Três empresas incubadas no Parque Científico e Tecnológico da Univates (Tecnovates) foram contempladas no edital TechFuturo, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Instituído em julho de 2020, por meio do Decreto nº 55.382, o programa tem como objetivo financiar o desenvolvimento de soluções inovadoras para empresas gaúchas.
Conheça os projetos:
American Nutrients
Voltada à produção de suprimentos para animais, a American Nutrients foi contemplada para o projeto “SABOR 10.0 – Um novo conceito de nutrição animal”. A proposta consiste no desenvolvimento de um palatabilizante que terá como principal característica o realce dos sabores e aromas agradáveis e que iniba ou mascare sabores e aromas desagradáveis das rações, estimulando assim o seu consumo.
De acordo com a Médica Veterinária da empresa, doutora Daiane Carvalho, mesmo em crescimento, o mercado de alimentação animal ainda carece de insumos que possam ser utilizados para melhorar a qualidade dos produtos. “O mercado das rações é muito amplo e está em crescimento, mas, ainda assim, é conhecido que muitos dos ingredientes utilizados no processo de fabricação de rações possuem sabores ou aromas desagradáveis, como os aminoácidos, constituintes básicos das fontes proteicas nas rações, ou então minerais, como zinco. Assim, resolvemos desenvolver um alimento que tenha tanto o gosto quanto o cheiro agradáveis", enfatiza a doutora.
Ko.Lab
Com o objetivo de capacitar e familiarizar os alunos e professores sobre a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será implementada em todo Brasil a partir de 2022, a empresa busca, por meio de um aplicativo educacional, abordar a importância do trabalho por área de conhecimento, a ação centralizada no aluno, a valorização da construção de projetos integrativos, a compreensão do trabalho cotidiano por competências e habilidades e a necessidade de um estudante desenvolver com raciocínio interdisciplinar.
Fermenta
Já a Fermenta apostou na customização de bactérias, também denominadas fermento lácteo, que são utilizadas na produção de queijos finos. A idéia da empresa é otimizar as condições de operação em biorreator de bancada, da bactéria já isolada; escalonar a produção do fermento lácteo; executar teste de eficiência do fermento em larga escala; avaliar a vida útil de prateleira, ou shelf life, do fermento lácteo; e iniciar a comercialização do produto desenvolvido a clientes, especialmente da agroindústria.
Para Franciele Bucker, CEO da empresa, a ideia surgiu pois os produtos utilizados pelas empresas gaúchas são importados, o que permite uma expansão do mercado local para a produção do produto e uma redução nos custos. “Todos os fermentos de boa qualidade para a produção de queijos, utilizados no RS, são importados. Isso faz com que o custo de produção dos queijos finos se eleve consideravelmente, uma vez que a matéria-prima importada enfrenta obstáculos alfandegários, logísticos e de variação cambial. Logo, nosso projeto vem com a proposta de produzir um fermento lácteo com alto rendimento, alta produtividade, estabilidade e baixo custo, e de qualidade, para produção de queijos finos”, relata.
