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Desenvolvimento e infraestrutura foram abordados em evento de Engenharia Civil

Postado em 12/08/2014 14h43min

Por Nicole Morás

Com a palestra “Construindo os caminhos do desenvolvimento nacional”, foi realizada a aula inaugural de Engenharia Civil da Univates, nesta segunda-feira, dia 11, com participação professor doutor Washington Peres Nuñez. Pesquisador do Laboratório de Pavimentação da Ufrgs, em Porto Alegre, Nuñez iniciou sua fala contando a sua trajetória profissional. “Me formei em 1981, mas aquele não era um bom momento para se formar, ainda mais na área rodoviária, pois houve o segundo choque do Petróleo. No ano seguinte, o país precisou recorrer ao Fundo Monetário Internacional”, contextualizou ele.

Para os alunos que serão graduados em breve, no entanto, ele afirmou que o mercado profissional é bem diferente daquele à época da sua formatura. Para ilustrar isso, o palestrante apresentou a previsão de investimentos do país até 2017, destacando as regiões sul e sudeste. “Com o Programa de Aceleração do Crescimento, tivemos aumento de 51% em investimentos de infraestrutura”, destacou ele.

Sobre o setor de pavimentação, Nuñez explicou que na década de 1990 havia um baixo nível dos recursos aplicados, em função da grande demanda para investimentos em outras áreas. “Mesmo com pedágios, a manutenção e duplicação de trechos devem gerar queda potencial de 15% no valor do frete. Desde 2013, 4,8 mil quilômetros foram licitados. Então, se há concessões, há trabalho para engenheiros”, acrescentou.

A ascensão social também foi abordada pelo doutor, que afirmou que a engenharia civil alavanca o desenvolvimento. “E nem precisamos falar da construção civil”, afirmou. Nuñez explicou ainda como é calculada a carga atuante nas pavimentações, baseadas nos fatores atuais e na projeção de crescimento – que por sua vez  gera aumento de transporte rodoviário. “Eu pude ver isso claramente em um estudo que realizamos em Fazenda Vilanova. Em 2008, havia um grande número de carros circulando pela BR 386. No ano seguinte, quando ocorreu uma crise mundial, percebemos um aumento no número de ônibus e a diminuição de carros que trafegavam pela via”, exemplificou.

“A pavimentação foi feita para permitir o escoamento de pessoas e de cargas, não para ficar bonito. Então temos que nos adequar a essa nova realidade de caminhões e carros, cada vez mais pesados e com mais eixos, e fazer um cálculo de redução de vida útil das estradas”, finalizou. O pesquisador falou ainda sobre materiais de elevado desempenho, materiais alternativos, resíduos, métodos de redimensionamento e sustentabilidade.

Saiba mais sobre o palestrante
O palestrante é doutor em Engenharia Civil e autor de mais de uma centena de artigos técnico-científicos, publicados em revistas especializadas, em anais de congressos nacionais e internacionais e em livros. Além disso, apresentou artigos científicos e palestrou em países como Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, Espanha, Grécia e diversos países da América do Sul. Atualmente, é membro do International Advisor Comittee do Transportation Research Exchange Program da Australian Road Research Board. Nuñez tem experiência na área de pavimentação, atuando, principalmente, como consultor em projetos de dimensionamento e avaliação de pavimentos em rodovias de todo o Brasil.

Texto: Nicole Morás

Washington Peres Nuñez palestrou na aula inaugural de Engenharia Civil

Nicole Morás

Washington Peres Nuñez palestrou na aula inaugural de Engenharia Civil

Nicole Morás

Washington Peres Nuñez palestrou na aula inaugural de Engenharia Civil

Nicole Morás

Washington Peres Nuñez palestrou na aula inaugural de Engenharia Civil

Nicole Morás

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