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Programa de Prescrição de Exercícios à População Especial mantém atendimentos de forma remota

Postado as 08/05/2020 11:27:16

Por Júlia Amaral

Pessoas com doenças cardiovasculares, metabólicas ou osteomusculares encontram no Programa de Prescrição de Exercícios à População Especial (PPEPE), vinculado ao Laboratório de Fisiologia do Exercício da Universidade do Vale do Taquari - Univates, uma ajuda para manter a qualidade de vida. Ao melhorar a condição física, há também melhora no prognóstico do paciente. O PPEPE realiza atendimentos encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por convênios. Conforme a coordenadora do Laboratório de Fisiologia do Exercício, Jéssica da Costa, o contato com outras pessoas e o tempo para o autocuidado são benefícios proporcionados pelo PPEPE. Atualmente, em função das medidas de isolamento para evitar a transmissão de Coronavírus, os atendimentos que eram presenciais passaram a ser realizados em novo formato, assim os pacientes ficam sem exercícios físicos ou sem contato com os professores. 

Ana Amélia Ritt

Os profissionais do PPEPE enviaram uma cartilha para os pacientes, via WhatsApp, passando orientações de atividades físicas e exercícios físicos. Conforme a professora Jéssica, assim é possível construir, em parceria com o paciente, a progressão dessas atividades conforme as condições de cada um. “Queremos que, mesmo de forma virtual, os usuários se sintam acolhidos e tenham a segurança de que o profissional de Educação Física está passando as orientações corretas”, salienta. Para Alice Rodrigues de Oliveira, que participa do PPEPE há mais de um ano, as orientações virtualizadas têm ajudado muito. “Se não fosse isso, eu faria algo muito repetitivo, porque não sei como mudar os exercícios. Com a orientação sabemos como fazer do jeito certo”, comenta.

Aos 67 anos, Alice sofre com a artrose. Antes de participar do PPEPE, ela foi encaminhada à Clínica-Escola de Fisioterapia da Univates. As dores e até mesmo a dificuldade para caminhar aliviaram significativamente depois que ela começou a fazer os exercícios. Conforme Alice, as melhoras que os exercícios proporcionam são nítidas em todos os colegas do Programa. “Eu fiquei mais ativa. Eu e outras colegas percebemos a evolução desde que chegamos lá com algumas dificuldades e depois já conseguimos caminhar melhor. Esse programa nos ajudou muito”, conta.

Volnei Antônio Kochhann, de 63 anos, concorda com Alice. Para ele, as orientações por WhatsApp são a melhor alternativa, já que sair de casa agora não é uma opção.

 “Sinto falta de ir até a Univates, mas neste momento estou cumprindo rigorosamente as recomendações de isolamento para não ter mais problemas. Praticar as atividades físicas orientadas em casa é muito bom. Estou cumprindo à risca”, declara. 

Para não fugir completamente da rotina, Volnei mantém os exercícios em casa nos mesmos dias e horários que aconteciam no PPEPE.

Alunos de Educação Física também são beneficiados pelo Programa 

Os alunos de Educação Física da Univates também têm ganhos com o projeto. Uma das disciplinas da graduação é dedicada exclusivamente à prescrição de exercícios físicos para populações especiais. O contexto da disciplina é preparar os alunos para que, ao se depararem com pacientes com doenças cardiovasculares, metabólicas ou osteomusculares, saibam fazer a pesquisa e buscar pelo material correto, possibilitando que a prescrição de exercícios ocorra. Os alunos podem, inclusive, realizar estágios curriculares e estagiar voluntariamente no PPEPE durante a formação, aproveitando toda a estrutura utilizada com os pacientes para desenvolver suas habilidades na prática.  

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