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- ItemAcesso AbertoRelação entre a dieta e o polimorfismo rs9939609 do gene FTO e a interação entre os marcadores bioquímicos e nutricionais(2014-06-05) Bitello, Adriana Regina; Genro, Júlia Pasqualini; Bosco, Simone Morelo Dal; http://lattes.cnpq.br/7178064166635277Introdução: O aumento da obesidade mundial é motivo de preocupação, sendo considerado fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas: como obesidade, diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão, a hipercolesterolemia e doenças cardiovasculares. A ciência da nutrigenética vem sendo estudada com o intuito de desvendar a forma com que os fatores ambientais, principalmente a dieta se relacionam com os fatores genéticos, influenciando no aparecimento destas patologias. Objetivo: Esta dissertação teve como objetivo investigar a relação entre o consumo alimentar e o polimorfismo rs9939609 no gene Fat Mass and Obesity Associated (FTO). O gene FTO está relacionado com massa gorda e aumento do índice de massa corporal sobre parâmetros bioquímicos e antropométricos. Metodologia: Participaram da pesquisa 346 indivíduos, de ambos os gêneros, frequentadores do ambulatório de nutrição do Universidade do Vale do Taquari Univates-RS-Brasil. Dados do perfil antropométrico (peso, altura, medidas de circunferências e percentual de gordura corporal) e de consumo alimentar (carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, colesterol e micronutrientes) dos indivíduos foram coletados por profissionais treinados no ambulatório de Nutrição. As variáveis do consumo alimentar foram obtidas através do método de recordatório alimentar de 24 horas, utilizando o software DietWin Professional (versão 2008). Os parâmetros bioquímicos (glicose de jejum, colesterol e triglicerídeos) foram determinados usando kits comerciais da marca Bioclin®. O Ácido desoxirribonucléico (DNA) dos participantes foi extraído pelo método de sal. O polimorfismo rs9939609 foi genotipados através da técnica de discriminação alélica Taqman (Applied Biosystems). As frequências alélicas foram estimadas por contagem direta e o Equilíbrio de Hardy-Weinberg calculado através do teste do qui-quadrado. A comparação entre o consumo alimentar de macronutrientes e micronutrientes, glicemia de jejum, perfil lipídico e parâmetros antropométricos foram realizada através de modelos lineares gerais univariados. As interações gene-nutriente foram testadas por meio de regressão linear múltipla, com modelagem backward stepwise manual. Resultados: Na população estudada o peso e índice de massa corporal (IMC) apresentaram-se limítrofes. Não foi observado diferenças significativas no consumo alimentar de macronutrientes e micronutrientes, de fibras totais e de colesterol entre os genótipos. Quando analisado glicemia, perfil lipídico, parâmetro antropométricos e gasto calóricos apenas o Colesterol HDL e Colesterol LDL (mg/dl) apresentaram significância (P=0,041 e 0,044) respectivamente em relação ao genótipo heterozigoto TA. Foram detectadas interações significativas entre o genótipo TA e o consumo alimentar elevado de carboidratos em relação ao aumento do Colesterol HDL (P=0,012), assim como a relação do consumo baixo de vitamina B12 em aumento ao percentual de gordura corporal (P=0,0003). Em relação ao genótipo AA observamos uma interação significativa quanto ao consumo baixo de proteínas e o aumento dos níveis de triglicerídeos (P=0,0182), bem como nos parâmetros antropométricos, que os indivíduos homozigotos A que consumiam doses baixas de vitamina A e gorduras, apresentavam relação cintura-quadril (RCQ) aumentada (P=0,020 e 0,0022) respectivamente. Conclusão: O alelo A, inicialmente considerado de risco para obesidade nesta população caracterizada saudável não apresentou risco quanto ao IMC elevado. A variante genética do gene FTO apresentou influencia sobre alguns parâmetros bioquímicos e antropométricos, em relação ao consumo de carboidratos e proteínas sobre o perfil lipídico e também sobre o consumo das gorduras e vitaminas sobre o percentual de gordura corporal e razão cintura-quadril. Considerando os poucos achados nesta área até o momento, ressalta-se a importância da realização de novas pesquisas, de forte impacto estatístico, para confirmar nossos achados.
- ItemAcesso AbertoAvaliação da atividade antioxidante e antibacteriana de extratos aquosos e etanólicos de plantas da família Myrtaceae frente ao micro-organismo Escherichia coli(2014-06-05) Bianchetti, Paula; Stülp, Simone; Ethur, Eduardo Miranda; http://lattes.cnpq.br/0536800052883688Escherichia coli (E. coli) é uma bactéria enteropatogênica que ocorre naturalmente na microbiota intestinal, sendo que seus efeitos patogênicos ocorrem, principalmente, por inadequado tratamento dos alimentos, tanto no processo de cozimento como nos processos de higienização. Como resposta a infecção por esta bactéria ocorrem diarreias e desidratação que podem levar ao óbito. Na cultura popular é comum a utilização de plantas com fins medicinais para obter a cura de patologias, no entanto é necessário que sejam realizados estudos sobre as plantas a serem utilizadas, pois elas apresentam uma grande e diversificada gama de compostos. Entre eles se podem citar os compostos fenólicos que são os principais metabólitos secundários das plantas. As plantas da família Myrtaceae são muito conhecidas pela sua composição química, que envolve uma interessante quantidade de compostos fenólicos, estes estão relacionados a ação antimicrobiana de diversos extratos de plantas. O objetivo deste trabalho foi quantificar os compostos fenólicos por espectrofotometria, identificar a atividade antioxidante por voltametria cíclica avaliar o potencial antimicrobiano contra a bactéria E. coli de extratos aquosos e etanólicos das plantas Eugenia anomala, Eugenia arenosa, Eugenia pitanga e Psidium salutare, todas da família Myrtaceae. Os resultados obtidos demonstraram que os extratos estudados de todas as plantas apresentam atividade antioxidante sobre o eletrodo de carbono vítreo e eletrodo de Co-ftalocianina, sendo que os extratos aquosos e etanólicos da E. pitanga e P. sautare apresentaram ação antioxidante mais eficaz que as demais plantas. Enquanto que os melhores resultados obtidos para a atividade bacteriostática foi de 2,5 mg/mL para o extrato etanólico de E. arenosa e para o extrato aquoso de E. pitanga; e a menor concentração da atividade bactericida foi de 10 mg/mL para o extrato aquoso de E. arenosa.
- ItemAcesso AbertoInvestigação do papel de polimorfismos da região cromossômica 9p21 em uma amostra de pacientes submetidos ao exame de cateterismo cardíaco(2014-06-05) Gerhardt, Kátia; Contini, Verônica; http://lattes.cnpq.br/3166654315161244A doença arterial coronariana (DAC) caracteriza-se por depósitos de placas de gordura na parede das artérias coronárias, ocasionando assim a aterosclerose. A DAC é uma doença multifatorial, complexa e de alta incidência mundial, que resulta em elevado custo socioeconômico, envolvendo dispêndio com medicamentos, internações repetidas, perda de produtividade, aposentadorias precoces, cirurgias e, ocasionalmente, transplante cardíaco. Dentre os fatores de risco associados com a DAC, os estudos genéticos têm demonstrado que polimorfismos na região cromossômica 9p21 estão fortemente associados ao desenvolvimento da doença e suas complicações. Esta dissertação tem como objetivo investigar o papel de dois polimorfismos da região 9p21 rs10757274 e rs1333049 no desenvolvimento da DAC em uma amostra de pacientes submetidos ao exame de cateterismo cardíaco. A amostra foi constituída de 689 indivíduos adultos oriundos do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Bruno Born de Lajeado, RS. Os pacientes foram classificados em casos e controles com base na presença de estreitamento do lúmen do vaso das artérias coronárias, avaliadas por um cardiologista, de acordo com os laudos obtidos dos exames de cateterismo. Foram coletadas amostras de sangue para posteriores análises moleculares e bioquímicas, que serão realizadas nos Laboratórios do Universidade do Vale do Taquari Univates. As frequências alélicas e genotípicas foram estimadas por contagem direta e o Equilíbrio de Hardy-Weinberg calculado através do teste do qui-quadrado. As análises estatísticas empregadas para comparar casos e controles envolveram o teste do qui-quadrado. Os efeitos dos polimorfismos nas variáveis clínicas dos pacientes foram avaliados através de modelos lineares gerais univariados. Não foi encontrada associação significativa entre os polimorfismos rs1333049 e rs10757274 em pacientes casos e controles com o risco de desenvolver DAC. Houve diferença significativa entre casos e controles em relação idade, sendo que os pacientes casos possuem idade média maior do que os controles. Também houve diferença significativa entre casos e controles em relação ao gênero, sendo que 57,8% dos indivíduos são do gênero masculino em casos. Observou-se uma diferença significativa de IMC aonde pacientes controles tiveram o IMC maior em relação aos casos. Referente aos parâmetros bioquímicos houve diferença significativa na comparação dos pacientes casos e controles nos níveis de HDL-colesterol, sendo significativamente menor em casos quando comparados com os pacientes controles. Também foi detectada uma diferença significativa no uso de medicamentos para dislipidemias, sendo maior em pacientes casos. Em nosso estudo, não encontramos nenhum efeito principal das variantes investigadas no risco de desenvolver DAC ou nas variáveis clínicas da amostra. No entanto, detectamos uma interação significativa entre os alelos de risco dos polimorfismos e a classificação em casos e controles na determinação dos níveis de colesterol total e colesterol LDL. Em casos, a presença dos alelos de risco parece estar associada com níveis mais baixos de colesterol, diferente do observado para os indivíduos classificados como controles, que exibem efeito oposto. Não podemos excluir a importância dos polimorfismos da região 9p21 nos desfechos e no desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Estudos com amostras maiores e em diferentes populações devem ser realizados para avaliar a relação entre estes polimorfismos e o risco de desenvolver DAC.
- ItemAcesso AbertoAvaliação do potencial da levedura Kluyveromyces Spp. para biotransformação da lactose do soro de ricota e permeado de soro de queijo em etanol(2014-09-29) Burlani, Elvio Leandro; Barden, Júlia Elisabete; Souza, Claucia Fernanda Volken de; http://lattes.cnpq.br/4215540900949347No setor industrial muitos resíduos gerados são tratados e posteriormente descartados nos cursos hídricos. Na indústria láctea para produção de um quilo de queijo são gerados nove litros de soro de queijo, resíduo de elevada carga orgânica, rico em aminoácidos essenciais e vitaminas de importância nutricional. Algumas formas de aproveitamento do soro de queijo são a produção de ricota e de concentrado proteico de soro. Porém esses processos geram outros dois resíduos, respectivamente, o soro de ricota e o permeado de soro de queijo, que são importantes contaminantes ambientais devido à sua elevada carga orgânica. O principal constituinte desses resíduos é a lactose, açúcar que pode ser transformado através de processos fermentativos com auxílio de leveduras, em etanol. Este trabalho teve como objetivo utilizar o soro de ricota e o permeado de soro de queijo para a produção de bioetanol, através do emprego de diferentes cepas da levedura Kluyveromyces spp. Inicialmente foi selecionada entre cinco cepas de leveduras, quatro Kluyveromyces marxianus e uma Kluyveromyces lactis, a que apresentava maior produção de etanol a partir do soro de ricota e permeado de soro de queijo. Nessa etapa foi avaliado também o emprego dos subprodutos, soro de ricota e permeado de soro, nas formas autoclavado e não autoclavado. Posteriormente, empregando a cepa selecionada e a metodologia de planejamento experimental, foram estudados os efeitos do pH inicial, temperatura de incubação e concentração inicial de lactose sobre a produção de etanol, tanto para o soro de ricota e permeado de soro de queijo. Após, avaliou-se em biorreator de 3 L a conversão da lactose em etanol pela cepa selecionada para ambos os subprodutos. Como última etapa do trabalho realizou-se a estimativa de investimento em uma estação de tratamento de efluentes (ETE) e em uma usina de biotransformação de soro de ricota e permeado de soro de queijo. A melhor produção de etanol foi com soro de ricota e permeado de soro de queijo autoclavados utilizando a cepa da levedura Kluyveromyces marxianus ATCC 46537, que produziu 15,75 e 10,40 g/L de etanol, respectivamente. No planejamento experimental foi observada que a fermentação da lactose presente no soro de ricota e permeado de soro de queijo foi mais eficiente com temperaturas entre 35 e 45º C e pHs entre 4 e 5. Com esse estudo foi possível estimar que o investimento de uma usina pode ser viável ao longo de 10 anos, mesmo com um custo elevado de investimento. Além disso, a usina gera lucro, já na ETE o investimento para a instalação é alto e não gera lucro. Os resultados obtidos indicam que é possível obter etanol a partir da lactose presente no soro de ricota e no permeado de soro de queijo empregando a levedura Kluyveromyces marxianus ATCC 46537.
- ItemAcesso AbertoObtenção de hidrolisados enzimáticos de minhoca e estudo das suas propriedades funcionais(2014-09-29) Rodrigues, Mariano; Ethur, Eduardo Miranda; Hoehne, Lucélia; http://lattes.cnpq.br/1088266827926373Hidrolisados são proteínas que por ação química ou enzimática produzem peptídeos de vários tamanhos, sendo que pelo método enzimático o valor nutricional da proteína é mantido, sem a degradação dos aminoácidos. Vários pesquisadores demonstraram a possibilidade de se obter hidrolisados proteicos de origem animal a partir de enzimas, utilizando como matéria prima peixes e frango, podendo estes serem utilizados em alimentos, visto que promovem a modificação das propriedades funcionais das proteínas. As minhocas apresentam cerca de 70% de proteínas (base seca) e vêm sendo utilizadas no Brasil na alimentação de pequenos animais, sob a forma de farinha e também na transformação de resíduos orgânicos em húmus. Sendo assim este trabalho teve como objetivo obter hidrolisados proteicos utilizando como matéria - prima a minhoca e avaliar as suas propriedades funcionais, visto que a mesma apresenta elevado valor nutricional e até hoje tem sido pouco utilizada na obtenção destes produtos. Para isto, os hidrolisados foram obtidos após hidrólise enzimática, variando-se a concentração enzima/substrato, pH, temperatura, tempo de hidrólise e agitação do meio, e utilizando como enzimas as proteases Alcalase e Flavourzyme (Novozymes), a partir de um planejamento experimental. Os produtos obtidos foram avaliados com relação ao grau de hidrólise, a fim de se obter a condição mais adequada para a formação da maior quantidade de proteína solúvel, sendo então realizado um estudo de suas propriedades funcionais e teor de aminoácidos por cromatografia a líquido de alta eficiência. Os resultados demonstraram que a condição mais adequada para a obtenção da maior fração solúvel foi em meio alcalino e utilizando a enzima Alcalase, sendo que o produto apresentou algumas propriedades funcionais e praticamente todos os aminoácidos essenciais. Dessa forma a minhoca surge como uma nova e importante fonte na obtenção de hidrolisados, sendo que no futuro pode ser fornecido ao mercado um bioproduto que possa ser usado na alimentação de pequenos animais.
- ItemAcesso AbertoAvaliação da influência do polimorfismo RS1799722 do gene BDKRB2 e de fatores ambientais sobre variações nos níveis de pressão arterial(2014-09-29) Giovanella, Janine; Bosco, Simone Morelo Dal; Contini, Verônica; http://lattes.cnpq.br/3166654315161244A hipertensão arterial acarreta diversos problemas à saúde, principalmente relacionados às doenças cardiovasculares. É considerada uma doença complexa, multifatorial, onde interagem diversos genes e fatores ambientais. O objetivo principal deste estudo é investigar a relação entre o polimorfismo rs1799722 do gene codificador do receptor de bradicinina (BDKR2B) e os fatores ambientais (consumo de sódio, potássio e a prática de exercício físico) na variação dos níveis de pressão arterial. A amostra é composta de 338 indivíduos adultos, homens e mulheres, na faixa etária de 18 a 65 anos, oriundos do Ambulatório de Nutrição do Universidade do Vale do Taquari UNIVATES, de Lajeado, RS. Todos os participantes do estudo foram investigados por anamnese, parâmetros antropométricos, recordatório alimentar e aferição da pressão arterial. As variáveis de consumo alimentar de sódio e potássio foram obtidas através do método de recordatório alimentar de 24 horas, utilizando o software DietWin Professional (versão 2008). Os parâmetros bioquímicos (glicose de jejum, colesterol e triglicerídeos) foram determinados usando kits comerciais da marca Bioclin®. A prática de exercício físico foi avaliada pelo gasto calórico em exercício. A extração do DNA foi realizada a partir de uma adaptação da técnica descrita por Lahiri e Nurnberger (1991). O polimorfismo do gene BDKR2B foi genotipado pela técnica de discriminação alélica TaqMan (Applied Biosystems ®). As frequências alélicas foram estimadas por contagem direta e o Equilíbrio de Hardy-Weinberg calculado através do teste do qui-quadrado. A comparação dos níveis de pressão arterial, do gasto calórico em atividade, da glicemia de jejum, do perfil lipídico e dos parâmetros antropométricos entre os diferentes genótipos foi realizada através de modelos lineares gerais univariados. As interações gene-nutriente foram testadas por meio de regressão linear múltipla, com modelagem backward stepwise manual. Nossos resultados não evidenciaram nenhum efeito principal do polimorfismo nas variáveis investigadas, sendo observado, no entanto, uma interação entre a variante genética e o consumo de potássio na variação da pressão arterial sistólica, onde o aumento do consumo de potássio na dieta, para os indivíduos de genótipo TT, tiveram os níveis aumentados.
- ItemAcesso AbertoAplicação de soro de ricota na elaboração de bebida láctea fermentada funcional(2014-09-29) Schlabitz, Cláudia; Souza, Claucia F. V. De; Hoehne, Lucélia; http://lattes.cnpq.br/1088266827926373As indústrias de laticínios geram grande quantidade de resíduos, principalmente o soro de queijo e de ricota, que são altamente poluentes. A utilização do soro de ricota para a produção de bebidas lácteas transforma este resíduo em matéria-prima, agregando valor e diminuindo custos de tratamento do efluente gerado. A adição de substâncias que venham a atribuir características funcionais pode tornar a bebida láctea mais atrativa ao consumidor. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi elaborar uma bebida láctea fermentada funcional com incorporação de soro de ricota, prebióticos(s), probióticos(s) e antioxidante(s), possibilitando a redução da quantidade de soro incorporado às águas residuárias dos laticínios da região. Para isso, foram produzidas bebidas lácteas conforme delineamento fatorial completo 22, com 2 variáveis independentes em dois níveis equidistantes (-1 e +1), três repetições no ponto central (nível 0) acrescido de 4 pontos axiais (-α e +α), onde α = ± (2n)1/4, sendo n o número de variáveis independentes. As concentrações de soro de ricota e leite em pó foram as duas variáveis avaliadas em 5 níveis (-1,41, -1, 0, +1, +1,41) resultando em 11 amostras. As formulações foram submetidas a análises de pH, acidez, proteína, gordura, açúcares redutores, cinzas e minerais, perfil reológico, avaliação sensorial e contagem de coliformes a 36º e a 45ºC e dos grupos específicos de bactérias láticas (Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium spp. lactis e Sreptococcus termophilus). Após a análise sensorial, a formulação mais aceita foi determinada por metodologia de superfície de resposta para preparo das formulações com antioxidantes. Nesta segunda etapa do estudo, foram preparadas 5 formulações contendo vitamina C, E e/ou resveratrol e estas foram avaliadas durante 45 dias para determinação da atividade antioxidante. Os resultados obtidos na primeira etapa mostram ser possível a elaboração de bebida láctea fermentada prebiótica e probiótica com até 70% de soro de ricota, atendendo a legislação vigente (IN nº 16 de 23 de agosto de 2005) e com resultados satisfatórios na análise sensorial, com índice de aceitabilidade superior a 70% em todas as formulações produzidas conforme planejamento experimental. Desta forma, a bebida láctea se mostrou uma forma viável para a utilização de soro de ricota como matéria-prima, diminuindo o efluente gerado em laticínios e, consequentemente, reduzindo gastos com seu tratamento e o impacto ambiental gerado pelo seu descarte inadequado. Ainda, na segunda etapa do estudo, a elaboração de bebida láctea com adição de substâncias antioxidantes mostrou que a vitamina C possui maior capacidade antioxidante, além de manter-se mais estável em relação ao resveratrol, à vitamina E e sua combinação. Os testes realizados através de voltametria cíclica não possibilitaram que a melhor condição fosse obtida. Nas duas metodologias utilizadas, a complexidade da matriz dificultou a análise dos resultados. Desta forma, mais estudos são necessários para verificar a atividade antioxidante deste tipo de amostra.As indústrias de laticínios geram grande quantidade de resíduos, principalmente o soro de queijo e de ricota, que são altamente poluentes. A utilização do soro de ricota para a produção de bebidas lácteas transforma este resíduo em matéria-prima, agregando valor e diminuindo custos de tratamento do efluente gerado. A adição de substâncias que venham a atribuir características funcionais pode tornar a bebida láctea mais atrativa ao consumidor. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi elaborar uma bebida láctea fermentada funcional com incorporação de soro de ricota, prebióticos(s), probióticos(s) e antioxidante(s), possibilitando a redução da quantidade de soro incorporado às águas residuárias dos laticínios da região. Para isso, foram produzidas bebidas lácteas conforme delineamento fatorial completo 22, com 2 variáveis independentes em dois níveis equidistantes (-1 e +1), três repetições no ponto central (nível 0) acrescido de 4 pontos axiais (-α e +α), onde α = ± (2n)1/4, sendo n o número de variáveis independentes. As concentrações de soro de ricota e leite em pó foram as duas variáveis avaliadas em 5 níveis (-1,41, -1, 0, +1, +1,41) resultando em 11 amostras. As formulações foram submetidas a análises de pH, acidez, proteína, gordura, açúcares redutores, cinzas e minerais, perfil reológico, avaliação sensorial e contagem de coliformes a 36º e a 45ºC e dos grupos específicos de bactérias láticas (Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium spp. lactis e Sreptococcus termophilus). Após a análise sensorial, a formulação mais aceita foi determinada por metodologia de superfície de resposta para preparo das formulações com antioxidantes. Nesta segunda etapa do estudo, foram preparadas 5 formulações contendo vitamina C, E e/ou resveratrol e estas foram avaliadas durante 45 dias para determinação da atividade antioxidante. Os resultados obtidos na primeira etapa mostram ser possível a elaboração de bebida láctea fermentada prebiótica e probiótica com até 70% de soro de ricota, atendendo a legislação vigente (IN nº 16 de 23 de agosto de 2005) e com resultados satisfatórios na análise sensorial, com índice de aceitabilidade superior a 70% em todas as formulações produzidas conforme planejamento experimental. Desta forma, a bebida láctea se mostrou uma forma viável para a utilização de soro de ricota como matéria-prima, diminuindo o efluente gerado em laticínios e, consequentemente, reduzindo gastos com seu tratamento e o impacto ambiental gerado pelo seu descarte inadequado. Ainda, na segunda etapa do estudo, a elaboração de bebida láctea com adição de substâncias antioxidantes mostrou que a vitamina C possui maior capacidade antioxidante, além de manter-se mais estável em relação ao resveratrol, à vitamina E e sua combinação. Os testes realizados através de voltametria cíclica não possibilitaram que a melhor condição fosse obtida. Nas duas metodologias utilizadas, a complexidade da matriz dificultou a análise dos resultados. Desta forma, mais estudos são necessários para verificar a atividade antioxidante deste tipo de amostra.
- ItemAcesso AbertoInvestigação dos polimorfismos C936T do gene VEGF e C242T do gene p22phox no diabetes mellitus tipo 2 e relação com a polineuropatia distal diabética(2014-10-06) Ghisleni, Melissa Mottin; Biolchi, Vanderlei; Pozzobon, Adriane; http://lattes.cnpq.br/5326585242755050Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doença crônica não transmissível, caracteriza-se por níveis elevados de glicose no organismo, correspondendo a mais de 90% dos casos de diabetes mellitus. Uma das manifestações das complicações crônicas do DM2 são as microangiopatias, que se manifestam como nefropatia, neuropatia e retinopatia diabética. A polineuropatia distal sensoriomotora é a forma mais comum de neuropatia diabética e está presente em cerca de 50% das pessoas com DM. Objetivo: A presente pesquisa teve como objetivo investigar as frequências genotípicas e alélicas dos polimorfismos de único nucleotídeo (SNP) C936T do gene VEGF e C242T do gene p22phox e verificar a associação com o DM2, perfil antropométrico e lipídico, e sinais e sintomas de polineuropatia distal diabética. Métodos: A amostra foi dividida em dois grupos, sendo um composto por pessoas com DM2 (grupo DM2; n = 98) e outro composto por pessoas sem a doença (grupo controle; n = 104). A análise dos polimorfismos foi feita pela reação em cadeia da polimerase seguida de digestão enzimática por enzima de restrição (PCR-RFLP). Além disso, avaliou-se o perfil lipídico e antropométrico. Em uma amostra de 40 pessoas componentes do grupo DM2, foram aplicados testes de sensibilidade tátil, vibratória, e do reflexo calcâneo nas extremidades inferiores para detecção de sinais de neuropatia, além do Escore de Sintomas Neuropáticos, para classificação dos sintomas. Os dados paramétricos foram analisados através do teste t de Student, e não paramétricos através do teste de Mann-Whitney. As distribuições genotípicas e alélicas foram verificadas através do teste Qui-quadrado seguido pelo teste exato de Fisher. O risco de diabetes corrigido pela idade foi analisado por regressão logística binária, assim como a análise das associações entre as frequências genotípicas e alélicas, os níveis de perfil lipídico, os testes de sensibilidade nas extremidades inferiores e o grau de sintomas neuropáticos. Resultados: Houve diferença significativa entre os grupos em relação à idade, ao índice de massa corporal e aos níveis de colesterol total e LDL (P < 0,001). Para ambos os polimorfismos, as frequências genotípicas estiveram de acordo com o Equilíbrio de Hardy-Weinberg, não sendo encontrada diferença entre os grupos DM2 e controle. A análise do risco de DM2 corrigido pela idade não evidenciou influência dos genótipos ou alelos. Os perfis antropométrico e lipídico não foram associados aos polimorfismos estudados, entretanto foi encontrada associação do genótipo TT do SNP C242T do gene p22phox com graus mais elevados de índice de massa corporal no grupo DM2 (P = 0,043). Não foram encontradas correlações entre a frequência dos polimorfismos ou alelos e o comprometimento sensorial ou o grau de sintomas neuropáticos. Conclusão: Os polimorfismos C936T do gene VEGF e C242T do gene p22phox não foram relacionados ao DM2 e à polineuropatia distal. A literatura é heterogênea em relação a estes SNP e as complicações do DM2. Além disso, é complexa a interligação entre os fatores de risco para o surgimento do DM2, a predisposição genética e o desenvolvimento de complicações angiopáticas, possivelmente pela variedade étnica das populações estudadas e por fenômenos epigenéticos.
- ItemAcesso AbertoCaracterização molecular de Enterobactérias e Pseudomonas spp. produtoras de ESBL, isoladas em um hospital do interior Rio Grande do Sul(2014-10-06) Prediger, Johan; Pozzobon, Adriane; http://lattes.cnpq.br/5326585242755050Doenças infecciosas são uma das principais causas de morbidade no mundo inteiro, sendo que o uso indiscriminado de antibióticos favorece o desenvolvimento de mecanismos de resistência bacteriana, dificultando o combate às infecções. O número de pacientes infectados por microrganismos resistentes vem aumentando consideravelmente e por isso tem chamado atenção dos serviços de saúde. A presente pesquisa teve como objetivo de verificar a infecção bacteriana e sua resistência aos antibióticos, além da presença de genes produtores de beta-lactamases em um hospital do interior do Rio Grande do Sul. Realizou-se a análise retrospectiva das infecções por bactérias multirresistentes durante o período de janeiro de 2011 a junho de 2012. O isolamento e a identificação das bactérias foram realizados por laboratório terceirizado, e para a avaliação de suscetibilidade aos antimicrobianos foi utilizado o método de difusão de disco, padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). A análise retrospectiva de 374 amostras mostrou que diferentes bactérias apresentaram resistência a um grande número de antibióticos. Dentre as mais prevalentes no estudo e que também apresentaram maior percentual de resistência estavam: Klebsiella spp., Enterobacter spp., Escherichia coli e Pseudomonas spp. Foram coletadas 62 amostras para análise pelo método de triagem para detecção de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL), por aproximação de discos, onde 45% foram classificadas com produtoras de ESBL. A caracterização molecular feita nestes mesmos isolados, realizada pela técnica de Reação em cadeia da polimerase (PCR) identificou o gene TEM em 70,96% dos isolados, o gene SHV em 56,45% e, o gene CTX-M em 91,93%, dos quais 24,19% confirmaram a presença de gene pertencente ao grupo CTX-M1, 14,51% ao grupo CTX-M2 e 22,58% ao grupo CTX-M9. Com o presente estudo conclui-se que os genes CTX-M e TEM foram os mais prevalentes entre os genes dos isolados avaliados. Além disso, também se observa a presença de outros genes produtores de ESBL nas amostras analisadas fato que pode estar relacionado ao alto nível de resistência a antimicrobianos das bactérias estudadas.
- ItemAcesso AbertoImobilização de β-galactosidase através de ligações covalentes multipontuais em suporte contendo grupamentos epoxi(2014-10-06) Rafael, Ruan Da Silva; Sperotto, Raul Antônio; Souza, Claucia Fernanda Volken de; http://lattes.cnpq.br/4215540900949347A enzima β – galactosidase é reconhecida por catalisar a hidrólise da lactose e possibilitar a formação de galactooligossacarídeos. O objetivo do presente trabalho foi estudar diferentes condições de imobilização de β – galactosidases de Aspergillus oryzae e Kluyveromyces lactis utilizando suporte comercial Immobead. Ambas as enzimas foram imobilizadas nos suportes tratados e não tratados com etilenodiamina e submetidas a processos de imobilização uni e multipontual. Os derivados também foram avaliados quanto ao bloqueio dos grupamentos epóxi com glicina. As análises de estabilidade ao armazenamento sob refrigeração, estabilidade térmica, ciclos de reuso para hidrólise da lactose, determinação das propriedades cinéticas e determinação de pH e temperatura ótimos foram realizadas nos derivados obtidos. Os resultados de eficiência de imobilização variaram de 30 a 50% e os valores de rendimento variaram entre 80 e 90%. Modificações químicas no suporte foram realizadas utilizando etilenodiamina com o objetivo de gerar modificações químicas no suporte, causando a rápida adsorção de enzimas e favorecendo a formação de ligações covalentes multipontuais em tempo reduzido. Verificou-se que suportes modificados com etilenodiamina imobilizaram a mesma carga de enzimas em menor tempo, quando comparados a suportes sem modificação. Entretanto, a significativa perda de atividade verificada nesses suportes durante os ciclos de reuso sugere que a superfície do suporte possa ter sido modificada em sua totalidade, dificultando a formação de ligações covalentes e permitindo a lixiviação de enzimas para o meio reacional. Derivados não bloqueados apresentaram perda considerável de atividade enzimática durante a armazenagem, indicando a ocorrência de possíveis distorções da enzima, ocasionadas pela interação de grupamentos epóxi livres. Ensaios submetidos à imobilização multipontual apresentaram melhorias em sua estabilidade térmica. Os valores de Km para as enzimas imobilizadas de K. lactis e A. oryzae foram 49,69 e 55,29 mM, valores superiores àqueles verificados para as enzimas livres (19,11 e 17,37 mM, respectivamente), indicando possíveis alterações conformacionais na estrutura da proteína, resultantes do processo de imobilização. Os resultados indicaram que derivados não tratados com etilenodiamina, submetidos à imobilização covalente multipontual e bloqueio com glicina apresentaram os resultados mais expressivos para as condições estudadas de estabilidade ao armazenamento, estabilidade térmica e ciclos de reuso para hidrólise de lactose. Esses derivados não apresentaram distorções em relação às condições ótimas de temperatura e pH quando comparadas com as respectivas enzimas livres. As β – galactosidases de A. oryzae e K. lactis submetidas à imobilização covalente multipontual no suporte Immobead posteriormente bloqueado com glicina apresentaram as melhores propriedades para futura aplicação industrial.
- ItemAcesso AbertoIncidência dos genes eaeA E stx1 EM Escherichia coli isolada de carcaça suína abatida em frigoríficos comercais na região sul do Brasil(2014-10-06) Machado, Luís Alberto Pereira; Pozzobon, Adriane; Bustamante Filho, Ivan Cunha; http://lattes.cnpq.br/5447836974424243A carne suína representa importante fonte de proteína animal para o mundo, porém vem sendo associada a surtos de toxinfecção alimentar. Uma das causas destes surtos é a contaminação por Escherichia coli (E. coli), encontrada no trato intestinal e ambiente dos suínos abatidos para produção de carnes in natura e industrializadas. No contexto de segurança alimentar, os surtos por Escherichia coli produtoras de toxina Shiga (STEC) são os melhores documentados. No mundo, diversos surtos causados por ingestão de alimentos de origem animal já foram documentados, porem no Brasil, existem poucos dados sobre a ocorrência de STEC em eventos de toxinfecção alimentar, bem como a presença nos animais e, consequentemente, na carne suína. O objetivo deste trabalho foi quantificar a contaminação por E. coli de carcaças suínas abatidos em frigoríficos comerciais localizados nos estados da Região Sul do Brasil, e identificar por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) a presença de E. coli produtora das toxinas stx1 e eaeA. Foram realizados swabs de 272 carcaças suínas em abatedouros frigoríficos localizados nos estados do RS, SC e PR. As contaminações por E. coli foram identificadas em 25 carcaças, sendo 20 estabelecimento do Rio Grande do Sul, cinco no do Paraná e nenhuma amostra positiva na coleta em Santa Catarina. Das amostras positivas foram extraídos DNA para genotipagem por PCR. Nenhuma amostra apresentou o gene stx1, porém o gene eaeA foi identificado em 13 amostras, nas diferentes regiões da carcaça. A identificação da incidência dos genes eaeA e stx1 nas carcaças pela técnica de PCR pode ser uma ferramenta útil no rastreamento da contaminação bacteriana ao longo dos processos do abatedouro, podendo auxiliar na redução de casos de toxinfecções alimentares causadas por E. coli e outros microrganismos.
- ItemAcesso AbertoAvaliação dos polimorfismos RS7903146 e RS12255372 do gene TCF7L2 no desenvolvimento do diabetes Mellitus tipo 2(2014-10-08) Costa, Cristiane Dos Santos; Contini, Verônica; Genro, Júlia Pasqualini; http://lattes.cnpq.br/3177897348100996ntrodução: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença complexa, metabólica e multifatorial que afeta a qualidade de vida dos acometidos. Estima-se que até 2025 ocorra um aumento de 170 % em sua prevalência. O DM2 tem como principal característica a hiperglicemia que a longo prazo leva à disfunções em diversos tecidos e órgãos. As causas da doença envolvem fatores ambientais e fatores genéticos. Dentre os principais genes envolvidos na patogênese dessa doença está o transcription factor 7 like- (TCF7L2) estando fortemente associado ao DM2. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a associação dos polimorfismos rs7903146 e rs12255372 do gene TCF7L2 em uma população de diabéticos e não diabéticos do RS. Metodologia: Participaram da pesquisa 579 indivíduos, sendo 261 portadores de DM2 e 318 saudáveis. Os indivíduos eram provenientes da região do Vale do Taquari e da região metropolitana de Porto Alegre. As amostras do DNA encontravam-se extraídas e estocadas no Laboratório de Biotecnologia da UNIVATES. Os parâmetros bioquímicos (glicose e hemoglobina glicada) foram determinados utilizando kits comerciais da marca Bioclin®. Os polimorfismos foram genotipados através da técnica de descriminação alélica Teqman (Applied Biosystems), em equipamento de PCR em tempo real (StepOne). O equilibrio de Hardy-Weinberg foi calculado através do teste do qui-quadrado. As análises estatísticas foram calculadas comparando diabéticos e não diabéticos e as associações entre os polimorfismos genéticos e as variáveis de gravidade dos indivíduos com DM2 foram avaliadas através do ANOVA para amostras independentes. Resultados: Foram observadas diferenças significativas em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), hemoglobina glicada e glicose nos pacientes diabéticos da região metropolitana. Observou-se uma diferença significativa em relação à frequência alélica do polimorfismo rs7903146 nos pacientes com DM2. Por outro lado, não se encontrou associação positiva comparando portadores do alelo T com as variáveis clínicas (glicose em jejum e hemoglobina glicada). Conclusão: O alelo T, considerado de risco, apresentou-se fortemente associado nos indivíduos diabéticos, confirmando a associação dessa variante com o DM2, sugerindo que ele possa estar influenciando no desenvolvimento do DM2, mas não atue modulando a severidade da doença, uma vez que não encontramos marcadores genéticos para as diferenças bioquímicas. Ressalta-se a importância de novas pesquisas para confirmar esses achados.
- ItemAcesso AbertoIdentificação e caracterização de genes de arroz (Oryza sativa L. ssp. indica) importantes para a tolerância ao frio na fase de germinação(2014-12) Dametto, Andressa; Fett, Janette Palma; Sperotto, Raul Antonio; http://lattes.cnpq.br/0884712531887046; Sperotto, Raul Antonio; Fett, Janette Palma; Silva, Walter Orlando Beys Da; Biolchi, Vanderlei; Maraschin, Felipe Dos SantosO arroz é uma das culturas mais importantes do mundo. No entanto, sua produtividade é muito afetada por diferentes estresses abióticos, incluindo a baixa temperatura, que pode ser prejudicial durante todas as fases de desenvolvimento, desde a germinação até o enchimento dos grãos. Durante a germinação, os sintomas mais comuns dos danos provocados pela baixa temperatura são o atraso e a menor porcentagem de germinação das sementes. No sul do Brasil, a maioria das cultivares de arroz pertence à subespécie indica, que apresenta germinação lenta e não uniforme em baixas temperaturas, resultando em plantações irregulares. A fim de identificar e caracterizar novos genes envolvidos na tolerância ao frio durante a fase de germinação, foram realizadas análises transcricionais (RNAseq) de dois genótipos de arroz da subespécie indica (linhagens irmãs previamente identificadas como tolerante e sensível ao frio) sob tratamento com baixas temperaturas (germinação à 13°C por 7 dias). Foram detectadas 1.361 sequências diferencialmente expressas. Destas, 758 sequências (56%) mostraram-se mais expressas no genótipo tolerante ao frio, enquanto que 603 (44%) mostraram-se mais expressas no genótipo sensível ao frio. Análises posteriores por RT-qPCR de onze sequências selecionadas foram utilizadas para confirmar a elevada qualidade dos resultados do RNAseq. Este estudo revelou que vários processos são mais ativos no genótipo tolerante, incluindo taxas de divisão celular e de crescimento, integridade e extensibilidade da parede celular, absorção de água e capacidade de transporte de membrana, síntese de sacarose, geração de açúcares simples, insaturação de ácidos graxos de membrana, biossíntese de cera, capacidade antioxidante e sinalização por hormônios e Ca+2, levando à adaptação e tolerância ao frio. Por outro lado, o genótipo sensível ao frio responde à baixa temperatura aumentando a síntese de proteínas de choque térmico (HSPs) e deidrinas, além de apresentar uma maior taxa de degradação proteica via ubiquitina/proteassoma e biossíntese de poliaminas. Nossos resultados revelaram características de expressão gênica no processo de germinação sob condições de estresse à baixa temperatura que podem ser úteis em futuras abordagens biotecnológicas visando a tolerância ao frio em arroz.
- ItemAcesso AbertoEstudo das proteínas dissulfeto isomerase na maturação epididimária em um modelo suíno de hipogonadismo(2014-12) Lenz, Ângela Maria Schorr; Bustamante Filho, Ivan Cunha; http://lattes.cnpq.br/5447836974424243Os processos fisiológicos, inclusive a maturação epididimária, são regidos por testosterona e estradiol e as proteínas secretadas pelas células epiteliais do túbulo do epidídimo são apontadas como efetoras desse processo. O hipogonadismo, condição resultante da disfunção testicular apresenta efeitos deletérios sobre os processos de espermatogênese e secreção hormonal. A correlação das funções das proteínas com atividade de chaperona da família das Proteínas Dissulfeto Isomerase (PDI) com alterações hormonais pode revelar relação de ação destas com a infertilidade em machos de diferentes espécies. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de descrever a presença das chaperonas PDIA1, PDILT e PDIA3 no epidídimo de suínos com hipogonadismo ocasionado pela imunocastração. Foram utilizados testículos de dezesseis animais, nove castrados cirurgicamente em rotinas zootécnicas (grupo controle) e sete machos imunocastrados com vacina Vivax (Pfizer). Espermatozoides e fluido epididimário das regiões de cabeça, corpo e cauda foram coletados, processados e o imunoconteúdo das PDI quantificado por Western Blotting. Os resultados demonstraram que, no grupo controle, o imunoconteúdo da PDIA1, PDIA3 e PDILT nos espermatozoides apresenta maior expressão nas regiões de cabeça e corpo (P<0,05). Em relação ao fluido, observou-se o mesmo padrão de distribuição, com exceção da PDILT, que não apresentou diferença entre as regiões epididimárias. Porém, no grupo de imunocastrados, a quantificação dessas chaperonas demonstrou a presença das mesmas nas três regiões do epidídimo. Desta forma, a imunocastração influencia no imunoconteúdo de chaperonas da família PDI demonstrando uma possível associação destas a processos iniciais de maturação espermática.
- ItemAcesso AbertoAspectos nutrigenéticos na pressão arterial: influência de polimorfismos nos genes ACE e AGT e o consumo de micronutrientes da dieta(2014-12) Wollinger, Luana Maria; Bosco, Simone Morelo Dal; Genro, Júlia Pasqualini; http://lattes.cnpq.br/3177897348100996Introdução: A Pressão Arterial (PA), bem como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), são fenótipos complexos onde fatores genéticos e ambientais influenciam na sua etiologia. Dentre os fatores genéticos, polimorfismos nos genes da Enzima Conversora de Angiotensina (ACE) e Angiotensinogêneo (AGT) vem sendo associados a estes desfechos. Em relação aos fatores ambientais, a dieta é um dos fatores de maior importância no processo evolutivo da doença, principalmente no que diz respeito ao consumo de sódio. Objetivo: Verificar se existe interação entre os polimorfismos Inserção/Deleção do gene ACE e rs699 do gene AGT e o consumo de micronutrientes (sódio, potássio, cálcio e magnésio) da dieta; e se esta interação influencia os valores de PA em uma amostra de brasileiros adultos saudáveis. Metodologia: Realizou-se um estudo do tipo transversal com 341 indivíduos brasileiros adultos de ambos os gêneros. Os valores de PA foram aferidos em equipamento digital marca Omron® modelo HEM-710INT. A análise dietética foi feita por meio do software Dietwin versão 2008 a partir do método de Recordatório Alimentar de 24 horas. A genotipagem do polimorfismo InsDel foi realizada através da Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), com primers específicos, seguida de eletroforese em gel de agarose 1,5 %; o polimorfismo rs699 foi genotipado através do sistema de discriminação alélica TaqMan (Applied Biosystems). A Análise estatística foi realizada pelo uso do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Resultados: As frequências genotípicas de ambos os polimorfismos estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Em relação ao consumo dos micronutrientes, observou-se uma associação com o polimorfismo InsDel do gene ACE, onde indivíduos homozigotos Del/Del consomem menos cálcio do que os heterozigotos (Ins/Del) (p=0,007). Na comparação da PA entre os genótipos, verificou-se uma associação com o polimorfismo rs699 do gene AGT. Indivíduos homozigotos GG apresentaram maior PA Sistólica quando comparados aos indivíduos AA (p=0,028). As análises de interação indicaram uma associação entre o genótipo heterozigoto do polimorfismo rs699 do gene AGT no consumo de cálcio e magnésio na modulação dos valores de PA. Conclusão: Os polimorfismos dos genes ACE e AGT parecem estar associados com fatores do consumo alimentar e PA, assim como o gene AGT pode ter um papel importante nas relações nutrigenéticas nos desfechos relacionados a PA.
- ItemAcesso AbertoAvaliação dos potenciais citotóxico e antiinflamatório dos extratos etanólico e hexânico da Calyptranthes grandifolia O.Berg em cultura celular(2015-01) Delving, Luciana Knabben De Oliveira Becker; Pozzobon, Adriane; Goettert, Marcia Ines; http://lattes.cnpq.br/5742493416858879Na medicina tradicional, as plantas tem sido utilizadas para o tratamento de diversas doenças ao longo dos séculos e são consideradas uma das maiores fontes para o desenvolvimento de novas drogas. Com o objetivo de contribuir com o conhecimento cientifico no estudo e desenvolvimento de novas drogas procurou-se com este trabalho, identificaros principais constituintes fitoquímicosda Calyptranthes grandifolia, avaliar seus potenciais citotóxicos e antioxidantes e também identificar e avaliar o efeito terapêutico, através de vias específicas e já conhecidas por seu envolvimento no processo inflamatório, como o TNF- α. Para todos os experimentos, foram utilizados extratos etanólico e hexânico das folhas da C.grandifolia, coletada no entorno do município de Lajeado.Foi realizada a análise fitoquímica de esteroides/terpenoides, taninos, flavonoides, cumarinas, quinonas, alcaloides e saponinas, utilizando metodologias descritas na literatura. O potencial citotóxico in vitro foi avaliado pelo método de Alamar Blue, utilizando células não metabolizadoras CHO-K1 e a atividade antioxidante foi realizada pelo método2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). A análise da liberação do TNF-α utilizou células RAW 264.7, tratadas com os extratos vegetais e posterior estimulação com lipopolissacarídeo (LPS). A quantificação de liberação do TNF-α foi feita pelo método de ELISA. Os resultados dos ensaios indicaram a presença de esteroides/terpenoides, taninos e flavonoides no extrato etanólico. O potencial citotóxico, não apresentou citotoxicidade considerável no extrato etanólico e manteve a viabilidade celular aumentada na maioria das concentrações, com uma diminuição não significativa da viabilidade em 200 μg/mL, de forma semelhante para o extrato hexânico a redução da viabilidade celular pode ser observada somente na concentração de 200 μg/mL. A atividade antioxidante esteve presente apenas no extrato etanólico de maneira dose-dependente, com IC50 de 21.3±1.7μg/mL.O extrato etanólico também apresentou melhores resultados em relação à inibição do TNF-α, tendo sido significativa na concentração de 200 μg/mL, frente ao controle positivo (LPS). O extrato hexânico não apresentou inibição da liberação do TNF-α na concentração de 200 μg/mL de forma significativa quando comparada ao LPS. Os resultados deste estudo mostram indícios de atividades anti-inflamatórias nos extratos testados, havendo um melhor desempenho do extrato etanólico. A presença de polifenóis e esteroides/terpenoides encontradas neste extrato podem ser a resposta para uma melhor avaliação das atividades antioxidantes e anti-inflamatórias. Estudos futuros podem indicar um potencial anti-inflamatório promissor para esta planta, lembrando ainda que processos inflamatórios fazem parte do processo de carcinogênese, havendo portanto uma porta de entrada para maiores pesquisas avaliando o potencial anticâncer da C. grandifolia.
- ItemAcesso AbertoAnálise da expressão gênica de NFKB1, TNF-α, e p38α na mucosa gástrica: relação com contaminação por Helicobacter pylori(2015-01) Oliveira, Henrique Sulzbach De; Biolchi, Vanderlei; Pozzobon, Adriane; http://lattes.cnpq.br/5326585242755050Helicobacter pylori é uma bactéria que infecta aproximadamente 50% da população mundial, podendo causar gastrite crônica e outras formas de dano celular. A relação entre inflamação e câncer é amplamente descrita. Estímulos patogênicos induzem a expressão do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) que, por sua vez, induz outros mediadores responsáveis pela resposta inflamatória e proliferação celular. O presente estudo teve como objetivo avaliar a expressão dos genes TNF-α, NFKΒ1 e p38α na mucosa gástrica humana e investigar a influência da presença de H. pylori na expressão destes em uma população do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, Brasil. As amostras foram coletadas por endoscopia digestiva alta, sendo o diagnóstico de H. pylori realizado através do teste rápido de urease, com posterior confirmação pelo exame anatomopatológico de rotina. O RNA total foi extraído e purificado para posterior síntese de DNAc (DNA complementar) e análise por qPCR (Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real). O algoritmo NormFinder foi utilizado para a análise do gene de referência. Para análise estatística dos genes de interesse foram utilizados os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis seguido pelo teste de comparações múltiplas de Dunn. Das 100 amostras coletadas, 19% foram classificadas como normal, 46% como gastrite crônica não ativa, 27% como gastrite crônica ativa e 8% como metaplasia intestinal. Todas as amostras positivas para H. pylori apresentaram inflamação ativa, de acordo com o exame anatomopatológico. Utilizou-se como gene normalizador o SDHA, que foi classificado como mais estável em relação ao ACTB, GAPDH, B2M e HPRT1. A expressão do TNF-α foi significativamente superior nos grupo H. pylori Positivo (p < 0,0001, teste de Mann-Whitney) e Gastrite Crônica Ativa (p < 0,01, Teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste de comparações múltiplas de Dunn). No entanto, não foi detectada diferença na expressão gênica do NFKΒ1 e do p38α entre os grupos. Pode-se concluir que a presença de H. pylori pode estar relacionada ao aumento na expressão do TNF-α, demonstrando a sua influência no processo inflamatório do tecido gástrico. Apesar de não ter sido encontrada alteração na expressão do NFKΒ1 e do p38α em nível de RNAm, estudos adicionais devem ser realizados para verificação da influência destes genes nesta via.
- ItemAcesso AbertoEfeitos da variante rs2070744 do gene da enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) na doença arterial coronariana(2015-01) Toffoli, Camila Dalacort; Genro, Júlia Pasqualini; Contini, Verônica; http://lattes.cnpq.br/3166654315161244A Doença arterial coronariana (DAC) é uma doença multifatorial, representado uma das principais causas de morbidade e mortalidade global. Na última década, um grande número de trabalhos sobre a relação do óxido nítrico (ON) e DAC foram publicados. A diminuição do ON no endotélio pode causar disfunção, acelerar a aterosclerose e a progressão das doenças cardiovasculares e vários estudos têm identificado polimorfismos comuns no gene da enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS), responsável pela biossíntese de ON, os quais podem estar associados a aterosclerose e a doença arterial cardíaca. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar o papel de dois polimorfismos do gene eNOS (rs2070744 e rs1799983) na DAC. Metodologia: A amostra foi composta de 645 pacientes, maiores de 18 anos, submetidos ao exame de cateterismo cardíaco no Hospital Bruno Born de Lajeado, RS. Foram coletadas amostras de sangue para análises bioquímicas e extração de DNA, que foram realizadas nos Laboratório do Universidade do Vale do Taquari Univates. Todos os pacientes incluídos no estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido e, com base em suas características clínicas, foram classificados em um Escore de Risco Global (ERG) de DAC, proposto pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. A influência dos polimorfismos em variáveis clínicas foi avaliada através de modelos lineares univariados ou por Kruskal-Wallis. A associação dos genótipos com as variáveis categóricas foi investigada pelo teste do qui-quadrado ou por regressão logística binária. Resultados: De acordo com a pontuação no ERG, 435 pacientes (68%) foram classificados em alto risco, 166 em risco intermediário (26%) e 39 (6%) em baixo risco para a DAC. As frequências alélicas dos polimorfismos investigados no gene eNOS foram 0,69 (G) e 0,31 (T) para a variante rs1799983 e 0,59 (T) e 0,41 (C) para o rs2070744. Não foram detectados efeitos genéticos significativos do polimorfismo rs1799983 nas variáveis clínicas investigadas. Efeitos genéticos do rs2070744 foram encontrados nos valores de colesterol HDL (p=0,002) e na pontuação do ERG (p=0,032). Indivíduos homozigotos TT apresentaram valores de HDL maiores que indivíduos TC e CC e menor pontuação no ERG do que pacientes TC. Na análise categórica também se detectou um aumento do risco no ERG em indivíduos heterozigotos TC, quando comparados aos indivíduos TT (p=0,028). Conclusão: Nossos resultados sugerem que o polimorfismo rs2070744 no gene eNOS está associado com o risco aumentado de DAC na nossa amostra.
- ItemAcesso AbertoProteômica diferencial da infestação do ácaro fitófago Schizotetranychus oryzae (Acari: Tetranychidae) em plantas de arroz (Oryza sativa L.)(2015-01) Buffon, Giseli; Ferla, Noeli Juarez; Sperotto, Raul Antonio; http://lattes.cnpq.br/0884712531887046; Sperotto, Raul Antonio; Ferla, Noeli Juarez; Silva, Walter Orlando Beys Da; Périco, Eduardo; Schwambach, JoséliO arroz está entre os cultivos de maior importância, tanto no ponto de vista de consumo, quanto de geração de renda. O Brasil possui um papel de destaque na produção mundial de arroz, sendo o nono maior produtor mundial. Dentre as pragas que infestam a cultura de arroz, destaca-se o ácaro fitófago Schizotetranychus oryzae. Recentemente, este ácaro foi observado em lavouras de arroz do RS causando danos visíveis nas folhas e podendo acarretar danos econômicos. Para que isso não ocorra, as plantas precisam criar tolerância a esse estresse, o que está relacionado com a expressão coordenada de respostas de defesas após a infestação. Este trabalho teve como objetivo identificar proteínas diferencialmente expressas (PDE’s) em folhas de arroz após infestação do ácaro fitófago S. oryzae. Plantas de arroz foram crescidas em casas de vegetação e infestadas com os ácaros. As amostras foram submetidas à extração de proteínas e analisadas através da técnica de MudPIT (Multidimensional Protein Identification Technology). Foram identificadas 925 PDE’s. Aumentando a estringência, foram selecionadas 109 proteínas com no mínimo 10 contagens espectrais. Foi visto que o aparato fotossintético é drasticamente afetado pela presença do ácaro, principalmente o fotossistema II. Outras proteínas diferencialmente expressas evidenciam que as plantas de arroz alteram diversas rotas metabólicas, tentando resistir à infestação dos ácaros, como resposta a estresse oxidativo, síntese de ácido jasmônico, metabolismo de aminoácidos, carboidratos e lipídios, modificação e degradação proteica e fosfatases, o que leva à modulação de várias respostas celulares. O entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos na interação do ácaro com a planta, através de técnicas de análise de expressão em nível proteico, pode contribuir para acelerar os processos de melhoramento da espécie cultivada. Nossos dados revelam várias proteínas promissoras para inúmeras abordagens biotecnológicas que buscam, futuramente, a tolerância do arroz ao ácaro S. oryzae e também a outros herbívoros.
- ItemAcesso AbertoAvaliação da atividade antimicrobiana de extratos de Eugenia anomala e Psidium salutare (Myrtaceae) frente à Escherichia coli e Listeria monocytogenes(2015-01) Simonetti, Eveline; Freitas, Elisete Maria de; Ethur, Eduardo Miranda; http://lattes.cnpq.br/0536800052883688As doenças transmitidas por alimentos ocorrem por diversos motivos sendo principalmente devido à ingestão de alimentos contaminados por microrganismos patogênicos, dentre eles a Escherichia coli e Listeria monocytogenes. Uma das alternativas que vêm sendo estudada para minimizar a contaminação é o emprego de plantas como antimicrobiano de origem natural em produtos alimentícios. Desta forma o objetivo do presente estudo foi fornecer dados científicos a respeito de duas plantas nativas do RS ainda não estudadas, Eugenia anomala e Psidium salutare, para um potencial emprego como antimicrobiano natural em alimentos. Para tanto, avaliou-se a atividade antimicrobiana de extratos de E. anomala e P. salutare contra E. coli e L. monocytogenes através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM) pelo método de microdiluição, a capacidade antioxidante dos extratos por meio do método de redução do radical 1,1-difenil-2-picrilidrazil (DPPH) e a citotoxicidade in vitro empregando células CHO-K1. Os resultados obtidos mostraram que os extratos de acetato de etila e etanólico de ambas as espécies vegetais possuem ação antioxidante comparável a do padrão. Quanto à atividade antimicrobiana, somente o extrato hexânico de P. salutare apresentou tal ação sendo ela moderada (CIM=312,5 μg/mL) e à citotoxicidade todos os extratos apresentaram ação citotóxica sendo que o extrato clorofórmico de E. anomala e hexânico de P. salutare apresentaram elevada ação e os demais extratos moderada ação citotóxica a uma concentração de 100 μg/mL. Assim, o presente estudo demonstrou que as espécies vegetais estudadas apresentam potencial para emprego em antimicrobiano sendo necessária a otimização do processo de extração.