Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Lucas George Wendt

Univates implementa aprendizagem internacional colaborativa e online

Postado as 22/10/2021 14:45:35

Por Lucas George Wendt

A Universidade do Vale do Taquari - Univates, por meio do Escritório de Relações Internacionais (ERI), passou a implementar, recentemente, um método de internacionalização conhecido como aprendizagem internacional colaborativa e online (Collaborative Online International Learning - COIL, na sigla em inglês). Na semana que vem, dia 28, acontece a finalização de uma primeira experiência institucional no escopo do projeto. 

O COIL foi desenvolvido originalmente pela Universidade de Nova York, e é adotado por instituições de ensino desde 2016. Por meio da iniciativa, pelo menos duas instituições de lugares diferentes do mundo precisam trabalhar simultaneamente um mesmo tema e desenvolver um projeto com turmas em conjunto. 

Segundo a gestora do ERI da Universidade, professora Viviane Bischoff, o que diferencia o método COIL das aulas-espelho, que a Univates já vem desenvolvendo, é a necessidade da interação entre os estudantes e o desenvolvimento de um projeto que concretize ações conjuntas. “As disciplinas não precisam ser as mesmas, mas têm que ser complementares”. 

A docente é quem tem realizado as primeiras experiências de aprendizagem internacional colaborativa e online na Univates. Além da turma brasileira, da professora Viviane, uma turma do México, da Universidad Politécnica de San Luis Potosí (UPSLP), e uma turma da Colômbia, da Universidad Católica de Manizales (UCM), participam.  

Experiência da Univates 

Quatro encontros entre as três turmas aconteceram entre setembro e outubro. São 81 alunos reunidos em 10 grupos, de forma que mexicanos, colombianos e brasileiros possam interagir e trabalhar em um projeto ao mesmo tempo - que, neste caso, foi estabelecido como o ODS 5 - Igualdade de gênero. 

Nicole Morás

A proposta das docentes Viviane Bischoff, Gloria Cristina Palos Cerda (UPSLP) e Ana Maria Fayad Alzate (UCM) foi a de que os estudantes desenvolvessem uma campanha publicitária para disseminar o tema abordado no ODS 5 entre o público jovem de suas comunidades - o que tem demandado dos estudantes o desafio de compreender as características socioculturais locais, e, além disso, superar o desafio do idioma e dos diferentes fuso horários, para que possam compartilhar os projetos.

“Um dos objetivos do COIL e de metodologias similares é o desenvolvimento de competências sociais multiculturais”, explica Viviane. Por isso os estudantes são estimulados a manter contato para criar os projetos além do espaço da sala de aula virtual. Além disso, o COIL promove uma experiência de vivência intercultural por meio do contato com outras realidades. Como a que aconteceu no dia 14 de outubro, quando os estudantes participaram, em conjunto, de conversas com docentes especialistas convidados pelas professoras responsáveis nas universidades participantes com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o ODS 5 a partir das compreensões e realidades locais.  

Experiência de estudantes 

A estudante de Administração de Empresas Letícia Bagatini Lorenzi, de Encantado, faz parte da turma brasileira. “É o meu último semestre do curso de Administração de Empresas e não imaginei em qualquer momento que fosse ter uma experiência tão única fazendo parte da minha graduação”, salienta. 

Divulgação/Acervo pessoal

 

No começo ela lembra que os estudantes se sentiram desafiados pela provocação de desenvolver um projeto em conjunto com alunos estrangeiros. “Após ter sido realizado o primeiro encontro e criado o grupo de WhatsApp, não queríamos mais desligar da tela para ficar interagindo com os novos colegas, trocando ideias e compartilhando conhecimento sobre os nossos mundos”. 

Para Letícia, o maior desafio experimentado no processo foi o da comunicação, por se tratarem de diferentes línguas, muito embora avalie que, no seu caso, essa questão não foi tão imperativa. “Outro ponto foi a questão da carga horária também, já que o fuso horário entre o México e a Colômbia é de duas horas a menos em relação ao Brasil. Isso foi facilmente negociado, já que a disciplina brasileira trata justamente sobre cultura e negociação”, conta. 

Letícia diz que sempre teve o sonho de viajar, mas, infelizmente, o intercâmbio acadêmico tradicional acabou não acontecendo para ela. “Essa disciplina me trouxe um gostinho do que pode ser essa vivência. Para mim, esse projeto reacende o desejo de ir buscar mais. Eu acredito que todos os momentos que vivemos são experiências que agregam alguma coisa na nossa vida, e essa experiência não é diferente”. 

À Univates Letícia faz uma provocação. “Se me pedissem uma opinião sobre a inclusão desta dinâmica nos próximos semestres, a resposta com certeza seria: ‘Sim, incluam em todas as disciplinas possíveis’”. 

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Expectativas para os próximos semestres 

A Brazilian Association for International Education tem discutido a inserção do método nas Instituições de Ensino Superior Brasileiras por meio do nome BRaVE - Brazilian Virtual Exchange. A Univates tem se aproximado, com a iniciativa da professora Viviane, do método COIL e, em breve, espera poder expandir a inserção. Cerca de 30 professores participaram de um encontro de instrumentalização para discutir o processo. “No próximo semestre, já vamos ter o COIL em outras disciplinas. Inclusive vamos tentar também experiências no idioma inglês. A Universidade é o espaço para testar este tipo de iniciativa”, complementa Viviane. 

Logo ods