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Podange, incubada da Univates, lança as primeiras máscaras e camisetas antivirais da região

Postado as 21/08/2020 09:54:06

Por Lucas George Wendt

A Podange, empresa lajeadense incubada na Incubadora Tecnológica (Inovates) da Universidade do Vale do Taquari - Univates, lançou recentemente as primeiras máscaras e camisetas antivirais da região. Os produtos têm a característica de inativar vírus — entre eles o Sars-CoV-2, causador da Covid-19 — e bactérias. Além disso, auxiliam na proteção UV50+. A tecnologia aplicada nos produtos antivirais é o fio de poliamida Amni® Virus-Bac OFF, desenvolvido pela Rhodia. 

A Podange surge no Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates) a partir da idealização de Josi Müller quando realizou o curso de especialização em Gestão da Criatividade e Inovação na Univates. Ela detalha que o foco da startup é trabalhar com tecidos inteligentes que proporcionem benefícios ao consumidor que vão além do vestir. Inicialmente atuando com produtos que protegem o corpo de raios ultravioleta, no momento a Podange também produz máscaras, camisetas e uniformes antivirais. 

“Nossa história está muito ligada à Univates. Tudo começou quando eu, que venho da Publicidade e Propaganda, resolvi fazer uma especialização na Instituição”. Josi comenta que o curso teve um impacto muito grande na forma como via o mercado. “Especialmente no que tange à cultura da inovação. Quando a Inovates nos foi apresentada durante o curso, pensei que fosse um recurso a mais para desenvolver uma ideia. Isso me trouxe mais segurança”, explica a gestora. 

Lucas George Wendt

O problema 

Na hora de colocar a mão na massa e criar seu empreendimento, Josi diz que pensou em qual problema o negócio poderia resolver na vida das pessoas. A ideia surgiu de pronto quando, na praia, ela percebeu que existe a intenção das pessoas de ficarem expostas ao sol. No entanto, o filtro solar, que tem efeito curto, acaba deixando resíduos na água do mar — fato que já gera preocupação em diversos países, como a Austrália. Então, a ideia foi criar uma moda praia para permitir às pessoas ficarem expostas ao sol com menor uso de protetor solar e mais segurança. Ela procurou parceiros e indústrias têxteis que desenvolvessem tecidos com viés tecnológico. 

Conforme Josi, a indústria têxtil está muito voltada à inovação nos tecidos, tornando-os mais inteligentes. “Descobrimos um tecido que tem alta respirabilidade e ainda assim protege do sol. Nossa primeira coleção foi lançada no verão entre 2019 e 2020. A experiência permitiu que a Podange conhecesse o mercado. Na sequência foi lançada a coleção de inverno, a Podange Tech, que estimula o biometabolismo. Nesse caso, agregados ao fio estão cristais bioativos que são estimulados pelo calor do corpo humano. A reação culmina com a liberação de raios infravermelhos longos. “Quais os benefícios? Ele vai melhorar a maciez da pele, a elasticidade, além de diminuir sinais de celulite”, explica Josi.

Lucas George Wendt

O fio antiviral 

Assim que a Podange identificou o fio antiviral, visualizou a oportunidade de oferecer uma nova linha de produtos que também pudessem contribuir para o combate à pandemia de coronavírus. 

Em tempo recorde foram desenvolvidos máscaras, camisetas e jalecos, um trabalho realizado por diferentes fornecedores para disponibilizar os itens antivirais no mercado regional. “Fomos pioneiros em identificar a possibilidade na região e, provavelmente, no RS. Levamos cerca de 30 dias para desenvolver todo o processo e disponibilizar o produto no mercado”, revela Josi. 

Em junho, quando a Podange soube que a Rhodia havia certificado um fio com ação antiviral, a poliamida Amni® Virus-Bac OFF, Josi comenta que entendeu ser uma oportunidade para o negócio — mesmo que não tenha planejado lançar uma segunda coleção em 2020. “O fio é importante neste momento em que buscamos a retomada da nossa vida de alguma forma”, relata. A gestora buscou o suporte do Tecnovates para investir na nova linha com mais segurança.

Lucas George Wendt

O Amni® Virus-Bac OFF

São incorporadas ao fio micropartículas de substâncias que inativam o vírus, quebrando a membrana proteica do vírus ionicamente e inibindo a contaminação cruzada. O desenvolvimento do produto seguiu os protocolos têxteis internacionais da norma ISO 18184 (Determination of Antiviral Activity of Textile Products). A poliamida Amni® Virus-Bac OFF também tem ação antibacteriana comprovada, conforme as normas internacionais da American Association of Textile Chemists and Colorists (AATCC100).

“É importante ressaltar que o fio não nos deixa imunes ao vírus. Ele nos traz um recurso a mais, por exemplo, se eu estiver contaminado sem saber, estiver falando e levar a mão à máscara”, explica Josi. “Ao encostar em outro objeto depois eu não estarei contaminando a nova superfície, pois se o vírus entrar em contato com a superfície têxtil Amni® Virus-Bac OFF ele fica inativo”, complementa. 

Toda a comunicação em torno do produto é orientada pela Rhodia. Josi observa que é um equívoco afirmar que a máscara “mata” o vírus. “O tecido o inativa e elimina a possibilidade de contaminação cruzada. Além do manual de comunicação, o manual de fabricação dos produtos antivirais da Rhodia é seguindo nos detalhes pela equipe da Podange”. 

O uso dos tecidos Amni® Virus-Bac OFF não elimina a necessidade de cuidados e recomendações de higienização divulgadas pelas entidades de segurança, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Para saber mais sobre a Podange e seus produtos, acesse o site www.podange.com.br ou as redes sociais: @podangebr. 

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