O professor Alexandre Kieslich da Silva, do curso de Medicina da Universidade do Vale do Taquari – Univates, foi um dos representantes do Brasil no 68º Congresso de Entorpecentes e Drogas da United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC), uma das agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento ocorreu nesta terça-feira, 11 de março, em formato on-line, reunindo especialistas de diversas partes do mundo para debater políticas públicas e desafios globais relacionados ao uso de substâncias psicoativas. O evento se estenderá até o dia 14 de março.
Especialista em dependência química, o professor abordou a situação dos imigrantes venezuelanos no Brasil, destacando os desafios enfrentados por essa população no contexto do uso de substâncias, acesso a tratamento e políticas públicas. Durante sua apresentação, ele trouxe dados que demonstram que o Brasil tem sido um dos principais destinos de refugiados venezuelanos desde 2015, sendo o quarto país do mundo que mais recebe migrantes dessa nacionalidade, atrás apenas da Colômbia, Peru e Estados Unidos. Atualmente cerca de 400 pessoas por dia cruzam a fronteira brasileira buscando melhores condições de vida.
Entre os impactos desse fluxo migratório, destacam-se o aumento da população carcerária em Roraima e os desafios sociais e econômicos para as comunidades locais.
Sobre o UNODC
Criado em 1997, o United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) atua globalmente para fortalecer a segurança e a justiça no combate às drogas, ao crime organizado, ao terrorismo e à corrupção. Presente em 150 países, o órgão promove a cooperação internacional, elabora estudos e análises e capacita profissionais como juízes, policiais, agentes de fronteira e assistentes sociais, contribuindo para a construção de comunidades mais seguras e resilientes.