Psicologia

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A experiência do brincar na escola: vozes de crianças
(2023-07) Grosselli, Eduarda; Zanelatto, Elisângela Mara; http://lattes.cnpq.br/0187043822478808; Dhein, Gisele; Schwertner, Suzana Feldens
A presente pesquisa objetivou compreender a experiência do brincar na escola para crianças da terceira infância de uma escola do interior do Rio Grande do Sul. Para tanto, a metodologia escolhida é de cunho qualitativo e o método refere-se a técnica do Grupo Focal (GF), realizada em uma escola municipal da zona urbana com 6 participantes, apresentando faixa etária de 6 a 10 anos de idade. Após os três encontros do GF, o estudo foi explorado através da análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). Foi possível conhecer as experiências das crianças com o brincar na escola, identificando a potência do brincar e outros aspectos que o atravessam, concebendo em sua discussão a relação entre realidade e fantasia, as conversas sobre temas difíceis, os jogos online e a figura adulta vinculada ao brincar na escola.
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A Narrativa em ‘Hamilton: An American Musical’: motifs como transmissores de experiências e afetos
(2023-07) Becchi, Gustavo Mateus; Polonio, Denise Fabiane; http://lattes.cnpq.br/2383895737547959; Pretto, Bernardete; Zanelatto, Elisângela Mara
'Hamilton: An American Musical' é uma obra musical que conta a história da fundação dos Estados Unidos da América. Esta é repleta de ferramentas narrativas e musicais que contam uma história para além da que ouvimos e vemos em primeiro plano. A narrativa, como objeto de análise, nos aponta para as expressividades e sentimentos que os autores objetivam transmitir de acordo com nossas representações dos significados experienciados. Um destes, e o qual é analisado no presente artigo, são os motifs, que se configuram como repetições temáticas com o intuito de guiar os ouvintes para familiarizá-los com conceitos e significações. Estes foram construídos a partir do método cartográfico, que almeja averiguar a implicação do pesquisador, sendo influenciado pelos elementos experienciados durante a narrativa. Com isto, vemos que o verso ‘wait for it’ é o motif que carrega mais sentidos consigo durante a peça. É neste simples termo que podemos identificar sentimentos, desejos e mecanismos de defesa, além de ressignificações que os personagens e nós, espectadores, vamos atribuindo aos personagens. Do mesmo modo, podemos nos identificar e sentir o que tem o intuito de ser expressado, a partir de entonações musicais e identidades grupais com as quais somos influenciados pelas vivências sociais que nos constituem como indivíduos. Com estas ferramentas musicais, podemos vivenciar a dupla narrativa que os motifs almejam elucidar nos espectadores, proporcionando assim uma experiência que permite sentir as expressões e ressignificações ali expostas. Assim, a música, e suas nuances podem ser instrumentos de compreensão social do ser humano e de seu funcionamento psíquico.
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A noção de experiência em Winnicott: seus sentidos e desdobramentos clínicos
(2023-11) Bohrer, Bruno Bestetti; Zanelatto, Elisângela Mara; http://lattes.cnpq.br/0187043822478808; Polonio, Denise Fabiane; Pretto, Bernardete
Muitos comentadores consideram Winnicott como um autor que opera uma verdadeira revolução paradigmática dentro da Psicanálise e que a maneira como pensa a noção de experiência constitui uma de suas principais marcas distintivas. Assim, este artigo buscou compreender a noção de experiência no pensamento winnicottiano, seus sentidos e desdobramentos clínicos, através de revisão bibliográfica na plataforma SciELO e Periódico CAPES, a partir dos descritores “Winnicott” e “experiência”. Da análise dos conteúdos selecionados emergiram as seguintes categorias: Busca pela experiência vivida e/ou a ser vivida; A temporalidade real da experiência humana; A experiência sob o ponto de vista do bebê e do verdadeiro e falso self; e Uma clínica da experiência.
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A pressão da perfeição: impactos emocionais decorrentes da participação em concursos de beleza
(2026) Dullius, Joana Angélica; Ferrari, Jocieli; http://lattes.cnpq.br/5300618596482913; Franceschini, Erica; Costa, Josiane Andréia da
A pressão pela perfeição, bem como a supervalorização do corpo padrão, vêm sendo a causa de adoecimentos psicológicos. Tendo em vista o culto à beleza, o presente estudo buscou compreender os impactos emocionais causados pela participação de mulheres em concursos de beleza do Brasil. A pesquisa possui abordagem qualitativa, em que a produção dos dados foi realizada através de um questionário online em que foram obtidas 33 respostas válidas, todas do estado do Rio Grande do Sul, em que apenas 4 participaram, além das etapas municipais, de concursos de beleza no âmbito estadual. A análise dos dados foi elaborada pela análise de conteúdo (Bardin, 2016), em que as respostas foram vinculadas a categoria impactos emocionais, em que foram discutidos a ansiedade, o estresse e como os fatores sociais e físicos refletem no emocional das candidatas. Além disso, a busca por ajuda de profissionais é uma prática escassa, fazendo com que, muitas vezes, haja um agravamento dos sintomas. Conclui-se que lidar com este processo de maneira saudável se torna um desafio, causando impactos emocionais duradouros e sofrimentos persistentes.
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Abuso sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes: rede de atenção e cuidado em município da região do Vale do Taquari
(2014-03-18) Ferrari, Jocieli; Moreira, Lisandra Espíndula
O abuso sexual é uma forma de violência difícil de ser identificada e enfrentada, além de ter uma dinâmica complexa, que envolve aspectos psicológicos, sociais e legais. Compreende-se que há diferentes modos de se conceber a violência sexual intrafamiliar e, conforme essas diferentes concepções, serão produzidas formas distintas de atendimento às vítimas. Este é um estudo qualitativo, realizado com quatro instituições localizadas em um município da região do Vale do Taquari/RS, onde profissionais responsáveis pelo atendimento às crianças e adolescentes, vítimas de abuso sexual intrafamiliar atuam. O ponto de partida da pesquisa, através do mapeamento da rede, foi um serviço de assistência social. O tema da violência sexual intrafamiliar, do qual trata este trabalho, é bastante atual, sendo reconhecido atualmente como grave problema de saúde pública, exigindo preparo tanto dos profissionais quanto das instituições de saúde para atuarem junto à população. Nesse sentido, procurou-se investigar que concepções de abuso sexual, infância/adolescência e família são acionadas pelos profissionais que compõem a rede de atenção à vítima, buscando mapear os serviços de atenção e cuidado que essas vítimas têm acesso. Propôs-se, para isto, uma análise inspirada na noção de genealogia definida por Foucault (1979). Através dessa perspectiva, os materiais produzidos na pesquisa são analisados, buscando entender os diferentes regimes de verdade acerca de alguns conceitos, através do discurso dos profissionais, ressaltando que o discurso produz subjetividades, na medida em que é tomado como verdadeiro e legítimo. Os discursos destes profissionais são utilizados para a produção dos materiais de análise, possibilitando a problematização de alguns enunciados, como maternidade, família, abuso sexual, infância e adolescência e vulnerabilidade social.
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Adultos jovens e a medicalização: perspectivas e sentidos a partir do discurso médico
(2018-09-18) Nietiedt, Giseli Sofia; Fossi, Luciana Barcellos; http://lattes.cnpq.br/7276307143131180
Este trabalho trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório que tem o objetivo geral de problematizar a relação entre o consumo de psicofármacos na população jovem de uma região do Rio Grande do Sul (RS) com a medicalização da sociedade a partir do discurso médico. Para tanto, foram realizadas entrevistas, baseadas em um roteiro semi-estruturado, com três médicos atuantes em dois CAPS I (Centro de Atenção Psicossocial) da região do Vale do Taquari (RS). Existe uma demanda de adultos jovens no local? Quais as causas que os levam a buscar o serviço? O serviço tenta manejar o uso de psicofármacos com outras estratégias de cuidado? Dentre as questões debatidas e analisadas estão a caracterização de demanda por atenção à saúde entre os adultos jovens que acessam estes serviços e quais as estratégias de cuidado que são estabelecidas pelos profissionais e pelas equipes. A partir da análise das entrevistas, constatou-se que a demanda por atendimento entre esta população é elevada e a preferência por psicofármacos é perceptível pelos profissionais. Questões culturais e sociais estão atreladas a essa hegemonia. Os serviços em questão visam a multidisciplinaridade e integração dos profissionais e saberes, oferecendo outras formas de atendimento e cuidado. Sendo assim, conclui-se que nem sempre a lógica de cuidado estabelecida nos CAPS está pautada na produção de novas formas de subjetivação que transcendam a perspectiva da medicalização, indicando que a clínica da Reforma Psiquiátrica deve ser alvo do investimento na formação dos profissionais de saúde que atuam no sistema público brasileiro.
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Adultos também brincam? O significado do brincar no território adulto
(2023-11) Zotti, Giseli Fátima; Schwertner, Suzana Feldens; http://lattes.cnpq.br/7506762501479836; Polonio, Denise Fabiane; Zanelatto, Elisângela Mara
Conforme o sujeito vai crescendo, o brincar deixa de ser prioridade para ceder espaço a demandas do cotidiano. Por isso, torna-se relevante compreender a importância do brincar para a vida adulta, além dos sentidos atribuídos nesta fase da vida. Assim, esta pesquisa buscou analisar os significados do brincar para um grupo de adultos de 40 a 60 anos. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório, utilizando-se do grupo focal como instrumento para a produção de dados. Foram realizados três encontros com tempo de duração de uma hora cada, na Universidade do Vale do Taquari - Univates, visando investigar o fenômeno a ser estudado a partir de propostas elaboradas pela pesquisadora. A análise de dados foi construída através da análise textual discursiva. Com isso, foram criadas quatro categorias: Brincadeiras de antigamente: o adulto voltando a ser criança; Construindo novos significados sobre o brincar na adultez; O brincar relacionado à escolha profissional e ao gênero; e, Brincar é dançar contra o tempo. A análise e discussão dos resultados revelaram que o brincar na adultez ainda se faz presente, apenas configura-se de modos diferentes, isso porque as alterações físicas e as responsabilidades restringem a capacidade e o tempo do adulto em se envolver no ato de brincar, fazendo-se necessário criar novas formas para exercê-lo. Conclui-se que o brincar é essencial para o cuidado em saúde mental, promovendo o desenvolvimento do sujeito para que ele possa construir novos significados em sua vida.
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Análise das pulsões de vida e de morte através das pinturas Vanitas como ferramenta para a construção da escuta do analista
(2019-06) Rui, Michele Dametto; Machado, Pâmela De Freitas; http://lattes.cnpq.br/8633912103771856
O estudo da psicanálise apresenta diversos conceitos que permitem compreender o funcionamento das estruturas psíquicas. Dois desses conceitos são as pulsões de vida e de morte, forças que podem ser tanto internas como externas, e que têm como objetivo descarregar-se em um objeto ou representante. Para compreender como ocorre essa dinâmica em cada indivíduo, o analista precisa estar sempre em construção a fim de buscar uma escuta qualificada de cada demanda. Nesse sentido, este artigo buscou, por meio da observação e da análise de duas obras vanitas, proporcionar um momento de reflexão acerca desse processo de formação, utilizando os conceitos de studium e punctum, de Barthes. As duas pinturas escolhidas foram “O sonho do cavaleiro” e “Alegoria da transitoriedade”, do pintor espanhol Antonio de Pereda. A partir do estudo das imagens, viu-se que as obras artísticas são capazes de reproduzir as demandas vindas da clínica psicanalítica e, portanto, o analista pode exercitar, por meio da arte, o trabalho criativo da escuta qualificada frente aos impasses que se apresentam.
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Um andar pela escola: possibilidades do Acompanhamento Terapêutico (A.T.)
(2019-06) Bavaresco, Gabriel; Dhein, Gisele; http://lattes.cnpq.br/9630414709702192
O Acompanhamento Terapêutico (A.T.) configura-se como um dispositivo clínico que objetiva a aproximação dos vínculos entre o acompanhado e seu laço social. É marcado pelo seu movimento, pelo setting clínico ser adaptável aos locais em que o sujeito convive e se desenvolve fisicamente e psicologicamente. Dentre os ambientes de sua vivência, a escola se destaca como um dos espaços mais influentes na vida do indivíduo. Portanto, o objetivo deste trabalho é discutir sobre a potência dessa proposta terapêutica dentro da escola como uma estratégia para o desenvolvimento psicossocial de um estudante. Enquanto procedimentos metodológicos, foram analisados os escritos cartográficos produzidos em relação ao andar da prática, elucidando os pontos principais da sua execução. Os relatos foram redigidos em narrativas para a realização da análise e para a inserção de aspectos observados pelo pesquisador. A partir da análise, foi possível observar o A.T. como uma ferramenta potente para problematizar, discutir e identificar os conflitos do cotidiano de um estudante, bem como propor ações para a minimização destes. Ao entrar em contato com a cultura e os espaços ambientados pelo estudante, tornou-se possível destacar aspectos que motivaram seus conflitos e, a partir disso, estabelecer estratégias para a sua solução.
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Atendimento psicológico online de crianças: possibilidades frente à pandemia de coronavírus (COVID-19) no Vale do Taquari
(2020-12) Giovanaz, Lara Júlia; Schwertner, Suzana Feldens; http://lattes.cnpq.br/7506762501479836
Este artigo resulta de um projeto de pesquisa desenvolvido no ano de 2020. Tem como principal objetivo analisar o processo de atendimento psicológico online de crianças realizado por psicólogas do Vale do Taquari em meio à pandemia de coronavírus (COVID-19). O estudo propõe analisar as experiências de profissionais durante este período, apresentando pontos positivos e negativos dos atendimentos online, a participação dos pais e também reflexões em relação ao atendimento presencial. Trata-se de um estudo qualitativo, que foi realizado por meio de entrevistas semiestruturadas com quatro psicólogas. Os dados foram abordados por análise de conteúdo e surgiram quatro categorias. Foi possível perceber o quanto atender de forma online se tornou importante durante esse período atípico, favorecendo a continuidade dos atendimentos e fortalecendo o vínculo terapêutico já existente com as crianças. Dificuldades foram enfrentadas no processo, principalmente em relação à privacidade do setting terapêutico comprometido neste momento.
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Atendimentos psicológicos online: potencialidades e desafios
(2018-09-18) Moutinho, Henriqueta Cristina Althaus; Chaves, Alice Grasiela Cardoso Rezende; http://lattes.cnpq.br/4160985121524552
Com o crescente avanço das tecnologias, o campo da Psicologia vêm se inserindo no mundo virtual através dos atendimentos psicológicos on-line. A recente aprovação da Resolução 011/2018 realizada pelo CFP, demarca o início das psicoterapias on-line sem mais limite no número de sessões estabelecidas. O presente estudo tem como objetivo compreender quais são os desafios e as potencialidades desse tipo de atendimento no Brasil, a partir da percepção dos profissionais que estão inaugurando esta nova modalidade. A metodologia utilizada foi qualitativa, na qual foi aplicado um questionário via on-line, com perguntas abertas. Obteve-se um total de 11 participantes que se enquadraram no critério de inclusão de estarem atuando nessa modalidade há mais de 6 meses e pelo menos um ano de formação em Psicologia. Utilizou-se o método da análise de conteúdo, dividindo o material em cinco categorias: a motivação dos profissionais para aderirem a esta modalidade; o modo dos atendimentos (síncrono ou assíncrono); quais são as diferenças na aliança terapêutica online em comparação com a presencial; as potencialidades e facilidades encontradas nos atendimentos e as dificuldades e desafios identificados no modo on-line. Conclui-se que os atendimentos psicológicos on-line possibilitam maior oferta á Saúde Mental, ainda que possam existir limitações e possíveis adaptações para tal prática. A partir da nova resolução estima-se que mais estudos sejam realizados no Brasil, com o objetivo de investigar e compreender as possíveis conexões entre a Psicologia e a Tecnologia.
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Automutilação não suicida na adolescência: uma compreensão psicanalítica do tratamento
(2023-06) Modesti, Mariana Galeazzi; Zanelatto, Elisângela Mara; http://lattes.cnpq.br/0187043822478808; Dhein, Gisele; Schwertner, Suzana Feldens
A adolescência pode ser entendida como um estado de ser, um tempo único do sujeito que vive imerso em elaborações e escolhas vivenciando novas pulsões decorrentes da puberdade. O presente artigo é o resultado de uma pesquisa vinculada ao Trabalho de Conclusão de Curso e tem por objetivo compreender a perspectiva psicanalítica acerca da automutilação não suicida na adolescência. Este estudo se caracteriza pela natureza qualitativa e apoia-se em dados descritivos. Como método de pesquisa utilizou a entrevista semiestruturada a partir de um roteiro abordando o trabalho psicoterapêutico a adolescentes que se automutilam sem intenção de morrer. Participaram do estudo três psicólogas que atuam há mais de cinco anos ancoradas na abordagem psicanalítica com adolescentes entre 12 e 18 anos de idade. Cada entrevista teve a duração aproximada de 45 minutos e foram gravadas. Elas foram realizadas de modo virtual por meio da plataforma Google Meet, e uma aconteceu de modo presencial. Após, as falas foram transcritas na íntegra. Os dados foram analisados através da Análise de Conteúdo, proposto por Bardin (2011), a partir da construção de um corpus do qual surgiram as categorias a seguir: 1) Adolescência na contemporaneidade: diferentes modos de ser e adoecer; 2) Corpo: marcas e registros de um tempo; 3) Trabalho psicoterapêutico com adolescentes: desafios e possibilidades e 4) Rede de apoio: com quem contar. Como resultado, constatou-se que a intervenção junto aos adolescentes se faz através de uma perspectiva de vínculo que proporcione a criação de mecanismos de enfrentamento salutares para lidarem com suas dores e sentimentos de desamparo.
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Brincadeira é coisa séria: sobre a experiência do brincar na infância dos dias atuais
(2018-09-18) Luz, Isadora Moro Da; Chaves, Alice Grasiela Cardoso Rezende; http://lattes.cnpq.br/4160985121524552
A infância é o período primordial para as brincadeiras, que são essenciais para o desenvolvimento global da criança. A noção de infância, bem como as brincadeiras são criações que sofreram mudanças ao longo do tempo e até hoje continuam se modificando, o que justifica voltarmos nossa atenção para esses aspectos, nos dias atuais. Nessa direção, o presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre como a experiência do brincar tem se constituído na infância contemporânea. A investigação foi realizada em um município do Vale do Taquari/RS, em uma escola particular de Educação Infantil. A cartografia foi utilizada como método de produção de dados, sendo incluídas nesse processo entrevistas de forma lúdica com crianças entre 3 e 5 anos de idade e observações dessas crianças em brincadeiras no ambiente escolar. Percebeu-se que, atualmente, há novas formas de diversão, como com o uso de aparelhos eletrônicos, porém, brincadeiras livres não deixam de fazer parte do cotidiano das crianças, sendo por elas as mais escolhidas.
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Caminhos do cuidado: o itinerário terapêutico de pacientes de saúde mental
(2018-09-18) Jungles, Regina Pereira; Dhein, Gisele; http://lattes.cnpq.br/9630414709702192
Um dos meios de compreender o cuidado em saúde mental é através do itinerário terapêutico, ou seja, a trajetória percorrida pelos sujeitos na busca de cuidado. Pensando nisso, este artigo busca identificar e problematizar o itinerário terapêutico de pacientes internados em leitos de saúde mental em um hospital geral no interior do Rio Grande do Sul. O estudo é qualitativo e desenvolve-se a partir do olhar cartográfico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito pessoas internados no hospital, e, ainda, utilizou-se o diário de campo para produção de dados. De maneira geral, os serviços da rede do município foram acessados pelos sujeitos ao buscarem cuidado, no entanto, vê-se uma fragilidade na busca da atenção básica. Outro ponto foi a banalização do sofrimento psíquico, tanto por parte dos profissionais quanto da família dos pacientes.
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Características sociodemográficas e trauma na infância em mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo
(2024-12-03) Curioni, Carolina Telles Dias; Bücker, Joana; http://lattes.cnpq.br/1252408669562705; Polonio, Denise Fabiane; Schwertner, Rafaela
A violência por parceiro íntimo (VPI) em mulheres é considerada uma das maiores problemáticas da humanidade atualmente. Esta pesquisa teve como objetivo investigar os fatores clínicos e sociodemográficos de risco à VPI em mulheres cisgênero, sendo eles o nível de escolaridade, a renda, a ocorrência de traumas na infância, o consumo de álcool, a etnia das vítimas e a prevalência de diferentes formas de violência dentre as mulheres vítimas de VPI, a fim de melhor compreender os fatores de risco presentes na cidade de Lajeado, no Rio Grande do Sul. A amostra possui 187 mulheres voluntárias, sendo 84 do grupo VPI e 103 mulheres do Grupo Controle (CG), recrutadas por meio do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e do público em geral. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário sociodemográfico e as escalas Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) e Revised Conflict Tactics Scales (CTS2). A análise estatística revelou diferenças significativas nas variáveis idade, renda, anos de estudo e trauma na infância (p<0,05), no entanto as variáveis etnia (p=0,231) e uso de álcool (p=0,113) não demonstraram diferenças significativas entre os grupos. Das 84 voluntárias que sofreram uma ou mais formas de violência dentre as cinco tipificadas pela Lei Mª da Penha, 56 (66,7%) sofreram violência física, 74 (88,1%) sofreram alguma forma de violência psicológica, 33 (39,3%) reconheceram ter sofrido violência sexual dentro do relacionamento, 27 (32,1%) sofreram violência patrimonial e 39 (46,4%) sofreram violência moral. Os resultados encontrados confirmam a influência de variáveis sociodemográficas como idade, renda, escolaridade e traumas na infância na vulnerabilidade das mulheres à vivenciarem VPI, além de destacar a predominância de violências psicológica, física e sexual, em consonância com achados da literatura nacional e internacional.
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Ciúme e traços de personalidade em universitários
(2018-09-18) Schuster, Fernanda Elisa; Boff, Raquel De Melo; http://lattes.cnpq.br/9543616469116157
Pertinentes a relacionamentos amorosos, especialmente, o ciúme vem se tornando uma das emoções mais comentadas neste âmbito, uma vez que este possui diversos entendimentos e intensidades. Desta forma, com o objetivo de identificar de quem são as pessoas ciumentas, este estudo quantitativo avaliou a relação entre ciúme e traços de personalidade em universitários, uma vez que se percebe a necessidade de entendimento desta emoção para que pudesse compreendê-la, bem como, pensar estratégias para lidar com esse fenômeno, que vem se fazendo presente nas relações. Participaram deste estudo 136 de uma Universidade privada do interior do Rio Grande do Sul. Destes 67 homens e 69 mulheres com idade média de 23.03 (DP=5.50). Em relação a quantos se consideram ciumentos, 56.6% dos participantes consideram-se e 43.4% como não ciumentos. A maioria dos participantes (61%) reconhece o ciúme enquanto uma emoção. Em relação aos traços de personalidade, apresentaram significância, afago e ciúme (p=0.000), resultando em uma correlação moderada, o fator de dominância (p=0.038), apresentando correlação de forma bem fraca, exibição e ciúme (p=0.000), agressão e ciúme (p=0.000) e intracepção e ciúme (p=0.012) obtendo uma correlação fraca. Assim, é possível vermos que o ciúme interfere na qualidade de vida do ciumento, como também, na qualidade do relacionamento íntimo que por ele é valorizado.
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A clínica psicanalítica e seu encontro com a arte
(2017-01) Puhl, Claudine Diana; Londero, Mário Francis Petry; http://lattes.cnpq.br/3673100073791964
Na clínica, os processos de criação são relevantes, tanto na intervenção por parte do terapeuta, como para o paciente, e a arte, em sua potência de criação, pode ser uma ferramenta facilitadora para o acesso aos conteúdos inconscientes quando tratamos da escuta psicanalítica. A partir disso, abordaremos neste artigo algumas interlocuções entre a arte e a clínica psicanalítica, com o objetivo de pensar seus enlaces e suas criações, trazendo à cena o movimento surrealista para pensar a teoria psicanalítica e assim reciprocamente. É um estudo qualitativo, no qual utilizou-se o método de análise bibliográfica para sua construção. Para a pesquisa, foram incluídos artigos e livros que tratam do tema arte e clínica psicanalítica. Realizou-se a coleta de dados a partir de pesquisas de livros e artigos que falam da temática e que serviram como base para as análises pretendidas. Concluímos a partir deste estudo que, tanto a arte quanto a clínica têm um papel de abrir o ser sensível de cada sujeito no que tange suas afetações, onde tanto a arte quanto a clínica psicanalítica têm o papel de criar, recriar e desconstruir formas para o nascimento de singularidades que desenrolam e movimentam a vida. Possibilitando aquele que foi tocado pela arte e/ou pela clínica ser um devaneador, sujeito que resiste a restrição de um caminho cotidianamente já traçado e sem possibilidade de invenções.
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Concepções de família a partir do olhar de sujeitos com Síndrome de Down
(2018-01) Oliveira, Evelize Maia De; Chaves, Alice Grasiela Cardoso Rezende; http://lattes.cnpq.br/4160985121524552
O presente estudo investigou as percepções de alguns sujeitos com Síndrome de Down, acerca da sua compreensão de família e dos membros que dela fazem parte. A aposta deste trabalho esteve centrada na ideia de que esses sujeitos, mesmo com todas as limitações e dificuldades em decorrência da síndrome, seriam capazes de expressar suas concepções de família. Esta pesquisa caracterizou-se como qualitativa e participaram deste estudo quatro adultos dos sexos femininos e masculinos que frequentam semanalmente um serviço especializado para tal demanda numa cidade do interior do Rio Grande do Sul. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada e uma dinâmica, na qual foi solicitado aos participantes que produzissem um desenho em que expressasse a ideia de família. Como resultados verificamos não só as diversas concepções das famílias expressas pelos participantes, como também a comprovação de nossa aposta no que diz respeito ao potencial de fala e expressão desses.
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Contando histórias sobre a morte
(2018) Conrad, Jaqueline Maria; Schwertner, Suzana Feldens; http://lattes.cnpq.br/7506762501479836
Conversar com as crianças sobre morte ainda é entendido como um tabu pela sociedade. Por isso, torna-se relevante ser estudado, compreendendo a morte como um processo natural do ser humano e que precisa ser abordado com seriedade e sensibilidade. A literatura infantil aparece uma possibilidade sensível para tratar sobre tema. Haveria, nos livros infantis do Projeto Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE), obras que envolvam o tema da morte? Como os livros indicados no PNBE para Educação Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental abordam a temática? Buscou-se, assim, nas obras recomendadas pelo PNBE, os livros que apresentassem a temática da morte como parte do ciclo vital. Nesta lista, foram encontrados três livros, os quais foram analisados por meio da Análise Textual e Discursiva. Os livros retratam que o tema pode e deve ser trabalhado com crianças de forma leve, bem humorada como na história Era uma vez três velhinhas…; em outros momentos, pode ser apresentado por meio de personagens marcantes, como em Irmã-Estrela; ou ainda, apresentar de forma sensível e poética um período conturbado da história da humanidade, que além de informar, pode levá-las à sensibilização e reflexão sobre o tema, como no livro Fumaça. Torna-se importante que a literatura infantil seja reconhecida pelos profissionais da Saúde e da Educação como um elemento terapêutico, possibilitando que as crianças divirtam-se, emocionem-se e reflitam sobre esse tema pertinente e tão presente em seus cotidianos e na vida de todos.
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As contribuições da disciplina positiva no relacionamento entre pais e filhos: estudo de revisão integrativa da literatura
(2021-06) Schwingel, Carolina Pagliarin Tunnermann; Zanelatto, Elisângela Mara; http://lattes.cnpq.br/0187043822478808
A Disciplina Positiva é uma prática educativa parental, baseada em dois princípios: gentileza e firmeza, e vem sendo utilizada por muitos pais. Destaca-se que esta Revisão Integrativa de literatura atual teve por objetivo verificar as contribuições da Disciplina Positiva no relacionamento entre pais e filhos. Para definição da amostra de pesquisa deste tema foram utilizados, como critérios de busca, artigos disponíveis nas bases SciELO, CAPES, PePSIC, BV Saúde e LILACS. Os descritores selecionados foram: "disciplina positiva" e "relacionamento familiar” e suas combinações. Para o estudo foram selecionados três artigos elaborados nos últimos 10 anos, em língua portuguesa, espanhola e inglesa. Estes foram lidos, analisados e agrupados por identificação de temáticas. A partir deste trabalho de análise, foi possível estabelecer duas categorias: 1. O impacto da abordagem parental no relacionamento familiar: a importância da Disciplina Positiva e 2. A relação entre as práticas educativas e a saúde emocional da criança. Verificou-se na análise das pesquisas que as práticas educativas parentais, baseadas na Disciplina Positiva, influenciam positivamente no comportamento e no desenvolvimento das habilidades sociais dos filhos, assim como no relacionamento familiar. Conclui- se que pelas evidências dos estudos pode-se sugerir a Disciplina Positiva como uma forma de educação assertiva, com ganho no relacionamento intrafamiliar e com aumento do desenvolvimento das habilidades sócioemocionais da criança. Sugere-se a realização de mais estudos sobre a temática, visto a escassez de materiais que abordam este assunto na língua portuguesa.