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- ItemAcesso AbertoCultivo de Ludwigia peruviana (L.) H.Hara (Onagraceae) em solos contendo diferentes proporções de lodo de curtume com cromo(2024-12) Schneider, Giovana; Hoehne, Lucélia; http://lattes.cnpq.br/1088266827926373; Freitas, Elisete Maria de; Borsoi, Cleide; Steffens, JulianaOs metais pesados são substâncias tóxicas, dos quais o cromo (Cr) é prejudicial ao organismo e ao ambiente. O Cr é um dos mais nocivos, podendo se acumular no sistema nervoso, causando disfunções comportamentais. Por outro lado, as indústrias de couros são importantes para geração de empregos, porém seu processo produtivo gera contaminantes, como o Cr, que apresentam complexidade no tratamento final, podendo causar a contaminação de solos ou águas subterrâneas. Existem diferentes tipos de tratamentos de solos contaminados, porém a identificação em relação à contaminação destes, por vezes, torna-se cara ou utiliza ferramentas de grande impacto ao meio ambiente. Assim, o biomonitoramento utiliza plantas nativas que funcionam como bioindicadoras, processo acessível que garante a percepção de contaminantes no solo por meio das características fisiológicas que a planta apresenta. Este estudo avaliou a potencialidade da Ludwigia peruviana (L.) H.Hara (Onagraceae) como bioindicadora e tolerante a locais contaminados com lodo de curtume contendo Cr. Inicialmente, foi coletado o lodo em uma indústria de couros após o processamento do filtro-prensa na estação de tratamento de efluentes e foi determinada a concentração de Cr pelo espectrômetro de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES), além da caracterização físico-química do lodo. Para este estudo, indivíduos de L. peruviana foram coletados nas margens do rio Forqueta, Sul do Brasil, dos quais se produziram mudas a partir de estacas, que foram transferidas ao lodo de curtume. Os tratamentos realizados tiveram diferentes proporções: 0:100 (TA); 25:75 (TB); 50:50 (TC); 75:25 (TD) e 100:0 (TE), de substrato comercial e lodo de curtume semissólido, respectivamente. As plantas foram transferidas para vasos, mantidos em estufa com monitoramento diário de temperatura, umidade e irrigação, durante 90 dias, com controle semanal da morfologia vegetal e clorofila. Após, as plantas foram coletadas, separadas e analisadas. Como resultados têm-se o aumento de pH do solo em todos tratamentos pós plantio, valores de N e P tiveram uma redução de 50% após o plantio, e K teve seu resultado após plantio em torno de 20 mg/kg. Em relação ao tamanho e quantidade de raízes e brotos percebeu-se um melhor desenvolvimento em TB, TC e TD, onde havia uma associação entre o substrato e a quantidade de lodo de curtume, além de uma concentração menor de Cr. Entretanto, como o substrato utilizado apresentou quantidade considerável de Ni, no TB o tamanho e a quantidade de raízes e brotos foram menores que no TC, mesmo tendo uma proporção de lodo de curtume menor. Houve a presença de clorose foliar em TA e TE; já a clorofila apresentou valores lineares nos TB, TC, TD e TE, demonstrando que o Cr não interferiu de forma significativa. Dessa forma, a L. peruviana é tolerante em determinadas condições e pode ser uma potencial bioindicadora de locais contaminados com Cr, como alternativa para utilização em locais contaminados com este elemento, auxiliando a pesquisa da biotecnologia ambiental.
- ItemAcesso AbertoDesenvolvimento de Ludwigia peruviana em solo contendo níquel(2025-03-19) Pereira, Cristiano de Aguiar; Hoehne, Lucélia; http://lattes.cnpq.br/1088266827926373; Johann, Liana; Borsoi, Cleide; Steffens, JulianaOs solos estão cada vez mais sendo contaminados por metais pesados (HM), esta contaminação pode ocorrer de forma natural ou antropogênica. As principais fontes antropogênicas são a indústria, o petróleo e os agroquímicos. Os HM no solo causam problemas para a sociedade, desde a diminuição da produção agrícola, contaminação das águas e dos alimentos, além de provocar doenças respiratórias, cardíacas, digestivas e câncer. Para a remoção destes poluentes existem diversas técnicas que utilizam princípios físicos, químicos e biológicos. Dentre esses, a biorremediação tem ganhado mais adeptos e estudos nos últimos anos, pois utilizam bactérias, fungos ou plantas para essa descontaminação, diminuindo custos e sendo mais sustentável. Além disso, existem plantas que podem ser tolerantes em meio contendo HM. A Ludwigia peruviana (L.) H.Hara (Onagraceae) é uma planta nativa de áreas alagadiças da América do Sul e Caribenha, a qual se mostra com um ótimo potencial fitorremediador para fósforo e nitrogênio. Logo, este trabalho tem como objetivo avaliar o potencial desta planta como bioindicadora ou fitorremediadora de um solo contaminado por Ni da região do Vale do Taquari, RS. Para isto, a planta foi cultivada em solos contendo Ni. Foram avaliados parâmetros tais como: Tamanho do broto maior, número de broto, teor clorofila, massa seca, desenvolvimento radicular, número de flor e quantidade bioacumulada Ni. E como resultado L. peruviana mostrou baixa eficiência na absorção de Ni, acumulando apenas pequenas quantidades nas raízes em tratamentos com menor contaminação de Ni. Além disso, observou-se que o excesso de Ni reduziu o crescimento, a brotação, o teor de clorofila, a massa seca total, o tamanho de raiz e o desenvolvimento reprodutivo da planta. Conclui-se que a L. peruviana não é uma planta indicada para fitorremediação de áreas contaminadas com o Ni. Contudo, essa espécie pode ser utilizada como bioindicadora e em programas de revegetação de áreas degradadas, dado o seu bom desenvolvimento em solos compactados e pobres em nutrientes.
- ItemAcesso AbertoImpactos da infestação de Tetranychus ludeni (Tetranychidae) no metabolismo redox de plantas de soja (Glycine max: Fabaceae)(2025-03-10) Wurlitzer, Wesley Borges; Schneider, Julia Renata; Ferla, Noeli Juarez; http://lattes.cnpq.br/6071378790176893; Hoehne, Lucélia; Daloso, Danilo de Menezes; Ramos, Humberto Josué de OliveiraInfestações de Tetranychus ludeni Zacher (Tetranychidae) têm sido frequentemente observadas em lavouras de soja [Glycine max (L.) Merrill: Fabaceae], tornando crucial o entendimento da homeostase redox para avaliar os níveis de estresse e/ou tolerância destas plantas. No primeiro experimento, foi avaliada a influência da infestação no metabolismo redox e nos pigmentos fotossintéticos, em dois genótipos de soja (Monsoy e Brasmax) e em diferentes tempos de infestação, aos 14 e 24 dias. De forma inesperada, na região apical, a infestação induziu aumento da atividade de ascorbato peroxidase e catalase, que reduziram os níveis de peróxido de hidrogênio, superóxido e peroxidação lipídica, especialmente em Monsoy. Na região basal, folhas senescentes de Brasmax após 24 dias mostraram baixo teor de clorofila, coloração amarelada, acúmulo de espécies reativas de oxigênio e perda de integridade de membrana. No segundo experimento, foi estudado o time-course do metabolismo redox, em intervalos curtos de tempo de plantas infestadas. Uma explosão oxidativa nos primeiros 20 minutos foi detectada, seguida por um declínio nas atividades antioxidantes até seis horas. Após 48 horas, os indicadores redox ainda foram alterados, mas em níveis não indicativos de estresse severo. Os estudos concluíram que infestações de T. ludeni em plantas de soja, resulta em um estresse oxidativo moderado, e uma resposta oxidativa modular dependente do genótipo. Além disso, a oscilação da homeostase redox se mostrou um marcador promissor para a seleção de genótipos mais tolerantes.
- ItemAcesso AbertoExpressão do gene ESR1 em tumores de mama canino(2023-12-19) Götze, Daniela Markus; Contini, Veronica; Bustamante Filho, Ivan Cunha; http://lattes.cnpq.br/5447836974424243; Fernandes, Cristina Gewehr; Majolo, Fernanda; Luz, Marcelo RezendeO câncer é a causa mais comum de morte em cães em todo o mundo, sendo que os tumores mamários constituem a neoplasia mais frequente em fêmeas caninas. Esses tumores são caracterizados por uma apresentação clínica, comportamento biológico e características morfológicas e moleculares variáveis. Dentre os fatores envolvidos em sua patogênese está a exposição ao estrógeno e a ação de seu receptor. O receptor de estrógeno-α (REα) é uma proteína, codificada pelo gene ESR1, amplamente utilizada como marcador molecular de prognóstico para o câncer de mama em mulheres, porém na cadela ainda é pouco utilizado. Neste trabalho, foi avaliada a expressão do gene ESR1 por qPCR em amostras de mama normal, lesões epiteliais não neoplásicas, tumores mamários benignos e malignos. Além disso, fez-se acompanhamento desses animais por um período de 2 anos, avaliando a sobrevida global e a sobrevida livre de doença. Neste estudo foram utilizadas biópsias de 21 cadelas com tumores mamários. No estudo histopatológico foram identificadas 90 lesões, sendo 19 lesões epiteliais não neoplásicas, 2 tumores benignos e 69 tumores malignos. Foi encontrado um maior número de lesões em animais com mais idade (p<0,05). Animais castrados juntamente com a mastectomia apresentaram uma sobrevida maior do que animais inteiros (p<0,05). Observou-se uma menor expressão do gene ESR1 (p < 0,05) nos tumores malignos em relação às mamas normais, lesões epiteliais não neoplásicas e aos tumores benignos. Além disso, verificou-se uma maior expressão em carcinomas de bom prognóstico comparado aos carcinomas do tipo especial (p<0,05). Sendo assim, sugere-se a utilização do gene ESR1 como biomarcador de bom prognóstico em cadelas com lesões mamárias.
- ItemAcesso AbertoScreening de pequenas moléculas potenciais inibidoras da p38δ MAPK como estratégia para a busca de um novo tratamento para câncer de mama(2020-09) Anton, Débora Bublitz; Timmers, Luís Fernando Saraiva Macedo; Goettert, Márcia Inês; http://lattes.cnpq.br/5742493416858879; Bustamante Filho, Ivan Cunha; Ducati, Rodrigo Gay; Morrone, Fernanda BuenoO câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres e a principal causa de morte relacionada ao câncer nas mulheres do mundo todo. Os principais tratamentos para essa doença, como a quimioterapia, radioterapia e cirurgia, podem apresentar diversos efeitos colaterais e não serem eficazes em estágios avançados da doença quando existem altas chances de metástase. Pequenas moléculas que atuam em alvos específicos de vias de sinalização que podem estar desreguladas no câncer como, por exemplo, a via p38 MAPK, estão sendo estudadas para a terapêutica antineoplásica e são alvos promissores para o desenvolvimento de novos fármacos mais seletivos. Visto que no câncer de mama o aumento da expressão da isoforma p38δ está relacionado com progressão do tumor e metástases, e visando a carência de inibidores específicos de p38δ, este estudo teve como primeiro objetivo identificar, por meio de um screening virtual, pequenas moléculas com potencial de inibir p38δ. Posteriormente, o objetivo foi avaliar o potencial antitumoral da molécula selecionada na linhagem de adenocarcinoma de mama humano MCF-7. As estruturas 3D da p38δ na sua forma ativa (DFG-in) e inativa (DFG-out) foram selecionadas do banco de dados PDB. Candidatos a ligantes foram selecionados após revisão na literatura e suas estruturas foram obtidas do banco de dados PubChem. O screening virtual indicou a Hipericina como a molécula de maior afinidade pela p38δ ativa, sendo assim, um candidato a inibidor da enzima p38δ. A viabilidade e proliferação de células MCF-7 foram determinadas após diferentes tratamentos com Hipericina por 24, 48 e 72 horas, através do ensaio de MTT e clonogênico, respectivamente. Entretanto, nesses ensaios a Hipericina não demonstrou ter atividade antitumoral na MCF-7. Visto que a Hipericina não apresentou a citotoxicidade esperada, a molécula PIT97 foi escolhida para ser estudada quanto ao seu potencial antitumoral in vitro e como uma possível molécula candidata ao tratamento do câncer de mama. As linhagens MCF-7 e de macrófagos murino RAW 264.7 foram tratadas com diferentes concentrações do PIT97 e a viabilidade celular foi avaliada após 48 e 72 horas, através do ensaio de MTT. A proliferação de células MCF-7 tratadas com PIT97 por 72 horas foi avaliada pelo ensaio clonogênico. Os resultados obtidos demonstraram redução da viabilidade da MCF-7 após o tratamento com o PIT97 por 48 e 72 horas, enquanto que na linhagem RAW 264.7 baixas concentrações da molécula (0,1 μM e 0,01 μM) não foram tóxicas. Além disso, foi demonstrado que o PIT97 não só atua a curto prazo na linhagem MCF-7, mas continua tendo efeitos citotóxicos a longo prazo. Desta forma, a molécula PIT97 possui potencial como molécula candidata e como alternativa terapêutica mais seletiva para o câncer de mama. Consequentemente, estudos serão realizados visando elucidar e compreender o mecanismo pelo qual a molécula exerce seu efeito.