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Univates celebra 10 anos da Feira de Ciências com novo evento

Postado as 29/10/2021 11:28:10

Por Lucas George Wendt

Ana Luisa de Mattos Reckziegel



Na manhã da quinta-feira, 28, a 3ª Feira Estadual de Ciências Univates e a 10ª Feira de Ciências tiveram início na Universidade do Vale do Taquari - Univates. Em 2021 a Feira de Ciências da Instituição completa a primeira década. Neste ano, o evento acontece na modalidade virtual em razão da pandemia de covid-19. 

As Feiras de Ciências realizadas na Instituição são concebidas como um espaço que promove aprendizagens diferentes das de sala de aula, com o objetivo de fomentar a difusão e a divulgação de trabalhos científicos desenvolvidos por estudantes e professores da Educação Básica e do Ensino Técnico em diferentes áreas do conhecimento. Participam dos eventos dezenas de escolas do Vale do Taquari, por meio da ação de estudantes e professores, e a equipe da Universidade. 

A iniciativa das Feiras também busca valorizar a interação dos objetos de estudo com as demandas socioambientais e tecnológicas em uma perspectiva inclusiva, empreendedora e interdisciplinar. Esse é um dos preceitos que acompanham a realização do evento desde a primeira edição, em 2011. 

Feira realizada em 2015, no Complexo Esportivo da Univates

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Números 

Em relação aos números, a Feira teve edições ininterruptas de 2011 a 2019. Em 2020 o evento não aconteceu, em razão da pandemia. Até o momento, a Feira, que em 2018 passou a contar com um evento estadual realizado em paralelo, teve cerca de 700 trabalhos científicos expostos – considerando também os 84 projetos apresentados na edição de 2021. Os dados registram, de 2011 a 2019, a participação de 1,8 mil estudantes nesses projetos e de cerca de 370 professores das escolas de Educação Básica do Vale do Taquari e de outras regiões no entorno. Cerca de 15 mil pessoas visitaram os estandes do evento presencial entre 2011 e 2019. 

Pronunciamentos na abertura do evento 

A cerimônia de abertura do evento comemorativo em 2021 foi realizada de forma híbrida, com estudantes do Colégio Sinodal Gustavo Adolfo (GA) tendo acompanhado o evento no Teatro Univates, de onde ele foi transmitido on-line. A solenidade contou com a participação de autoridades da Universidade e da área da educação regional. 

A coordenadora administrativa do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates), professora doutora Simone Stülp, esteve representando a coordenação da 1ª Feira de Ciências da Univates, realizada em 2011. Simone revelou que o momento é significativo para ela, que esteve envolvida com a realização da primeira Feira de Ciências na Univates. “ Meu sentimento é de alegria, pois me envolvo com feiras desde criança. Quando estava na 5ª série, lembro que tinha muitas perguntas. Uma vez questionei uma professora sobre o que era necessário para ser cientista”, relembrou, “e se hoje eu sou pesquisadora é porque tive a oportunidade de participar de feiras desde muito cedo”. A docente lembrou do início das feiras na Instituição. “Não tem como não se emocionar neste momento. Desejo que a semente da curiosidade seja plantada nos corações de vocês. Quem sabe daqui não sairão cientistas?”, provocou. 

Ana Luisa de Mattos Reckziegel

Para a coordenadora da edição atual da Feira, professora Jane Herber, “as Feiras de Ciências propiciam descobertas importantes. Os números da atual Feira demonstram que, mesmo com todas as dificuldades, foi possível fazer ciência nas escolas”, explicou, informando como a pandemia de covid-19 pode ter interferido no processo.

A secretária de Educação do município de Bom Retiro do Sul e presidente da  Associação dos Secretários Municipais de Educação do Vale do Taquari (Amvat), professora Martinha Maria Dullius, iniciou sua fala com questionamentos. “Por que o ovo endurece quando cozinhado? Por que a água doce é doce? E a água salgada é salgada? Algum de vocês já se fez esses questionamentos?”, perguntou. “Se vocês já pensaram sobre algum desses aspectos, é porque as Feiras de Ciências não acontecem apenas em dias como o de hoje. Elas perpassam, a partir das perguntas, a nossa cabeça o tempo todo. Elas são as ânsias de buscar respostas a partir das nossas perguntas. E sem a nossa capacidade de perguntar não teríamos chegado ao que chegamos hoje”, explicou.

A coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), professora Cássia Benini, ao longo de seu pronunciamento, defendeu o papel importante que as feiras têm. “A Feira de Ciências tem um papel importante no aprendizado ao desenvolver a organização do pensamento, o raciocínio lógico, a comunicação oral e a escrita”, afirmou. Benini agradeceu pelo envolvimento de todos e, em especial, das escolas estaduais da região que tradicionalmente participam do evento. 

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Univates, professor Carlos Cândido da Silva Cyrne, também agradeceu aos envolvidos. “Sem o esforço de vocês não estaríamos aqui. Não se satisfaçam com as respostas simples, mesmo que isso exija persistência”, aconselhou aos estudantes presentes. “Que estes dois dias de evento sejam de aprendizado”. 

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Palestra - Pesquisa na escola, onde mora a inovação

Na sequência das atividades da manhã de quinta-feira, 28, foi realizada uma palestra. Com uma fala prática voltada aos estudantes e professores, o pesquisador Antônio Carlos Pavão se dedicou a destacar a importância das feiras de ciências e, por extensão, da ciência. Pavão coordena o Espaço Ciência Pernambuco, o Museu Interativo de Ciência de Pernambuco, um dos maiores museus a céu aberto do Brasil. 

“Você encontra a ciência em todos os lugares, especialmente nos nossos jovens”, defendeu. O pesquisador fez uma fala explicativa, repleta de exemplos, e abordou conceitos científicos de forma ampla – uma aula sobre como abordar tópicos científicos e aguçar a curiosidade dos estudantes. 

O pesquisador sugeriu que os professores de ciências partam dos anseios dos estudantes para desenvolver o conteúdo das suas aulas. “Ousem, se arrisquem”, relatou, dirigindo-se aos professores. “O livro didático é uma orientação, é um guia, mas não um instrumento de repetição do conteúdo da sala de aula”. Antônio Carlos Pavão é bacharel em Química, mestre em Físico-Química e doutor em Ciências pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo. 

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