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Duas professoras do curso de Pedagogia concluem doutorado

Por Nicole Morás

Postado em 09/04/2014


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O curso de Pedagogia da Univates conta com mais duas professoras doutoras: as docentes Morgana Hattge e Mariane Inês Ohlweiller.

 Morgana defendeu a tese ?Performatividade e inclusão no movimento Todos Pela Educação? no Programa de Pós-graduação em Educação da Unisinos, em São Leopoldo. Seu objetivo foi analisar o movimento Todos pela Educação para compreender suas condições de proveniência e emergência, bem como seus efeitos no cenário educacional brasileiro na atualidade.

De acordo com Morgana, foi possível concluir que a qualidade defendida pelo movimento se trata de uma qualidade ?quantitativa?, que pode ser traduzida em números. ?Desse modo, fica claro que um dos principais efeitos do Movimento Todos Pela Educação no cenário educacional brasileiro é a operação da performatividade na Educação. De forma mais simplista é possível dizer que a performatividade diz respeito a uma busca constante por melhores performances, ou melhores desempenhos em rankings educacionais, o que implica na avaliação constante dos desempenhos e na instituição de estratégias de comparação e regulação das performances de todos e de cada um dos sujeitos envolvidos nos processos educacionais?, afirma.

Morgana ainda constatou que a performatividade opera no Movimento  por meio das seguinte estratégias fundamentais: inclusão de todos no sistema educacional; difusão de uma cultura de metas que produz a reconfiguração da aprendizagem em desempenho e a instituição do aprendizado como um direito; produção de dados estatísticos a partir de avaliações em larga escala, que produzem e reiteram a necessidade das ações do Movimento. A tese foi orientada pela professora doutora Maura Corcini Lopes e avaliada pela professoras doutoras Betina Hillesheim (Unisc), Clarice Salete Traversini (UFRGS), Gelsa Knijnik (UNISINOS) e Viviane Klaus (UNISINOS).

Já a docente Mariane Inês Ohlweiller defendeu a tese ?No labirinto da transmissão: a herança do conceito de autoridade? no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS. Realizado com um período sanduíche na Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg, Alemanha, sua pesquisa explorou o conceito de autoridade e de relações de poder nas práticas educacionais, especificamente no âmbito da família e da escola. ?Meu objetivo foi realizar um estudo histórico sobre os discursos que fazem com que a educação e a própria autoridade sejam descritas em um estado de "crise" e os modos como se constroem discursivamente as figuras de autoridade?, explica.

Em relação aos grupos de pessoas entrevistadas, Mariane pode inferir que a autoridade é um lugar desejado mas não necessariamente reivindicado. ?Ou seja, pais e mães sentem-se impelidos em assumir-se a um só tempo como figuras de autoridade, de afeto, de diálogo e de relações mais democráticas. Ao mesmo tempo em que persistem impressões negativas sobre o conceito de autoridade, associando-o ao autoritarismo - aspecto que denota a construção conceitual e a respectiva memória coletiva de alguns conceitos transmitida a diferentes gerações?, acrescenta. Sua tese foi orientada pela professora doutora Rosa Maria Bueno Fischer e co-orientada por Christiane Thompson (Alemanha). A banca avaliadora foi formada por Clarice Salete Traversini (UFRGS), Roselene Gurski (UFRGS) e Gilka Girardello (UFSC). 

Texto: Nicole Morás

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