicação, além de um grande efeito analgésico, apresentou também ação neuroprotetora, impedindo a morte dos neurônios e tornando a recuperação ainda mais rápida. “Três dias depois de

causarmos a dor, os ratos já estavam recuperados. Isso mostra que esse remédio pode ser utilizado como um medicamento coadjuvante, melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, salienta ela.

Próximos passos

O próximo desafio agora, segundo Andréa, é iniciar a aplicação das amostras em pacientes reais. Conforme a professora, a ideia é aprofundar o estudo por meio de um projeto de pesquisa, a ser realizado em uma possível parceria com profissionais de fisioterapia.