Psicologia
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Psicologia por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 105
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso AbertoVeja o que se diz, diga o que se vê: a loucura na revista Veja(2014-03-18) Bottoni, Francine Delavald; Schwertner, Suzana FeldensA pesquisa mapeou e problematizou os discursos que circulam em relação à loucura, no contemporâneo, a partir da Revista Veja. Para tanto, todas as revistas Veja do mês de maio dos últimos cinco anos (2009, 2010, 2011, 2012 e 2013) que possuem os descritores “loucura”, “louco” ou “louca" foram utilizadas e pesquisadas a partir do Acervo Digital do periódico em questão. Averiguou-se, também, a existência de referências à Reforma Psiquiátrica brasileira na Veja. A Análise de Discurso foucaultiana serviu de ferramenta ao trabalho de análise realizado a partir das reportagens. Análise que obteve, em linhas gerais, a loucura associada à negação, ao exagero, à periculosidade e ao fanatismo. Por fim, a pesquisa concedeu maior visibilidade aos discursos que circulam em relação à loucura, levantando questionamentos sobre até que ponto as discussões referentes à Reforma Psiquiátrica ficam restritas a determinados espaços, tais como a saúde. O trabalho finaliza ponderando sobre o papel político da Psicologia e dos psicólogos que ainda pouco discutem e problematizam sobre os efeitos de seu trabalho nos materiais discursivos midiáticos, por exemplo.
- ItemAcesso AbertoPráticas discursivas sobre a histeria na contemporaneidade(2014-03-18) Grzebielucka, Franciele; Dhein, GiseleEste trabalho traz como objetivo compreender as práticas discursivas produzidas sobre histeria, entre profissionais psicólogos(as) e psiquiatras no Vale do Taquari/RS. Desta forma, buscou-se identificar as diferentes perspectivas sobre histeria com as quais os profissionais trabalham, as diferentes formas de sua manifestação, bem como problematizá-lo no contemporâneo. Ao procurar-se o termo histeria nos manuais psiquiátricos, como o DSM – IV e CID 10 percebe-se que esse foi retirado e substituído por diversos outros transtornos, como somatoformes, sexuais, dissociativos. Dessa forma, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 5 (cinco) profissionais psicólogo(as) e psiquiatras, a fim de identificar as práticas discursivas sobre a histeria no contemporâneo. As entrevistas foram gravadas e transcritas, respeitando a resolução 466/2012 do CNS, e os dados obtidos foram analisados à luz do construcionismo social. Esse prevê que o conteúdo que utilizamos para descrever, explicar conceitos são construções humanas, frutos de nossas práticas e peculiaridades (SPINK, 2004). Como resultado, dividimos a análise em três eixos: (1) produção de sentidos da dinâmica da histeria; (2) sintomas histéricos: como são percebidos; (3) compreensões da histeria no contemporâneo.
- ItemAcesso AbertoPossibilidades na psicoterapia infantil: os profissionais da psicologia e a técnica do atendimento de crianças(2014-03-18) Isse, Julia Fensterseifer; Schwertner, Suzana FeldensO presente Trabalho de Conclusão de Curso traz uma discussão sobre as características e transformações da psicoterapia infantil. Questionar o atendimento de crianças nos remete à reflexão de como essas técnicas surgiram e se modificaram a partir daquelas desenvolvidas com adultos por Freud. A partir disso, Melanie Klein e Anna Freud começaram a pensá-las na clínica infantil, e algumas mudanças foram realizadas. Esta pesquisa tem como propósito principal investigar as técnicas do atendimento de crianças, suas características e transformações na psicoterapia infantil na atualidade. Para o levantamento de dados, foram entrevistadas seis profissionais da Psicologia que trabalham com crianças em consultório de psicoterapia, no município de Lajeado/RS. As entrevistas, semiestruturadas, foram gravadas e transcritas e tiveram como objetivo entender de que maneira essa atividade vem sendo realizada, os motivos da escolha da área de atuação, quais as abordagens teórico-técnicas utilizadas e as peculiaridades do atendimento de crianças. O tratamento dos dados foi realizado por meio da análise de conteúdo (MINAYO, 2007), buscando investigar as modificações, alterações e possibilidades na técnica e na abordagem da psicoterapia infantil. Foram criadas três categorias de análise: efeitos da contemporaneidade sobre a infância; participação/envolvimento dos pais e novos elementos da cultura. Assim, foi possível perceber o quão desafiador tem sido o atendimento de crianças e que as principais transformações estão demarcadas a partir de efeitos da contemporaneidade, da maior participação e envolvimento dos pais e os novos elementos da cultura, marcada fortemente pela presença da tecnologia.
- ItemAcesso AbertoA vida é muito curta para ser pequena: Síndrome de Down, trabalho e práticas de inclusão(2014-03-18) Giacomini, Dalila; Moreira, Lisandra EspíndulaO presente estudo teve como objetivo investigar enunciados relativos ao trabalho e à inclusão para as pessoas com Síndrome de Down que estavam participando de diferentes atividades produtivas: tanto aquelas que estavam no mercado formal de trabalho, quanto as que estavam inseridas em outros formatos, como oficinas de artesanatos que geravam renda. A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho tem se tornado um tema emergente por conta de inúmeras transformações sociais, em especial após a criação da Lei de no 8213/1991, também conhecida como Lei das Cotas. Em outros momentos históricos, a ocupação que se dava às pessoas com deficiência, principalmente aos doentes mentais, era de bobos da corte, palhaços, entre outros. Essas pessoas eram excluídas desde o nascimento pelo fato de não produzirem como as outras, ou seja, ganhavam somente o lugar em atividades não produtivas, pois a ideia de incapacidade sempre rondou a deficiência. Nesse sentido, a inclusão pelo trabalho e também a aplicação da lei das cotas não tem acontecido sem conflitos e dificuldades. Essa tensão nos instigou a pensar como efetivamente se produzem os processos de inclusão no trabalho em diferentes contextos e, em especial, quais os significados atribuídos ao trabalho e à inclusão pelas pessoas com deficiência, aqui tomando como foco pessoas com Síndrome de Down. A pesquisa foi realizada na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) localizada na região do Vale do Taquari. Foram realizadas entrevistas individuais com os Síndromes de Down e com os profissionais que acompanham o processo de inserção, tanto no próprio serviço, quanto nas empresas, bem como, foi realizado o acompanhamento das oficinas voltadas para o mercado de trabalho realizadas na própria APAE. A análise dos materiais produzidos nestes encontros foi organizada a partir de três eixos principais: 1) Construção de vínculos, 2) Tempo e ritmo de trabalho, 3) Família e remuneração. A partir dos resultados obtidos pode-se pensar na Lei das Cotas como uma forma um tanto rígida de inclusão no mercado de trabalho, onde ao mesmo tempo que inclui acaba engessando as pessoas em atividades prescritas que não condizem com o desejo delas. Além disso, pode-se perceber que são diferentes as formas de visualização do mundo do trabalho pelos Síndromes de Down; a cultura, os costumes da família e a região onde moram influenciam na forma como pensam os processos de trabalho e inclusão e a própria deficiência.
- ItemAcesso AbertoAbuso sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes: rede de atenção e cuidado em município da região do Vale do Taquari(2014-03-18) Ferrari, Jocieli; Moreira, Lisandra EspíndulaO abuso sexual é uma forma de violência difícil de ser identificada e enfrentada, além de ter uma dinâmica complexa, que envolve aspectos psicológicos, sociais e legais. Compreende-se que há diferentes modos de se conceber a violência sexual intrafamiliar e, conforme essas diferentes concepções, serão produzidas formas distintas de atendimento às vítimas. Este é um estudo qualitativo, realizado com quatro instituições localizadas em um município da região do Vale do Taquari/RS, onde profissionais responsáveis pelo atendimento às crianças e adolescentes, vítimas de abuso sexual intrafamiliar atuam. O ponto de partida da pesquisa, através do mapeamento da rede, foi um serviço de assistência social. O tema da violência sexual intrafamiliar, do qual trata este trabalho, é bastante atual, sendo reconhecido atualmente como grave problema de saúde pública, exigindo preparo tanto dos profissionais quanto das instituições de saúde para atuarem junto à população. Nesse sentido, procurou-se investigar que concepções de abuso sexual, infância/adolescência e família são acionadas pelos profissionais que compõem a rede de atenção à vítima, buscando mapear os serviços de atenção e cuidado que essas vítimas têm acesso. Propôs-se, para isto, uma análise inspirada na noção de genealogia definida por Foucault (1979). Através dessa perspectiva, os materiais produzidos na pesquisa são analisados, buscando entender os diferentes regimes de verdade acerca de alguns conceitos, através do discurso dos profissionais, ressaltando que o discurso produz subjetividades, na medida em que é tomado como verdadeiro e legítimo. Os discursos destes profissionais são utilizados para a produção dos materiais de análise, possibilitando a problematização de alguns enunciados, como maternidade, família, abuso sexual, infância e adolescência e vulnerabilidade social.
- ItemAcesso AbertoDos sopros à clínica: compondo com Clarice Lispector(2014-03-18) Franceschini, Érica; Costa, Cristiano Bedin DaUma composição em suspenso: eis o texto que está por vir. Palavras que se desprendem, que se abrem e vão revelando outros sentidos, outras invenções que possibilitam uma escrita sempre em vias de fazer. Nos aventuramos em experimentações, assim como nos aventuramos no campo da Psicologia, constituindo assim, uma experimentação psi. Porém, esse texto não se restringe a tal saber, ele atravessa outros espaços, arrisca-se em devir, é um texto dançarino, um texto de encontros, de entre, de produção. Um texto que flui para todos os lados, deslizando pela literatura de Clarice Lispector que empresta seu “Um sopro de vida” (1978) para a construção da “clínica clariciniana”. Clínica que não busca uma técnica, mas afirma a lógica criacionista e inventiva, perpassada pelo método biografemática de Roland Barthes, com quem dialogo no texto. O método biografemático de Barthes investe no acaso, colocando-se contra a linearidade das biografias destinos, servindo como uma alternativa a uma biografia menor, tal qual a “literatura menor” de Deleuze e Guattari (1977). Por conseguinte, os biografemas, feitos em fragmentos, se constituem nos sopros que operacionalizam a “clínica clariciniana” e que servem como pistas do desdobramento de uma biografemática distraída na leitura de “Um sopro de vida”. Assim, Literatura, Psicologia e Clínica aparecem enquanto potência no texto, provocando um pensamento para além do escrito, fugindo de qualquer tentativa de classificação e assim, percorrendo as superfícies que os traços arriscam. Nunca o certo, nunca o ideal, mas sempre ideias, provocações, sopros.
- ItemAcesso AbertoEnsaios clínicos: o amador enquanto postura possível(2014-03-18) Pasqualotto, Clarissa; Costa, Cristiano Bedin Da
- ItemAcesso AbertoItinerários terapêuticos, drogadição e serviços públicos: uma abordagem contemporânea(2014-03-18) Eckhardt, Natália Dos Santos; Raupp, Luciane MarquesO uso abusivo de substâncias psicoativas é hoje um importante problema de Saúde Pública, o qual tem desafiado os profissionais de saúde a repensarem as práticas voltadas a esse público, visando à integralidade na atenção. Considerando essas questões, faz-se necessário conhecer suas trajetórias na busca por tratamento, considerando a diversidade de ofertas terapêuticas na atualidade e a complexidade deste panorama. Para aprofundar esse tema, este trabalho se propõe a mapear os itinerários terapêuticos de ex-usuários de substâncias psicoativas, problematizando as redes de atenção a esse público a partir dos itinerários dos sujeitos em busca de tratamento, buscando ressaltar suas opiniões a respeito de suas experiências com a rede de atenção. A partir de uma abordagem qualitativa, os entrevistados foram recrutados com a parceria do serviço de redução de danos e de um CAPS de um município do estado do Rio Grande do Sul e submetidos à entrevista semi- estruturada. Dentre os objetivos do trabalho, destaca-se: identificar aspectos que levam os sujeitos a reconhecer o uso de álcool e outras drogas como um problema que requer tratamento especializado; descrever seus itinerários em busca de respostas e tratamento para seu problema; conhecer suas opiniões sobre as experiências de tratamento e cuidado acessadas; problematizar a rede de atenção aos sujeitos com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas. Os dados foram analisados por meio do método de análise de conteúdo. Os resultados do estudo mapearam parcialmente a rede de atenção da região e as dificuldades da mesma no tocante ao inadequado acolhimento e vinculação com a equipe e o quanto este fator é importante para a adesão ou não ao tratamento. A partir das percepções desses sujeitos entrevistados, alguns pontos positivos e negativos referentes a essa busca itinerante foram apontados bem como sua relação com as substâncias e a necessidade de fatores externos ocorrerem para perceberem os problemas ocasionados pelo uso da substância e então buscarem auxílio.
- ItemAcesso AbertoA experiência da arte na psicose: uma possibilidade de saúde?(2014-03-25) Pretto, Cristina; Coelho, Débora De MoraesEste trabalho de conclusão de curso visa problematizar a questão da psicose. Para tanto, apoia-se em uma compreensão psicanalítica, principalmente winnicottiana, apresentando a perspectiva de que a psicose surge a partir do fracasso ambiental nas etapas mais primitivas do bebê, de forma que este somente poderá vir a se constituir a partir dos cuidados de um ambiente que lhe dê sustentação e facilite os processos de amadurecimento. Mas e quando este cuidado não acontece, quais encontros poderiam oferecer uma continência aos sujeitos marcados pela psicose? Seria a arte? Seria possível que a potência artística permitisse a este sujeito encontrar diferentes formas de habitar o mundo, em substituição aos impulsos arcaicos, para que não mais sejam externalizados via ato? Sustenta-se a hipótese de que a canalização da criatividade do sujeito da psicose pode ser utilizada por ele como instrumento para reorganizar a mente e a vida interna e, consequentemente, estreitar os laços com a realidade externa. O percurso do estudo leva a afirmar que o uso potencial da arte pode servir como auxílio à ressignificação dos conteúdos terroríficos que assolam sua consciência, o que se firma enquanto um processo de ampliação das formas de habitar o mundo. Assim, a potência transformadora do uso da arte pode encontrar-se na produção de saúde e na possibilidade de que o sujeito da psicose construa para si um território psíquico.
- ItemAcesso AbertoDa errância ao território: cartografando a função clínica na psicose(2014-03-25) Schena, Graziela; Coelho, Débora De MoraesO presente trabalho de conclusão de curso busca acompanhar a errância psicótica apresentando a função continente da clínica como possível produtora de segurança territorial. Estudamos o que se passa no processo de rompimento com a realidade, produzindo um sujeito enclausurado numa condição psicótica. Para realizar tal investigação, desejamos oxigenar o corpo psicológico através do encontro com a Psicanálise e Filosofia da Diferença, capturando o que ambas podem contribuir para auxiliar o pensamento na clínica das psicoses. Dessa forma, cartografamos uma de suas funções como possibilidade de ser um território continente, o que significa acolher a errância do psicótico ajudando-o a encontrar estabilidade frente a seus desmanchamentos. Para auxiliar o pensamento nessa travessia, utilizamos a personagem Agustina, do livro Delírio, da autora Laura Restrepo (2008), como personagem conceitual. Ela nos conduz a acompanhar o processo da psicose, no sentido de investigar o que se passou com o corpo das intensidades ao esvaziar-se numa figura clínica do louco. Por fim, apresentamos a função estabilizadora da clínica como uma das saídas para o enfrentamento do sujeito da psicose.
- ItemAcesso AbertoEstresse ocupacional: percepções de colaboradores de uma Instituição de Ensino Superior(2014-03-25) Hoppe, Tamiris Nervis; Pereira, Ana Lúcia BenderEste estudo objetivou investigar as percepções dos profissionais que trabalham com atendimento ao público, em uma Instituição de Ensino Superior (IES), sobre os agentes estressores ocupacionais. A pesquisa teve cunhos qualitativo, descritivo e exploratório e se configura como estudo de caso. Foi realizada com três coordenadores e doze funcionários do setor de atendimento ao público, organizada em três grupos focais compostos de dois e cinco funcionários e um grupo focal com os três coordenadores. A pesquisa foi submetida à Instituição de Ensino Superior e ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVATES – COEP/UNIVATES e, por esses, aprovada. Os dados obtidos na pesquisa estiveram sob Análise de Conteúdo de Bardin (1977), e, buscando responder ao problema norteador, analisou-se o sentido do trabalho, com objetivo de compreender seus significados, resultando em conceitos como: sentir-se útil, o trabalho dignifica o homem, estar constantemente aprendendo e independência econômica. Como fatores estressores, os trabalhadores percebem a sobrecarga de trabalho, a rotatividade de funcionários, os conflitos na equipe, as tecnologias como sobrecarga de informações, ruídos, clientes, descumprimento de normas, comunicação interna, cobrança por produção, falta de reconhecimento e isolamento social no turno da noite. Contudo, os resultados do estudo permitiram identificar as consequências desses fatores na qualidade de vida dos colaboradores, as quais foram evidenciadas como: dores físicas, ansiedade, angústia, esgotamento, alterações do sono e humor. Portanto, diante deste estudo de caso, pode-se concluir que algumas mudanças gerenciais na instituição poderiam amenizar os fatores estressores, tais como: reuniões no setor no qual oportunizassem os trabalhadores a discutir questões cotidianas de seus processos de trabalho, e assim sentirem-se envolvidos nas decisões do setor.
- ItemAcesso AbertoDo conceito de família ao de cuidador: problematizando as práticas em saúde mental para a infância(2014-03-25) Vian, Camila; Coelho, Débora De MoraesO presente trabalho de conclusão do curso de Psicologia busca uma problematização dos conceitos de família e infância, de forma a colocar em discussão como os mesmos se movimentam no campo da saúde mental e como conformam práticas de cuidado com crianças em sofrimento psíquico. A partir do processo da Reforma Psiquiátrica, percebe-se que a família foi “convocada” a participar das novas práticas de cuidado. Quando se fala em infância, esta responsabilidade se amplia, pois ainda estamos falando de crianças sob a tutela de alguém. Desta forma, esta pesquisa visou à problematização dos discursos sobre família e infância que circulam entre os profissionais do CAPSi Crescer, situado no município de Lajeado - RS. De forma a colocar estes assuntos em discussão, foram realizados dois grupos focais de cinquenta minutos cada um, podendo perceber como a família e a infância são compreendidas neste campo. Os materiais coletados nos grupos foram discutidos a partir da análise de discurso de Michel Foucault. Esta compreensão auxiliou a perceber a família e a infância a partir de discursos construídos historicamente, presos a relações de poder/saber, os quais permanecem vivos nas práticas de cuidado. Desta forma, procurou-se compreender como os discursos produzem os sujeitos da saúde mental e as práticas de cuidado destinadas a eles. Além disso, foi possível ampliar a noção de família para uma função de cuidador, podendo perceber isso em diferentes vértices, como por exemplo, na relação dos profissionais com as crianças em sofrimento psíquico. A infância também pode ser percebida a partir de uma potencialidade “viva”, e não por vir, como futuro a ser alcançado.
- ItemAcesso AbertoShantala: o toque como mediador no fortalecimento e na qualidade do vínculo mãe/bebê(2014-03-25) Bernsmüller, Liége Dos Santos; Pretto, BernardeteO método da massagem indiana Shantala, descoberta por Frédérick Leboyer, vem sendo utilizado e já é reconhecido em diversos locais do mundo. Sabe-se que as primeiras experiências de vida da criança são formativas e estruturantes, sendo a mãe, na maioria dos casos, a principal cuidadora, capaz de proporcionar tais experiências, tendo em vista sua proximidade e seu papel fundamental na vida do filho. Esta monografia tem como objetivo analisar de que forma o método da massagem Shantala pode contribuir no fortalecimento do vínculo e na qualidade da relação mãe/bebê, desde o momento inicial da vida da criança. O presente estudo é embasado em pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas com sete mães que já haviam realizado a massagem Shantala em seus filhos menores de um ano. As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Para a análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo. Através das respostas das mães, concluiu-se que o método da massagem Shantala gera efeitos positivos no vínculo mãe/bebê, que contribuem para o bem-estar físico e emocional de ambos e, portanto, melhorando a qualidade da relação. Propõe-se que os resultados deste estudo possam, além de beneficiar outras mães motivando-as a utilizar o método da Shantala, constituir uma ferramenta de divulgação a fim de contribuir com novos estudos por parte de acadêmicos, profissionais de saúde e de outras pessoas interessadas no tema, convencidos da importância do fortalecimento do vínculo entre mãe/filho.
- ItemAcesso AbertoPolítica Nacional de Saúde da Pessoa Idosa: a integralidade da atenção e a fragilidade do idoso(2014-03-25) Bernhard, Carine Aparecida; Moreira, Lisandra EspíndulaConhecer o idoso que se constitui na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – Portaria no 2.528, de 19 de outubro de 2006 – a partir da problematização do texto desse documento e seus atravessamentos é o objetivo desta monografia. Utiliza-se para esta problematização a biopolítica como ferramenta teórica Foucaultiana, além das políticas e leis que auxiliam na formulação da Política e autoras que debatem o tema velhice e idoso na atualidade, como Neri e Debert. A biopolítica é utilizada enquanto exercício de regulação da vida, tanto dos indivíduos quanto das populações, busca aperfeiçoar as formas de ser e de viver, atenta-se para o governamento da população idosa. Assim, percebe-se que os modos de promover saúde movimentam-se e que as formas de habitar a velhice são singulares. Objetiva-se neste trabalho problematizar a questão da velhice, da biopolítica e da construção da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, a fim de conhecermos que idoso(s) se compõe pela Política. Para tanto, realiza-se uma contextualização sobre a velhice e o idoso e também sobre as leis e políticas que se atravessam na formação da atual Política. A seguir são problematizadas as questões escolhidas como foco da análise: a integralidade e a fragilidade do idoso. A integralidade aponta para a saúde não apenas no sentido de uma ação de controle e combate de doenças, mas para diferentes aspectos da vida do sujeito. Já a noção de fragilidade, permite um movimento de mapeamento e diferenciação interna da velhice, busca oferecer uma atenção especial aos mais vulneráveis e fragilizados. Compreende-se que a Política vai ao encontro biopolítico do sujeito, pois coloca os cuidados em saúde enquanto um problema populacional, constituindo um cuidado integral em saúde, ao mesmo tempo em que direciona seus cuidados ao idoso fragilizado.
- ItemAcesso AbertoAs (multi)mulheres das crônicas de Martha Medeiros: a vontade de tudo na contemporaneidade(2014-03-25) Wendt, Bruna; Coelho, Débora De MoraesDiante das particularidades de um novo tempo-espaço que a atualidade vem nos apresentando, este trabalho tem como objetivo refletir a respeito das multimulheres contemporâneas, utilizando como dispositivo de análise e pesquisa crônicas selecionadas nas obras de Martha Medeiros. Quer-se pensar sobre os modos- mulher que a atualidade está produzindo e reforçando, interferindo diretamente na construção da subjetividade feminina. Questiona-se também de que forma a mulher, mesmo envolvida pelos modos capitalistas de assujeitamento, pode encontrar brechas para singularizar-se a fim de construir novos modos de sensibilidade, modos de relação com o outro, modos de produção e modos de criatividade que potencializem uma subjetividade singular (GUATTARI; ROLNIK, 2005). O trabalho desenvolvido baseia-se em uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, sendo esta uma escrita cartográfica que se destina a acompanhar os processos de produção do feminino que estão sendo construídos e articulados, alinhando-se sempre ao discurso de determinado contexto histórico-social.
- ItemAcesso AbertoAs práticas do psicólogo na área organizacional e do trabalho no município de Lajeado(2014-03-25) Cyrne, Denise Andréa De Carvalho; Dhein, GiseleNeste ano de 2012 a Psicologia comemorou 50 anos de sua regulamentação como profissão. Durante este período, muitos estudos foram realizados no sentido de descrevê-la e compreender o que lhe determina histórica, social e politicamente. O presente estudo teve como objetivo conhecer as práticas do psicólogo na área organizacional e do trabalho no município de Lajeado. A pesquisa foi desenvolvida através da metodologia qualitativa, cujos dados obtidos foram tratados à luz da abordagem teórico-metodológica do construcionismo social (SPINK, 2000). A primeira etapa da pesquisa consistiu no levantamento sobre os profissionais que atuam na área organizacional e do trabalho no município de Lajeado, que foram identificados através da rede de contatos da pesquisadora. Foram selecionados cinco profissionais graduados em diferentes instituições de ensino e com tempo de formação e de atuação diversos, com os quais foram realizadas entrevistas semi- estruturadas, as quais foram gravadas e posteriormente transcritas e analisadas. Num primeiro momento foram descritos os sujeitos da pesquisa, e a partir disso, o direcionamento dado foi no sentido de pensar sobre a constituição da Psicologia Industrial, Organizacional e do Trabalho, a formação profissional e as práticas em Psicologia. Estas discussões contribuíram para a construção das seis categorias de análise: (1) A formação e a atuação do profissional; (2) A Psicologia, seus espaços e as relações com outros campos de saber; (3) As práticas da Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho: aproximações possíveis; (4) As práticas que legitimam a profissão: a busca por essa legitimação em outras disciplinas; (5) As práticas discursivas da profissão; e (6) O papel dos psicólogos nas organizações: constituição de práticas.
- ItemAcesso AbertoSala de espera: a poética desmedida das singularidades(2014-06-10) Zanotelli, Noeli; Munhoz, AngélicaEste trabalho de conclusão de curso possibilitou uma análise reflexiva sobre o tempo de espera que transversaliza os encontros entre usuários, familiares, estagiários e supervisores no espaço Sala de Espera, na Clínica Universitária Regional de Educação em Saúde (CURES), no Universidade do Vale do Taquari UNIVATES/RS/Brasil. Partindo do objeto Sala de Espera buscou-se ensaiar as questões: O que pode a Sala de Espera da CURES enquanto dispositivo de cuidado, espaço possível na promoção de saúde e de criação? De que modo o tempo de espera pode tornar-se potencializador de singularidades? Para tal escrita, foram utilizados as anotações e os fragmentos de textos do diário de campo - instrumento de registro do processo metodológico – que têm acompanhado a trajetória e a caminhada desta pesquisa, incluindo em tal processo a análise do livro de registros do referido espaço. Através da espera vislumbram-se encontros, criações, afetações, devires, ou seja, um processo que possibilita a potencialização dos sujeitos. Deste modo, a Sala de Espera da CURES adentrou este estudo como um dispositivo, podendo tal espaço possibilitar outras formas de cuidado na promoção, participação e funcionamento dos diferentes sujeitos, tornando talvez o tempo de espera um modo de produção de subjetividade.
- ItemAcesso AbertoO que pode a mandala na escuta clínica?(2017-01) Santo, Tanise Silva Gonçalves Do Espírito; Londero, Mário Francis Petry; http://lattes.cnpq.br/3673100073791964O presente artigo faz um breve histórico sobre a arte e as mandalas e suas relações com a clínica junguiana enquanto dispositivos para a escuta na psicologia analítica. Chega ao encontro de Jung com Nise da Silveira através da imaginação ativa, utilizada por ambos como uma técnica auxiliar para o desencadeamento do processo de individuação. O trabalho tem como objetivo discutir o que a técnica da mandala nos oferece para pensar a clínica analítica. Para a realização deste estudo utilizou-se da abordagem qualitativa através da pesquisa bibliográfica, levantando e analisando materiais teóricos embasados na teoria de Carl Gustav Jung referentes à temática da clínica e das mandalas. Como conclusão, é possível salientar o quanto a produção de mandalas, na clínica de base junguiana, pode favorecer a imaginação ativa no sujeito em análise para o seu percurso de individuação, isto é, tal técnica auxiliaria o analisando em sua busca de amadurecimento em torno do si mesmo – Self.
- ItemAcesso AbertoA clínica psicanalítica e seu encontro com a arte(2017-01) Puhl, Claudine Diana; Londero, Mário Francis Petry; http://lattes.cnpq.br/3673100073791964Na clínica, os processos de criação são relevantes, tanto na intervenção por parte do terapeuta, como para o paciente, e a arte, em sua potência de criação, pode ser uma ferramenta facilitadora para o acesso aos conteúdos inconscientes quando tratamos da escuta psicanalítica. A partir disso, abordaremos neste artigo algumas interlocuções entre a arte e a clínica psicanalítica, com o objetivo de pensar seus enlaces e suas criações, trazendo à cena o movimento surrealista para pensar a teoria psicanalítica e assim reciprocamente. É um estudo qualitativo, no qual utilizou-se o método de análise bibliográfica para sua construção. Para a pesquisa, foram incluídos artigos e livros que tratam do tema arte e clínica psicanalítica. Realizou-se a coleta de dados a partir de pesquisas de livros e artigos que falam da temática e que serviram como base para as análises pretendidas. Concluímos a partir deste estudo que, tanto a arte quanto a clínica têm um papel de abrir o ser sensível de cada sujeito no que tange suas afetações, onde tanto a arte quanto a clínica psicanalítica têm o papel de criar, recriar e desconstruir formas para o nascimento de singularidades que desenrolam e movimentam a vida. Possibilitando aquele que foi tocado pela arte e/ou pela clínica ser um devaneador, sujeito que resiste a restrição de um caminho cotidianamente já traçado e sem possibilidade de invenções.
- ItemAcesso AbertoDiga-me como andas e te direi quem és: a “cura” contemporânea na clínica diagnóstica e a possibilidade do fracasso(2017-01) Flores, Juliana; Londero, Mário Francis Petry; http://lattes.cnpq.br/3673100073791964O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão da literatura sobre a clínica na atualidade e suas implicações junto a uma sociedade pautada pelo biopoder e pela medicalização da vida. Um dos desafios que a clínica enfrenta é possibilitar o encontro do sujeito com seus sofrimentos, e a ideia deste escrito é pensar como isso pode ocorrer nos dias de hoje, assim, o texto se pautará na seguinte questão para tentar pensar tal contexto clínico: como se passa o adoecimento psíquico na contemporaneidade e quais os seus efeitos na clínica? As tendências contemporâneas de reduzir o sujeito a uma doença orgânica nos apontam para o quanto ele necessita de um espaço de escuta para si, bem como do respeito pela sua singularidade. O estudo se realizou com base em autores oriundos da clínica psicanalítica e da filosofia esquizopsicanalítica e concluiu o quanto se faz necessária uma clínica que resista ao tempo acelerado do capitalismo em uma sociedade de controle no biopoder.