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Os ácaros são uma das principais fontes de alérgenos, sendo os responsáveis pelo desenvolvimento de doenças alérgicas de vias aéreas superiores e inferiores, como rinite e asma, respectivamente. A exposição contínua a alérgenos pode levar o indivíduo a desenvolver inflamação persistente nas vias aéreas, causando uma série de complicações.
Um projeto de pesquisa desenvolvido na Universidade do Vale do Taquari - Univates e coordenado pelo professor Guilherme Liberato da Silva, dos Programas de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis e em Ciências Médicas, busca estudar as associações entre ácaros e saúde humana e animal.
Os objetivos do projeto são desenvolver um produto funcional mais acessível à rede pública de saúde para diagnóstico clínico de alergias e também elucidar a capacidade de ácaros ectoparasitos atuarem como vetores de microrganismos patogênicos para a saúde humana e animal.
Diversas empresas fabricam produtos utilizados em testes de punctura, e a distribuição comercial alcança praticamente todos os países. O Brasil ainda utiliza produtos importados, demandando uma abertura no mercado nacional para a sua comercialização. Esse produto, quando alcança a rede de saúde, pode auxiliar na realização do diagnóstico correto, além de ser um suporte para a prescrição de medicamentos.
“Nos últimos anos, esses testes têm suscitado interesse considerável como método diagnóstico pela sua sensibilidade e especificidade. Diante disso, o projeto desenvolvido na Univates tem como objetivo avaliar o efeito de diferentes extratos brutos proteicos de ácaros produzidos na Universidade em relação ao desenvolvimento de resposta celular alérgica de pacientes sensibilizados”, detalha o professor.
Diferentes variáveis são analisadas pelos pesquisadores. As pesquisas contam com apoio de órgãos de fomento externos e de empresas e com a colaboração do Laboratório de Parasitologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No momento, os experimentos e análises de laboratório estão sendo finalizados, devendo em breve ser publicados artigos com os resultados.
Além de Liberato, os docentes da Univates Fernanda Majolo, Liana Johann e Luís Fernando Saraiva Macedo Timmers atuam na pesquisa. O projeto envolve 12 pessoas, entre professores, estudantes de mestrado e doutorado e bolsistas de iniciação científica. Liberato detalha que “estão sendo desenvolvidas pesquisas na produção de extratos proteicos para diagnóstico clínico de alergias a partir de ácaros de importância médica, bem como o diagnóstico de microrganismos patogênicos em ácaros ectoparasitos”.
A pesquisa na Univates
A Univates conta com 35 projetos de pesquisa vinculados aos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, quatro projetos de pesquisa vinculados ao Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates) e ainda dispõe de 49 projetos de pesquisa que recebem fomento externo.
O trabalho científico de uma instituição e de seus pesquisadores é contínuo, ou seja, suas descobertas, quando observadas na totalidade, permitem compreender o conjunto do trabalho realizado. É desta forma que a ciência avança: aos poucos, com cada trabalho funcionando como a peça de um quebra-cabeça que completa um cenário de pesquisa e que pode abrir margem para mais perguntas.
Diferentes equipes trabalham produzindo conhecimento científico. Entre pesquisadores e estudantes – bolsistas de iniciação científica, de mestrado e de doutorado –, são cerca de 500 pessoas diretamente envolvidas buscando na ciência as respostas para a solução de problemas coletivos e de inquietações de pesquisa individuais. Todos os dias as equipes de pesquisa da Univates divulgam seus achados em publicações periódicas científicas nacionais e internacionais.
