Sobre o amor de todas as formas e apesar das circunstâncias. Assim, a peça “Os Homens do Triângulo Rosa”, apresentada na última quinta-feira, 7, no Teatro da Univates, aborda a realidade dos homossexuais perseguidos durante o nazismo na Alemanha, quando eles eram privados de suas liberdades em campos de concentração e identificados por insígnias rosas de forma triangular.

A partir da trajetória de Max, a história apresenta a realidade de um casal homossexual até eles precisarem fugir do regime nazista. Capturados pela Gestapo, eles são colocados em um trem onde Rudi é morto e o protagonista se aproxima de um prisioneiro por quem vem a desenvolver simpatia. É assim que Max descobre que as pessoas identificadas com um triângulo rosa são consideradas a classe mais baixa de prisioneiros, explicitando o preconceito sofrido pelos homossexuais nos próprios campos de concentração.

Para tentar se proteger, Max prefere se assumir como judeu e ser identificado por uma Estrela de Davi amarela e suborna um dos policiais para se aproximar do prisioneiro por quem ele se apaixona. Impedidos de viver este amor e sem nem mesmo poder se tocarem, eles mostram como o amor pode surgir como uma esperança de sobrevivência.

Alguns elementos, como arame farpado e pedras, compõem simbolicamente a situação histórica de perseguição. A música ao vivo, executada ao piano, complementa a narrativa dessa história, com tal dramaticidade que o público não deixou o espetáculo sem ser impactado. 

A peça Os Homens do Triângulo Rosa é dirigida por Margarida Peixoto e produzida pela Cia Teatro ao Quadrado. A produção é vencedora do Prêmio Cena Inesquecível, da Escola de Espectadores de Porto Alegre (EEPA), e também já recebeu o Prêmio Myriam Muniz de Teatro, concedido pela Funarte e pelo Ministério da Cultura, o Prêmio Braskem em Cena de Melhor Ator (Marcelo Ádams) e o Prêmio Açorianos de Melhor Ator Coadjuvante (Frederico Vasques).

Próximos Eventos
Na próxima semana, na sexta-feira, dia 15, às 20h, a banda Tributo a Tim Maia sobe ao palco do Teatro do Centro Cultural Univates para apresentar o soul brasileiro de Tim Maia. Com Tonho Crocco nos vocais, a banda é formada por músicos importantes da cena gaúcha: Chico Paixão como guitarrista, Leonardo Boff de tecladista, Flávio Passos como baixista e Márcio Pexi como baterista. O naipe de sopros é formado por Rodrigo Siervo no sax e Anjinho no trompete.

Para comemorar o Dia das Mães, a banda Geminis apresenta o show “Bee Gees Number Ones” no dia 8 de maio, às 18h. E no dia 19 de maio, às 20h, a peça “Frida Kahlo, à Revolução!” será apresentada no Teatro da Univates. A classificação deste evento é 12 anos. Os ingressos para todos os espetáculos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro, de segunda a sexta-feira, das 13h30min às 17h e das 18h às 22h30min, ou pelo site da Ingresso Rápido. Os valores vão de R$ 40,00 a R$ 100,00. Estudantes, idosos, jovens de baixa renda, cadeirantes e doadores de sangue têm direito a meia-entrada. Mais informações podem ser obtidas com o Núcleo de Cultura e Eventos da Univates, pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5946, ou pelo e-mail bilheteria@univates.br.

Texto e fotos: Nicole Morás