“Eu não poderia ficar de fora”, comenta. Atualmente, ele também escreve crônicas e poemas para jornais da região. “Escrever ajuda sempre, assim como todas as formas de expressão artística, que se prestam à cura de diversos males. Escrevendo, a saudade ameniza, a angústia deixa o coração e repousa no papel, até a raiva se esvai”, afirma.
Com 10 anos de idade, a estudante Isabela Ferreira também teve seu texto publicado. Intitulado “Ironia”, o arquivo com dois minicontos foi produzido depois de um convite que sua professora de português fez para que a turma participasse do projeto “Escritos da Quarentena”. “Eu sempre gostei de escrever, mas foi uma surpresa ver que meus trabalhos foram escolhidos para publicação”, comemora. A mãe de Isabela, professora Kari Lúcia Forneck, conta que a filha escreveu vários minicontos, de forma muito espontânea, mas escolheu submeter os dois textos que foram publicados. Também como sugestão de sua professora de português, a estudante agora mantém um diário.
“O desafio ‘Escritos da Quarentena’ oportunizou a voz para quem não tem lugar para dizer o que sente”, explica a professora Kari. Para ela, o site compila produções muito bonitas, em poucas palavras, demonstrando o quanto as pessoas estão sensíveis neste momento de isolamento social.