Até dezembro Ieda visitará turmas de duas escolas públicas que correspondem, no Brasil, aos 4º e 5º anos. “As turmas são multiculturais, então não são apenas estudantes italianos, mas também chineses e africanos, por exemplo”, conta. Segundo ela, a pesquisa realizada no país segue a mesma linha teórico-metodológica da que está sendo efetivada em escolas da rede pública de Estrela, realizada por meio de um convênio com a Secretaria Municipal.
Estar aqui é uma oportunidade única, porque, para o campo da etnomatemática, é muito importante problematizarmos questões culturais no ensino da matemática. Com a oportunidade oferecida pela Univates, me afasto um pouco das culturas com as quais estou acostumada e faço uma imersão em novas, analisando como ocorrem processos de ensino e aprendizagem. Sem dúvidas essa experiência trará contribuições muito importantes para a nossa pesquisa da Univates professora Ieda Maria Giongo
Para a investigação, a professora iniciou estudando a base nacional comum curricular de ambos os países, além de analisar artigos. A seguir estão programadas atividades com professores e estudantes das escolas italianas. “Muitas vezes o campo da etnomatemática é visto como muito teórico. Mostrar que em diferentes países se faz práticas com esse referencial teórico-metodológico pode fomentar a efetivação delas no Brasil”, destaca ao contar que seu trabalho é voltado à geometria espacial.
O estudo em questão está vinculado ao projeto de Produtividade em Pesquisa da professora Ieda, aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com parceiros nacionais e internacionais. Quem também integra a pesquisa na Univates são as professoras Márcia Rehfelt, Marli Quartieri e Sônia Gonzatti.
