Ao longo do semestre 2022A serão realizados 18 encontros para atendimentos variados à população, uma vez por semana, e também atendimentos domiciliares. Os encontros acontecem com diferentes comunidades desde 2020. O grupo de caminhada tem uma média de participação de 35 pessoas por semana, totalizando cerca de 600 participações por semestre. Já os atendimentos domiciliares acontecem conforme o número de estagiários matriculados nas disciplinas específicas da grade curricular do bacharelado em Fisioterapia. Em 2021B foram atendidas oito famílias, e em 2021A foram dez.
Em um dos atendimentos, Daniele lembra que esteve com uma paciente cujo trabalho do fisioterapeuta realizado por ela e uma colega automaticamente abrangeu toda a família. "A condição de saúde era bem agravada. Esse olhar de perceber que não é só a pessoa que precisa de atenção, e sim situar ela em um contexto, é o que transforma o atendimento a domicílio. As disciplinas do meu curso me preparam para isso. Esse processo ressignificou muito minha formação". Para Daniele, que hoje atua supervisionando as práticas dos atuais estudantes do curso, o fisioterapeuta não deve apenas olhar para o problema, ele precisa interpretar o entorno da pessoa. "No atendimento a domicílio a situação se torna mais clara. Não é o ambiente 'protegido' da clínica. A gente consegue perceber detalhes, como degraus, por exemplo, que dificultam a mobilidade da pessoa; uma rua irregular; um espaço sem adaptação para quem usa cadeiras de rodas", conta ela. "O profissional fisioterapeuta e outros da área da Saúde fazem muita diferença na vida das pessoas. Como atendo crianças e idosos, às vezes penso que ajudo crianças a dar seus primeiros passos e pessoas idosas a dar novos passos”, complementa ela.
