Segundo Marcelli, com a participação na extensão ela aprendeu a olhar para as pessoas sem fazer julgamentos e a conviver com um público com o qual não estava acostumada até então. “Os projetos me fazem sair da zona de conforto. Eu me desafio mais a cada dia”, completa. Entre as vantagens de se envolver com a extensão, ela aponta que sua atuação pode refletir no mercado de trabalho posteriormente. “Nas aulas dos projetos trabalhamos todos juntos, debatemos assuntos e apresentamos diferentes pontos de vista. Essa interação ajuda na troca de ideias, essencial no mercado de trabalho”, justifica.
No Marias, a acadêmica trabalha com atividades no presídio feminino de Lajeado. “Elaboramos ações com o propósito de mostrar às mulheres que estão lá que, independentemente das dificuldades apresentadas, todas são capazes de realizar as atividades. Além disso, as ouvimos, pois a Univates atua no local há quase dois anos, então elas se sentem confortáveis em expressar seus sentimentos na maioria das vezes”, relata.
No Vem pra Cá, a bolsista lembra de um momento especial com os imigrantes que aconteceu em 2018. “Na aula, expliquei a eles sobre o feriado do dia 20 de setembro. Um aluno deu a ideia de nos reunirmos nesse dia e fazermos um churrasco. Chegou a data, tivemos uma aula sobre a cultura gaúcha e fizemos salsichão com pão, algo simples, mas que os marcou. Até hoje eles lembram desse momento”, conta. Para Marcelli, “fazer voluntariado é doar o nosso tempo e receber em troca experiências a partir de situações que talvez nunca iríamos enfrentar”.
Indissociabilidade entre extensão, ensino e pesquisa
Natália Bottoni A extensão é o princípio da relação com a comunidade, por meio da qual ocorre a interação dos saberes acadêmicos com os populares. O protagonismo do estudante é fundamental, pois ao atuar na comunidade realiza um processo investigativo e de levantamento para posterior intervenção. O resultado da experiência é a aprendizagem adquirida pelo acadêmico
