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Projeto da Univates é contemplado para produção de audiovisual pela Lei Aldir Blanc

Postado as 24/03/2021 15:32:33

Por Lucas George Wendt

A Universidade do Vale do Taquari - Univates foi contemplada em edital da Fundação Marcopolo e da Secretaria Estadual da Cultura (Sedac) do Rio Grande do Sul por meio da Lei Aldir Blanc. A Instituição buscou fomento para a realização de um audiovisual que fará a retrospectiva histórica dos povos negros e indígenas do Vale do Taquari. O valor arrecadado é de R$ 50 mil e permitirá à Universidade o custeio da realização do curta-metragem, que será rodado em Lajeado e em Arroio do Meio. 

Três setores estão envolvidos na produção da obra: o setor de Cultura e Eventos, na administração e gestão da produção; os historiadores do Centro de Memória, Documentação e Pesquisa (CMDPU/MCN) e do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD), responsáveis pela pesquisa histórica e mapeamentos das comunidades indígenas e quilombolas da região; e a TV Univates, responsável pela roteirização, gravação e edição do filme.

A perspectiva é de três meses de trabalho a partir da assinatura do contrato e documentação regulamentada, o que deve acontecer em breve. Após a finalização do projeto, a Univates tem o compromisso de fazer a exibição da obra à comunidade. 

A supervisora do CMDPU/MCN, Patrícia Schneider, diz que o projeto surge da necessidade de ampliar o conhecimento da população regional sobre os antecedentes do Vale do Taquari e das contribuições de grupos colocados às margens da história. As comunidades negras e indígenas contribuem para a formação da região, mesmo que por muito tempo tenham sido invisibilizadas pelo relato histórico tradicional dos movimentos étnicos relacionados ao Vale do Taquari - que privilegia os grupos europeus chegados entre os séculos 18 e 20. Da mesma forma que os imigrantes alemães, italianos e portugueses, a trajetória das populações negras e indígenas desempenha papel significativo para o desenvolvimento regional em aspectos político, econômico, cultural e social. 

Patrícia relata que o objetivo do projeto é registrar e difundir as contribuições destes grupos para a formação dos municípios e reforçar que sua história é antiga e ininterrupta na região. No município de Lajeado há comunidades indígenas Kaingang e duas comunidades quilombolas e, em Arroio do Meio, uma comunidade quilombola. “Com o documentário a Universidade espera contribuir para o fortalecimento das lutas contemporâneas destes grupos por espaço, igualdade e qualidade de vida”, assim, encerra o memorial do projeto encaminhado à Sedac e aprovado pelo órgão.  

Divulgação

 

 

 

Na imagem, registro de uma festividade da Semana Cultural na Terra Indígena Foxá (palavra que na língua Kaingang significa cedro), no bairro Jardim do Cedro, em Lajeado/RS, em 2018. 

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