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Professor estuda Ecologia de populações e comunidades animais na Suécia

Postado as 2018-09-27 08:49:01

Por Leonardo Seibel

Buscando entender como comunidades animais respondem às mudanças em seus habitats, sejam elas físicas ou climáticas, o professor do Programa de Pós-graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Univates Eduardo Périco realiza um período de estudos em Halmstad, na Suécia. O docente permanece até o final do ano no país Europeu, onde irá participar de um trabalho de cooperação científica com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) e da Swedish Foundation for International Cooperation STINT. 

Nicole Morás

A ação faz parte da pesquisa “Efeitos da fragmentação de hábitats sobre a biodiversidade e estrutura da taxocenose de Odonata na porção do bioma Pampa do Rio Grande do Sul”, que vem sendo desenvolvida desde 2013 em parceria entre as duas Universidades. O estudo aborda aspectos da ecologia de comunidades de um grupo de insetos conhecidos como libélulas ou, mais especificamente, da ordem Odonata. “Pode parecer estranho estudar comunidades de insetos, mas o que interessa são as perguntas que fazemos e quais os melhores organismos para testar as hipóteses levantadas. Esse trabalho vai permitir a definição de áreas prioritárias para conservação no Pampa”, afirma o professor. 

Até o ano passado foram realizadas as atividades de campo no Brasil, especialmente nos Biomas Mata Atlântica e Pampa. No final de 2017, o professor também começou a trabalhar com dados coletados pelo pesquisador sueco Göran Sáhlen (parceiro no estudo) nos últimos 30 anos. “Foi a partir daí que começamos a responder uma de nossas principais perguntas: Como os organismos respondem às alterações climáticas provocadas por essas mesmas mudanças na paisagem?”, explica Périco. 

Segundo ele, essa é uma realidade ainda inexistente no Brasil, pois no país não existem materiais biológicos (organismos) coletados por 30 anos nos mesmos locais. “Esse período de tempo nos permite comparar, morfologicamente, como as estruturas desses organismos se modificam durante esse período”, complementa.