No mês em que a Instituição comemora cinco anos de transformação em Universidade, celebram-se os relevantes serviços prestados por Bersch ao Ensino Superior no Vale do Taquari, o qual contribuiu, por mais de quatro décadas, para o progresso e o reconhecimento da Instituição e para o desenvolvimento regional. Ao longo de sua trajetória de mais de 40 anos de docência e de vínculo direto com o Ensino Superior no Vale do Taquari, Bersch foi um dos principais protagonistas para a implantação e consolidação da educação na região.
O ex-professor ocupou diferentes cargos de direção nas entidades que precederam a constituição formal da Universidade do Vale do Taquari - Univates, sendo o seu envolvimento e empenho com esses projetos parte importante do que hoje é o Ensino Superior no Vale do Taquari, vivido e construído cotidianamente por milhares de pessoas.
Logo após sua graduação em 1972, o professor Roque Bersch passou a integrar o quadro docente da Instituição e sempre esteve envolvido com grandes projetos até 2020. Quando iniciou seu envolvimento com o Ensino Superior no Vale do Taquari, a Univates não tinha mais do que um prédio, cerca de 300 alunos e três dezenas de funcionários, entre professores e técnico-administrativos. Quando o professor deixou a Instituição, ela era composta por mais de 20 prédios, cerca de 12 mil alunos, mais de 400 professores e mais de 1 mil funcionários técnico-administrativos.
Além das realizações na Univates, o professor Roque também contribuiu para o cenário da educação superior no País, participando de entidades representativas do setor, como a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), a Associação Nacional de Centros Universitários (Anaceu) e a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Pesquisa (Funadesp). Além disso, recebeu o título de Cidadão Lajeadense, concedido pela Câmara de Vereadores de Lajeado.
No início da década de 1990 o professor Roque esteve envolvido com o grupo de trabalho responsável pela constituição do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat).
Entre 1997 e 1999 atuou como vice-diretor geral da Unidade Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior (UNIVATES).
Entre os anos de 1999 e 2004 exerceu o cargo de vice-reitor do Centro Universitário UNIVATES.
De 1997 a 2000 foi novamente presidente da Fates.
No ano de 2000 passou a exercer a função de presidente da Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento Social (Fuvates), até 2012.
Entre os anos de 2004 e 2020 foi membro do Consun.
De 2012 a 2020 também foi membro do Conselho de Administração da Fuvates.
O primeiro a usar o microfone foi Lazzari, que fez um relato de sua relação com o professor Bersch. “Estamos no meio de uma discussão sobre o planejamento estratégico nesta semana. Hoje pela manhã iniciamos abordando nossa história. Neste mês estamos completando cinco anos de universidade, meta atingida por e para toda a comunidade. São 53 anos de Ensino Superior no Vale. Hoje estamos concedendo o primeiro título de Professor Emérito a um docente desta Universidade”, iniciou. “São 81 anos do professor Roque, dos quais 51 são de ligação com a Univates. É uma vida vivida com a Instituição. A história dele começou antes de sequer haver prédios onde hoje é nosso campus”, recordou.
“Além de todas as ocupações, ele é um amigo e uma referência para mim. Recordo que conheci o professor em 1978, quando já era presidente da Fundação. Em momentos de discussões sobre o futuro da Instituição, há cerca de 30 anos, o professor Roque foi um personagem importante para que não abríssemos mão de ter a Universidade do Vale do Taquari. Apostamos em ter nossa universidade regional, o que aconteceu em 2017”, relatou Lazzari.
“Roque também foi protagonista na consolidação do Codevat. O professor é um exemplo de espírito comunitário, de retidão, de cuidado com as pessoas. Esses valores estão no DNA da Univates. Mesmo nos momentos mais difíceis, o professor Roque soube manter a ponderação e a reflexão. O amor às pessoas transforma o professor Roque numa das pessoas mais importantes deste Vale. Nós, da Fundação Univates, esperamos honrar dignamente os que nos precederam, inclusive você”, disse, referindo-se diretamente a Bersch. “Vocês nos deixaram um patrimônio cultural e intelectual, uma razão de ser. Vocês nos deixaram um propósito”, finalizou o presidente da Fundação.
Pronunciamento do homenageado
Em seu pronunciamento, Roque disse ter refletido sobre a homenagem quando recebeu o convite. “O convite aponta uma pessoa. Talvez o destino correto dessa homenagem seja um grupo de pessoas que defendeu uma causa ao longo de mais de quatro décadas. A causa: o ensino e a educação. Penso que aqui talvez eu esteja representando esse coletivo. Aceito com muita alegria e orgulho esse título, que representa esse grupo de amigos e colegas, cujo envolvimento com a construção da Univates alcançou significativo êxito”, iniciou Bersch.
“Nossa causa sempre foi nobre. Se em determinados momentos estive incumbido de dirigir ações, se essas tarefas andaram a contento, foi porque as executamos fiéis aos nossos princípios e valores, alinhados à comunidade regional”, destacou. “Quem foram os meus parceiros nessa jornada? Colegas de várias instituições com as quais tive contato ao longo da minha caminhada. Fui aprendendo com as pessoas ao longo dos anos a arte de educar e direcionar”, recordou.
Recordando os momentos complicados ao longo da trajetória na Instituição, Bersch prosseguiu. “Não foi só de rosas o caminho da Univates até aqui. Hoje está conferido o status de universidade àquela iniciativa audaciosa iniciada na década de 1960. Com ele veio a responsabilidade de impulsionar o desenvolvimento, mantendo ações adequadas à realidade e às aspirações do Vale do Taquari. Essas aspirações são dinâmicas e complexas. A Fates foi fundada por uma comunidade, por isso ela deve ser administrada por uma pluralidade. Conclamo à Universidade seguir atendendo aos anseios do Vale do Taquari”, finalizou.
Além de atuar com o Ensino Superior no Vale do Taquari, Bersch foi professor de Ensino Fundamental, nas séries iniciais, de 1961 a 1970, na Sociedade Escolar Dona Rita, em Arroio do Meio, e atuou também como professor de Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Língua Latina no Seminário Sagrado Coração de Jesus e nas Escolas São Miguel, em Arroio do Meio, e Érico Veríssimo, em Encantado, de 1961 a 1983.
